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Concerto da Brasil Jazz Sinfônica celebra os 120 anos do Instituto Butantan

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Joca Duarte.

Os 120 anos do Instituto Butantan serão celebrados no dia 23 de fevereiro, com um concerto da Brasil Jazz Sinfônica realizado pelo Memorial da América Latina e TV Cultura. A partir das 20h, seguindo todos os protocolos de segurança, o Auditório Simón Bolívar será palco de uma apresentação especial com regência dos maestros Ruriá Duprat e Mauricio Galindo e participação do cantor Renato Braz. Durante aproximadamente uma hora, a orquestra tocará um repertório em homenagem ao instituto. Na primeira parte do concerto, a Jazz executará músicas instrumentais sob a batuta de Galindo. Na segunda parte, Ruriá Duprat conduzirá a orquestra numa seleção musical com foco em superação, cura e esperança. O cantor Renato Braz também se apresentará com o grupo. O concerto será transmitido pelas redes sociais e canais da TV Cultura, Memorial da América Latina e Instituto Butantan no Youtube.

Para o presidente da Fundação Padre Anchieta, José Roberto Maluf, esse é um momento de grande importância. “Todos nós temos de estar unidos em torno da vacinação em massa do nosso País. Esse dia, portanto, será de festa. A Brasil Jazz Sinfônica homenageia o importante Instituto Butantan, responsável por praticamente 100% das vacinas que são feitas e aplicadas no Brasil”, comenta Maluf.

O presidente do Memorial da América Latina, Jorge Damião, acrescenta que “mais do que nunca, os 120 anos do Instituto Butantan são uma celebração à vida. A excelência do centro de pesquisa é reconhecida por todos no Brasil e no exterior. O trabalho exemplar desenvolvido pelo instituto contribui diariamente para a valorização da ciência. Nesse momento de pandemia, sua atuação tem sido fundamental. O concerto da Brasil Jazz Sinfônica celebra a ciência por meio da cultura – dois pilares essenciais da vida em sociedade”.

No início deste mês, a Brasil Jazz Sinfônica gravou um clipe, Estão Voltando as Flores, na sede do Instituto, em homenagem ao Butantan – uma das principais instituições a liderar a produção de vacinas no país –, à vacinação e a esperança de combater a pandemia no mundo. Sobre o lançamento, José Roberto Maluf afirma: “Além da apresentação, a orquestra também está dando a sua contribuição: um vídeo chamando o povo, chamando os brasileiros, chamando todos a se vacinar o mais rápido possível”.

Serviço:

Concerto Brasil Jazz Sinfônica

No Auditório Simón Bolívar do Memorial da América Latina – para convidados

23 de fevereiro às 20h

Transmissão pelas redes sociais e canais do Memorial da América Latina, TV Cultura e Instituto Butantan no Youtube.

CineSESC estreia mostra “Futuros Presentes: Cinemas Europeus”

São Paulo, por Kleber Patricio

“Música e Apocalipse” abre a mostra no dia 24/2. Fotos: divulgação/CineSESC.

De 24 de fevereiro a 17 de março, o CineSESC recebe uma programação especial de títulos que fazem parte da mostra Futuros Presentes: Cinemas Europeus, parceira do SESC São Paulo com a Eunic (European Union National Institutes for Culture), uma rede de institutos culturais europeus no mundo que visa fortalecer a colaboração entre instituições europeias e intensificar a cooperação e o diálogo com as realidades culturais locais nos países nos quais atua. Instituições de sete países participantes do projeto – Alemanha, Reino Unido, Suíça, Espanha, Dinamarca, Itália e França – disponibilizarão um filme cada para ser exibido na mostra online, cuja proposta curatorial é, para além de entreter, refletir sobre assuntos relevantes do debate global contemporâneo. O polo Eunic São Paulo reúne Aliança Francesa, British Council, Consulado Geral de França, Consulado Geral da Suíça, Instituto Cervantes, Instituto Cultural da Dinamarca, Instituto Italiano de Cultura e Goethe-Institut.

