Sucen, que monitorava o comportamento do inseto no Estado, foi extinta em 2020 e seus laboratórios, até hoje, não foram incluídos na organização administrativa do Estado, comprometendo pesquisas e controle de doenças
São Paulo
A plataforma Cultura Em Casa apresenta o lançamento da mostra de documentários indianos intitulada Com Amor, Índia. A iniciativa foi construída e realizada pela organização Amigos Da Arte em parceria com o Consulado da Índia do Estado de São Paulo, o que permitiu demonstrar ainda mais a presença do Brasil na cultura indiana por meio da arte. Os oito documentários serão transmitidos um a cada dia, sempre às 20h, do dia 12 de fevereiro até 19 de fevereiro e ficarão disponíveis on demand na plataforma por um período de três meses. Os vídeos demonstram aspectos da cultura indiana, como sua medicina tradicional, a dança, a música, a religiosidade e a gastronomia, além de abordar o universo contemporâneo com pinturas urbanas em Nova Delhi, capital do país.
Para iniciar a série, no dia 12 de fevereiro, sexta-feira, às 20h, será exibido o primeiro episódio BRINDA.DOC, um documentário de longa-metragem que nasceu do Brinda (Brasil and India in Art) projeto de arte urbana realizado em Nova Delhi no final de 2012 e idealizado pelo artista brasileiro Sergio Cordeiro com patrocínio da Embaixada do Brasil em Nova Delhi. O filme retrata a arte de duas culturas distintas e, ao mesmo tempo, muito próximas, como o Brasil e a Índia, por meio da captação do dia a dia dos brasileiros na Índia, artistas que retratam em sua arte o universo das duas culturas em temas como a espiritualidade, a dança e a crença.
O segundo episódio a ser exibido, Ayurveda, a cura é possível, retrata o tradicional sistema de medicina indiano, praticado há mais de seis mil anos – técnica baseada na utilização de plantas medicinais, alimentação equilibrada e outros recursos naturais para tratar o ser humano de forma holística: corpo, mente e alma. O terceiro documentário, intitulado Planeta Índia, fica por conta da aventura vivenciada pelo garoto brasileiro de origem indiana Shiva. O público poderá acompanhar a divertida aventura do menino ao percorrer vários estados do sul da índia e as descobertas de diferenças e similaridades do país com o Brasil.
O quarto documentário a ser exibido é Devi Índia Divina, um olhar voltado para as mulheres indianas por meio de uma jovem jornalista brasileira que busca entender a sociedade e a cultura do país a partir do conceito de shakti percorrendo festivais religiosos, teatro, ayurveda, comunidades de artesãs e a arte marcial Kalari Payttu. Já o documentário India, my love story que será transmitido no dia 16 de fevereiro às 20h, foi captado num set de cinema do longa metragem indiano Ilha de Monroe, no sul da Índia e constitui um ensaio visual e lírico buscando decifrar a Índia e o cinema.
Descobrindo Ganehsa é o sexto documentário a ser exibido e conta sobre um dos mais conhecidos deuses do hinduísmo e a interpretação da sua figura por meio da curiosidade do garoto brasileiro de origem indiana Shiva. Com a transmissão do Sabores da Índia, no dia 18 de fevereiro, o público aprenderá com um chef de cozinha do estado de Kerala a preparar o Appam, espécie de pão ou panqueca, prato típico do sul da Índia, servido com um caldo de legumes regado a leite de coco. Por fim, o último documentário da mostra, a ser exibido no dia 19 de fevereiro, às 20h, fica por conta do Mudra – Magia da música e dança indiana, um registro dos melhores momentos da maior mostra cultural indiana já realizada no Brasil. Com a participação de 45 artistas da Índia, mostra a graciosidade da dança e música clássica indianas.
Sobre a plataforma #CulturaEmCasa | A plataforma #CulturaEmCasa foi lançada no dia 20 de abril de 2020 pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo. O Governo do Estado de São Paulo está multiplicando arte diariamente via plataforma Cultura Em Casa desde abril de 2020, o que permite maior oferta cultural com qualidade e diversidade para o público e geração de renda e oportunidades para artistas e técnicos. O objetivo é ampliar o acesso da população a conteúdos culturais de qualidade 100% gratuitos.
