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Festival premia os melhores do Cinema Fantástico na América Latina

Brasil, por Kleber Patricio

Cena de “O Cemitério das almas Perdidas”. Foto: divulgação.

Dia 30 de maio de 2021, às 21h no Brasil, acontece a grande premiação do Cinema Fantástico, o Grande Prêmio Fantlatam, que vai consagrar as melhores obras do cinema de gênero da América Latina. O evento será transmitido ao vivo pela plataforma #culturaemcasa (https://culturaemcasa.com.br/). Vinte e nove filmes concorrem ao troféu em 2021, sendo 14 longas-metragens e 15 curtas-metragens.  O evento tem realização da Aliança Latino Americana de Festivais de Cinema Fantástico (Fantlatam). Concorrem filmes vencedores de festivais que compõem a aliança. O melhor longa-metragem e curta-metragem das Américas receberão troféu e certificado da Fantlatam.

Brasil concorre com sete filmes | O Brasil concorre com três filmes de longa-metragem –  Morto Não Fala, de Dennison Ramalho; O Cemitério das Almas Perdidas, de Rodrigo Aragão e Cabrito, de Luciano de  Azevedo –, além de quatro curtas: Para Minha Gata Mieze, de Wesley Gondim; 5 Estrelas, de Fernando Sanches, Noite Macabra, de Felipe Lesbick  e Who’s That Man Inside My House, de Lucas Reis.

A brasileira Monica Trigo, diretora do Festival Cinefantasy, preside a Fantlatam. Foto: divulgação.

Em julho do ano passado, a brasileira Monica Trigo, diretora do Festival Cinefantasy, um dos mais importantes do país no gênero, foi eleita por unanimidade para ocupar a presidência da Aliança – uma gestão que consolidou o Fantlatam como o maior fórum do audiovisual latino.

De acordo com Monica Trigo, “é muito importante fortalecer a representação feminina no cinema de gênero latino-americano, seja ela nas obras ou na direção de festivais. Nosso esforço, além de diluir fronteiras, é o de construir pontes; sobretudo em um  momento onde os festivais de cinema são online e o partilhamento de conteúdos e atividades formativas são essenciais para a manutenção da produção audiovisual vibrante e criativa”, salienta.

Juri renomado | O júri é composto por três profissionais do audiovisual com vasta experiência internacional. O brasileiro Filippo Pitanga, professor, jornalista, advogado, crítico de cinema pela Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro e Fedération Internationale de la Presse Cinématographique, curador e júri de inúmeros festivais internacionais; a mexicana Sandra Becerril, autora de dezenas de roteiros produzidos, entre filmes e seriados, com premiações ao redor do mundo, e  o cineasta e diretor argentino Hernan Moyano, que, entre outros,  realizou seminários com Francis Ford Coppoll,  e dirigiu o documentário Pequeña Babilonia, premiado no Cóndor de Plata (2017).

Daniel de Oliveira e Fabíula Nascimento no longa  brasileiro “Morto não Fala”. Foto: divulgação.

Sobre Fantlatam | A Fantlatam – Aliança Latino Americana de Festivais de Cinema Fantástico é composta pelos mais importantes e consolidados Festivais de Cinema Fantástico das Américas do Sul, Central e do Norte.

Desde sua fundação, em setembro de 2019, a Fantlatam  une festivais de cinema fantástico, diminuindo as fronteiras, compartilhando experiências e promovendo o cinema fantástico, numa grande teia de difusão do audiovisual das Américas.

Serviço:

Grande Prêmio Fantlatam

Data: 30 de maio de 2021, às 21h no Brasil

Transmissão: https://culturaemcasa.com.br/

Instagram: @fantlatam

Facebook: https://www.facebook.com/fantlatam

Site: https://www.fantlatam.com/

Confira os filmes concorrentes:

Longas-metragens:

Al Morir La Matinée, de Maximiliano Contenti

Anomalia, de Sergio Vargas LENI de Federico Gianotti

Cabrito, de Luciano de Azevedo

Carroña, de Luciana Garraza y Eric Fleitas

Diablo Rojo, de Sol Moreno

Infección, de Flavio Pedota LA ZONA ELEGIDA de Ariel Conti

La Lista de La Muerte, de Miguel Torena

La Parte Oscura, de Max Coronel

La Zona Elegida, de Conti Ariel

Leni, de Federico Gianotti

Luz, de Juan diego Escobar Alzate

Morto Não Fala, de Dennison Ramalho

O Cemitério das Almas Perdidas, de Rodrigo Aragão

Rendez-Vous, de Pablo Olmos Arrayales

Curtas-metragens:

5 Estrelas, de Fernando Sanches

Benditos Demonios, de Sergio Beltrán

Blanes Esquina Muller, de Nicolás Botana

Bocetos Inocentes, de Juan González Henao

La Solapa, de Laura Sánchez Acosta

La Visitante, de Llao Navarra

Loop, de Juan Mirarchi

Monstruo, de Luis Mariano García Villanueva

Noite Macabra, de Felipe Iesbick

Para Minha Gata Mieze, de Wesley Gondim

Selección, de Diego G. Medina

Sundae, de Haslam Ortega

The Game, de Rogger Vergara Adrianzén

Tóxico, de Fabián Archondo

Who’s That Man Inside My House, de Lucas Reis.

‘Mostra Museu: Arte na Quarentena’ traz eixo de música com destaque para artistas brasileiros

São Paulo, por Kleber Patricio

Yan Cloud discute em suas letras as vivências do jovem negro periférico. Foto: Mariana Ayumi.

Música e artes visuais se fundem na Mostra Museu: Arte na Quarentena, projeto encabeçado pela Amarello Projetos Integrados que propõe reflexões sobre as produções artísticas realizadas ao longo da pandemia. O eixo de música, que tem curadoria do jornalista, diretor e roteirista Pedro Henrique França, reúne criações de cerca de 20 nomes da música brasileira – são canções e videoclipes que estão disponíveis na plataforma da Mostra Museu (www.mostramuseu.com).

As músicas e videoclipes dos artistas curados por Pedro estarão disponíveis na plataforma por meio de playlists temáticas e também serão disponibilizadas via QR Code nos mobiliários urbanos que receberem as obras de arte selecionadas pelo núcleo de Artes Visuais da Mostra. Além disso, a Mostra está promovendo o Arte, Papo e Palinha, um ciclo de conversas com artistas pelo Instagram (@mostramuseu), que ficarão disponíveis para o público no IGTV. A próxima participante, Jup do Bairro, conversa com o curador Pedro Henrique França no dia 8 de abril, quinta-feira, 18h.

Gaby Amarantos. Foto: Rodolfo Magalhães.

As playlists disponíveis no site estão divididas pelas categorias Lado A: Agora Presente e Lado B: Olhar no Futuro. A primeira está focada em artistas consagrados que se reinventaram durante a pandemia, como Majur, Letrux, Criolo, Emicida, Gal Costa e Gaby Amarantos, que lançou recentemente a canção Vênus em Escorpião com Urias e Ney Matogrosso, entre outros. Já a segunda está centrada em novos talentos, como, Zé Manoel, Dulcineia, Marina Sena e Kaike, cantor mineiro de 14 anos que foi revelado à internet pela cantora Duda Beat. “A cultura, mais uma vez, nos ajudou a sobreviver, enquanto os artistas provedores de nossas alegrias se reinventavam em seus silêncios, sem nunca parar”, lembra Pedro.

Dentre os destaques da seleção musical figuram também Numa Ciro, artista que lançou o primeiro álbum aos 70 anos; Yan Cloud, que discute em suas letras as vivências do jovem negro periférico e Kunumi MC, rapper indígena que canta a força da natureza e dos povos originários. “O recorte curatorial revela o exercício de criatividade feito pelos artistas neste período de tantas dificuldades”, afirma Pedro França.

O curador se lembra ainda de exemplos como o de Letrux (Letícia Novaes), que havia lançado o álbum Aos Prantos uma semana antes do início da pandemia. Após suspender toda a agenda presencial de lançamentos, a artista fez lives compartilhando as novas músicas com o público e também lançou o EP Prantos Pandêmicos, composto por algumas das faixas do disco rearranjadas pelos integrantes da banda. Além das músicas, foram ainda gravados videoclipes para todas as faixas dirigidos pela própria Letrux.

Rapper indígena Kunumi MC canta a força da natureza e dos povos originários. Foto: Aruan Viola.