No dia 24/2 estreiam na plataforma do SESC Digital os filmes Música e Apocalipse e A Grande Muralha Verde. Em 3/3 é a vez dos títulos Cidadão Nobel e Antártida: Uma Mensagem de Outro Mundo. No dia 10/2, Vênus: Vamos Falar de Sexo e Selfie. E, encerrando a programação da mostra Futuros Presentes: Cinemas Europeus, no dia 17/3 entra em cartaz a obra O que nos Move?. Os filmes serão exibidos em SESCsp.org.br/futurospresentes. Para saber mais sobre todas as obras, a disponibilidade e a quantidade de visualizações de cada uma delas, consulte a programação abaixo.

PROGRAMAÇÃO MOSTRA FUTUROS PRESENTES: CINEMAS EUROPEUS

Estreias 24/2

Música e Apocalipse | Weitermachen Sanssouci | Dir.: Max Linz | Alemanha | 2019 | 80 minutos | Ficção | 14 anos. A cientista climática Phoebe Phaidon é contratada pelo Instituto de Cibernética da Universidade de Berlim para assumir o seminário Introdução a Estudos de Simulação de Brenda Berger, chefe do instituto. Brenda precisa se dedicar ao seu projeto, que é financiado externamente – uma simulação virtual das mudanças climáticas – na esperança de evitar a ameaça de paralisação de seu instituto pelo conselho universitário. Tudo depende de uma avaliação bem-sucedida no final do semestre. Phoebe é obrigada a trabalhar na simulação e um consultor corporativo é contratado como coach motivacional para os funcionários do instituto. Enquanto isso, o professor Alfons Abstract-Wege ganha atenção com um projeto sobre controle nutricional. Os alunos de Phoebe suspeitam de um interesse corporativo por trás da pesquisa de Abstract-Wege e interrompem as operações diárias ocupando a biblioteca da universidade. Phoebe viaja para uma conferência em Gdańsk, Polônia, com seu colega Julius Kelp para decifrar o segredo por trás do apocalipse iminente. O tempo está se esgotando. O Dia do Julgamento está amanhecendo. [Disponível por 30 dias]

A Grande Muralha Verde | The Great Green Wall | Dir.: Jared P. Scott | Reino Unido | 2019 | 92 minutos | Documentário | 12 anos

Com produção-executiva de Fernando Meirelles, o filme acompanha Inna Modja, cantora e ativista do Mali, em uma jornada épica pela Grande Muralha Verde da África – uma ambiciosa iniciativa para fazer crescer um “muro” de oito mil quilômetros de árvores que se estende por toda a largura do continente para restaurar a terra e fornecer um futuro para milhões de pessoas. Atravessando Senegal, Mali, Nigéria, Níger e Etiópia, Modja segue a crescente Grande Muralha Verde pela região do Sahel – um dos lugares mais vulneráveis da Terra, onde as temperaturas estão subindo 1,5 vez mais rápido que a média global –, revelando as graves consequências da degradação severa do solo e da aceleração da mudança climática. A muralha visa combater o aumento da desertificação, da seca, da escassez de recursos, da radicalização, dos conflitos e da migração. [Disponível até 600 visualizações]

Estreias 3/3

Cidadão Nobel | Citoyen Nobel | Dir.: Stéphane Goël | Suíça | 2019 | 76 minutos | Documentário | Livre

O Prêmio Nobel de Química de 2017 transforma a vida de Jacques Dubochet. Passando das sombras para a luz, ele é solicitado de todos os lados. O que ele pode fazer com essa voz, que agora está sendo ouvida por todos? Como definir as lutas a serem travadas? Como se tornar um “Cidadão Nobel” com o objetivo de assumir responsabilidades como pesquisador e membro da comunidade humana? Um discurso de Greta Thunberg vira tudo de cabeça para baixo. [Disponível por 7 dias]

Foto: @AlbertoSaiz.

