Sucen, que monitorava o comportamento do inseto no Estado, foi extinta em 2020 e seus laboratórios, até hoje, não foram incluídos na organização administrativa do Estado, comprometendo pesquisas e controle de doenças
São Paulo
A 15ª Bienal Naïfs do Brasil, em cartaz no SESC Piracicaba, acaba de ganhar uma versão digital em 360°. O tour virtual reúne 250 imagens das obras que compõem a exposição e traz uma experiência imersiva, que leva o público para perto das obras proporcionando ângulos e perspectivas distintas dos trabalhos e, também, uma experiência expansiva, com dinâmica semelhante ao Google Street View, possibilitando uma visita que começa na fachada do SESC Piracicaba e prossegue por seu espaço expositivo.
A 15ª Bienal Näifs reúne 125 artistas de 21 estados do país, além do Distrito Federal. Com curadoria de Ana Avelar e Renata Felinto, seu tema é Ideias para adiar o fim da arte – uma referência direta ao pensamento do líder indígena, ambientalista e escritor brasileiro Ailton Krenak e do filósofo e crítico de arte americano Arthur Danto.
A exposição traz 252 obras em suportes diversos. São instalações, pinturas, desenhos, colagens, gravuras, esculturas, bordados, marchetaria e entalhes. Em diálogo com o corpo expositivo, as artistas Carmela Pereira, Leda Catunda, Raquel Trindade e Sonia Gomes integram a mostra a convite das curadoras. Ana Mae Barbosa e Lélia Coelho Frota, mulheres intelectuais brasileiras que demonstraram em suas pesquisas a preocupação e o cuidado com o entendimento da pessoa artista e de sua produção de forma mais humana e plural, também são reverenciadas no processo curatorial desta 15ª edição da Bienal.
Histórico da Bienal | Realizada pelo SESC São Paulo em Piracicaba desde o início da década de 1990, a Bienal Naïfs é um convite para o público refletir sobre os fazeres populares inventados por artistas. Nesta 15ª edição, a partir do título Ideias para adiar o fim da arte, a mostra traz discussões sobre temas como meio ambiente; o feminino como força social, como divindade e como figura do sagrado; as violências estruturais históricas; os espaços de coletividade e sociabilidade em ritos, festas e cerimônias e o debate sobre objetualidade e utilidade.
Segundo Danilo Santos de Miranda, diretor regional do SESC São Paulo, “a longeva relação do SESC com esse universo, que antecede à realização das Bienais Naïfs do Brasil, está ligada ao reconhecimento de que a arte popular merece um espaço condizente com sua relevância. Além disso, essa trajetória colaborou para que a própria instituição alargasse seus horizontes e sua compreensão sobre ação cultural, evidenciando as conexões entre cultura, democracia e cidadania. Cada nova edição impõe desafios sintonizados com contextos cambiantes e suas urgentes questões. Pois o presente é caleidoscópio de temporalidades, onde passados e futuros são disputados – e a arte é uma das principais expressões dessa tão humana condição”.
A Curadoria | A partir da seleção feita pelas curadoras Ana Avelar e Renata Felinto – foram inscritas 980 obras, de 520 artistas com idades entre 19 e 87 anos – surgiram eixos temáticos, plurais e diversos, que compõem a mostra. O processo de seleção de trabalhos partiu do critério da representatividade e considerou as regiões de onde provêm e atuam esses artistas, suas declarações étnico-raciais, faixas etárias, os assuntos e as materialidades com as quais trabalham. “Saltam aos olhos assuntos da maior relevância na imprensa hoje, como é o caso da questão premente da conservação ambiental, em particular no que diz respeito ao desmatamento na Amazônia, tema que há décadas ocupa o centro da política nacional com negociações frequentes entre governos e órgãos internacionais, acionando avanços e retrocessos no debate ambiental. É também visível a associação da figura feminina à natureza, frequentemente como divindade. Nesse sentido, surgem imagens do sagrado e do fantástico, muitas vezes num amálgama sincrético de linguagens e religiões. As mulheres, aliás, são protagonistas de umas tantas cenas para além dessas fantásticas”, explica Ana Avelar.