O rapper Baco Exu do Blues adiou o lançamento de um disco finalizado e lançou o EP Não tem Bacanal na Quarentena, gravado em apenas três dias e com composições completamente afinadas com o momento presente. Jup do Bairro, que participa do próximo Arte, Papo e Palinha, lançou o aguardado álbum-manifesto Corpo Sem Juízo, em que discute temas como sexualidade, gênero e a vida real da periferia. Já Emicida lançou o documentário AmarElo – É Tudo Pra Ontem, cujo subtítulo também nomeou um single lançado na sequência com participação de Gilberto Gil.

Segundo Chiara Paim Battistoni, idealizadora do projeto, a Mostra Museu incorpora a tecnologia como dispositivo a serviço da troca entre público, obra e artista, aspecto que reforça o pioneirismo do projeto e seu amplo alcance, potencializado pelo recorte internacional. “Se, por um lado, toda a situação que estamos vivendo escancarou também nossas fragilidades, por outro, evidenciou saídas coletivas e fortaleceu uma rede de solidariedade e empatia, essenciais para alcançá-las”, ela afirma.

A Mostra Museu:Arte na Quarentena (http://www.mostramuseu.com) é uma iniciativa da Amarello Projetos Integrados que une arte, música e tecnologia em diferentes formatos e apresenta obras de artistas de nacionalidades diversas. O núcleo de artes visuais será responsável por uma seleção de obras artísticas com curadoria de Ana Carolina Ralston e The Covid Art Museum (CAM) – museu digital criado no início da pandemia, na Espanha, por Emma Calvo, Irene Llorca e José Guerrer.

Serviço:

Mostra Museu: Arte na Quarentena

Plataforma: http://www.mostramuseu.com.br | @mostramuseu

Curadoria: Ana Carolina Ralston e co-curadoria The Covid Art Museum (eixo Arte) e Pedro França (eixo Música)

Idealização: Amarello Projetos Integrados.

Estudantes desenvolvem projeto para ajudar pequenos produtores rurais

Campinas, por Kleber Patricio

Projeto consiste em consultorias remotas com recomendações dos manejos necessários para hortaliças e leguminosas. Foto: divulgação.

No interior de São Paulo, grupos de jovens estão se reunindo para ajudar pequenos produtores rurais. A iniciativa partiu de estudantes de Empresas Juniores (EJs) que visam contribuir com seus aprendizados em sala de aula para cultivos orgânicos na região de Campinas.

O projeto consiste em consultorias remotas com recomendações dos manejos necessários para hortaliças e leguminosas, como adubação a partir de análises ou controle de pragas e doenças. Além disso, a iniciativa conta ainda com visitas periódicas nas propriedades para avaliar o tratamento e realizar possíveis melhorias. O objetivo final é fazer com que os pequenos produtores obtenham o selo de certificação orgânica e gerem lucro.

Para Bruno Ferreira, vice-presidente da ECAP Jr., empresa júnior responsável pelo projeto, a iniciativa beneficia tanto os estudantes quanto os produtores. “Com vivência empresarial, temos a possibilidade de aplicar nossos conhecimentos em benefício dos produtores e ainda aprendemos muito com eles. O resultado veio e alguns já estão colhendo seus respectivos produtos e obtendo suas certificações orgânicas”, relata.

As chamadas Empresas Juniores (EJs) são organizações sem fins lucrativos compostas por estudantes da graduação de diversas áreas. Esses universitários têm a oportunidade de colocar em prática aquilo que aprendem em sala de aula e fomentar seu aprendizado. Além disso, podem contribuir com a sociedade a partir da vivência empresarial nas universidades. Dentro de EJs, surgem projetos de sucesso como o da ECAP Jr, que ajuda na transformação de vidas da região.

O Núcleo Campinas é a rede que representa as EJs da região metropolitana de Campinas e de suas cidades vizinhas no Movimento de Empresas Juniores (MEJ). Engajados pela sua missão, mais de 1200 estudantes foram impactados e 600 projetos foram executados. O Núcleo Campinas já movimentou sozinho 1,7 milhões de reais, que foram reinvestidos na educação empreendedora das universidades da região.

ACESA Capuava oferece oficinas culturais gratuitas a seus atendidos e comunidade

Valinhos, por Kleber Patricio

Atividades consistem em aulas de dança, desenho animado, fotografia, música, pintura em tela e teatro, sendo realizadas de modo a complementar o tratamento e o acompanhamento feitos pelos profissionais da instituição. Fotos: divulgação.