Antártida: Uma Mensagem de Outro Mundo | Antártida: Un Mensage de Otro Planeta | Dir.: Mario Cuesta Hernando | Espanha | 2019 | 85 minutos | Documentário | 12 anos

Podemos salvar a Antártida sem nos salvar primeiro? A Antártida é o único território do mundo onde todos os países concordaram em promover a paz, a ciência e o meio ambiente. Esse espírito é real ou é hipocrisia? E se é real, por que não podemos extrapolar para o resto do planeta? Este documentário nos torna parceiros de uma aventura emocionante na Antártida onde, com uma mistura de humor, sensibilidade e realismo, conhecemos a região e as características que a tornam um lugar tão particular. Um olhar crítico do nosso mundo para a Antártida. [Disponível por 30 dias]

Estreias 10/3

Vênus: Vamos Falar de Sexo | Venus – Let’s Talk About Sex | Dir.: Lea Glob, Mette Carla Albrechtsen | Dinamarca | 2017 | 83 min | Documentário | 14 anos

Duas diretoras estão em busca de mulheres para participar de um filme erótico baseado em suas próprias experiências sexuais. Cem mulheres aparecem para a pesquisa de elenco, mas a audição toma um rumo inesperado. Aos poucos, as personagens passam a controlar as entrevistas com suas histórias pessoais e a honestidade delas revela potencial para criar uma linguagem para a sexualidade feminina. Todas elas mostram vulnerabilidade e coragem e, por meio de cada relato, tentam compreender seus desejos sexuais em uma sociedade civilizada e esclarecida. [Disponível até 1000 visualizações]

Selfie | Selfie | Dir.: Agostino Ferrente | Itália | 2020 | 89 minutos | Documentário | 12 anos

Nápoles, Rione Traiano. No verão de 2014, um rapaz de 16 anos, Davide, é confundido com um fugitivo e é morto por engano. Alessandro e Pietro também têm 16 anos, são amigos fraternos, muito diferentes e complementares e moram a poucos metros do sítio onde Davide foi morto. Filmado sempre com o celular em modo selfie, o filme retrata a vida destes jovens, a amizade que os une, o bairro e a tragédia de Davide. [Disponível até 1000 visualizações]

Estreia 17/3

O Que Nos Move? | Qu’est-ce Qu’on Attend? | Dir.: Marie-Monique Robin | França | 2016 | 119 minutos | Documentário | 14 anos

Quem diria que a campeã internacional das Cidades em Transição – movimento criado pelo inglês Rob Hopkins que incentiva o desenvolvimento sustentável – é uma pequena comunidade francesa? ‘O Que Nos Move?‘ conta a história de múltiplas iniciativas que permitiram com que Ungersheim, uma pequena cidade na Alsácia, reduzisse sua “pegada ecológica”, ou seja, o consumo da população humana sobre os recursos naturais. [Disponível por 14 dias]

CineSESC | Um dos cinemas de rua mais queridos da cidade, o CineSESC iniciou seu funcionamento em 21 de setembro de 1979, no número 2075 da rua Augusta, na cidade de São Paulo, e se dedica à missão de fomentar a difusão do cinema de qualidade exibindo obras que muitas vezes ficam fora do circuito comercial nas salas de cinema e plataformas online. Sua programação inclui grandes e pequenas produções do mundo todo. Além de integrar o corpo de curadores em mostras especiais, o CineSESC também recebe festivais importantes do calendário cinematográfico paulistano, como a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Festival Mix Brasil e o Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo, entre outros. O cuidado com a programação tem reconhecimento do público e da crítica, que o elegeu, por diversas vezes, a melhor sala especial de cinema na cidade de São Paulo.

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Exposição ‘Mãe Preta’ começa nesta sexta-feira (19) no Instituto Pavão Cultural

Campinas, por Kleber Patricio

Montagem “Mãe Preta” | Funarte SP. Foto: Patricia Gouvêa.

A exposição Mãe Preta, da dupla de artistas Isabel Löfgren e Patricia Gouvêa, tem início nesta sexta-feira (19), no Instituto Pavão Cultural, em Campinas, às 17h. A mostra, que segue até 18 de abril, é parte da programação do XII Festival Hercule Florence e faz uma reflexão por meio do questionamento do olhar habitual sobre imagens da maternidade negra em arquivos históricos, suas reverberações no Brasil contemporâneo e nas lutas das mulheres negras contra o racismo e a violência.