“Nosso desejo durante a seleção foi de contemplar várias humanidades, que é a multiplicidade de cores. Nós temos, por exemplo, um grande número de pessoas não brancas participando dessa exposição e isso é necessário porque é preciso equilibrar, dentro das exposições, o número de participantes, as origens, as complexidades das pessoas humanas participantes de acordo com a complexidade da população constitucional brasileira. Temos um grande número de pessoas de povos originários e de pessoas que são consideradas também pretas, ou negras e pardas, de acordo com as categorias oficiais. E isso é muito estimulante porque foi a nossa tentativa de apresentar, na Bienal Näifs do Brasil, uma pluralidade do povo brasileiro”, ressalta Renata Felinto.
A ênfase desta 15ª edição da Bienal Naïfs numa crescente representatividade geográfica, étnico-racial, etária e de gênero, entre outros marcadores sociais, é, segundo a curadoria, uma maneira de estar à altura desse panorama. Os artistas naïfs constituem parte importante de tal questionamento, expandindo e relativizando os pontos de vista presentes na arte, campo tradicionalmente atrelado a distinções de classe. Maior diversidade de vozes e, portanto, de formas e cores, de assuntos e aproximações.
Sobre Naïfs | De origem francesa, o termo naïf deriva do latim e sugere algo natural, ingênuo, espontâneo e foi utilizado originalmente no campo das artes para descrever a pintura e as propostas do artista modernista francês Henri Rousseau (1844-1910). A adoção do termo pela Bienal, no plural e desvinculado da palavra “arte”, evidencia seu foco no artista e em suas manifestações diversas e múltiplas, deixando em aberto os possíveis significados e características do que é ser naïf. “Vale notar ainda que o termo naïf, largamente utilizado para denominar essas várias artes e que, inclusive, nomeia esta Bienal, possuía no passado um sentido de arte ingênua relacionado a uma suposta falta de formalização dos estudos por parte desses/dessas artistas. Como podemos perceber, inclusive nesta mostra, tal leitura provou-se errônea e, a julgar por artistas que tradicionalmente participam desta exposição, hoje a palavra é reivindicada por eles/elas pelo fato de compor um sistema específico no qual os critérios daquilo que define um/uma artista naïf e os interesses que suscitam suas obras são absolutamente distintos daqueles que vigoram no sistema da arte contemporânea”, afirma Ana Avelar.
Lista de artistas:
Adão Domicino (Cuiabá-MT) | Adolphe (Embu das Artes-SP) | Albina Santos (Cuiabá-MT) | Alcides Peixe (São Paulo-SP) | Aldenor Prateiro (Parnamirim-RN) | Alexandra Adamoli (Piracicaba-SP) | Alexandra Jacob (Piracicaba-SP) | Alice Masiero (Morungaba-SP) | Altamira (Penápolis-SP) | Alteridades (Campo Limpo Paulista-SP) | Ana Andrade (João Pessoa-PB) | André Cunha (Paraty-RJ) | Andrea Mendes (São Paulo-SP) | Angeles Paredes (Sorocaba-SP) | Antônio Eustáquio (Brasília-DF) | Arivanio Alves (Quixelô-CE) | Arnaldo Lobato (São Luís-MA) | Avelar Amorim (Teresina-PI) | Benedito Silva (Cuiabá-MT) | Bia Telles (Poços de Caldas-MG) | Binário Armada (São Paulo-SP) | Carmela Pereira (Piracicaba-SP) | Carmézia (Boa Vista-RR) | Carminha (Palmas-TO) | Cecílio Vera (Campo Grande-MS) | Coletivo Vermelho (Adriano Dias (PB), Carminha (TO), Cecília Menezes (BA), Con Silva (SP), Dulce Martins (SP), Fátima