Organização aposta em lideranças jovens para transformar pequenas comunidades
Santa Catarina
Eles concluíram que em tempos incertos a união não apenas faz a força, mas deverá ser vital para reabrir suas portas quando o público puder voltar. Com foco no fortalecimento do setor a partir do trabalho colaborativo, os responsáveis por 17 espaços e iniciativas autogeridas ligados às artes visuais em Campinas conceberam o Circuito Livre de Arte Independente (CLAI), que promove seu primeiro evento conjunto nos dias 17 e 18 e de 20 a 25 deste mês. Serão aulas, performances, intervenções urbanas, demonstração de técnicas e exibições de vídeos, tudo transmitido pelas redes sociais; apenas uma atividade exigirá inscrições prévias e toda a programação é gratuita.
O CLAI é organizado por Ana Angélica Costa (artista e gestora da Casa de Eva), Maíra Endo (editora-curadora do Hipocampo) e Teresa Mas (arquiteta e gestora do Instituto Pavão Cultural). “A ideia do CLAI, enquanto rede de colaboração, me ronda desde 2015, quando a cena independente das artes visuais de Campinas começou a ser ampliada. Há pouco mais de um ano, antes da pandemia, comecei uma conversa com a Ana Angélica e a Teresa Mas e nasceu o grupo, que vem se desenvolvendo como agente coletivo desde então. Apesar da necessidade e do desafio de adaptar esse nosso primeiro projeto para o formato virtual, estamos animadas”, comenta Maíra.
O projeto original, viabilizado com recursos da Lei Federal 14.017, de 29 de junho de 2020 (Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc), previa a realização do evento CLAI na Praça, com atividades presenciais oferecidas gratuitamente em áreas públicas pelos artistas-gestores dos espaços e iniciativas de arte do CLAI, mas o agravamento da pandemia e o aumento das restrições à circulação de pessoas exigiram a adaptação ao formato virtual.
A situação sanitária alterou outra ação incluída no projeto, o CLAI Aberto, um roteiro de visitas aos locais integrantes do Circuito que será convertido em um mini documentário em vídeo. Um mapa com a localização de todos os espaços já pode ser conferido na plataforma Google Maps e no perfil do CLAI no Instagram (@claicampinas). A versão impressa também será lançada e incluirá a indicação de percursos de bicicleta e transporte coletivo até eles. “Será um convite para que a população conheça e visite os espaços de arte do CLAI”, diz Teresa Mas. “Esperamos que, ainda em 2021, possamos abrir nossas portas e estar juntos”, afirma Maíra.
AGENDA CLAI
Canais de transmissão:
https://www.instagram.com/claicampinas/
(A única atividade que exige inscrição é a performance coletiva do dia 25; toda a programação é gratuita).
17/4 | sábado
11h às 11h40 – Videoaula Tudo é Desenho (ou pelo menos pode ser…), com o artista visual Marcelo Moscheta, do Ateliê/8. Inspirado em escritos de artistas como Cildo Meireles, Richard Long, De Kooning e outros, a aula aberta vai tratar do desenho e sua realização em diferentes suportes, técnicas e formatos, com proposições de simples realização, acessível e prática. Classificação livre. Transmissão pelo Youtube e Instagram, participação do artista pelo chat e registro disponibilizado depois pelos mesmos canais.
17h – Videoarte 128 dias, da artista visual Estefania Gavina, do Ateliê CASA. A partir da proposta original da intervenção Divindades Inumanas, que seria desenvolvida coletiva e presencialmente, a artista explora em seu jardim e ateliê fragmentos de instantes da vida cotidiana, construindo poeticamente seu olhar para o tempo presente e a finitude da vida. Duração: oito minutos. Classificação livre. Transmissão via Instagram e e YouTube (estreia), com participação da artista pelo chat.
18/4 | domingo
13h às 17h – Intervenção urbana: pintura mural com o artista visual Fabiano Carriero, do Ateliê Folha, e participação da artista visual Eduarda Ribas. Pintura ao vivo de um mural em espaço público. As pinturas de Carriero trazem arquétipos de nossa brasilidade, levando as cores e dores do povo para a rua. Classificação livre. Transmissão ao vivo pelo Instagram.
