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Unicamp gerou impacto de R$13,8 bi na região de Campinas em 2019

Campinas, por Kleber Patricio

Foto: Antoninho Perri/Unicamp.

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) gera um impacto social e econômico significativo nas regiões onde está instalada por meio de empregos qualificados e receita. Em 2019, o impacto total da universidade na região de Campinas foi de R$13,8 bilhões em termos de Produto Interno Bruto (PIB). Essa foi a conclusão de estudo realizado pela Coordenadoria Geral da Universidade (CGU) em parceria com os institutos de economia e de química da universidade. O relatório foi apresentado na quarta (24).

Os dados evidenciaram que os desdobramentos socioeconômicos associados apenas às despesas da Unicamp com servidores, investimentos e compras de bens e serviços e ao consumo dos alunos geraram um impacto de R$6,4 bilhões – o equivalente a 9,8% de todo o PIB de Campinas em 2019.

As atividades da universidade resultaram na criação de 100 mil vagas de emprego geradas, de forma direta e indireta, pela instituição em 2019. O número leva em conta o impacto das 717 empresas-filhas da Unicamp atualmente ativas no mercado. Criadas por egressos, ex-alunos e ex-docentes da universidade, essas empresas geraram mais de 30 mil empregos diretos e R$8 bilhões em receita em 2019. “Um dos grandes achados do estudo foi evidenciar a importância da universidade na geração de emprego e renda. É toda uma cadeia de renda/consumo e produção que se espraia pela sociedade e vai promovendo o desenvolvimento”, aponta Teresa Dib Zambon Atvars, uma das coordenadoras do estudo.

Matriz-insumo | O estudo estimou o impacto socioeconômico da atividade da Unicamp por meio da análise da chamada matriz insumo-produto, que identifica as conexões de uma atividade sobre os demais setores da economia. A partir da descrição da origem e do destino da produção de cada área, esse instrumento permite conhecer os fluxos de bens e serviços produzidos a partir de determinado setor da economia e medir, assim, os impactos das mudanças na economia. “No caso da universidade, os professores, funcionários e suas famílias, assim como os alunos, adquirem bens e serviços: compram comida no mercado, alugam imóveis, buscam entretenimento etc. Isso leva a uma série de atividades em uma cadeia produtiva, pois outros setores econômicos são acionados – desde a produção do insumo até seu transporte e comércio. E esse complexo processo acaba gerando mais emprego e mais renda”, explica Mariano Laplane, economista da Unicamp e um dos autores do estudo.

A pesquisa também avaliou o “efeito-diploma” na região, ou seja, ao aumento das oportunidades de emprego e dos rendimentos de trabalhadores com ensino superior completo. “Os dados mostram claramente que os profissionais que possuem graduação têm uma renda maior do que aqueles que possuem apenas o ensino médio. E essa renda aumenta ainda mais com uma pós-graduação. Então o estudo também mostra que a universidade, entre muitas outras contribuições, colabora também para melhorar a renda e, consequentemente, a qualidade de vida”, diz Atvars.

(Fonte: Agência Bori)

Comissão de Educação e Cultura da Alesp aprova projeto que incentiva o voluntariado nas escolas

São Paulo, por Kleber Patricio

Voluntariado e Responsabilidade Social são conceitos importantes que precisam ser desenvolvidos na sociedade.  Os resultados alcançados nas redes de Ensino dos Estados Unidos, por exemplo, em que os estudantes norte-americanos são incentivados de forma mais incisiva ao envolvimento nas causas sociais, vemos que 60% (sessenta por cento) da comunidade estudantil estadunidense aderem aos programas de voluntariado. No Brasil, apenas 10% (dez por cento) dos estudantes se envolve neste tipo de ação.

Duas comissões da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) – Comissão de Justiça e Redação e Comissão de Educação e Cultura – aprovaram recentemente o Projeto de Lei nº 851, de autoria da deputada Letícia Aguiar (PSL) que institui a política pública “Escola Cidadã” de Responsabilidade Social e Voluntariado no Estado de São Paulo.

Pelo projeto, fica instituída na rede pública de ensino do Estado de São Paulo a política pública de apoio e fomento ao voluntariado e às ações de responsabilidade social.  O projeto consiste na realização de ações que visem o engajamento dos estudantes paulistas em ações que contribuam para diminuir a disparidade social e o engrandecimento dos laços de cooperação na comunidade.