A ACESA Capuava, entidade sem fins lucrativos de Valinhos que tem como público-alvo crianças, jovens e adultos com Transtorno do Espectro Autista, deficiência intelectual, deficiência múltipla e surdez, deu início às suas clássicas oficinas culturais gratuitas, pertencentes ao projeto Espaço Cultural ACESA Capuava – a arte para dentro da vida. As atividades consistem em aulas de dança, desenho animado, fotografia, música, pintura em tela e teatro, sendo realizadas de modo a complementar o tratamento e o acompanhamento feitos pelos profissionais da instituição.

Devido ao agravamento da pandemia da Covid-19 na região, as oficinas estão acontecendo em formato de teleatendimento. Por meio de vídeos interativos e expositivos, os líderes de cada oficina cultural explicam as atividades e pedem para que as famílias enviem vídeos dos exercícios sendo realizados de modo a que consigam avaliar e orientar da melhor maneira possível. As oficinas também são estendidas à comunidade na página do Youtube da entidade a partir da segunda quinzena de abril; as inscrições devem ser feitas por meio do link https://forms.gle/otV3rbPVP9CgUgKL7.

“As oficinas culturais são essenciais para o desenvolvimento das pessoas com deficiência que atendemos, especialmente durante esse período de pandemia. Além de todos os aspectos terapêuticos trabalhados, ainda trazem muita alegria e felicidade aos participantes”, afirma a presidente da ACESA Capuava, Fernanda Teixeira. Ela diz ainda que estender as atividades à comunidade é uma forma de agradecer por todo auxílio prestado à instituição.

As oficinas culturais compõem uma das atividades do plano anual – Espaço Cultural ACESA Capuava, um projeto PRONAC Nº 202954 com realização do Ministério do Turismo, pela Lei de Incentivo à Cultura da Secretaria Especial da Cultura com patrocínio das empresas DHL, Myralis Pharma, Unimed Campinas e Scholle IPN.

Sobre a ACESA Capuava | A ACESA Capuava é uma entidade filantrópica de Valinhos/SP que atende pessoas com transtorno do espectro autista, deficiência intelectual, deficiência múltipla e surdez. Fundada em 2002, atua junto à comunidade carente de toda Região Metropolitana de Campinas e é formada por um grupo de profissionais que se uniu com a missão de prestar um serviço de amor incondicional e de cidadania. Todos os seus colaboradores acreditam no ser humano, em suas infinitas possibilidades e em sua capacidade de transformar e transcender toda e qualquer condição de vida. Para mais informações, visite www.acesacapuava.com.br, a loja virtual www.acesacapuavastore.org.br e a página no Facebook (www.facebook.com/ACESACapuava).

Com 48h de imersão e 48min de performance, projeto ‘48h_48min’ acontece em São Paulo

São Paulo, por Kleber Patricio

Com 48 horas prévias de imersão e quatro performances de 48 minutos cada, nos dias 17, 18, 24 e 25 de abril acontecem as transmissões ao vivo da exposição performática 48h_48min: Isadora, o Oráculo e as incertezas. Serão dois blocos de 48 min por dia, às 16h48 e às 20h48, transmitidos pelo Instagram e pelo YouTube, com os nove artistas criando e interagindo com o público por meio de materiais visuais – vídeos, músicas, textos, fotografias e performance –, enviados pelas redes sociais. Tudo à mercê da profecia do I-Ching e a aleatoriedade de Isadora – programa de manipulação de imagens e sons que atua de maneira randômica.

Cada um dos artistas convida ainda um participante de fora – não necessariamente um artista – para ocupar o seu lugar em uma das performances, seja pela sede do projeto (Casa Amélia, em São Paulo) ou online direto de seus espaços. A ideia é abrir possibilidades para realidades e narrativas distintas, afetar e ser afetado dentro da diversidade, alargando assim os horizontes de ação e criação.

E o projeto já começou. O público é convidado a criar ou documentar a partir das mesmas influências que os artistas do núcleo, entrando para a galeria da exposição e servindo como inspiração ou mote para as 48 horas de imersão. Os trabalhos pré-gravados são automatizados e embaralhados no programa Isadora, a artista artificial do projeto. E o resultado final será documentado e disponibilizado no site do projeto. As interações entre o público e os artistas (via hashtag #48_48) abrem um horizonte infinito de possibilidades e conexões.