20/4 | terça-feira
20h às 21h – Foto-filme: Sessão Festival Hercule Florence I. O Festival tem como matriz e inspiração a invenção isolada da fotografia no Brasil, em Campinas, por Hercule Florence, em 1833. O Festival acontece na cidade no mesmo período deste projeto. Classificação livre. Transmissão ao vivo pelo Instagram e YouTube (estreia) e depois ficará disponível nos mesmos canais.
21/4 | quarta-feira
20h às 21h – Foto-filme: Sessão Festival Hercule Florence II. Transmissão ao vivo pelo Instagram e YouTube (estreia) e depois ficará disponível nos mesmos canais.
22/4 | quinta-feira
20h às 21h – Foto-filme: Sessão Festival Hercule Florence III. Transmissão ao vivo pelo Instagram e YouTube (estreia) e depois ficará disponível nos mesmos canais.
23/4 | sexta-feira
20h às 21h – Videoarte: Sessão Hipocampo. Fundado em 2016, o Hipocampo dedica-se à construção de um acervo público, multidisciplinar e digital, hoje formado por cerca de 250 peças de autoria de mais de 40 colaboradores. Classificação livre. Transmissão ao vivo pelo Instagram e Youtube.
24/4 | sábado
14h30 às 17h30 – Oficina Impressão e colagem de painel em lambe-lambe, com os artistas Luciana Bertarelli, Marcio Elias e Simone Peixoto, do Xilomóvel Ateliê Itinerante. Oficina ao vivo com demonstração da impressão de xilogravuras e criação de um painel de 3 x 3 metros em lambe-lambe, com colagem de impressões em monotipia e xilogravura. Classificação livre. Transmissão ao vivo pelo Instagram e YouTube, com registro posterior disponibilizado nos mesmos canais.
18h às 18h20 – Performance Consumindo Kairós, com o artista visual MIRS Monstrengo, do Estúdio Casa Ímpar. MIRS propõe uma performance ao vivo, trazendo elementos simbólicos coletivos e de sua poética que tratam de diferentes concepções da ideia de tempo nos dias atuais. Classificação livre. Transmissão ao vivo no YouTube e Instagram e registro disponibilizado depois nos mesmos canais.
25/4 | domingo
11h – Videoaula Câmeras Obscuras, com Ana Angélica Costa, artista visual e gestora da Casa de Eva. A partir da proposta original da intervenção Uma árvore com frutos estranhos, em que uma série de pequenas câmeras obscuras pendem dos galhos de uma árvore, será explicado o processo de formação da imagem pelo princípio da câmera obscura. Classificação livre. Duração: 15 minutos. Transmitida ao vivo no Instagram e YouTube e depois disponibilizada nos mesmos canais.
17h às 17h40 – Performance coletiva Tempo Corpo versus Tempo Virtual, com a artista experimental Cecília Stelini, do AT|AL 609 – lugar de investigações artísticas. Uma ação que questiona a presença física e a presença virtual de um corpo, evidenciando situações que nos são impostas. Quando o corpo físico é realmente necessário? Realizada pela plataforma Zoom em tempo real, com participação do público. Inscrições gratuitas: link na bio do @claicampinas no Instagram, sem limite de participantes. Classificação livre. Transmissão ao vivo pelo Instagram e YouTube.
Ficha Técnica do Projeto CLAI Campinas
Produção executiva: Maíra Costa Endo
Produção: Camilla Torres, Paula Monterrey e Teresa Mas
Artistas: Ana Angélica Costa, Cecília Stelini, Estefania Gavina, Fabiano Carriero, Eduarda Ribas, Luciana Bertarelli, Marcio Elias, Simone Peixoto, Marcelo Moscheta e MIRS Monstrengo.