O governo do Estado poderá instituir disciplina na grade curricular das escolas públicas com o nome de Voluntariado e Responsabilidade Social e poderá firmar convênios e parcerias com entidades assistenciais e outros integrantes da Sociedade Civil Organizada.

A escola pode contribuir com a formação dos jovens para Responsabilidade Social e o Voluntariado desenvolvendo a consciência crítica da realidade. A conscientização de que o interesse social é mais importante que o individual cria formas de despertar o jovem para inclusão, desenvolvendo o interesse por atividades sociais. O desnível social e o alarmante desinteresse dos jovens pelas causas sociais, mais do que nunca exigem a necessidade de formar cidadãos mais conscientes.

O projeto pretende fomentar o espírito de solidariedade entre a comunidade escolar da rede pública de Ensino Regular, uma vez que esse tipo de iniciativa tem grande chance de construir um novo modelo de sociedade, focado em fazer o bem aos nossos semelhantes, com responsabilidade em ajudar aos que nos cercam, de forma coerente.

O Projeto de Lei só precisa ser analisado e aprovado pela Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento para ser apreciado pelos deputados em plenário e, se aprovado, virar lei.

(Fonte: Agência Press Voice)

Sapezal Golf recebe concerto da Camerata Filarmônica de Indaiatuba

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Foto: divulgação/Acafi.

Com o objetivo de seguir oferecendo concertos de excelência para a população e de garantir acesso gratuito ao ensino de música para jovens e adultos em formação, a Associação Camerata Filarmônica de Indaiatuba (Acafi) criou o projeto Clube Camerata, uma temporada de concertos que serão realizados em parceria com a Sapezal Golf para fomentar o mecenato e a continuidade dos projetos mantidos com recursos próprios da instituição.

Para a primeira apresentação dos Concertos ao Entardecer, a Camerata Filarmônica de Indaiatuba recebe como solista o renomado violinista e maestro Cláudio Cruz sob regência e direção artística da maestrina Natália Larangeira. Serão executados os icônicos concertos La primavera e Inverno, da série de concertos As quatro estações, de Vivaldi, a obra Divertimento em Re, de Mozart e a obra Oblivion, do compositor homenageado do ano, o argentino Astor Piazzola.

Todos os recursos arrecadados com o concerto o serão destinados à sustentabilidade dos projetos Camerata Aprendiz, para músicos iniciantes; Camerata Jovem, para estudantes de música em busca de prática orquestral; Camerata Filarmônica Brasileira, orquestra profissional voltada à divulgação da música erudita brasileira, Camerata Filarmônica de Indaiatuba, orquestra profissional, Quarteto Lirius, quarteto de cordas feminino e Academia Acafi, responsável pela promoção de festivais, masterclasses e cursos de especialização com professores e artistas renomados.

Hoje, esses projetos contam com o patrocínio de empresas da cidade, como a Filtros Mann e Tuberfil, além do apoio das empresas Keltec, CSM tube, Abelv, Diso Alimentos, Lógica Assessoria Contábil e Advance Tintas, bem como de todos os amigos da Acafi. Todos poderão se juntar à causa e contribuir para transformar vidas por meio da música.

As contribuições voluntárias poderão ser feitas via QR Code durante a transmissão ou por meio da assinatura mensal como amigo do projeto pelo website da Acafi. Vale mencionar que, além de todos estes projetos, a Acafi conta também, desde 2019, com uma parceria com a Prefeitura de Indaiatuba, por intermédio da Secretaria Municipal de Cultura, para a manutenção do projeto Camerata Comunidade, que atende crianças de 6 a 16 anos no contra turno escolar com aulas de instrumentos de cordas friccionadas e de musicalização infantil, nas turmas dos Encontros Musicais, bem como realiza concertos didáticos do quarteto de cordas dos professores do projeto e concertos do Quarteto Guarany nos eventos culturais organizados pelo município.

