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Envolvimento de comunidades locais viabiliza restauração de manguezais em SC, destaca livro

Grande Florianópolis, por Kleber Patricio

Iniciativa de reabilitação de manguezais já retirou mais de 7 mil plantas invasoras e plantou mais de 3 mil mudas nativas em SC. Foto: Alroos/Wikimedia Commons.

Uma iniciativa de restauração de áreas de mangue na Grande Florianópolis mostra que ações de educação ambiental são aliadas para a recuperação de ambientes degradados. Com a participação da comunidade local, a equipe do Projeto Raízes da Cooperação retirou cerca de 7 mil pinheiros invasores, introduzidos na região para produção de madeira. A área abrangida é equivalente a quase 8 hectares. Os participantes também plantaram mais de 3 mil mudas nativas de mangue e restinga.

O estudo de caso está incluído na versão brasileira do e-book ‘Reabilitação Ecológica de Manguezais: Um Guia Prático de Campo’, lançada nesta quarta (25), pelo Raízes da Cooperação, projeto executado pela Ação Nascente Maquiné (Anama) na Grande Florianópolis que tem entre parceiros instituições como a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Petrobras. A obra é um dos principais manuais para a restauração de manguezais no mundo.

A intervenção relatada no livro consiste em quatro pilares: derrubada e manejo de Pinus elliottii, plantação de mudas de espécies nativas, educação e mobilização da população que vive no entorno dos mangues e pesquisas sobre a resiliência climática desses ecossistemas. De acordo com Dilton de Castro, ecólogo e coordenador do Raízes da Cooperação, até agora, mais de 2 mil pessoas das comunidades e escolas locais participaram de uma série de atividades como oficinas, cursos e seminários.

Para ele, a adesão das comunidades locais tem sido essencial para o projeto. “Havia lugares que só eram acessíveis de barco, e nisso os pescadores ajudaram muito. As comunidades auxiliam no plantio de mudas, identificação e levantamento de espécies nativas”, observa.

O Raízes da Cooperação atua desde maio de 2023, através de pesquisas científicas e de ações de restauração ecológica, em três Unidades de Conservação: o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro e as federais Reserva Extrativista do Pirajubaé e Estação Ecológica Carijós. Os mangues da região são estratégicos para a mitigação de eventos climáticos extremos e a sobrevivência de comunidades tradicionais. Na Grande Florianópolis, esses ecossistemas funcionam como barreiras naturais contra a erosão costeira, enchentes e ciclones. Também abrigam importantes fontes de sustento para pescadores artesanais e povos indígenas.

Em pouco mais de um ano de projeto, segundo o livro, os resultados mais notáveis são o aumento da biodiversidade e a recuperação natural de áreas degradadas, com novas espécies de plantas nativas emergindo nas áreas restauradas. “Observamos o crescimento de sementes que estavam dormentes no solo pela falta de luz, que era bloqueada pelos pinheiros invasores”, exemplifica De Castro. “Mas o envolvimento da sociedade é o que dura. Sensibilizar a população significa mais influência para a proteção desses ecossistemas, podendo encaminhar para impactos em políticas públicas de proteção e conservação”.

O lançamento do ebook consolida o papel da iniciativa brasileira como um modelo a ser seguido, aponta Paulo Pagliosa, professor de Oceanografia da UFSC e tradutor da obra. “O registro deixa uma forte evidência que uma restauração ecológica efetiva só é atingida quando ela tem base comunitária, quando a comunidade entende da importância e deseja que o manguezal seja restabelecido”, finaliza.

(Fonte: Agência Bori)

Mais da metade dos jovens não faz gestão do tempo, aponta estudo

São Paulo, por Kleber Patricio

Redes sociais, jogos e apps de conversa são principal empecilho, seguido por falta de concentração e excesso de tarefas; curso da Junior Achievement e da Verizon auxilia jovens na organização do tempo e tarefas. Foto: Divulgação.

Levantamento da Junior Achievement Brasil mostra que 61,9% dos jovens da sua rede não fazem a gestão do tempo no dia a dia, 55,7% não planejam as atividades diárias e 45,1% não separam momentos para o lazer. Ainda assim, 60,2% dizem se considerar organizados e 71,6% afirmam cumprir prazos e horários. O estudo foi feito por meio de consulta on-line com 113 alunos da organização não-governamental, que há mais de 40 anos se dedica à educação empreendedora, financeira e preparação para o mercado de trabalho no país. A pesquisa levou em consideração as respostas de pessoas de 15 a 30 anos, dos quais 36,4% são estudantes, 32,7% têm trabalho formal, 16,8% trabalham informalmente e 14,1% não trabalham e não estudam.

