Organização aposta em lideranças jovens para transformar pequenas comunidades
Santa Catarina
Trilogia Afetos Políticos: Culpa encerra um projeto maior da Cia. de Teatro Acidental, iniciado com O que você realmente está fazendo é esperar o acidente acontecer (2014), que investigou o tema do ódio na ascensão da extrema-direita brasileira, e continuada com E o que fizemos foi ficar lá ou algo assim (2019), que abordou o medo que faz certa classe média, seja ela conservadora ou progressista, erguer muros para separá-la de outros ameaçadores. Na montagem que fecha a trilogia, o grupo investiga a culpa como afeto imobilizador, mas muito evocado por uma esquerda que se sente impotente diante de uma realidade cada vez mais imutável e, por isso, se abriga em um moralismo estéril. Agora, a Acidental compartilha o processo de investigação com o público por meio de uma série de atividades online e gratuitas. As ações serão realizadas graças à Lei Aldir Blanc de Apoio à Cultura, da Secretaria de Cultura da Cidade de São Paulo.
A programação começa em 20 de janeiro, às 20 horas, com um papo do grupo com a psicanalista e pesquisadora Alessandra Affortunati Martins falando sobre as relações entre arte e psicanálise. Já no dia 27, também às 20h, a artista, pesquisadora e educadora Maria Tendlau fala sobre as Peças Didáticas de Brecht.
Além dessas conversas, o grupo também realiza uma série de cursos rápidos, que acontecem em fevereiro, março e abril. Cada curso terá quatro encontros semanais, sempre às quintas, das 19h às 21h. Em fevereiro, Artur Kon, Juliana Froehlich, Renan Marcondes e Ruy Luduvice ministram o curso Artes do Não: arte e política no urgente século XXI, que propõe discussões sobre políticas da negatividade em várias linguagens (artes visuais, teatro, cinema, performance, dança), na contramão de uma visão “positiva” que toma a arte como uma espécie de remédio para males sociais.
No curso Falas fora de lugar: dramaturgia contemporânea, os integrantes da Cia. de Teatro Acidental partem de leituras de obras dramatúrgicas de diversos autores a partir da metade do século XX (Heiner Müller, Peter Handke, Elfriede Jelinek, Angelica Liddell, além de autores brasileiros contemporâneos) para uma investigação junto com a turma do que significa escrever para teatro hoje, em tempos de “pós-dramático”, quando o texto parece um elemento dispensável da encenação.
O último curso da série é Escrever peças sem escrever nada: oficina de escrita dramatúrgica, também com os integrantes da Cia. de Teatro Acidental. Será uma oficina prática trazendo alguns procedimentos dramatúrgicos de colagem e adaptação empregados crescentemente na dramaturgia contemporânea e também na Trilogia dos Afetos Políticos.
O processo aberto para a terceira peça da Trilogia dos Afetos Políticos ainda inclui duas séries de nove vídeos cada, que começam a ser lançados em fevereiro. Os vídeos fazem parte do processo de criação do espetáculo, que só deve estrear quando os teatros presenciais puderem retornar em total segurança. A primeira série consiste nas nove cenas do texto A decisão, de Brecht, que é a base da terceira parte Trilogia dos Afetos Políticos. A segunda série são as nove cenas com dramaturgia de Artur Kon para as cenas de Brecht trabalhadas anteriormente, buscando uma atualização dos temas e explorando uma forma discursiva mais próxima dos nossos interesses de companhia.
Serviço:
Trilogia Afetos Políticos: Culpa – Programação gratuita e online. Locais: canais virtuais da Oficina Cultural Oswald de Andrade – https://www.facebook.com/OficinasCulturais e https://www.youtube.com/channel/UCx4ySlsHp1HfVZcwbvulpAQ e https://www.youtube.com/oficinasculturaisdoestadodesaopaulo e nas redes sociais da companhia Facebook (https://www.facebook.com/teatroacidental), YouTube (www.youtube.com/teatroacidental) e Instagram (https://www.instagram.com/ciadeteatroacidental/).
A Cia. de Teatro Acidental é Artur Kon, Chico Lima, Mariana Dias, Mariana Otero e Mariana Zink. A orientação do processo dessa nova peça é de Maria Tendlau.