Design gráfico: Rhelga Westin
Espaços de arte participantes: Silvia Matos Ateliê de Criatividade; Casa de Eva; Instituto Pavão Cultural; Xilomóvel Ateliê Itinerante e Nave na Mata, em Barão Geraldo; Fêmea Fábrica, Estúdio Casa Ímpar, Atelie/8 e Torta, no Centro; Ateliê Oráculo e Ateliê Folha, na Vila Industrial; Rabeca Cultural e Tote Espaço de Arte, em Sousas; Clubinho Eulina, no Jardim Eulina; Ateliê CASA, na Chácara da Barra; AT|AL 609, no Cambuí e Hipocampo, espaço virtual/on-line.
Espaços que integram o CLAI Campinas, por localização:
DISTRITO DE BARÃO GERALDO
Sílvia Matos Ateliê de Criatividade – Espaço para arte contemporânea criado em 1990. Promove oficinas, pesquisas, exposições e palestras. Antropoantro (Beth Schneider, Inês Fernandez, Lalau Mayrink, Olivia Niemeyer, Sílvia Matos, Tina Gonçalez e Vane Barini) se reúne neste espaço, onde surgiu em 2000. Rua Aristides Lobo, 1016, Cidade Universitária. Saiba mais: www.silviamatos.art.br.
Casa de Eva – Espaço de cultura, criação e troca de saberes dedicado à fotografia e às artes visuais. Possui galeria, laboratório fotográfico PB e de técnicas alternativas de impressão, ateliê de cerâmica e sala envidraçada no jardim para práticas corporais. Rua Desembargador Antão de Moraes, 588, Cidade Universitária. Saiba mais: www.casadeeva.com.br.
Instituto Pavão Cultural – Dedicado a exposições e projetos culturais voltados para artes visuais e cênicas, arquitetura, música e atividades educativas. Criado em 2019 por Mario Braga e Teresa Mas, tem como diferencial o espaço propício para melhor interação entre espectador e obra. Rua Maria Tereza Dias da Silva, 708. Saiba mais: www.pavaocultural.org.
Xilomóvel – Ateliê itinerante equipado com todo o material necessário para a prática da xilogravura. Em sua sede fixa, os artistas do projeto desenvolvem seus trabalhos, planejam e organizam as atividades do Xilomóvel e oferecem cursos. Rua Francisco de Barros Filho, 546. Saiba mais: www.xilomovel.com.br.
Nave na mata – Promove eventos gastronômicos, oficinas, exposições e mercados. Conta com espaço para hospedagem como residência artística, adotando a filosofia e práticas de cuidado de si. SeiZo Soares é escultor, roteirista e professor do espaço. Rua Mata da Tijuca, 56, Bosque de Barão Geraldo. Saiba mais: www.facebook.com/navenamata.
CAMBUÍ, CENTRO E VILA INDUSTRIAL
Ateliê CASA – Casa idealizada como lugar de pesquisa e perturbações na arte contemporânea. Criado por Estefania Gavina, conta com ambientes para exposições, sala de leitura, cozinha, jardim e cinema ao ar livre. Desde 2017 abriga o acervo sui generis de imagem ACHO, fundado por Fabiana Bruno, Estefania Gavina e Elaine Pessoa. Rua Maestro Agide Azzoni, 320, Chácara da Barra. Saiba mais: www.instagram.com/ateliecasacampinas.
AT|AL|609 – Lugar de Investigações Artísticas – Espaço independente dedicado à difusão da arte contemporânea por meio de exposições, orientação de propostas artísticas, cursos e programa de residência que buscam auxiliar o desenvolvimento de processos criativos e promover a reflexão e participação da comunidade. Rua Antônio Lapa, 609, Cambuí. Saiba mais: www.atal609.com.br.
Fêmea Fábrica – Espaço compartilhado por quatro artistas visuais que, ao buscarem uma prática autogestionada, desdobram sua instalação física como potência de ações e encontros criativos. Suas atividades giram em torno das artes visuais e de desdobramentos transdisciplinares possibilitados pela leitura contemporânea da arte. Rua Luzitana, 1769, Centro. Saiba mais: www.femeafabrica.com.