Entre as principais dificuldades para a gestão do tempo, os jovens apontam as redes sociais, os jogos e os apps de conversa (63,7%), seguido pela falta de concentração (51,3%) e o excesso de tarefas (44,2%).

Para Alexandre Mutran, diretor-executivo da JA Brasil, a pesquisa reflete a dificuldade que os jovens – assim como muitos adultos – têm de se apropriar do tempo e elencar prioridades em meio a muitas demandas e convites para a distração, sobretudo com os meios digitais. “A falta de organização impacta a produtividade tanto na escola quanto no trabalho, com reflexos na vida pessoal. Fazer a gestão do tempo é um exercício, que deve estar no dia a dia, mas de maneira equilibrada, sem cobranças em excesso”, diz Mutran.

A JA Brasil, em parceria com a Verizon, empresa norte-americana de telefonia celular, oferece curso de Gestão de Tempo na plataforma online Inspira JA (https://inspiraja.org.br/). Em três módulos, profissionais voluntários da multinacional falam sobre a definição e a importância da gestão do tempo (considerando questões como autocobrança e procrastinação) e sobre como aplicá-la na rotina. “Os alunos aprendem que é possível ter uma rotina mais saudável e produtiva, mantendo o foco nas atividades e ainda reservando tempo para a diversão”, afirma Mutran.

Além do Gestão do Tempo, a plataforma online Inspira JA oferece outros 20 cursos gratuitos com temas valorizados no mercado de trabalho: autoconhecimento, marketing digital, tecnologia e empreendedorismo e educação financeira. Em todos os cursos, que podem ser feitos por celular, os alunos são avaliados e recebem um certificado sobre seu desempenho na plataforma.

Há 40 anos no Brasil, a Junior Achievement é reconhecida por promover educação empreendedora e financeira e preparação para o mercado de trabalho para jovens. Em 2024, a meta da JA Brasil, junto à sua rede em 19 estados e no Distrito Federal, é entregar um milhão de experiências de aprendizagem em todo o país.

Sobre a Junior Achievement

Fundada em 1919 nos Estados Unidos, a JA dissemina educação empreendedora por meio do método ‘aprender-fazendo’ em mais de 100 países. É pioneira na América Latina em levar conhecimento sobre empreendedorismo, educação financeira e mercado de trabalho para jovens. No Brasil, a JA está há quatro décadas e já entregou mais de 6 milhões de experiências de aprendizagem, com o apoio de mais de 200 mil voluntários.

Os programas de educação financeira são reconhecidos pela ENEF (Estratégia Nacional de Educação Financeira). Pelo trabalho que desempenha, a Junior Achievement Worldwide é reconhecida como a 5ª ONG mais influente do mundo e neste ano de 2024 foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz pelo terceiro ano consecutivo. Saiba mais em jabrasil.org.br.

(Fonte: Com Giovanna Consentini/Ovo Comunicação)

Le Cordon Bleu SP promove ‘Sabores & Aromas’: Uma experiência com degustação de charutos e alta gastronomia

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Getty Images/Unsplash.

No dia 2 de outubro, o Culinary Village será o palco de uma noite sofisticada e exclusiva: Sabores & Aromas. Este evento único reúne o melhor da alta gastronomia do Le Cordon Bleu com a tradição dos charutos finos, proporcionando um evento imersivo e memorável.

A noite começa com um jantar especial, onde cada prato é uma expressão cuidadosa de sabores e texturas, criando uma experiência sensorial completa. Confira o menu:

Amuse Bouche

– Polenta trufada com poché de codorna

– Nems de porco e camarão com vinagrete asiático

– Salmão Gravlax, purê de cenoura defumada, ovas e farinha de amêndoa

Entrada

– Escalope de Foie Gras com caju confit e torrada de brioche

Prato Principal

– Confit de canard ao molho périgueux e batata sarladaise com shimeji preto

Pré-Dessert

– Granitée de Vermouth com croustillant de azeitona

Sobremesa

– Charuto de chocolate e Cognac.