Bate-papos:
Alessandra Affortunati Martins – 20 de janeiro, às 20 horas
Maria Tendlau – 27 de janeiro, às 20 horas.
Cursos:
Horários – Sempre às quintas, entre 19 e 21 horas.
Inscrições – Pelo site das Oficinas Culturais (https://poiesis.org.br/maiscultura/), 15 dias antes do começo de cada curso.
Fevereiro
Com Artur Kon, Juliana Froehlich, Renan Marcondes e Ruy Luduvice
Tema: Artes do Não: arte e política no urgente século XXI
Março
Com Cia. de Teatro Acidental
Tema: Falas fora de lugar: dramaturgia contemporânea
Abril
Com Cia. de Teatro Acidental
Tema: Escrever peças sem escrever nada: oficina de escrita dramatúrgica
Vídeos:
A partir de 15 de fevereiro, sempre às 3ªs feiras 13h (A decisão) e 6ªs feiras 13h (dramaturgia nova em processo). Disponíveis em www.youtube.com/teatroacidental.
Currículos
Alessandra Affortunati Martins é psicanalista e Doutora em Psicologia Social e do Trabalho pela USP. Além da atuação na clínica, integra a equipe de pesquisa da Cátedra Edward Said (Unifesp) e coordena o projeto Causdequê? (Programa do Adolescente -SUS). É membra do GT de Filosofia e Psicanálise da Anpof e do Gepef (Grupo de Estudos, Pesquisas e Escritas Feministas). É autora de Sublimação e Unheimliche (Pearson, 2017) e de O sensível e a abstração (Peixe-elétrico ensaios, 2020). Organizou o livro Freud e o patriarcado (Hedra, 2020) com Léa Silveira. É colunista no site da Revista Cult.
Maria Tendlau é doutora em Teatro Educação pela ECA-USP desde 2020 e mestre em Teatro e Educação pela ECA- USP desde 2008. A dissertação de mestrado foi publicada em 2010 com o título de Teatro Vocacional e a Apropriação da Atitude Épica-dialética. O doutorado investigou o “material Fatzer”, de Brecht. Como atriz, Maria é cofundadora e foi integrante da Companhia do Latão por 5 anos. Foi criadora e implementadora do Projeto Teatro Vocacional da SMC e curadora de Teatro do Centro Cultural São Paulo. Atualmente é Orientadora de Arte Dramática do TUSP/Teatro da USP.
Artur Sartori Kon é ator, dramaturgo e pesquisador. Bacharel em Artes Cênicas – Interpretação Teatral pela Unicamp. Mestre em Filosofia pela FFLCH-USP (orientação Prof. Dr. Ricardo Fabbrini, bolsa CNPq) com a dissertação Da teatrocracia.: Estética e política do teatro paulistano contemporâneo, publicada em livro em 2017 pela Editora Annablume. Doutorando na mesma instituição (orientação Prof. Dr. Celso Favaretto, bolsa Fapesp), pesquisando e traduzindo a dramaturgia de Elfriede Jelinek (Nobel de Literatura de 2004), com estágio na Universidade de Frankfurt (orientação Prof. Dr. Christoph Menke, bolsa BEPE Fapesp). Fundou a Cia. de Teatro Acidental, com a qual cria peças que se valem de formas pós-dramáticas para investigar os impasses políticos do Brasil atual, como O que você realmente está fazendo é esperar o acidente acontecer (2014) e E o que fizemos foi ficar lá ou algo assim (2019).
Juliana Froehlich é psicologa, professora e pesquisadora. Doutora em Film Studies and Visual Culture pela University of Antwerp (Bélgica) onde foi bolsista Capes. Publicou sobre métodos de pesquisa em arte contemporânea e apresentou trabalhos sobre as relações entre artes visuais e cinema. Atualmente, pesquisa teorias do grotesco entre cinema e artes visuais, em paralelo à pesquisa de práticas experimentais nessas mesmas linguagens. Foi professora palestrante no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo e oferece cursos livres sobre as temáticas de pesquisa já desenvolvidas. É mestre em Estética e História da Arte pela Universidade de São Paulo (2013). Psicóloga e Bacharel em Psicologia também pela Universidade de São Paulo (2010).