Segundo as artistas, o ponto de partida da exposição são representações de relações maternas no vasto acervo de imagens da escravidão feitas por artistas viajantes e fotógrafos, além de jornais de época. Por meio de intervenções nessas imagens com objetos óticos, como lupas e vidros, são destacadas a duplicidade e complexidade das relações das amas-de-leite com as crianças brancas aos seus cuidados e com seus próprios filhos. Dois trabalhos, realizados em vídeo em parceria com mães negras do Rio de Janeiro e com lideranças femininas do Quilombo Santa Rosa dos Pretos, no Maranhão, completam o projeto.

Esta nova montagem em Campinas, onde a relação da cidade com a memorialização da escravidão sofreu diversos apagamentos históricos, conta com a inestimável parceria do Grupo Cultural Fazenda Roseira trazendo conhecimentos passados de geração em geração e, durante a exposição, o grupo estará presente por meio de um ciclo de atividades e de um acervo de plantas rituais, cura e alimento cultivadas no próprio local. Essas plantas terão visibilidade por meio de imagens feitas em cianotipia, uma das primeiras técnicas fotográficas desenvolvidas no século XIX. “A cegueira da sociedade branca brasileira em relação à questão racial é por definição criminosa, pois advém de um legado escravagista que ela custa em admitir e reparar. Acreditamos que a arte tem uma importante contribuição na luta antifascista, pois tem o poder de criar novas imagens e novos vocabulários que operam no inconsciente dos espectadores”, afirma Patricia.

Mãe Preta teve sua primeira montagem em 2016 no Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos, no Rio de Janeiro, por meio do Edital Fomenta Cidade Olímpica; pelo Palácio das Artes em Belo Horizonte, em 2017, como uma das selecionadas no edital da Fundação Clóvis Salgado e, com o Prêmio Circulação Conexão Artes Visuais da Funarte, foi apresentada no Complexo Funarte em São Paulo, em 2018 e no Chão SLZ, em São Luís do Maranhão, entre 2018/2019.

Protocolos sanitários | A exposição seguirá os protocolos sanitários prévios em todos os locais como uso de máscaras obrigatório e visitas controladas segundo as características de cada espaço. Todos os locais possuem área externa para aguardar o horário de visitação. As visitas podem ser feitas por agendamento prévio pelo telefone (19) 99633-4104 ou visitação espontânea sujeita ao controle de no máximo 15 pessoas por horário. Os visitantes devem ainda seguir as orientações do local, fazer uso de máscaras, manter distanciamento social, higienização dos calçados na entrada, medição de temperatura e higienização de mãos com álcool em gel disponível no local. “Essa exposição sempre tem um braço local, que em Campinas, este ano, é a Fazenda Roseira, onde já ocorreram nesta edição oficina de fotografia, além da exposição”, explica Ricardo Lima, organizador do Festival.

Serviço:

Exposição Mãe Preta – Instituto Pavão Cultural

Abertura: 19/2, às 17h

Visitação: De 19/2 a 18/4/2021 (de quarta à sábado), das 14 às 20h

Agendamento: (19) 99633-4104

Inauguração do Mural das Heroínas Negras dia 19/2 às 11h

Local: Casa de Cultura Fazenda Roseira

Sobre o Festival | Criado em 2007, o Festival Hercule Florence tem como matriz a invenção isolada da fotografia no Brasil, feita em Campinas, em 1833, por Hercule Florence, considerado o pai da fotografia. Esse fato desencadeou na cidade atitudes fotográficas no percurso dos séculos. Dessa cultura fotográfica, nasceram os grupos de fotografia e o festival, a partir da criação da Semana Hercule Florence. Mais de 120 mil pessoas e 80 fotógrafos brasileiros e estrangeiros já participaram do evento ao longo dos anos.

Este ano, o XII Festival Hercule Florence é um dos projetos fomentados com recursos da Lei Aldir Blanc – Edital ProAC Expresso Lab Nº 40/2020 por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa de São Paulo.

Sobre a Fazenda Roseira | A Casa de Cultura Fazenda Roseira é uma conquista do movimento negro e do movimento popular, sendo uma referência agregadora da cultura afro-brasileira dentro da cidade de Campinas.

Podcast ‘Caçadores de Fake News’ ensina a identificar e combater notícias falsas

Brasil, por Kleber Patricio

Imagem de memyselfaneye por Pixabay.