Após o jantar, os participantes serão levados à varanda do Le Cordon Bleu Café e Kofi&Co para a degustação de charutos. Durante essa experiência, Rodrigo Gorga, especialista em charutos da JetSetter Tabacaria, compartilhará seu vasto conhecimento sobre o universo dos tabacos, enriquecendo ainda mais a noite. Na experiência, está inclusa a entrega de um kit especial com um charuto Davidoff Gran Cru Robusto, um charuto Hoyo de Monterrey Epicure N2, um charuto Montecristo Edmundo, um cortador de charutos e um cinzeiro personalizados do Le Cordon Bleu e um isqueiro maçarico. Após a sobremesa, haverá a degustação de um dos três charutos recebidos no kit.

A experiência Sabores & Aromas é um convite para mergulhar em uma noite de prazeres refinados onde a arte culinária se encontra com a tradição dos melhores charutos criando uma celebração única para os sentidos. Para mais informações, acesse o site do Le Cordon Bleu Brasil.

Sobre Le Cordon Bleu | Le Cordon Bleu é a principal rede global de institutos de artes culinárias e gestão de hospitalidade, com uma herança que abrange 129 anos. A rede mantém presença global com 35 escolas em mais de 20 países, formando cerca de 20 mil alunos de mais de 100 nacionalidades diferentes todos os anos. As técnicas culinárias tradicionais francesas permanecem no coração do Le Cordon Bleu, mas seus programas acadêmicos são constantemente adaptados para incluir novas tecnologias e as inovações necessárias para atender às necessidades crescentes da indústria. Presente no Brasil desde 2018, possui unidades no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde oferece programas de alta qualidade, como o Grand Diplôme, o Diploma de Cozinha Brasileira e o Diplôme de Wine & Spirits, entre outros.

(Fonte: Com Guilherme Messina/Le Cordon Bleu)

Inhotim apresenta novo trabalho de Paulo Nazareth na ArtRio

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Paulo Nazareth em seu ateliê no Palmital, em Belo Horizonte, durante a produção do novo Múltiplo. Foto: Ana Clara Martins.

O Instituto Inhotim apresenta na ArtRio a 5ª edição do Programa Múltiplos Inhotim, dessa vez com litogravuras do artista mineiro Paulo Nazareth. A obra intitulada O Guarani (2024) é baseada na imagem do multiartista Benjamin de Oliveira caracterizado como o indígena Peri para a divulgação do espetáculo Os Guaranis, dirigido e estrelado por ele no início do século XX. Nascido em Pará de Minas, cidade do interior de Minas Gerais, em 1870, Benjamin de Oliveira fez parte da primeira geração de alforriados de sua família.

Partindo das relações entre história, território e deslocamentos, Paulo Nazareth inaugurou no Inhotim, em abril deste ano, a exposição Esconjuro (2024). A Galeria Praça e outros pontos do Inhotim estão ocupados pelo artista ao longo de 18 meses com obras que refletem práticas de exploração e disputa historicamente conhecidas no território. Com uma linguagem múltipla — de pinturas a instalações — e própria, Paulo Nazareth convoca para um outro modo de fazer, outras maneiras de negociar, planejar, construir, celebrar e colher os frutos num amplo e generoso gesto de reinvenção em que obras são trocadas, incluídas e reposicionadas ao longo do período da exposição no parque.

O trabalho para o Programa Múltiplos, apresentado na feira, é considerado pelo próprio artista como parte da mostra Esconjuro no Inhotim. As 100 litogravuras criadas por Paulo Nazareth representam um marco significativo na colaboração contínua entre o artista e a instituição. “Esta série dos Múltiplos não apenas amplia a prática artística de Nazareth, mas também redefine as fronteiras tradicionais da exposição, transcendendo os espaços convencionais de galerias e jardins de museus. Ao ser integrado como parte essencial da mostra, o trabalho não é apenas um produto derivado, mas uma manifestação autêntica da expansão artística e da reinvenção institucional provocada pelo artista e equipes do Inhotim”, reflete Beatriz Lemos, curadora coordenadora do Inhotim.

Além da obra de Paulo Nazareth, edições anteriores dos Múltiplos dos artistas Laura Vinci, Marcius Galan, Panmela Castro e Mônica Ventura também podem ser adquiridos na feira com valores especiais. A ação é consonante ao desejo da instituição em fomentar o colecionismo, incentivar a produção artística e apoiar as atividades do Instituto.