Renan Marcondes é artista e pesquisador. Suas obras, entre as artes visuais e performáticas, propõem situações marcadas pela repetição e pelo nonsense nas quais o corpo é destituído de agência. Doutorando em Artes da cena pela Universidade de São Paulo (orientação Prof. Dr. Antonio Araújo, bolsa Fapesp), com passagem pela Justus Liebig Universität Giessen em 2019 (orientação Prof. Dr. Gerald Siegmund, bolsa BEPE Fapesp). Realizou mestrado em Poéticas Visuais na Unicamp (bolsa Capes) e especialização em história da arte no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo (bolsa programa Informados). Sua pesquisa já foi contemplada pelo ProAC, Temporada de Projetos do Paço das Artes, Prêmio para novos coreógrafos no MIS SP, dentre outros. Atualmente desenvolve as performances Azul-jardim (Festival Cultura Inglesa) e Reconhecer e Perseguir (ProAC). + info: www.renanmarcondes.com | @renan_marcondesc
Ruy Luduvice é pesquisador e professor. Doutorando em filosofia pela Universidade de São Paulo, é coordenador de pesquisa da Associação Cultural Videobrasil. Graduou-se em filosofia pela mesma instituição, com período de intercâmbio na Université Paris Nanterre. Mestre em filosofia pela USP, defendeu a dissertação Espelhos e Abismos: Autoria, Erotismo e Primitivismo em Louise Bourgeois, dedicando-se atualmente à crítica de arte de Georges Bataille. É membro do Grupo de Estudos em Estética Contemporânea do departamento de Filosofia da USP. Suas últimas publicações incluem os artigos: Louise Bourgeois por Robert Mapplethorpe: Autoria e Fantasia (Almanaque Rapsódia nº 12, 2019) e Forma, Figura e Matéria: Natureza e Cultura em Georges Bataille (Anais do III Seminário de Estética e Crítica de Arte: As Artes entre a Urgência. e a Inoperância, 2017).
A Cia. de Teatro Acidental completou em 2020 dez anos de atividade, pesquisando cenicamente possibilidades e contradições, formas e figuras da coletividade: a organização grupal não só como estrutura e modo de produção, mas também tema e estética. Além de encenar peças de autores como Brecht (Mahoganny, dir. Marcelo Lazzaratto, ProAC circulação 2010), Ionesco (O rinoceronte, dir. Carlos Canhameiro, produção SESI-SP 2011) e Elfriede Jelinek (Peça Esporte, dir. Clayton Mariano, ProAC produção 2014-5), trabalha cada vez mais na criação colaborativa de dramaturgias próprias, para pensar as especificidades do nosso contexto no difícil tempo presente. Assim nasceu a Trilogia Afetos Políticos, com O que você realmente está fazendo é esperar o acidente acontecer (2014) e E o que fizemos foi ficar lá ou algo assim (2019). A terceira peça está atualmente em elaboração.
O aplicativo Rede Azul – que já reúne indicações de locais, serviços e oportunidades amigáveis à comunidade autista em quase todos os estados brasileiros – é o tema do documentário A Rede Azul, que será lançado nesta terça-feira, 19. Produzido pela Acid Filmes, o média-metragem aborda aspectos do cotidiano de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) a partir da história do app idealizado por Elaine Marques, mãe de uma garota com TEA, que mora em Indaiatuba (SP) e das percepções de especialistas de diversos segmentos.
Um dos objetivos da produção é conscientizar as pessoas sobre a importância da compreensão das diversas facetas do transtorno. “Muitas vezes nos deparamos com uma falta de entendimento sobre as diversas nuances que envolvem o TEA. Dentro do espectro existem diferentes níveis e, às vezes, devido a uma visão estereotipada do transtorno, muitos acabam perdendo oportunidades para se desenvolver”, explica Elaine Marques, CEO do Rede Azul.
Alan Coelho, diretor do documentário e à frente da Acid Filmes, ainda acrescenta: “Além de fornecer informações úteis sobre o TEA e contar a história da família da Elaine desde as dificuldades enfrentadas com a filha dela até a criação do app, também queremos mostrar como as dores geradas por essas complicações foram transformadas em um impacto positivo”.