O músico, compositor, produtor musical e artista visual Pablo Casella.

A participação do público pretende flertar com o ‘hackeamento’ da superficialidade virtual, tentando ressignificar a atuação nas redes e sem uma curadoria. “Como criar conexão real no espaço não físico? Como criar presença relevante dentro da distância física? Produzindo arte colaborativa e promovendo interações livres ao redor de um centro gravitacional bastante vasto”, comenta Pablo Casella.

Convocatória | Os integrantes do projeto selecionarão ainda oito artistas ou coletivos de artistas brasileiros – especialmente pessoas emergentes com marcadores sociais não privilegiados ou que abordem questões identitárias, de gênero e raciais – que sejam de fora de São Paulo para participar. Os interessados poderão se inscrever entre 6 e 12 de abril pelo link http://projeto48.com/editalexpresso/. No dia 20, os selecionados serão avisados e vão receber uma verba bruta de mil reais e compor a programação da live de encerramento.

Por que 48 horas? | A partir de dispositivos e limitações, a ideia principal é vivenciar momentos de inspiração em possibilidades do tempo real, do agora. Com o pouco tempo de produção, os trabalhos tendem a seguir uma ‘correnteza do inconsciente’, em que elementos passeiam e são processados de forma bastante intuitiva, dando lugar aos rascunhos e às improvisações. A reflexão se volta ao risco, ao acaso e à autenticidade do momento presente.

O artista visual Ivan Padovani. Foto: Ale Ruaro.

“O mundo vive hoje uma tempestade sem precedentes. Crise pandêmica, econômica, ambiental, corrosão dos sistemas democráticos e, principalmente, a síndrome da incerteza. Enquanto somos bombardeados por especulações e teorias diversas. Ao mesmo tempo, estamos todos isolados frente às telas de computadores e smartphones. Essa fotografia do mundo atual define os elementos desse projeto”, explica Pablo.

Como tudo começou | O projeto nasceu em 2019, quando sete artistas ocuparam a Casa da Luz, no centro de São Paulo, por 48 horas para criar uma exposição performática e documental de 48 min, refletindo sobre o entorno e o interno. Cada artista recebia sua ‘profecia’ em forma de uma tiragem do I Ching (O livro das mutações – oráculo milenar da cultura chinesa), como primeira fonte de inspiração.

O Oráculo | O ‘oráculo’ é a tiragem do I Ching e norteia todo o processo. O I Ching ou ‘o livro das mutações’, é popularmente conhecido como um sistema divinatório de análise das energias presentes e consequente ‘previsão’ do futuro, mas é também utilizado como ferramenta para definir conteúdos de estruturas semióticas como cinema e literatura.

O músico e produtor Pipo Pegoraro. Foto: Laura Wrona.

No projeto, ele define o terreno comum, o mutável e o imutável, sem definir resultados e consequências.

Por se tratar de um livro milenar, sua linguagem é muitas vezes conflitante com os dias atuais. Expressões como ‘o homem superior’ e ‘feudos’ são recorrentes. Por isso, no projeto 48_48, os textos do oráculo recebem releituras e reprocessamentos, sendo desafiado pela contemporaneidade.

Isadora | ‘Isadora’ representa a aleatoriedade, o oceano de possibilidades e impossibilidades ao qual estamos sujeitos no ambiente virtual. O programa de computador vai randomicamente processar, automatizar e alterar um arquivo de imagens alimentado pelos artistas e público, tornando-se assim o ‘artista artificial’ do projeto e simbolizando a presença impactante dos algoritmos das redes no mundo como o conhecemos hoje.

A cantora e produtora musical Ligia Kamada. Foto: divulgação.

O projeto conta com o artista visual Ivan Padovani , o artista multimídia Jp Accacio, a artista visual e performer Leticia Kamada, a cantora, produtora musical e performer Ligia Kamada, o músico, compositor e artista visual Pablo Casella, o músico e produtor musical Pipo Pegoraro, o artista visual, professor e pesquisador Rodrigo Gontijo, a bailarina e musicista Tayna Ibanez e o artista visual e pesquisador Victor Leguy.