Estúdio Casa Ímpar – Espaço de exposição, comercialização, oficinas, parcerias, aprendizado, projetos e produção composto pelos artistas visuais Campelo, Kranium e MIRS Monstrengo com diferentes linguagens, da pintura acadêmica à arte contemporânea, passando pelo graffiti e arte urbana. Rua Coronel Rodovalho, 23, Centro. Saiba mais: www.instagram.com/estudiocasaimpar.
Ateliê/8 – Espaço voltado para a produção de arte contemporânea e o desenvolvimento de pesquisas em diversos meios e suportes, em atividade desde 2004. Além da produção individual de seus integrantes, Marcelo Moscheta e Ariane Grigoletto, o local recebe cursos, palestras e orientações individualizadas. Rua Antonio Cezarino, 332, Centro. Saiba mais: www.marcelomoscheta.art.br.
Torta – Projeto artístico cultural que acontece no formato de uma casa. Coordenada por Paula Monterrey, a Torta é um espaço aberto para práticas colaborativas e experimentais em arte e cultura desde 2016, tendo acolhido exposições, pocket shows, lançamentos de livros, saraus, performances, exibições de audiovisual e oficinas, entre outros. Rua Duque de Caxias, 537, Centro. Saiba mais: http://atorta.org/.
Ateliê Oráculo – Com foco em artes visuais, design e literatura, é o espaço de produção da dupla criativa Kate Manhães e Rhelga Westin, fundado em 2010. O Oráculo é um lugar de reflexão, vivência e experimentação no desenvolvimento de projetos comissionados e autorais. Rua Sete de Setembro, 850, Vila Industrial. Saiba mais: https://atelieoraculo.art.br.
Ateliê Folha – Espaço de produção e pesquisa do artista Carriero e da quituteira Duda Ribas. Desde 2016 abre suas portas para encontros, feiras e exposições. Rua Doutor Sales de Oliveira, 1383, Vila Industrial. Saiba mais: www.facebook.com/espacofolha.
JARDIM EULINA
Clubinho Eulina – Coletivo que visa promover atividades culturais e de lazer e também reivindicar melhorias na Praça de Esportes Salvador Lombardi Neto. O lugar possui um complexo esportivo e um amplo espaço onde já aconteceram oficinas, apresentações artísticas e musicais, entre outros eventos. Rua Barão de Porto Feliz, 500, Jd. Eulina. Saiba mais: www.instagram.com/clubinhoeulina.
DISTRITO DE SOUSAS
Rabeca Cultural – Espaço multimídia voltado para o ensino da música e das artes em geral. Há aulas de instrumentos musicais, desenho e pintura e cursos periódicos de cinema, fotografia, artes visuais, literatura etc. Promove shows musicais e exposições. Avenida Dona Maria Franco Salgado, 250. Saiba mais: www.instagram.com/rabecacultural/.
TOTE Espaço Cultural – Lugar independente voltado para as artes visuais contemporâneas, onde acontecem exposições, workshops, cursos e, desde 2020, residências artísticas. Gerido pela artista Norma Vieira, que ali tem seu ateliê. Avenida Dona Maria Franco Salgado, 260. Saiba mais: www.toteespacocultural.com.
CIRCUITO VIRTUAL
Hipocampo (www.hipocampo.art.br) – Espaço de arte independente, multidisciplinar e virtual voltado para a construção e difusão de um acervo público digital que hoje abriga cerca de 250 peças de mais de 40 colaboradores. Criado em 2016 por Maíra Endo, publica mostras semestrais, trazendo recortes de seu acervo. Saiba mais: https://linktr.ee/hipocampo.
Após um ano de pandemia, a exaustão emocional e a falta de preparo para enfrentar a Covid-19 são a realidade de profissionais da saúde que estão na linha de frente de combate ao novo coronavírus. Em relatório divulgado nesta semana, pesquisadores da Fundação Getulio Vargas mostram que 80% dos trabalhadores entrevistados sentem impactos negativos na saúde mental causados pela pandemia, sendo que apenas 19% buscaram ajuda para lidar com o problema.