Uma fake news tem 70% mais chance de ser compartilhada do que uma informação verdadeira, segundo o Instituto de Tecnologia de Massachussetts (MIT). Então, como se proteger e combater as notícias falsas? Essa resposta e muitos outros dados e curiosidades estão no podcast Caçadores de Fake News, voltado especialmente para crianças e jovens. O terceiro episódio acaba de ir ao ar nesta quinta-feira (18/2), nas principais plataformas de streaming (Spotify, Deezer, Google Podcast e Apple Podcast, entre outros).

O Brasil é um dos países em que mais se propagam notícias falsas, revela a jornalista Januária Cristina Alves, pesquisadora de histórias de tradução oral, no primeiro episódio do podcast. “Apenas em 2019 o Brasil teve cerca de 9 bilhões de cliques em notícias falsas”. E tem mais: o Instituto Ipsos, uma empresa de pesquisa de mercado, mostrou que somos o número um entre os povos que caem em fake news.

Gilmar Lopes, criador do site e-farsas, participou do podcast e contou que em 2002 o site publicava um fato desmentido por semana. Atualmente, entram de cinco a seis matérias desmentidas por dia. Ainda assim, a equipe não consegue dar conta do grande volume de notícias falsas que se espalham pela internet.

Além de muita informação, Caçadores de Fake News traz humor e entretenimento. Baseado no livro Esquadrão Curioso – Caçadores de Fake News, do jornalista e escritor Marcelo Duarte, lançado em 2018, o podcast mistura ficção com realidade ao trazer os quatro personagens da trama – Isa, Pudim, Leo e Débora – entrevistando 11 jornalistas, educadores e formadores de opinião de Brasil, Estados Unidos e outros países para entender o que são as fake news, como elas surgem e como se espalham tão depressa, os perigos que causam e como combatê-las.

A série teve apoio da Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil por meio de seu Edital Anual de Projetos, que financia programas que fortaleçam as relações entre Brasil e Estados Unidos, destaquem valores compartilhados entre os dois países e promovam a cooperação bilateral. “Informações falsas podem até tirar vidas, então é crucial fomentar o pensamento crítico em jovens desde cedo de modo a ajudar a formar cidadãos engajados e conscientes. Os Estados Unidos já têm bastante experiência nessa área e achamos que é importante dividir essa experiência com os brasileiros”, afirmou o cônsul-geral dos Estados Unidos em São Paulo, Adam Shub.

São cinco episódios de 20 minutos com muito entretenimento e informação, que poderão ser trabalhados nas escolas, com alunos do Ensino Fundamental e Médio. “Não quisemos limitar a faixa etária, pois nunca sabemos quando a criança passará por uma situação assim. Elas precisam estar preparadas”, afirma Marcelo. Os educadores poderão encontrar sugestões pedagógicas, o perfil dos entrevistados, links importantes e até mesmo um glossário no site https://www.cacadoresdefakenews.com.br, criado especialmente como suporte do podcast.

Na trama, os personagens recebem o desafio de criar um podcast sobre fake news para um trabalho escolar. Com o objetivo de coletar informações relevantes e verdadeiras para o programa, eles conversam com diversos jornalistas especialistas no assunto de todas as formas – pelo telefone, trocando mensagens de WhatsApp, entrando em plataformas de reunião e mesmo presencialmente. Dublados por atores profissionais, os personagens foram muito bem recebidos pelos jornalistas convidados, que entraram na aventura e colaboraram com sua didática e muito conhecimento.

Fazem parte do elenco Mariana Elisabetsky (Mudança de Hábito, O Mágico de Oz e Grease), interpretando Isa; Arthur Berges (Um violonista no telhado, Rent e Chaplin – O musical), que dá voz ao Pudim; Luciana Ramanzini (Natureza Morta e Bento Batuca), no papel de Débora e Hugo Picchi (Cocoricó e Irmão do Jorel – Cartoon Network), que faz Leo e do narrador. “É urgente e necessário falar de educação midiática e, agora, mais do que nunca, precisamos que nossos jovens aprendam a importância de uma notícia bem apurada. Estamos vivendo um momento crítico; as pessoas precisam confiar e acreditar na imprensa profissional”, diz Marcelo.