Desenvolvimento | Um encontro de desejos e motivações marcou o início da produção. De um lado, Elaine Marques já pensava em criar uma websérie; do outro, Alan Coelho queria utilizar sua experiência no audiovisual para ajudar outras pessoas. “Eu já conhecia a Acid Filmes por outros trabalhos e, quando chamei o Alan para conversar, houve uma sinergia de interesses. Unimos a minha ideia com a vontade dele de fazer o bem. Depois que ele conheceu toda história e eu defini os personagens, decidimos mudar de formato e construir um documentário”, conta Elaine.
O ponto de partida do média-metragem é a história de Alícia Nicol Marques Escudero, de 18 anos de idade, que é filha da Elaine e tem Síndrome de Asperger – nível leve do TEA. A partir do diagnóstico de Alícia, que aconteceu apenas aos 12 anos de idade, toda família entrou em uma jornada cheia de obstáculos. A busca por educação, oportunidades e tratamentos que fossem adequados ao caso da Alícia eram tarefas muito complexas. Pensando que outros pais pudessem passar pelas mesmas situações que ela, Elaine começou a buscar soluções que facilitassem essa procura por serviços amigáveis à comunidade autista. Então, surgiu o Rede Azul.
Em meio ao desenrolar da narrativa, profissionais de áreas distintas compartilham seus conhecimentos e visões sobre a situação das pessoas com TEA no Brasil em um debate que acontece logo após a transmissão do documentário. Entre eles estão Damião Silva, psicólogo clínico e escolar e especialista em Transtorno do Espectro Autista, Altas habilidades e Superdotação, Denner Pereira, advogado e servidor público da Procuradoria do Estado do Paraná e a neuropediatra Deborah Kerches. Está confirmada ainda a participação da empresária Amanda Ribeiro, que resolveu estudar sobre o tema para ajudar o filho, que fundou a Incluir Treinamentos, que treina e capacita profissionais e empresas para inclusão de autistas. Também participa a fonoaudióloga Nattaly Castro, especialista em Processamento Auditivo Central (PAC) e Homologada no Sistema de Estimulação Neuro Auditiva (SENA).
O debate será mediado pelo consultor independente em temas relacionados à responsabilidade corporativa Antônio Albuquerque. Autor do livro Terceiro Setor – história e gestão de organizações e membro do Programa Leadership for Environment and Development (LEAD International) da Inglaterra e do Global Salzburg Semminar na Áustria.
Como assistir? | O documentário Rede Azul será lançado neste dia 19 de janeiro durante uma live promovida no Google Meet, que pode ser acessada aqui. Depois, a produção ficará disponível no canal do Rede Azul no YouTube.
Rede Azul | Lançado em dezembro de 2019, na Google Play Store, o app foi liberado gradualmente, começando por municípios da Região Metropolitana de Campinas (RMC), interior de São Paulo. Atualmente, está disponível para todo país e conta com 1,5 mil usuários ativos. Em breve também será lançada a versão para IOS (Iphone).
O foco são as experiências. Os usuários podem deixar suas indicações de locais ou serviços amigáveis para pessoas com TEA – que dentro do app recebem o nome de Pontos Azuis – para que outros possam consultar, vivenciar e avaliar. Com todas essas informações, o aplicativo calcula uma média das notas para cada indicação. Os Pontos Azuis se dividem em 18 categorias; entre elas, escolas, terapias, estética, igreja, esportes, turismo e Famílias do TEA, seção que pretende criar uma rede de apoio entre familiares que, muitas vezes, precisam trabalhar em casa, a fim de cuidar de pessoas com TEA.
Acid Filmes | Idealizada por Alan Coelho, profissional com mais de 10 anos de experiência no meio audiovisual no eixo Rio-São Paulo, a produtora atua em vários segmentos e coleciona trabalhos com empresas de renome, como Toyota, Levi’s e Ray Ban.
Teaser – clique aqui
Informações:
Documentário A Rede Azul
Lançamento: 19 de janeiro
Horário: 20h30
Onde assistir: Google Meet
Cronograma:
20h30 Início da transmissão
20h36 Abertura oficial
20h40 Transmissão do documentário
21h07 Debate e considerações finais
21h29 Encerramento
Facebook redeazulapp / Instagram redeazulapp.