Sobre o solista Cláudio Cruz | Iniciou-se na música com seu pai e posteriormente recebeu orientações de Erich Lenninger, Maria Vischnia (violino) e George Olivier Toni (Teoria e Regência). Foi premiado pela Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA), Prêmio Carlos Gomes, Prêmio Bravo e Grammy Awards, entre outros. Tem atuado como Regente Convidado em diversas orquestras; entre elas, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), Orquestra Sinfônica Brasileira, Petrobras Sinfônica, Sinfônica do Theatro Municipal de São Paulo, Sinfônica de Porto Alegre, Sinfônica de Brasília, Orquestra Sinfônica de Curitiba, Orquestra de Câmara de Osaka, Orquestra de Câmara de Toulouse, Orquestra Sinfônica de Avignon, Northern Sinfonia (Inglaterra), a Sinfonia Varsovia, New Japan Philharmonic, Hyogo Academy Orchestra, Hiroshima Symphony (Japão), Vogtland Philharmonie (Alemanha) e Jerusalem Symphony Orchestra, entre outras. Participou de diversos Festivais de Música. No Brasil, destaca-se sua participação como Regente da Orquestra Acadêmica do Festival Internacional de Campos de Jordão em 2010 e 2011; também participou do Festival de Verão da Carinthia (Áutria) e Festival Internacional de Música de Cartagena, onde atuou como camerista e Regente Convidado da Osesp. Foi diretor musical da Orquestra de Câmara Villa-Lobos e Regente Titular das Sinfônicas de Ribeirão Preto e de Campinas. Gravou três CDs com a Orquestra de Câmara Villa-Lobos, sendo um deles inteiramente consagrado a obras de Edino Krieger. Com a Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, gravou um CD de Sinfonias (Quinta Sinfonia de Beethoven e Sinfonia Quarenta de Mozart), um CD de aberturas de óperas e um CD de Antônio Carlos Jobim (arranjos feitos por Mario Adnet especialmente para esta orquestra). Com a Orquestra Sinfônica de Campinas, gravou o CD Campinas de Todos os Sons, com obras de Carlos Gomes. Com a Northern Sinfonia gravou um CD (selo Avie) com obras de E. Elgar e Hans Gal, indicado ao Grammy Awards  2013. Neste mesmo ano, gravou um CD com obras de Olivier Toni (selo SESC). Em 2016, lançou o primeiro CD da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo contendo peças de Villa-Lobos, Guerra-Peixe e Shostakovich. Gravou no mês de agosto o segundo CD desta orquestra com obras de Berlioz e Tchaikovsky.

Atuou como diretor artístico e regente nas montagens das óperas Lo Schiavo e Don Giovanni em Campinas, e Rigoletto e La Boheme em Ribeirão Preto. De 1990 a 2014, ocupou o cargo de Spalla da Osesp. Em 2018, foi Maestro Titular da Orquestra Sinfonica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Atualmente, é primeiro violino do Quarteto Carlos Gomes e regente e diretor musical da Orquestra Jovem do Estado de SP. Com esta, participou do Festival MDR Musiksommer, na Alemanha, em 2012; Festival Young Euro Classic, em Berlim, em 2013; Festival Berlioz, na França e no Grachtenfestival, em Amsterdam, em 2014. Em março de 2015, realizou concertos no Lincoln Center, em Nova York e no Kennedy Center, em Washington. Na temporada 2017-18 realizou concertos nos EUA, Japão e Uruguai e com diversas orquestras brasileiras.

Em 2019, gravou um CD com obras de Cláudio Santoro com a Orquestra Jovem do Estado de SP, os trios de Villa-Lobos com Antônio Meneses e Ricardo Castro, os Quartetos de Meneleu Campos e Quarteto Nº 3 de Villa-Lobos com o Quarteto Carlos Gomes, valsas e choros com Rafael Santos e vários estudos para violino solo.

Serviço:

Concertos ao Entardecer – Temporada Clube Camerata com Camerata Filarmônica de Indaiatuba

Data: 28/2/2021

Horário: 17h30

Página do evento no Facebook: https://fb.me/e/4bxJuD0UG

Instagram: @camerataacafi

Mais informações: contato@cameratafilarmonica.org

Galeria Lume apresenta mostra inédita de Amália Giacomini

São Paulo, por Kleber Patricio

“Catenas” (detalhe), 2020, Amália Giacomini – Hastes e correntes de alumínio – 70 x 70 x 120 cm. Foto: Ana Pigosso.