Confira os jornalistas convidados:

Gilmar Lopes: é analista de sistemas e checador de fatos. Foi um dos pioneiros na apuração de fake news na internet – antes mesmo de o termo ter sido inventado. Criou o site E-Farsas em 2002.

Januária Cristina Alves: jornalista, educomunicadora e pesquisadora de histórias de tradição oral. É autora do livro Como Não Ser Enganado pelas Fake News em parceria com Flávia Aidar.

Cristina Tardáguila: fundadora e dona da Agência Lupa, uma das principais agências de checagem de fatos do país. Atualmente, é diretora adjunta da IFCN (International Fact-Checking Network), sediada na Flórida, EUA. É coautora do livro Você Foi Enganado – Mentiras, Exageros e Contradições dos Últimos Presidentes do Brasil, de 2018, com Chico Otávio.

Edgard Matsuki: jornalista e editor do site de checagem de fatos Boatos.Org, que ele criou em 2013.

Patrícia Campos: uma das mais importantes e premiadas jornalistas brasileiras da atualidade. Foi vítima de campanhas de difamação na internet por causa de reportagens investigativas que publicou. Escreveu o livro A Máquina do Ódio, em que revela como as redes sociais vêm sendo manipuladas por políticos inescrupulosos.

Filipe Vilicic: jornalista e profundo conhecedor dos mecanismos que regulam as redes sociais. Escreveu os livros O Clique de Um Bilhão de Dólares, em que conta a história do brasileiro que criou o Instagram, e O Clube dos YouTubers, sobre os milionários nascidos dentro da plataforma de vídeos.

Rodrigo Ratier: Jornalista, professor e pesquisador sobre fake news na Faculdade Cásper Líbero, de São Paulo.

Esther Wojcicki: uma das mais respeitadas e premiadas educadoras dos Estados Unidos. É professora de jornalismo e fundadora do Centro de Mídias e Artes da Palo Alto High School, na California, especialista no ensino híbrido e uso de tecnologia na educação. É autora do livro Moonshots na Educação – Ensino Híbrido e Aprendizagem Colaborativa na Sala de Aula, já traduzido para o português pela Panda Books.

Fernando Esteves: editor do site Polígrafo, pioneiro na checagem de fatos em Portugal.

Cláudio Michelizza: editor do site italiano Bufale. Bufale é uma gíria para notícia mentirosa, sem fundamento.

Madelyn Webb: pesquisadora investigativa do site de checagem de fatos First Draft.

Sobre o autor | Marcelo Duarte é jornalista, apresentador e diretor editorial da Panda Books. Como jornalista, passou pelas redações das revistas Placar, Playboy e Veja S. Paulo. Também trabalhou no Jornal da Tarde, nas rádios Bandeirantes e BandNews FM e na ESPN-Brasil. Estreou como escritor em 1995 com o best-seller O Guia dos Curiosos, que deu origem a uma coleção já com nove volumes. Esquadrão Curioso – Caçadores de Fake News é seu 29º livro. Escreveu os roteiros do podcast Caçadores de Fake News.

Circuito Litoral Norte de São Paulo destaca projetos que promovem turismo sustentável

Litoral Norte, SP, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

Na contramão do turismo de massa, o turismo de base comunitária consiste em visitar lugares onde a comunidade se envolve e assume papel de protagonista no processo turístico, ajudando no desenvolvimento local e na movimentação da economia regional. Focado principalmente na valorização e preservação da cultura e do povo, esse tipo de turismo integra a comunidade em práticas socioculturais com a intenção de gerar benefícios tanto para o anfitrião, quanto para o visitante – ou seja, é um modelo de desenvolvimento que privilegia o ser humano e o meio ambiente. No Litoral Norte de São Paulo, as cidades de Bertioga, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba vêm somando esforços para trabalhar a região como um todo por meio do Circuito Litoral Norte e também apresentam projetos consolidados de turismo de base comunitária, que visam, não apenas preservar a rica biodiversidade regional, como também valorizar a cultura caiçara.