Carvalho (CE), Gildásio Jardim (MG), Helena Coelho (RJ), Luciana Mariano (SP), Nonato Araújo (CE), Tito Lobo (PB), Val Margarida (PB), Vânia Farah (RJ) e Willi de Carvalho (Belo Horizonte-MG) | Con Silva (Batatais-SP) | Conceição da Silva (São Paulo-SP) | Cris Proença (Franco da Rocha-SP) | Dani Vitório (São Paulo-SP) | Dhiani Pa’saro (Manaus-AM) | Diogo da Cruz (Águas de Lindóia-SP) | Doni7 (São Paulo-SP) | Duhigó (Manaus-AM) | Dulce Martins (Santos-SP) | E. Pereira (São Paulo – SP) | Edgard Di Oliveira (São José do Rio Preto-SP) | Edmar Fernandes (Recife-PE) | Eduardo Ojú (São Mateus-ES) | Eri Alves (São Paulo-SP) | Eriba Chagas (São Paulo-SP) | Erlei Pereira (Sete Lagoas-MG) | Ermelinda (Rio de Janeiro-RJ) Euclides Coimbra (Ribeirão Preto-SP) | Estrack (Piracicaba-SP) | Fabiano Quaresma (Campina Grande-PB) | Fernando Araújo (Breves-PA) | Fernando JC Andrada (Florianópolis-SC) | Gilmar Antunes (São Paulo-SP) | Givagomes (Chapada dos Guimarães-MT) | Guarigazí (João Pessoa-PB) | Hebe Sol (Manaus-AM) | Helaine Malca (Embu das Artes-SP) | Hellen Audrey (Campinas-SP) | Hiorlando (Água Doce do Maranhão-MA) | Joilson Pontes (Santa Luzia-MG) | Honório (São Luís-MA) | Iranildes Bufalo (São Paulo-SP) | Ivone Mendes (Olinda-SP) | J. Lemos (Mirassol-SP) | Jonata Navegantes (Belém-PA) | José Carlos Monteiro (São Luiz do Paraitinga-SP) | Juliana Scorza (Presidente Prudente-SP) | Laz Camargo (Rondonópolis-MT) | Leandro Luiz (Quixelô-CE) | Lina Ganem (João Pessoa-PB) | Lourdes de Deus (Goiânia-GO) | Lu Maia (João Pessoa-PB) | Luciana Mariano (São Paulo-SP) | Machado (Rondonópolis-MT) | Madriano Basílio (João Pessoa-PB) | Marby Silva (João Pessoa-PB) | Marcio Nehrebecki (Cotia-SP) | Marcos Akasaki (São Paulo-SP) | Maria Gobet (Piracicaba-SP) | Mauro Tanaka (Araçoiaba da Serra-SP) | Mayawari Mehinako (Gaúcha do Norte-MT) | Nando Garcia (Tracunhaém-PE) | Nene de Capela Alagoas (Capela-AL) | Neri Andrade (Florianópolis-SC) | Neves Torres (Serra-ES) | Nilda Neves (São Paulo-SP) | Nilson (Currais Novos-RN) | Gerson Lima (Salvador-BA) | Nilson (Itapecerica da Serra-SP) | Olímpio Bezerra (Cuiabá-MT) | Chavonga (Diadema-SP) | Paixão Fernandes (Belo Horizonte-MG) | Paulo Mattos (São Paulo-SP) | Paulo Perdigão (Recife-PE) | Paulo Roberto Corrêa de Oliveira (Caieiras-SP) | Pedro Zagatto (Piracicaba-SP) | Persivaldo Figueirôa (Maceió-AL) | R. Domingues (Goiânia-GO) | Raquel Gallena (Embu-SP) | Rimaro (Cuiabá-MT) | Rinaldo Santi (São Paulo-SP) | Romário Batista (Vila Velha-ES) | Rômulo Macêdo Barreto de Negreiros (Palmas-TO) | Ronaldo Torres (Serra-ES) | Rosângela Politano (Socorro-SP) | Ruth Albernaz (Cuiabá-MT) | Ruy Relbquy (Quixelô-CE) | Sandra Aguiar (Olinda-CE) | Sebá Neto (São Paulo-SP) | Sãnipã (Manaus-AM) | Schimaneski (Ponta Grossa-PR) | Seo Constante (Campinas-SP) | Sérgio Pompêo (Pirenópolis-GO) | Shila Joaquim (São Mateus-ES) | Silveira (Piracicaba-SP) | Silvia Maia (Embu das Artes-SP) | Sônia Furtado (Florianópolis-SC) | Sonia Sonomi Oiwa (São Paulo-SP) | Soupixo (Crato-CE) | Thiago Nevs (São Paulo-SP) | Tito Lobo (João Pessoa-PB) | Toninho Guimarães (Cuiabá-MT) | Valdeck de Garanhuns (Guararema-SP) | Valdivino Miranda (Cuiabá-MT) | Vânia Cardoso (Socorro-SP) | Waldecy de Deus (Carapicuíba-SP) | Wender Carlos (Cuiabá-MT) | Yúpury (Manaus-AM) | Zila Abreu (São Paulo-SP)
Serviço:
15ª Bienal Naïfs do Brasil – Ideias para adiar o fim da arte