No dia 25 de janeiro, o restaurante paulistano Zena completa seu 12º aniversário com prato comemorativo no menu. A partir do dia 22 de janeiro, o restaurante do chef Carlos Bertolazzi e do empresário Dudu Pereira apresenta mais uma versão do seu premiado gnocchi – dessa vez, com finalização de trufas negras advindas de um tartufaio de Norcia, no Sul da Itália.
A pedida do Gnocchi con fonduta al formaggio ganhará 10 g de lascas de tartufo nero à mesa, na frente do cliente e estará disponível enquanto durar a iguaria italiana, por R$180.
Seguindo todas as recomendações de higiene e segurança recomendadas pelas autoridades da cidade, o Zena fica aberto de terça a domingo, no almoço e jantar, com opção de reserva.
Sobre o Zena | O chef Carlos Bertolazzi abriu seu Zena em janeiro de 2009, nos Jardins, junto do empresário Dudu Pereira, para oferecer a gastronomia italiana da Ligúria em um espaço que remete ao charme de uma vila típica italiana. Em ambiente descontraído e arejado, envolto por paisagismo, serve entradas, pratos e sobremesas feitos inteiramente no local, como seu tradicional Grissini – oferecido como cortesia –, às focaccias, saladas ou o clássico e premiado Gnocchi Zena.
Aberto direto do almoço ao jantar, o restaurante é bastante convidativo a quem quer apreciar ainda drinks de receitas exclusivas ou vinhos expostos em uma “geladeira de padaria” – herança do estabelecimento antecessor –, que facilita o acesso e escolha do cliente sobre seu rótulo preferido; entre eles está o Zena Rosso, vinho da casa produzido artesanalmente na região de Monferrato, da região italiana do Piemonte, no noroeste do país.
Serviço:
Zena
Horário de funcionamento: terça a domingo – das 12h às 17h / das 19h às 22h.
Endereço: Rua Peixoto Gomide, 1901 – Jardins, São Paulo/SP
Telefone: (11)3081-2158 / telefone delivery: (11) 3082-9362
Site: http://www.zenacaffe.com.br/
Facebook: /zenacaffe
Instagram: @zenacaffe
Acessibilidade/ Conexão Wi-fi Gratuita / Pet Friendly.
Um dos mercados mais afetados pela pandemia, a indústria da música começa 2021 disposta a fazer barulho para voltar a crescer. Entre os dias 1º e 7 de fevereiro, 60 marcas vão promover o Conecta+Música&Mercado, um espaço virtual de negócios e eventos gratuitos dedicados à criação musical. A meta é atrair 50 mil visitantes do Brasil e da América Latina e alcançar R$700 milhões em vendas de instrumentos e áudio para os próximos seis meses.
A proposta do Conecta+Música&Mercado é vista com bons olhos pelas empresas do setor, duramente atingido pelos efeitos da Covid-19. Segundo pesquisa da UBC/ESPM, mais de 86% dos profissionais do mercado musical afirmam ter sofrido perda de renda durante a paralisia provocada pelo novo coronavírus. “A ideia é inaugurar uma feira virtual inteligente e intuitiva, direcionada para quem trabalha com música e capaz de criar e ampliar laços profissionais e comerciais. O setor precisa de ânimo e de uma demonstração de força. O foco é manter a indústria aquecida e a criação musical efervescente”, explica Daniel Neves, presidente da Anafima, Associação Nacional da Indústria da Música.
Entre os expositores estão a Roland, Takamine, Bose Pro e a JBL/Harman by Samsung, uma das principais fabricantes de equipamentos de áudio do país, além de empresas da Argentina, Colômbia e México. “Acreditamos que o formato digital da feira possa sinalizar um novo modelo para a indústria da música”, afirma Bruno Moura, diretor da Harman do Brasil.
Outro dos principais chamarizes do Conecta+Música&Mercado é a programação com mais de 120 horas de lives, debates e workshops que será disponibilizada na plataforma online da iniciativa (https://conecta.musicaemercado.org/). A agenda de eventos privilegia o conteúdo profissionalizante e técnico para quem atua com áudio, criação em música, shows e produção, desenvolvimento profissional e treinamento para todos os setores dos produtos musicais, indústrias de tecnologia de áudio, entretenimento profissional e educação musical, entre outros.