Serviço:
12/2 – 20h00 → BRINDA.DOC
13/2 – 20h00 → Ayurveda, a Cura Possível
14/2 – 20h00 → Planeta Índia
15/2 – 20h00 → Devi Índia Divina
16/2 – 20h00 → India, my love story
17/2 – 20h00 → Descobrindo Ganesha
18/2 – 20h00 → Sabores da Índia
19/2 – 20h00 → Mudra – Magia da música e dança indiana
Plataforma:
https://www.culturaemcasa.com.br
Redes Sociais:
https://www.facebook.com/culturaemcasasp/
Inspirado no universo criado por Jean-Pierre Jeunet no filme O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, o Grupo Kê, de Campinas, apresenta nos dias 13, 14 e 21 de fevereiro Devaneios em Tons de Amélie – Sobre o Amor e Pequenas Coisas, espetáculo de dança-teatro virtual com duas sessões diárias gratuitas apresentadas ao vivo pelo YouTube e na plataforma Zoom. Com direção geral de Renata Spis e direção cênica de Juliana Hilal, o grupo traz para a cena a essência do cultuado filme francês – aquilo que distingue um ser de todos os outros, as características que tornam um indivíduo singular, único. Em tempos difíceis para sonhadores, os corpos se permitem inspirar e ser inspirados em cena.
Com um processo criativo todo baseado em laboratórios de improvisação em dança, composição coreográfica coletiva e criação dirigida sob o comando da diretora e criadora do grupo, Renata Spis e da diretora cênica, Juliana Hilal, o espetáculo é levado pela trilha sonora de Yann Tiersen, trazendo à tona as sensações, sons, cores, texturas e sabores do universo de Amélie Poulain. Devaneios em Tons de Amélie fará duas sessões diárias: nos dias 13, 14 e 21 de fevereiro (sábado às 19h e 21h domingos às 18h e 20h), pelo canal do Grupo Kê no YouTube (https://www.youtube.com/channel/UCUblXWjKm92BPOqSerlJ6fA/featured). Com realização do Ministério do Turismo, Secretaria Especial de Cultura e Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e com recursos da Lei Aldir Blanc, as apresentações serão transmitidas ao vivo diretamente do Espaço Paiol de Arte e Cultura, em Campinas. Após o espetáculo, haverá um bate-papo sobre o processo criativo com o elenco e equipe pela plataforma Zoom.
O Grupo Kê | O Grupo Kê foi criado pela diretora Renata Spis em 2011 em Campinas-SP, com o objetivo de utilizar a dança e o teatro como instrumentos transformadores de artistas e público. Uma das principais características do trabalho desenvolvido é a pesquisa, além do estudo de temas atuais e de responsabilidade social. Um exemplo é o vídeo-dança Bons Moldes, que, por tratar de questões como padrões de beleza e rótulos sociais, foi escolhido para ser exibido no Simpósio da Federación Psicoanalítica da América Latina. Em nove anos de trabalho, o grupo participou de diferentes festivais, realizou três espetáculos, produziu vídeos e foi selecionado em editais nacionais e um edital internacional de Arte (Semana de Arte da Eseba/UFU, 12ª Mostra Curta Audiovisual e Encontro de Artistas Latino-Americanas). O grupo é formado por artistas com diferentes formações, experiências e tipos físicos, que se complementam durante os processos e também em cena. Com criatividade e sensibilidade, apresenta espetáculos que emocionam e levam à reflexão, contribuindo assim para a transformação e a formação de plateia.