Para o analista Ambiental da DTA Engenharia e coordenador do Programa de Educação Ambiental do Porto de São Sebastião, Jorge Alarcón, esse segmento do turismo é de grande importância para a preservação de lugares e culturas como a do Litoral Norte. “É um turismo que vem contra a ideia de degradação ambiental e visa passar para os visitantes as ideias que as comunidades caiçaras têm; são comunidades que há séculos vem desenvolvendo suas atividades sem gerar grandes impactos ao meio ambiente. Portanto, eles têm muito a ensinar sobre isso”.

Alarcon também aborda a relevância desses projetos para o turismo regional. “Isso vai agregar para o turismo no sentido regional como uma nova possibilidade de atração e uma nova fonte de renda. É um modelo de turismo feito em vários lugares do Litoral Norte e a pessoa que vai visitar um, também quer conhecer os outros – ou seja, você fortalece uma cadeia inteira de turismo de base comunitária. O TBC tem potencial de ser enorme e atrai um público que é muito específico e gosta de vivenciar esse tipo de coisa”, completa.

Cada uma das cidades integrantes do consórcio turístico possui suas particularidades, mas carrega o senso comum de desenvolver práticas de turismo sustentável que beneficiem não só a economia, como também o desenvolvimento regional sustentável.

Bertioga | A comunidade Vila da Mata, que está situada dentro do Parque Estadual Restinga de Bertioga, importante área de conservação do ecossistema da Mata Atlântica, oferece uma oportunidade para os visitantes observarem aves locais, participarem de uma roda de conversa com seus moradores mais antigos e ainda descobrirem aspectos históricos da cultura caiçara.

A visita inclui passeio pela horta comunitária da comunidade, com direito a plantio de mudas e caminhadas pela região monitoradas por moradores locais, que contam a história do lugar e do povo que ali vive. “O turismo de base comunitária vem ganhando cada vez mais espaço, pois o turista não quer mais apenas contemplar; ele quer imergir na cultura local, tornando sua experiência mais enriquecedora. Isto tem aberto uma nova frente de emprego e renda para as comunidades, ao mesmo tempo em que viabiliza um turismo que resgata tradições, a cultura regional e é feito de forma sustentável e com proteção ao meio ambiente”, afirma o secretário de Turismo, Esporte e Cultura de Bertioga, Ney Carlos da Rocha.

Caraguatatuba | Em Caraguatatuba, a Associação de Pescadores e Maricultores da Praia da Cocanha (Amapec) conquistou, no último ano, a possibilidade de desenvolver o turismo de base comunitária na Fazenda de Mexilhão da Cocanha.

Com o objetivo de garantir a preservação ambiental e cultural dessa prática no local, que é considerada a maior fazenda de mariscos do estado, com 36 mil metros quadrados e produção de até 160 toneladas ao ano, o projeto de visitação inclui apresentação do funcionamento da fazenda, processo de reprodução do mexilhão, práticas de cultivo e técnicas de preparação para a venda do produto.

Além disso, a região da Ilha da Cocanha abriga importante biodiversidade, o que faz com que o passeio se complete com o avistamento de animais como tartarugas, arraias e polvos, assim como poríferos como esponjas e corais. “É um turismo muito importante no desenvolvimento de uma cidade, pois tem um caráter sustentável e cultural muito significativo. O turismo de base comunitária busca a preservação da cultura, principalmente e aqui, temos exemplos na região norte de Caraguatatuba, na Cocanha e já estamos desenvolvendo também um trabalho na região do rio Juqueriquerê, no sul da cidade. São projetos incríveis não só para o desenvolvimento econômico, mas também turístico e social para essas comunidades”, afirma a secretária de Turismo da cidade, Fernanda Galter Reis.

Ilhabela | Conduzido pela própria comunidade com apoio da Associação Castelhanos Vive, o projeto Turismo de Base Comunitária na Baía dos Castelhanos recebe os visitantes apresentando o lado oceânico da ilha. Tendo como protagonistas as seis comunidades tradicionais caiçaras que se baseiam principalmente na pesca, artesanato e gastronomia, o roteiro inclui as trilhas da Queda, da Figueira, Mansa e Vermelha, além de passeio de barco comandado pelos próprios nativos e oficinas de cestarias. Ali, as rodas de conversa com moradores também fazem sucesso entre os visitantes, que têm a oportunidade de descobrir as riquezas da cultura caiçara.