O Conecta+Música&Mercado é gratuito para todos os inscritos. Profissionais terão acesso às estratégias e ferramentas para promover seus negócios e carreiras, conectando-se com os principais líderes do setor.
Baseado na Swapcard, plataforma francesa de networking e feira virtual e customizada dirigida ao mercado da música, o Conecta+ Música & Mercado tem o apoio da NAMM, associação norte-americana da indústria da música.
O Conselho Federal de Química (CFQ) produziu um Verdade x Mentira a partir das principais dúvidas da população na pandemia da Covid-19. A ideia é esclarecer, orientar e reforçar o lembrete: a pandemia não acabou, fique alerta – é hora de redobrar a atenção.
O CFQ trabalha para combater a desinformação e orientar sobre as medidas eficazes de prevenção, como lavar sempre as mãos com água e sabonete, escolher corretamente o álcool em gel, saber utilizar a água sanitária para desinfecção de objetos e superfícies e manter o distanciamento social.
Confira:
Se o álcool em gel for melequento demais, a eficácia diminui | MENTIRA – o que vai definir se o álcool em gel é mais ou menos pegajoso é a composição química da fórmula, que pode sofrer algumas alterações a depender dos compostos usados. Veja o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=dS5WHCDOhWY&list=PLZEox91Omgx1SLHmvTR_0d-8SShLAJXCm&index=19.
Qualquer álcool é eficaz contra o coronavírus | MENTIRA – o álcool 70% é o mais recomendado. Em soluções de graduação alcoólica muito superior, a eficácia é menor, pois a evaporação é mais rápida, o que diminui o tempo de contato do álcool com o patógeno.
Não devo higienizar meu celular com álcool em gel | VERDADE – o mais recomendado para equipamentos eletrônicos seria o álcool isopropílico. Por possuir um carbono a mais que o etanol na cadeia carbônica, é menos miscível em água, dificultando a oxidação das peças.
O álcool em gel queima sem que possamos enxergar | VERDADE – O álcool em gel é inflamável; porém, a sua chama é invisível. Isso traz uma necessidade de maior atenção do álcool junto à fonte de calor. Veja o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=wKt4auvJD2E&list=PLZEox91Omgx1SLHmvTR_0d-8SShLAJXCm&index=10.
É possível produzir álcool em gel em casa | MENTIRA – apesar de existirem receitas caseiras circulando na internet, o CFQ não recomenda essa prática, tanto pelos riscos associados quanto por confrontar a legislação brasileira.
Se não tiver álcool em gel, posso usar etanol de combustível ou de bebidas alcóolicas? | MENTIRA – apesar do combustível e das bebidas alcoólicas possuírem álcool etílico em suas composições, cada produto apresenta graduação alcoólica própria e é pensado para uma finalidade específica e suas formulações contém outras substâncias.
Água sanitária pura não funciona contra o coronavírus | VERDADE – a substância que melhor age como germicida não é o hipoclorito de sódio, mas sim o ácido hipocloroso. A água sanitária pura apresenta um pH alto e, por isso, contém apenas hipoclorito. É preciso baixar o pH, o que é feito com a adição de água, que tem pH levemente ácido.
É recomendável pulverizar ou borrifar soluções de hipoclorito de sódio sobre pessoas em áreas públicas de grande circulação | MENTIRA – o hipoclorito de sódio é corrosivo e pode causar irritação na pele e nos olhos. O CFQ não recomenda que soluções sejam pulverizadas sobre pessoas pelo menos até que sejam apresentadas pesquisas científicas que comprovem eficácia.
Não se pode usar água sanitária para desinfetar as mãos | MENTIRA – a água sanitária pode ser usada para higiene das mãos quando não houver água e sabonete ou álcool, desde que esteja diluída na concentração de 0,05% – 1 litro de água para 25 ml de água sanitária. Acesse a cartilha do CFQ: https://cfq.org.br/wp-content/uploads/2020/05/020-05-04_cartilha-perguntas-e-respostas-CFQ-V2-baixa-3.pdf.
Misturar água sanitária com outros produtos de limpeza ou com vinagre pode gerar até explosão | VERDADE – a mistura pode gerar substâncias perigosas e que liberem vapores tóxicos, já que muitos produtos contêm substâncias como hipoclorito de sódio, amônia e até mesmo nitrogênio.