Serviço:
Espetáculo Devaneios em Tons de Amélie – Sobre o Amor e Pequenas Coisas
Sessões Online:
13/2 – Sessões às 19h e 21h
14/2 – Sessões às 18h e 20h
21/2 – Sessões às 18h e 20h
Acesso gratuito pelo link https://www.youtube.com/channel/UCUblXWjKm92BPOqSerlJ6fA/featured
Classificação: Livre
Ficha Técnica
Direção Geral: Renata Nista Spis
Direção Cênica: Juliana Hilal
Coreografias: Renata Nista Spis e Tutu Morasi
Iluminação: Dickson Resstel
Design gráfico: Leonardo Ferrari
Filmagem e Transmissão ao Vivo: Evidence Filmes
Fotos: Juliana Hilal
Assessoria de Imprensa: Marina Franco
Produção: Paiol Produções Artísticas
Realização: Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Cultura e Economia Criativa, ProAC, Governo Federal, Lei Aldir Blanc, Grupo Kê e Paiol Produções
Elenco:
Amanda Camargo
Bel Barros
Bianca Meciano
Hannah Lara
Natália Jonas
Tutu Morasi.
Até 7 de março, realizadores brasileiros podem inscrever seus curtas-metragens no 8º Festival de Finos Filmes, que acontece de 1 a 8 de junho em formato online. Para a inscrição – no site https://www.finosfilmes.com.br –, os filmes devem ter no máximo até 20 minutos. Não há categorização por nacionalidade ou gênero.
Em 2021, o festival mantém a proposta de anos anteriores: usar filmes como pontos de partida para debates multidisciplinares com convidados e convidadas atuantes no cenário nacional.
Nos últimos anos, o evento já recebeu em suas mesas Fernando Haddad, Lázaro Ramos, Ana Maria Gonçalves, Maria Rita Kehl, Nuno Ramos, Antônio Pitanga, Pastor Henrique Vieira, Christiane Jatahy, Vera Iaconelli, Michel Laub, Camila Márdila, Bianca Santana, Eugênio Bucci, Eliane Caffé, João Paulo Miranda, Dina Alves, Silvana Bahia, Facundo Guerra, Alice Marcone, Cláudio Couto, Ricardo Calil, Maurício Pereira, Renato Cymbalista, Marta Bogea, Joana Mello e outros.
O festival é dirigido pelo cineasta Felipe Arrojo Poroger. Para a nova edição, o Finos Filmes conta com apoio do Museu de Imagem e Som (MIS-SP), Petra Belas Artes, Spcine, FAAP – Fundação Armando Álvares Penteado, o Goethe Institut, AgKurzfilm e German Films.
Para informações sobre regulamento e mais detalhes sobre as inscrições, acesse www.finosfilmes.com.br. Informações sobre programação e outras mostras serão divulgadas nos próximos meses.
Nesta quinta-feira (11/2), a partir das 23h, vai ao ar pela primeira vez na TV Cultura a série documental Nos Campos do Holocausto, produção nacional que mostra, por meio de relatos, fotos e vídeos, a história de pessoas que sobreviveram ao extermínio judeu provocado pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial e vieram construir uma nova vida no Brasil. No episódio de estreia, o público acompanha a emocionante trajetória do casal Miriam Brik e Ben Abraham, que se conheceu em solo brasileiro e se dedicou a contar as atrocidades do regime de Adolf Hitler.
No documentário, Myriam relembra a invasão nazista em Lodz, na Polônia, cidade na qual morava com sua família quando criança: “Eu não estive em um campo de concentração porque, na nossa região ocupada, os alemães não mandavam para os campos, eles matavam lá mesmo. Em cada cidade, em cada aldeia, em cada lugar, há valas comuns onde os alemães matavam. Na nossa cidade, eles mataram 25.658 pessoas. E ainda mais porque estas foram a que eles registraram, mas eles matavam outros que iam encontrando nas aldeias, em casas de camponeses ou judeus escondidos na floresta, como a minha família”, diz a sobrevivente com os olhos cheios d’água.
Ben, autor de 15 livros sobre o Holocausto, passou pela terrível experiência de ocupar o campo de concentração de Auschwitz, o mais mortífero de toda a guerra. No local, onde foram exterminadas mais de 1 milhão de pessoas, Abraham passou cerca de duas semanas e foi forçado a se despedir de sua mãe: “Quando saímos dos vagões fechados, despedi-me de minha mãe e nunca mais voltei a vê-la. Uma mulher que estava junto disse que ela havia sido levada para a câmara de gás […]. No campo, chegavam diretores das fábricas alemãs e escolhiam prisioneiros para trabalho forçado na Alemanha. E eu fui mandado para Braunschweig, onde trabalhei na fábrica de Brunsvique.”