Local: SESC Piracicaba
Curadoria: Ana Avelar e Renata Felinto
Período expositivo: Até 25 de julho de 2021
Visitação digital por meio do site SESCsp.org.br/bienalnaifs
Grátis
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Neste sábado (20/3), às 15h, diretamente de Campinas, o violeiro, compositor, contador de histórias e escritor Paulo Freire apresenta a live Violinha Contadeira na programação do Crianças #EmCasaComSESC. Durante o show, que estará disponível no Instagram e Youtube, o artista conta causos ligados à mitologia brasileira — como o do Mapinguari, a lenda do povoamento da Terra com Rairu e Caro Sacaibo, a justiça do Curupira e a corrida do sapo e do veado — e vai entremeando as histórias com canções de autoria própria e outras que aprendeu com os mestres de viola do sertão. O público é convidado a participar da cantoria das músicas e da construção das narrativas.
Paulo Freire estudou violão com Henrique Pinto, em São Paulo, e Betho Davesaky, em Paris. Em 1977, apaixonado pelo romance Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, foi morar no Norte de Minas Gerais, na região do Rio Urucuia. Aprendeu a tocar viola com Manoel de Oliveira e outros mestres locais e aprofundou-se nos costumes e lendas do sertão. Seu primeiro disco solo de viola, Rio Abaixo (independente, 1995) recebeu o Prêmio Sharp de Revelação Instrumental. Durante sua trajetória artística, entre outros trabalhos, compôs músicas para seriados de TV (como Grande Sertão: Veredas); trilhas para programas de TV (como a de abertura de Viola, Minha Viola); gravou as violas para os filmes Deus é Brasileiro, de Cacá Diegues e O Menino da Porteira, de Jeremias Moreira; gravou com os violeiros Pereira da Viola, Passoca e Levi Ramiro e participou da gravação de discos de artistas como Arnaldo Antunes, Mônica Salmaso, Luiz Tatit, Ana Salvagni, Maurício Pereira e Wandi Doratiotto. Foi integrante da Orquestra Popular de Câmera e do grupo Anima. Possui diversos livros e discos lançados, sendo alguns deles para o público infantil, caso de O Céu das Crianças (Companhia das Letrinhas, 2008) e Violinha Contadeira (selo Vai Ouvindo, 2015). Vem fazendo shows, oficinas de viola e oficinas de causos pelo Brasil.
#EmCasaComSESC em 2020 | A série #EmCasaComSESC teve início em abril de 2020, com um conjunto de transmissões ao vivo das linguagens de Música, Teatro, Dança, Crianças e Esporte — que somaram 13,5 milhões de visualizações até dezembro do ano passado, no total de 434 espetáculos. Para conferir ou revisitar o acervo completo disponível, acesse youtube.com/SESCsp.
A décima edição da #ViradaSP Online acontece no próximo dia 20 de março e será transmitida a partir das 12h pela plataforma #CulturaEmCasa. O evento, que é uma iniciativa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo com gestão da Organização Social Amigos da Arte, será realizado em parceria com a cidade de São José do Rio Preto. A #ViradaSPOnline deste final de semana vai apresentar ao público a diversidade cultural da cidade por meio de diversas atrações das mais diferentes linguagens artística a partir das 12h até à 0h. O evento consolidou-se no calendário cultural do estado de São Paulo, reunindo grandes nomes do cenário nacional e divulgando a cultura local das cidades paulistas para todo Brasil (confira a programação completa abaixo).