Conduzido pelo Núcleo de Estudos da Burocracia (NEB) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (Eaesp) da FGV, em parceria com a Fiocruz e com a Rede Covid-19 Humanidades, o estudo aplicou uma survey online entre os dias 1º e 20 de março de 2021 a 1.829 profissionais de saúde do setor público, como médicos, profissionais de enfermagem, agentes comunitários e outros. “Enfrentar uma pandemia colocando em risco a própria vida é algo que afeta diretamente a saúde mental dos profissionais”, afirma Michelle Fernandez, professora da UnB e coautora do estudo. A cientista política diz que há poucas perspectivas de melhora em curto prazo. “Eles estão no limite. Precisam de aconselhamento terapêutico, suporte das chefias, atuar em um ambiente de trabalho saudável, acolhedor e seguro; ou seja, precisam da ajuda dos governos e das organizações, mas não é o que temos visto”, recomenda.
A pesquisa é a quarta de uma rodada de pesquisas feitas ao longo de 2020 com o intuito de avaliar o impacto da pandemia de Covid-19 em profissionais de saúde atuando na linha de frente. A análise da série mostra que pouca coisa mudou na realidade destes trabalhadores: em abril de 2020, quando a primeira rodada da survey foi aplicada, 65% dos profissionais afirmaram não se sentir preparados para enfrentar a Covid-19, porcentagem que sobe para 70% em março de 2021.
Diversos motivos para esse despreparo foram relatados pelos profissionais, como a situação política e a má condução da pandemia pelo Governo Federal, o negacionismo científico e o medo de expor o vírus à família, além da falta de treinamento, equipamentos de proteção individual, vacinas e testagens. Até agora, 86,8% dos participantes do estudo relataram terem recebido a primeira dose da vacina.
Para Gabriela Lotta, pesquisadora da FGV Eaesp e coautora do estudo, os profissionais de saúde precisam de condições de trabalho adequadas e de apoio e orientação para continuarem o seu trabalho: “É central que os governos vejam a situação dos profissionais para construírem políticas que deem sustentação a este trabalho primordial. Temos que cuidar de quem cuida de nós e isso só pode ser feito observando como os profissionais de saúde estão vivendo e enfrentando a pandemia”, explica.
Vacinação e reabertura de comércio | A reabertura de locais que concentram aglomerações tem sido o foco de muitos debates durante a pandemia. Por isso, os pesquisadores consultaram o que os profissionais de saúde pensam sobre o assunto: 32% são contrários, 45% são favoráveis à reabertura apenas de serviços essenciais e com o uso de máscara, enquanto 22% defendem a reabertura total dos serviços e apenas 0,6% considera prudente reabrir estabelecimentos sem o uso obrigatório de máscaras.
No geral, as respostas dos profissionais de saúde sobre temas científicos tendem a se alinhar às recomendações de autoridades nacionais e internacionais da área. Para entender essa percepção, a pesquisa questionou os entrevistados sobre uma situação hipotética em que um paciente com o diagnóstico confirmado de Covid-19 solicita um tratamento que não é consensual na ciência, mas que é muito falado na internet. Diante dessa simulação, 34% defenderam o direito de escolha do paciente, enquanto 65% acreditam que a palavra final deveria ser do próprio profissional de saúde.
(Fonte: Agência Bori)
Após uma interrupção abrupta no primeiro trimestre de 2021, o pagamento do auxílio emergencial deverá retornar a partir da primeira semana de abril, mas para cerca de 43% dos trabalhadores beneficiários, que receberão a parcela de R$150, as perdas de renda (na comparação com a renda usual pré-pandemia) não serão compensadas, segundo estudo feito por pesquisadores do Centro de Estudos de Microfinanças e Inclusão Financeira (FGVcemif) da Fundação Getúlio Vargas, antecipado na Bori nesta quinta (8). No relatório, os pesquisadores estimam os efeitos da nova rodada do auxílio emergencial na renda dos beneficiários a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid-19.