Na gastronomia, o projeto permite aos visitantes provarem pratos feitos com frutos do mar e produtos locais, como Azul Marinho, Caldeirada, Lambe-Lambe e Lula com Taioba.

São Sebastião | Lançada no último dia 10 de fevereiro, a Rota Caiçara é um importante exemplo de TBC em São Sebastião. O passeio, com saída da praia de Boiçucanga e duração de três horas, oferece uma imersão na cultura local. A começar pelo bate-papo com uma das moradoras mais antigas que conta sobre a história caiçara – como viviam, costumes, divisão de tarefas, aspectos da religião e o que aconteceu com o povo caiçara com o passar dos anos – acompanhado de café da manhã típico com café coado na garapa e bolinho de taioba. E, na sequência, um passeio de barco guiado pelos pescadores locais percorre pontos como o cerco flutuante – onde é explicada a arte da pesca que forma como um labirinto fixo no mar – e a Ilha dos Gatos, local escolhido pela família Rockefeller para a construção de uma casa na época da Segunda Guerra Mundial e que até hoje abriga suas ruínas.

A Rota Caiçara é um projeto desenvolvido em parceria entre a Associação de Pescadores de Boiçucanga e a Companhia Docas de São Sebastião, com apoio da Secretaria Municipal de Turismo da cidade. “Neste momento, é de suma importância o apoio da Secretaria Municipal de Turismo aos pescadores de Boiçucanga. Estamos passando por um período delicado em razão da pandemia Covid-19 e valorizar o turismo de base comunitária é uma ótima alternativa de renda para os pescadores e caiçaras que foram impactados. Além disso, o projeto enaltece nossa cultura local, colocando o caiçara como protagonista em todos os momentos do processo turístico e inserindo o visitante em lugares onde a comunidade se envolve, com o objetivo de promover um turismo mais justo, respeitando as tradições e o modo de vida do sebastianense”, reforça a secretária de Turismo de São Sebastião, Adriana Balbo.

Ubatuba | Em Ubatuba, o Quilombo da Fazenda surge como exemplo mais consolidado do TBC. Na costa norte da cidade, as famílias que vivem no sertão da Praia da Fazenda preservam sua cultura e memória quilombola por meio de rodas de conversas, trilhas agendadas e gastronomia típica.

Dentro do núcleo Picinguaba do Parque Estadual da Serra do Mar, a Casa da Farinha é ponto de partida para esse roteiro. O local histórico funcionava, no final do século passado, como uma usina de açúcar e álcool e, já na década de 50, foi aproveitada a roda d’água para movimentar os aviamentos de uma casa de farinha.

Além das conversas com os moradores antigos e dos passeios para explorar todo o potencial natural do lugar, é possível aprender a fazer farinha como nos tempos do antigo engenho, produzir esteiras artesanais de Imbé e conhecer de perto as roças e agroflorestas de onde a comunidade tira seu próprio alimento – com direito, inclusive, a degustação de pratos como o estrogonofe de lula com palmito juçara.

Sobre o Circuito Litoral Norte | O Consórcio Intermunicipal Turístico Circuito Litoral Norte de São Paulo vem se consolidando como referência neste segmento para o Estado, apresentando uma gestão integrada e focada no desenvolvimento conjunto das cidades participantes (Bertioga, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba). O Circuito soma atrativos, equipamentos e serviços turísticos das cinco cidades integrantes com o objetivo de enriquecer a oferta turística, ampliar as opções de visita e a satisfação do turista, com consequente aumento do fluxo e da permanência dos visitantes na região do Litoral Norte paulista, assim como a geração de trabalho, renda e qualidade de vida.

Nessa retomada, o consórcio vem realizando importantes parcerias com a Secretaria de Turismo do Estado e Ministério do Turismo, entre outras entidades, para garantir o retorno das atividades turísticas de forma segura e apoiar o trade regional a se restabelecer da melhor forma.

Mais informações: www.circuitolitoralnorte.tur.br.

(Fonte: Press Voice)