A cantora Vanessa da Mata e o rapper Max B.O. se apresentam diretamente do palco do Teatro Sérgio Cardoso, com transmissão ao vivo também pela plataforma #CulturaEmCasa. A programação também contempla as crianças com o quarteto Brasileiros com músicas dos CDs Brasileirinhos – Música para os Bichos do Brasil, volumes 1 e 2. Neste show, também no realizado no Teatro Sérgio Cardoso, o músico Paulo Bira e sua banda cantam canções e contam curiosidades sobre animais da fauna brasileira que correm risco de extinção, sempre com leveza e bom humor.
O município de São José do Rio Preto foi selecionado a partir de chamada pública realizada por intermédio do programa Juntos Pela Cultura. Diversas atrações locais estão na programação: a Cia. de Comédia Os Melhores do Mundo; o show Viva Kombinados, também dirigido ao público infantil, com apresentação de vários ritmos da América Latina; O Saci – Documentário, que conta história do icônico grupo rio-pretense Saciação de Amigos e Criadores Interioranos de Sacis e seu bloco carnavalesco; as peças teatrais Refugo e Longos Anos; o grupo Psicorante e a vernissage RevitalizARTE, dos artistas residentes do Coletivo Artístico Crowd Rio Preto. “O formato digital, via plataforma #CulturaEmCasa, permite difundir amplamente e de forma gratuita a produção cultural das mais variadas linguagens de todas as regiões de São Paulo para o restante do Brasil e para outros países, além de apresentar e destacar as características turísticas de cada cidade selecionada no programa #JuntospelaCultura. E este é o objetivo tanto da #ViradaSP Online como da plataforma”, afirma Danielle Nigromonte, diretora-geral da Amigos da Arte.
Serviço:
#ViradaSPOnline – São José do Rio Preto
20 de março de 2021
12h Documentário O Saci
13h Refugo, com Cia. Beradeiro
14h Projeto REVITALIZARTE – Vernissage Digital!, com Coletivo Crowd
15h Longos Anos
16h ¡Viva! Kombinados – Canções infantis da América Latina
17h Brasileirinhos – Música para os bichos do Brasil
18h30 AfroAxé Jejê Nagô
19h30 Max B.O.
21h Vanessa da Mata
22h30 Os Melhores do Mundo 25 anos
23h20 Psicorange – Tour Colab
Plataforma:
Redes Sociais:
https://www.facebook.com/culturaemcasasp/
A importância da arte circense como profissionalização e sua transformação ao longo do tempo são o mote da palestra gratuita oferecida como contrapartida pelo projeto Semeando Arte Circense. A atividade acontece na segunda-feira, dia 29 de março, a partir das 19h, com transmissão ao vivo pelo canal da Villa 7 | AH7 no Youtube.
Contribuindo para a formação de plateia, a palestra será ministrada por Luciene Domenicone, atriz, palhaça, professora de teatro e ministrante de oficinas de circo. “A ideia é refletir sobre o tema a partir de um panorama geral do circo contraposto à minha experiência pessoal como profissional da área. Na oportunidade vamos traçar uma linha do tempo destacando o potencial educacional e transformador do circo, além de seu aspecto cultural e lúdico para o imaginário coletivo”, explica Luciene.
A atividade é focada na troca de experiências com alunos, professores e educadores da área, mas pode ser acompanhada por todo e qualquer interessado pelo tema sem a necessidade de inscrição prévia para participação.
Sabendo que as atividades artísticas originadas do circo oportunizam o desenvolvimento da criatividade, da expressão corporal e da cooperação ao serem utilizadas como elemento cultural, o projeto tem o objetivo de colaborar na construção da subjetividade de crianças da rede pública de ensino de Sumaré.
Viabilizado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, Semeando Arte Circense é apresentado pelo Ministério do Turismo por meio da Secretaria Especial de Cultura. Produzido pela Villa 7 Cultura e pela AH7 Gestão Cultural, o projeto conta com o apoio da Nisfram e da Sociedade Humana Despertar (SHD) e patrocínio das empresas Adere, Stoller e ZF.
Serviço:
Palestra A importância da arte circense como profissionalização e sua transformação ao longo do tempo
Data e hora: segunda-feira, 29 de março, às 19h
Transmissão ao vivo: Canal da Villa 7 | AH7 no Youtube
Palestra online e gratuita.