3ª edição dos Múltiplos, gravura ‘Pisar suave, adiar o fim’, 2023, de Panmela Castro. Foto: Divulgação/Instituto Inhotim.

Fundada em 2011, a ArtRio é reconhecida como um dos mais relevantes eventos do calendário das artes. A décima quarta edição da Feira de Arte do Rio de Janeiro acontece entre os dias 25 e 29 de setembro de 2024, na Marina da Glória. Nesta 5ª edição dos Múltiplos, parte dos lucros serão destinados à Faculdade de Educação (FaE) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O Programa Múltiplos Inhotim contribui diretamente para a sustentabilidade da instituição incentivando a produção artística contemporânea, já que os recursos arrecadados são destinados para a programação e manutenção do museu e jardim botânico. Os Múltiplos podem ser adquiridos também pelo telefone (31) 97115-2751.

MÚLTIPLOS INHOTIM NA ARTRIO

Gravuras de Laura Vinci (X Vermelho, 2019) e Marcius Galan (Belo Horizonte, 2020) – 2ª edição

R$800 cada peça ou as duas por R$1.200

Gravura de Panmela Castro (Pisar suave, adiar o fim, 2023) – 3ª edição – R$2.000

Esculturas de Mônica Ventura (Atalaia, Enlace e Profusão, 2023) – 4ª edição – R$6.000 cada ou R$15.000 o trio

Gravura de Paulo Nazareth (O Guarani, 2024) – 5ª edição – R$2.000 com 10% de desconto.

Serviço:

ArtRio

Data: 25 a 29 de setembro de 2024

Localização: Marina da Glória, Rio de Janeiro, RJ.

(Fonte: Com Amanda Viana/Instituto Inhotim)

Osesp convida maestro chileno-italiano Paolo Bortolameolli nos concertos desta semana na Sala São Paulo

São Paulo, por Kleber Patricio

Paolo Bortolameolli. Foto: Jorge Brantmayer.

O ano de 2024 marca as celebrações dos 70 anos da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp, além dos 30 anos de atividades do Coro da Osesp e dos 25 anos da Sala São Paulo – a casa da Osesp, dos Coros e de seus Programas Educacionais, inaugurada em 1999 no edifício onde antes funcionava a Estrada de Ferro Sorocabana. Nesta semana, de quinta-feira (26/set) a sábado (28/set), a Osesp se apresenta com o regente chileno-italiano Paolo Bortolameolli. Atualmente maestro associado da Filarmônica de Los Angeles, ele é também diretor musical da Orquestra Sinfônica Nacional Esperanza Azteca (México) e principal maestro convidado da Filarmônica de Santiago, no Chile.

Bortolameolli comandará um programa recheado de peças latino-americanas: a Suíte para orquestra, de Gabriela Ortiz; Estallido, de Miguel Farías e Reisado do Pastoreio: Batuque, de Lorenzo Fernandez. Inspirada em ritmos da região caribenha, Abertura Cubana, do norte-americano George Gershwin, completa o repertório, que conta ainda com a Sinfonia nº 7 do tcheco Antonín Dvorák. Vale lembrar que o concerto de sexta-feira (27/set) será transmitido ao vivo no canal da Osesp no YouTube, às 20h30.

E, no domingo (29/set), grupos de câmara formados por integrantes da Osesp e do Coro da Osesp tocam obras do compositor Franz Schubert. A apresentação faz parte do Festival Schubert, um dos eixos artísticos da Temporada 2024. O repertório inclui, entre outras obras, o Octeto em Fá, a maior obra de câmara do compositor austríaco, que tem seis movimentos e mais de uma hora de duração. Os ingressos para os dois programas podem ser adquiridos neste link.

Sobre o programa

A Sinfonia nº 7, de Antonín Dvorák (1841–1904), foi composta por encomenda da Royal Philharmonic Society e estreou em 1885 em Londres sob a regência do compositor. Sucesso de público e de crítica, a obra consolidou a carreira internacional de Dvorák e é a mais dramática e austera dentre suas nove sinfonias. Ela demonstra o domínio da orquestração e da forma clássica pelo compositor checo aliadas a uma música intensamente expressiva e cheia de contrastes, que o coloca ao lado dos maiores sinfonistas pós-Beethoven, como Schubert e Brahms.