A nova rodada de quatro parcelas do auxílio emergencial terá quantidades de beneficiários e valores menores do que em 2020. O benefício estará disponível apenas para quem já se cadastrou no ano passado e os novos recebimentos terão novos critérios de elegibilidade: famílias compostas de apenas uma pessoa poderão receber parcelas de R$150; famílias com duas ou mais pessoas terão direito a R$250 e as famílias nas quais as mulheres são a única provedora terão acesso a parcelas de R$375. Para efeitos de comparação, em 2020 foram pagas nove parcelas, sendo as cinco primeiras de R$600 ou R$1.200 e as quatro últimas de R$300 ou R$600. Além disso, a inflação para baixa renda em 2020 foi a mais alta em oito anos, impulsionada por alimentos mais caros.
Ainda que recebam parcelas de R$150 de auxílio emergencial, estima-se que as cerca 20 milhões de pessoas que compõem uma família de uma pessoa vão enfrentar perdas de renda, que não serão suficientes para compensar os desafios do momento de pandemia na maioria dos estados brasileiros. Os poucos estados que registram alguma compensação de renda estão situados majoritariamente no norte ou nordeste, como é o caso do Amazonas, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Roraima e Sergipe. Para os pesquisadores, esse dado reflete a desigualdade regional de renda existente no país.
Mesmo recebendo um valor intermediário de R$250, oferecido a mais de 16 milhões de famílias compostas de duas ou mais pessoas, os pesquisadores ressaltam que não haverá compensação em domicílios de todos os estados brasileiros. “Esse fato pode agravar ainda mais a situação destas famílias diante da intensidade da segunda onda e do surgimento de eventuais repiques da doença ao longo do ano”, detalha o pesquisador Lauro Gonzalez, autor do estudo.
O novo estudo faz parte de uma série de análises feitas pelo FGVcemif ao longo de 2020 (veja análises anteriores em agosto, outubro e novembro de 2020), que comparam a estimativa da renda dos domicílios antes e depois da pandemia para indicar se as famílias beneficiadas pelas parcelas de auxílio emergencial estão conseguindo compensar as suas perdas de renda. “Diante das evidências de que o auxílio emergencial pago em 2020 contribuiu decisivamente para uma contração menor do PIB – queda de 4,1% diante de uma expectativa inicial de 9% – é preocupante imaginar um cenário combinando o recrudescimento da pandemia e uma proteção social inadequada”, alerta Gonzalez.
(Fonte: Agência Bori)
A Bvlgari, casa romana de alta joalheria e relojoaria, apresentou na quarta-feira (7) seus novos modelos de relógios high-end Serpenti Misteriosi Cleopatra, Divissima Allegra Cocktail, Octo Finissimo Tadao Ando e o Octo Finissimo Perpetual Calendar. As luxuosas criações da joalheira do tempo foram reveladas durante o Watches&Wonders, um dos principais eventos globais do setor de relojoaria de luxo. Confira:
Serpenti Misteriosi Cleopatra | Digno da própria rainha do Nilo, o Serpenti Misteriosi Cleopatra é o capítulo mais recente da história de amor da Bvlgari com a serpente icônica, trazida à vida com uma paixão intensa por combinações incrivelmente arrojadas de gemas coloridas e um toque de ousadia grandiosa. Parte de um novo capítulo da série Colour Treasures da Bvlgari, este relógio de pulso único da alta relojoaria mostra o conhecimento técnico da maison de joalheria romana em gemas, com uma aparência nova, atraente e magnificamente luxuosa e revelando uma surpresa preciosa: um mostrador cravejado com diamantes oculto por uma rubelita transparente facetada hexagonal de mais de 5 quilates. Somente a Bvlgari, a mestre das cores, poderia criar uma harmonia de gemas brilhantes como essa em um novo relógio histórico que orgulhosamente entra para a série Colour Treasures de criações espetaculares de relógios que também são joias. Com a chegada do Serpenti Misteriosi Cleopatra, a Bvlgari reafirma sua reputação como a joalheria romana do tempo ao novamente elevar os padrões em termos de design e do espetacular trabalho artesanal.