Reconstruir e criar um novo significado para o espaço por meio da geometria é uma característica marcante do trabalho da artista Amália Giacomini. Em sua nova exposição, Canteiro, em cartaz a partir de 4 de março na Galeria Lume, ela apresenta um conjunto de trabalhos inéditos desenvolvidos com materiais que considera ordinários, banais e que desafiam o olhar do espectador.

Os materiais que compõem as obras são determinantes para a relação com a arquitetura da Galeria e com o corpo observador. Correntes, linhas de bordado, madeirite e carpetes colocam à prova elementos fundadores da experiência espacial, como a linha e o plano, por meio de uma “geometria cotidiana”. Ao todo, serão exibidas dez obras, incluindo uma grande escultura – que transita no limite entre uma pintura, uma escultura ou mesmo uma arquitetura efêmera – além de bordados, objetos e uma instalação com correntes. “As obras entrelaçam questões em torno da nossa percepção espacial e da sua própria construção e estão ancoradas no espaço da exposição. Dividem, alteram e fabulam o espaço, convidando o visitante a uma íntima relação com sua própria posição na Galeria”, explica Giacomini.

“Catenas”, 2020, Amália Giacomini – Hastes e correntes de alumínio – 70 x 70 x 120 cm. Foto: Ana Pigosso.

Como um canteiro de obras, Amália experimenta e constrói suas obras livremente a partir de aspectos que fazem parte de seu repertório de vida e de sua formação em arquitetura, a afinidade com a matemática, filosofia e história da arte e experiências do passado.

Para a mostra, a artista retomou o bordado, que não praticava desde os seus 12 anos. Desfrutando da experimentação, algumas obras, que seriam de desenhos geométricos e exigiriam uma precisão ideal, foram confeccionadas em bordado. “Ao invés de fazer um desenho supostamente preciso com lapiseiras de diferentes espessuras de grafite, quis experimentar com o bordado, devido às limitações físicas do material e às diferentes possibilidades de imprecisão na prática”, pontua Amália.

O conjunto expositivo dialoga entre si e desconstrói o espaço da galeria a todo instante, com obras variando em movimento e criando uma nova imagem do local. “Mudar e reconstruir o espaço é, de uma certa forma, voltar à ótica do espaço menos funcional, no qual podemos ver o mundo sem o cansaço presente, característico da sociedade de informação. O que isso significa? Ver com olhos sensíveis o bastante para enxergar o invisível, que nada mais é do que o demasiadamente visto e, por isso, não observado”, reflete Paulo Kassab Jr., que assina a curadoria da exposição.

A exposição pode ser visitada de segunda a sexta, das 10 às 19h e sábado das 11 às 15h, seguindo os protocolos de saúde e higiene para evitar a disseminação e contaminação do Covid-19.

Serviço:

Exposição Canteiro, de Amália Giacomini

Local: Galeria Lume

Abertura: 4 de março, sábado, das 11h às 17h

Período expositivo: 4 de março a 6 de abril de 2021

Endereço: Rua Gumercindo Saraiva, 54 – Jardim Europa, São Paulo/SP

Horário: segunda a sexta, das 10 às 19h e sábado das 11 às 15h

Informações: (55) 11 4883-0351 e contato@galerialume.com

https://www.instagram.com/galerialume/

https://www.facebook.com/GaleriaLume

https://galerialume.com/pt/.

Campinas Decor entrega obras de infraestrutura do prédio do Cotuca à Unicamp

Campinas, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

A Campinas Decor e a Unicamp promoveram na manhã de segunda-feira, 22 de fevereiro, a solenidade de entrega das obras de infraestrutura do prédio do Cotuca (Colégio Técnico de Campinas) em virtude do convênio de permissão de uso firmado entre a organização da mostra de arquitetura, decoração e paisagismo e a universidade para a realização da edição de 25 anos do evento no imóvel histórico localizado na Rua Culto à Ciência. A cerimônia, restrita a poucos convidados devido aos cuidados em virtude da pandemia da covid-19, contou com a presença do reitor da Unicamp, Marcelo Knobel e da diretora da Campinas Decor, Sueli Cardoso, além de representantes da universidade, Cotuca e patrocinadores do evento. A solenidade será exibida para a comunidade durante uma live agendada para o dia 5 de março às 16h, com transmissão pelo canal Imprensa Unicamp no Youtube, quando será possível conferir as benfeitorias realizadas no prédio.