A pandemia de Covid-19 gerou uma sobrecarga nos sistemas de saúde em todo o mundo, somando-se ainda à pressão das despesas com a assistência. Nesse contexto, a Atenção Primária em Saúde (APS) ganha ainda mais importância, já que a modalidade permite um maior acompanhamento dos pacientes e controle dos custos assistenciais. Os apontamentos estão em relatório exclusivo do Centro de Estudos e Planejamento em Gestão de Saúde da Fundação Getulio Vargas (FGVsaúde), realizado a pedido do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Lançados na quarta-feira (17), os resultados da publicação serão discutidos em debate promovido pela FGVsaúde no dia 24 de março.
Segundo os autores do relatório, o maior acompanhamento e o controle dos custos assistenciais poderiam reduzir os desperdícios associados à realização de exames e tratamentos de saúde desnecessários. “Com a atenção primária, é possível organizar o cuidado em saúde, atendendo as pessoas de maneira longitudinal, possibilitando uma maior adesão aos tratamentos, racionalização do cuidado e melhores resultados clínicos”, detalha Alberto Ogata, pesquisador da FGVsaúde e um dos autores do relatório.
O relatório descreve desafios e oportunidades para que a atenção primária à saúde possa ganhar escala também no sistema privado. Os resultados foram obtidos por meio de um estudo qualitativo, de entrevistas com 12 gestores de operadoras de saúde apontadas pela Agência Nacional de Saúde (ANS) como experiências inovadoras em seus serviços de APS.
Reconhecida há décadas como uma forma de organizar os atendimentos de saúde, a atenção primária, que costuma ser praticada por um médico da família, ainda não é amplamente adotada por planos e seguros de saúde. Parte da resistência vem dos próprios beneficiários, que associam esse tipo de atendimento a uma visão pejorativa do SUS ou de serviços gratuitos. “O envolvimento de um médico da família é, muitas vezes, entendido de forma equivocada, como um cerceamento da liberdade de escolher o profissional a quem recorrer, mas não é o paciente quem melhor conhece os caminhos das especialidades de atenção secundária e terciária”, contextualiza José Cechin, superintendente do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), que comissionou a pesquisa. Segundo o executivo, a atenção primária é uma forma de assistência à saúde capaz de resolver de 80 a 95% dos casos, o que faz dela um processo mais eficiente, tanto em termos de custo quanto de adequação dos tratamentos.
O uso de tecnologias nas consultas médicas | Os autores do relatório ainda ressaltam que os recursos de telessaúde, como as consultas por meio da telemedicina, são cruciais para auxiliar no processo de maior adoção da saúde primária para os beneficiários dos planos de saúde. Algumas destas práticas, adotadas durante a pandemia sob um regime de exceção, deveriam ser mantidas mesmo depois de findada a crise sanitária, indicam os autores. “A telemedicina é uma ferramenta útil para facilitar o acesso do paciente ao sistema de saúde, mas ela não deve ser confundida com a atenção primária, que envolve pilares como o autocuidado apoiado, o uso de prontuários eletrônicos, a adoção de diretrizes clínicas e a integração com a atenção secundária e terciária, como hospitais e serviços especializados”, reforça Ogata.
Dentre as sugestões do relatório para que a saúde primária possa ganhar escala também entre os atendimentos de saúde particulares, estão os registros eletrônicos em saúde, a busca ativa de pacientes, a telessaúde, a mudança na gestão das operadoras de planos, os incentivos financeiros e a educação em saúde de forma a envolver desde a liderança até o beneficiário. O gestor precisa estar seguro e acreditar no projeto de atenção primária como um modelo racional que orienta a assistência e organiza a gestão dos planos de saúde, enquanto o beneficiário precisa ser orientado e convencido da eficácia desse método.
“Também é importante ampliar a formação de profissionais especializados, como médicos de família, enfermeiros e agentes comunitários”, complementa Ogata. José Cechin lembra que o modelo tem foco no acesso e cuidado integral. “Uma maior coordenação dos cuidados tem o potencial de prover mais saúde para as pessoas e auxiliar na redução de custos porque faz uso mais eficiente dos recursos”, explica.
(Fonte: Agência Bori)