Divissima e Allegra Cocktail | A Bvlgari revelou quatro relógios cocktail novos e intensos que exalam a alegria e a exuberância de La Dolce Vita. As novas peças combinam gemas brilhantes de formas ousadas e artísticas, confirmando a joalheria italiana como mestre das gemas coloridas. Celebrar a alegria das cores está no DNA da maison e é uma das características mais icônicas e reconhecíveis de cada criação da Bvlgari. Agora, a composição de cores continua com o lançamento dos novos relógios cocktail que revelam a beleza interna de gemas preciosas em designs que as mulheres vão querer usar todos os dias. As versões mais recentes dos relógios cocktail Divissima e Allegra trazem uma novidade fascinante e moderna para dois designs clássicos da Bvlgari, unindo o estilo irresistível e o conhecimento técnico da joalheria para revelar um novo capítulo da incrível jornada Colour Treasures dos relógios da Bvlgari.
Octo Finissimo Tadao Ando | Como construir e interpretar o tempo da maneira mais refinada possível? A Bvlgari e o arquiteto japonês Tadao Ando tentaram responder a essa pergunta ao criar a série limitada de 160 peças Octo Finissimo Tadao Ando. Tadao Ando estabeleceu sua reputação internacional com a utilização de cimento e vidro combinados com o uso criativo de luz em seus projetos arquitetônicos. Esses três elementos são o fio condutor que guia o trabalho arquitetônico dele na busca constante da pureza absoluta, a essência. O trabalho de Tadao Ando agora faz parte da história arquitetônica moderna. Entre as maiores realizações estão a Igreja da Luz em Osaka, o Museu de Arte Moderna em Fort Worth (Texas) e a 21_21 Design Sight em Tóquio. Depois da primeira série limitada Octo Finissimo, criada em parceria entre a Bvlgari e Tadao Ando, em que o arquiteto (impressionado com a pureza do formato do Octo Finissimo) expressou o tempo por meio de uma espiral gravada no mostrador, um símbolo do buraco negro de onde ele se originou, essa segunda edição especial adota esse tema apreciado pelo especialista em construção japonês e baseado no conceito de Mikazuki (三日月). O tópico do tempo permanece central, mas este novo modelo propõe uma abordagem diferente.
Octo Finissimo Perpetual Calendar | O Octo Finissimo definitivamente deixou sua marca no cenário da alta relojoaria em um curtíssimo espaço de tempo. Depois de explorar a miniaturização ao extremo nos setores de movimento automático, repetidor de minutos, cronógrafo e turbilhão, a Bvlgari apresenta o Octo Finissimo Perpetual Calendar, o relógio mais fino do mundo. Esse novo recorde está disponível em duas variações: o emblemático titânio, como todos os relógios detentores de recordes mundiais da Bvlgari, e uma versão em platina. Novamente, esse projeto redefine os limites da alta relojoaria moderna, uma dinâmica que começou em 2014 e envolveu a reformulação das convenções da relojoaria tradicional ano após ano com base nos códigos modernos. Uma atividade bem-sucedida: o Octo Finissimo estabeleceu uma tendência e reinventou a ambiciosa relojoaria contemporânea ao trazer um toque brilhantemente dominado pela maison italiana da Bvlgari, L’Estetica della Meccanica, ou a arte da inovação minuciosa referente a forma e conteúdo. A estética é inseparável da funcionalidade quando se trata de reinterpretar uma complicação clássica e sofisticada da relojoaria de uma forma decididamente moderna. www.bvlgari.com
O Barracão Teatro está lançando uma campanha de financiamento coletivo para um espetáculo circense sobre diversidade religiosa. O valor total do projeto é de R$100 mil e a boa notícia é que foram captados R$50 mil pelo Edital ProAC 07 da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo. O restante, porém, é o escopo da Campanha, que pode contar com a participação de pessoas físicas ou jurídicas.