(Fonte: Assessoria de Imprensa – TV Cultura)
Problema de saúde pública negligenciado na maioria dos países tropicais, a ocorrência de envenenamento por animais peçonhentos, como escorpiões, abelhas, aranhas e serpentes, no nordeste brasileiro ainda é pouco conhecida pelos estudiosos. Uma pesquisa da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará com as universidades federais do Recôncavo da Bahia e do Ceará revela que a incidência de envenenamento no estado do Ceará aumentou mais de seis vezes entre 2007 e 2019. O estudo está na edição de quarta (10) da Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.
A pesquisa descreve as características epidemiológicas de 54.980 casos de envenenamento registrados no Ceará no período. Os dados foram obtidos por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação online (Sinan), alimentado por profissionais de saúde com informações de doenças e agravos de notificação compulsória e analisados com base nas variáveis: número de acidentes/ano, número de acidentes por grupo zoológico, recebimento de terapia antiveneno (dose de soro), zona de ocorrência, sexo, distribuição por faixa etária e óbitos.
As faixas etárias mais afetadas foram de 10 a 19 anos e 40 a 59 anos (igualmente registrando 21,4%) e os eventos foram mais comuns entre as mulheres (52,4%). As picadas de escorpiões lideram os casos (67%), enquanto as picadas de abelhas registram a maior taxa de letalidade. As ocorrências foram 10 vezes mais comuns em áreas urbanas, principalmente nos meses mais chuvosos, e apenas 5% das pessoas tiveram acesso à soroterapia.
O exponencial aumento de registros no Ceará na última década é multifatorial, conforme explica Jacqueline Ramos Machado Braga, principal autora do estudo, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). “Além da notificação compulsória de acidentes causados por animais peçonhentos (obrigatória a partir de 2010), outros fatores, como o crescimento urbano desorganizado e o desequilíbrio ecológico, podem explicar esse aumento. Algumas espécies de escorpiões se adaptaram muito bem às condições do ambiente urbano devido à vasta oferta de alimento, resultante do acúmulo de lixo doméstico”, explica Jacqueline.
Tratamentos disponíveis no SUS | Acidentes causados por serpentes (mais comuns na região Norte), escorpiões e aranhas contam com tratamento antiveneno (dose de soro) específico para cada espécie capaz de neutralizar as toxinas de cada veneno de forma eficaz. Os soros são produzidos no Instituto Butantan, Instituto Vital Brazil, Fundação Ezequiel Dias e Centro de Produção e Pesquisa em Imunologia do Paraná e distribuídos gratuitamente pelo Ministério da Saúde via Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com a notificação de casos de cada região.
Impressiona o fato de que, na amostra do estudo, apenas 5,3% das pessoas envolvidas em eventos de envenenamento receberam essa terapia. “Apesar da gratuidade da distribuição, o acesso a este medicamento ainda é difícil, especialmente em regiões longínquas do Brasil”, observa Jacqueline.
Para a pesquisadora, tornar o tratamento mais acessível é o maior desafio, já que a produção de soros antipeçonhentos no Brasil não segue a prerrogativa de regionalização da Organização Mundial da Saúde (OMS), que facilitaria sua logística de distribuição para locais com maiores demandas.
Outro elemento importante é intensificar ações de capacitação de profissionais de saúde na atualização e identificação de acidentes causados por animais peçonhentos e de educação ambiental em escolas, feitas no Ceará pelo Núcleo de Controle de Vetores (Nuvet/SESA), vinculado à Secretaria de Saúde do Estado. “É importante intensificar essas ações principalmente nos pequenos municípios, no sentido de aprimorar as escolhas de condutas médicas e sensibilizar a população sobre a prevenção de acidente, além de orientar quanto aos primeiros socorros quando há envenenamento”, analisa a bióloga.
(Fonte: Agência Bori)