Pelo calendário oficial, a 25ª edição da mostra de arquitetura, decoração e paisagismo teria sido realizada nos meses de maio e junho de 2020, mas em função da pandemia a data está suspensa e será definida somente quando o momento for considerado seguro. Campinas Decor e Unicamp reforçam o compromisso de realização do evento e a intenção de que o mesmo ocorra ainda em 2021.

Graças ao convênio firmado entre Campinas Decor e Unicamp, o imóvel com área total de quase 7 mil metros quadrados foi reformado e modernizado para que as atividades estudantis possam retornar ao local após o término da mostra.  No total, estima-se um investimento de R$12 milhões na recuperação do prédio e preparação da mostra, cotizados entre a organização, expositores, patrocinadores e fornecedores. “Esse momento é de grande importância para nós, pois tivemos a satisfação de propiciar a recuperação de um patrimônio de tão grande valia para o município”, afirma a diretora da Campinas Decor, Sueli Cardoso.

“A parceria com a Campinas Decor permitiu recuperar e requalificar um espaço fundamental, não somente para a Unicamp, mas para a história de Campinas. Conseguimos restaurar em conjunto um prédio histórico, que voltará a abrigar o Colégio Técnico da Unicamp, o nosso querido Cotuca, a partir de quando a mostra seja encerrada”, afirmou o reitor da universidade, Marcelo Knobel. “Infelizmente, com a pandemia a mostra precisou ser adiada, mas a reforma de todo o edifício e de toda a infraestrutura já estão prontas e é importante celebrar esse momento com a comunidade do colégio, bem como com toda a sociedade”, complementa Knobel.

O telhado, que era uma dos principais problemas estruturais que levaram ao fechamento do prédio em 2014, foi refeito, com a manutenção apenas das vigas originais e a troca das ripas e telhas e instalação de painel e manta para ampliar o conforto térmico.

A parte elétrica foi inteiramente remodelada, com a troca da fiação e construção de uma nova cabine para ampliar a capacidade de energia fornecida e atender à demanda dos laboratórios do colégio.

Considerando as demandas para o funcionamento do colégio também foram construídos novos banheiros, além da realização de obras para adequação da cozinha e da área de alimentação.

A questão da acessibilidade recebeu atenção especial, com a instalação de um elevador panorâmico ligando os dois andares do prédio principal e a construção de diversas rampas de acesso em toda a área.

Destaque também para a recuperação da fachada do prédio, que teve as camadas antigas de tinta retiradas e foi repintada com uma cor similar à usada anteriormente, e ao amplo trabalho de recuperação de todas as portas e janelas, que são uma atração à parte quando se fala da beleza do prédio. O trabalho envolveu ainda a recuperação de todos os pisos e revestimentos.

Além da organização e dos arquitetos, decoradores e paisagistas que participam do evento como expositores, o trabalho de conservação do prédio e preparação da mostra envolveu um verdadeiro exército de profissionais, como pedreiros, pintores, marceneiros e eletricistas. Devido aos cuidados com a pandemia, os processos foram readequados para garantir a segurança de todos, com a adoção de protocolos com a limitação do número de pessoas presentes em cada ambiente, higienização reforçada e disponibilização de álcool gel para os trabalhadores, entre outros.

Patrimônio histórico | Construído no início do Século 20, o complexo do Edifício “Bento Quirino” foi cedido pela Secretaria de Educação para uso da Unicamp e abrigou o Colégio Técnico de Campinas de 1967 a 2014. Trata-se uma grandiosa construção tombada pelo Patrimônio Histórico, de orientação eclética de tendência neoclássica, projetada pelo engenheiro arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo (1851 1928), considerado responsável pela introdução de novos conceitos para a organização da arquitetura escolar à luz dos ideais de ensino republicanos.

O Cotuca vem funcionando em imóvel alugado no bairro Taquaral desde agosto de 2014, devido à interdição em fevereiro do mesmo ano do prédio doado pelo abolicionista Bento Quirino dos Santos, com breve interim das atividades no campus da Unicamp em Barão Geraldo.