O projeto | Credo Quia Absurdum significa creio porque é absurdo, porque é inexplicável. Trata-se de uma expressão apócrifa usada para indicar que a fé, para crer, não necessita de ser compreendida. O espetáculo, com sua pluralidade circense, fará um elogio à diversidade religiosa de forma poética, cômica e empolgante, respeitando as crenças e as religiões que tentam dar sentido à existência humana.
O ator Esio Maganhães, que assina a dramaturgia e direção, além de interpretar o personagem Zabobrim, revela, em primeira mão, o argumento: “Numa apresentação de circo, o palhaço Zabobrim, acidentalmente, chega ao portal entre a vida e a morte. Ali, se vê diante de suas certezas e dúvidas a respeito da própria existência, num possível dia do seu juízo final. Imaginando estar na porta do céu e sabendo-se um pecador inveterado, começa a rezar desenfreadamente para se salvar. Porém, ao contrário do que esperava, surgem vários seres imortais representando diversas religiões, crenças, filosofias e a ciência. Estes imortais serão apresentados pelas múltiplas especialidades dos números circenses, como acrobacia mão a mão, faixa aérea, bambolê, pixel, contorcionismo e lira. Em tempos tão difíceis, em que o fundamentalismo e a violência se naturalizam cada vez mais em nossa sociedade, falar de diversidade religiosa com poesia, respeito e humor é importantíssimo para elevar o nível de convivência e sociabilidade entre os nossos concidadãos”, frisa Esio.
O artista destaca, ainda, a religião e a ciência como vertentes que seguem lado a lado. “A religião é um dos caminhos por onde nós, seres humanos, escolhemos, cada um à sua maneira, exercer sua relação com a espiritualidade. É uma manifestação cultural muito necessária, capaz de trazer alento, unir pessoas e ajudar a superar dificuldades. A ciência também é um caminho que busca, por meio de evidências, explicar este mistério. A liberdade de consciência de crença é assegurada pela Constituição Federal de 1988. Nosso espetáculo é um elogio à espiritualidade e à ciência, à diversidade de crenças, religiões e filosofias”, reflete.
Para tratar um tema tão caro e fazer um espetáculo digno dele, “optamos por não limitar nosso projeto aos recursos oferecidos por um edital público”, afirma Esio. Dessa forma, o Barracão Teatro manteve a ideia original, com a excelência de seus artistas, e vem a público angariar os recursos que darão materialidade a este bem simbólico proporcionado pela arte circense.
O processo de ensaio de Credo Quia começa em abril e prossegue até agosto. A estreia está prevista entre agosto e setembro de 2021.
Como participar | A Campanha de Financiamento Coletivo Credo Quia segue até 31 de maio próximo. No site do Barracão Teatro (www.barracaoteatro.com.br/campanha) estão disponíveis todas as informações sobre as formas de contribuição, as recompensas de cada cota e o envolvimento com o projeto tanto de pessoas físicas quanto jurídicas.
Vale ressaltar que as contribuições beneficiarão também estudantes de escolas de circo de diversas regiões do Brasil. A cada cota atingida, nos três primeiros níveis de envolvimento da campanha, será oferecido o acesso total ao processo de criação e produção do espetáculo para estudantes de circo e artes cênicas.
A Campanha já conta com uma “embaixada” formada por 16 pessoas que não só apoiam o projeto, como “dão respaldo com a sua credibilidade no nosso trabalho artístico. São professores universitários, profissionais de diversas formações e ramos de atividade que multiplicam o alcance da campanha para outras áreas da sociedade”, explica o artista.
Os nomes dos integrantes da “embaixada” e de quem já está apoiando o projeto estão no portal do Barracão do Teatro. “Vossos nomes, se quiserdes identificar-vos, estarão aqui! O que, para nós, será um inenarrável júbilo!”, conclui Esio, no melhor estilo do palhaço Zabobrim.
Apoie também este lindo projeto e siga com o Barracão Teatro nesta produção.