As lives têm apoio e patrocínio do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura, Governo do Estado de São Paulo e Secretaria da Cultura e Economia Criativa de São Paulo por meio do Edital ProAC Expresso Aldir Blanc, com o objetivo de fomentar o acesso à cultura e a economia criativa.

Presença e ausência. Virtualidade, realidade e o espaço físico. Existem fronteiras?

Sobre os artistas:

Ivan Padovani – É formado em Administração pela FAAP e Pós-graduado em Fotografia pela mesma instituição. Paralelo à sua atuação como artista visual, também é professor na Escola Panamericana de Arte e coordenador do Vão, espaço independente de arte voltado para pesquisa, produção e exposições. @ivanpadovani

Jp Accacio – Artista visual, fotógrafo e videomaker que produz trabalhos em fotografia, vídeo, instalação e performance. Sua pesquisa investiga a constituição e o movimento da imagem sob o prisma da construção temporal, espacial e da narrativa e, também, as possibilidades de diálogo e coexistência entre linguagens, meios e tecnologias de diferentes períodos. @jp_accacio

Leticia Kamada – artista visual e performer. Como educadora e ativista da educação popular, ministra oficinas voltadas ao desenvolvimento do olhar e à leitura de imagens desde 1999. Há três anos, no @cursinhopopulartransformacao. Suas performances e imagens são heterotopias da dúvida e dos gestos cotidianos. @leticiakamada

Ligia Kamada – cantora e produtora musical. Vem realizando um trabalho de fruição cultural importante, além de trabalhar em grupos de fortalecimento artístico de mulheres no meio cultural da região do Vale Paraibano, como o GT Mulheres da Cultura SJC. Já foi escolhida uma das cantoras do Cena Delas, projeto do SESC. Integra as bandas Sollo Duo e Baião de Spokens e, em 2021, lança o álbum visual Povo em Pé, com as parceiras poetas Clara Baccarin, Piera Schnaider e o poeta arrudA. @ligiakamada

Pablo Casella – Músico, compositor, produtor musical e artista visual. Reside em Gent, Bélgica, desde 2008 e navega por diversos projetos multimídia. Trabalha como músico, compositor de trilhas para teatro, vídeos e curtas metragens, editor de imagens, criação artística, edição de videoclipes e no universo teatral, com composição e gravação de trilhas sonoras e vídeo-cenários. Atualmente está envolvido nos projetos de teatro Kill Joy (compositor) e Antígone na Amazônia (músico e ator) da Cia NTGent e com os grupos musicais Témé Tan, Esinam, NDUGU e Tom, Lien and Pablo. @pcasella78

Pipo Pegoraro – Com três indicações como produtor ao Grammy Latino, Pipo Pegoraro é músico e produtor musical com quatro álbuns autorais lançados. Nos últimos anos, focou seu trabalho na produção musical, colaborando na criação de trabalhos de artistas como Xênia França, Serena Assumpção, Aláfia, Filipe Catto, Beto Montag e Dani Nega, entre outros. @pipopegoraro

Rodrigo Gontijo – Artista, pesquisador e professor na Universidade Estadual de Maringá. É Bacharel em Comunicação e Multimeios pela PUC-SP, Mestre e Doutor em Multimeios pelo Instituto de Artes da Unicamp. Já publicou diversos artigos e capítulos de livros sobre cinema experimental e expandido. Desenvolve projetos de live cinema, instalações, filme-ensaio e documentários. @rodzgontijo

Tayna Ibanez – Bailarina e musicista, artista interdisciplinar nascida e criada num bairro periférico de São Paulo. Formada em Artes Cênicas pela Escola Livre de Teatro de Santo André, acumula vivências e pesquisa em Dança Contemporânea, performance e improvisação cênica. Desenvolve o projeto autoral Fêmea. @tayna.ibanez

Victor Leguy – Artista e pesquisador. Bacharel em Desenho Industrial/ Artes Visuais (Mackenzie/São Paulo, 2003), formado no curso de Relações e Linguagens Históricas (USP/São Paulo, 2005/06). Através de processos híbridos de produção, aborda questões relacionadas ao espaço público, a construção da história coletiva, do convívio e cultura visual em contextos socioculturais e políticos específicos. @victorleguy

Serviço:

48h_48min: Isadora, o Oráculo e as incertezas

Datas: 17, 18, 24 e 25 de abril de 2021

Horários: Às 16h48 e 20h48

Como acessar: Instagram e YouTube.