A Abertura Cubana, do norte-americano George Gershwin (1898–1937), foi inspirada por uma viagem do compositor a Havana, onde ele se encantou com as danças e ritmos locais. Em uma carta a um amigo, Gershwin descreve como a homenagem recebida por um grupo de rumba o motivou a criar uma peça que mescla ritmos afro-cubanos com suas próprias ideias. Sua orquestração inclui instrumentos percussivos como claves, maracas, guiros e bongôs, que devem ser tocados por músicos posicionados ‘à direita do maestro’.

Foto: Beatriz de Paula.

A suíte orquestral Hominum [Humanidade], da compositora mexicana Gabriela Ortiz (1964-), usa da sinestesia para criar uma metáfora sonora entre determinadas cores e estados da matéria para abordar preocupações sociais. Escrita em 2016, a peça é dividida em quatro movimentos – ‘Negro’, ‘Luz’, ‘Na água’ e ‘Vermelho’ –, “cujos títulos aludem às misteriosas associações criativas da música através de uma série de características que representam a nossa existência como sociedade”, como escreveu o compositor (e flautista) Alejandro Escuer.

Estallido [Estouro] foi escrita em 2019 pelo chileno Miguel Farías (1983-), ao mesmo tempo em que protestos civis tomavam conta da capital Santiago de Chile. “Não me agrada a música como propaganda política, mas sim a reflexão musical que determinado contexto político pode acarretar”, afirmou o compositor na ocasião. Partindo desta ideia extramusical, Estallido transmite bem a atmosfera nas ruas da capital chilena naquele período. É uma peça enérgica, cheia de ritmo, em que pequenas ideias musicais vão circulando pelos naipes da orquestra aumentando a tensão sonora.

Reisado do Pastoreio, do carioca Oscar Lorenzo Fernandez (1897–1948), estreou no Rio de Janeiro em 1929. É composta de três movimentos: ‘Reisado’ (que faz referência às festas juninas nordestinas), ‘Toada’ e ‘Batuque’. Na partitura, o compositor escreveu sobre o último deles: “Noite alta. Do fundo do bosque ouve-se um ritmo surdo de dança. É o batuque selvagem dos negros, que em formidável crescendo leva ao paroxismo”. O Batuque representaria o processo de revivificação do boi, simbolizando a vitória da Vida sobre a Morte, do escravo oprimido sobre o branco opressor.

Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp

Foto: Mario Daloia.

Desde seu primeiro concerto, em 1954, a Osesp tornou-se parte indissociável da cultura paulista e brasileira, promovendo transformações culturais e sociais profundas. A cada ano, a Osesp realiza em média 130 concertos para cerca de 150 mil pessoas. Thierry Fischer tornou-se diretor musical e regente titular em 2020, tendo sido precedido, de 2012 a 2019, por Marin Alsop. Seus antecessores foram Yan Pascal Tortelier, John Neschling, Eleazar de Carvalho, Bruno Roccella e Souza Lima. Além da Orquestra, há um coro profissional, grupos de câmara, uma editora de partituras e uma vibrante plataforma educacional. Possui quase 100 álbuns gravados (cerca de metade deles por seu próprio selo, com distribuição gratuita) e transmite ao vivo mais de 60 concertos por ano, além de conteúdos especiais sobre a música de concerto. A Osesp já realizou turnês em diversos estados do Brasil e também pela América Latina, Estados Unidos, Europa e China, apresentando-se em alguns dos mais importantes festivais da música clássica, como o BBC Proms, e em salas de concerto como o Concertgebouw de Amsterdam, a Philharmonie de Berlim e o Carnegie Hall. Mantém, desde 2008, o projeto Osesp Itinerante, promovendo concertos, oficinas e cursos de apreciação musical pelo interior do estado de São Paulo. É administrada pela Fundação Osesp desde 2005.

Paolo Bortolameolli, regente
Diretor Musical da Sinfônica Nacional Juvenil (Chile), da Sinfônica Azteca (México), Principal Maestro Convidado da Filarmônica de Santiago e Regente Associado da Filarmônica de Los Angeles. Já regeu orquestras como a Sinfônica Simón Bolívar (Venezuela), as Filarmônicas de Los Angeles e de Buenos Aires e as Sinfônicas de Kansas City, Houston e São Francisco. É um convidado regular da Sinfônica Nacional da Rádio Polonesa, da Orquestra Haydn (Bolzano), da Filarmônica de Helsinque e a Orchestra della Toscana (Florença). Na Temporada 2023-2024 com a Filarmônica de Los Angeles, regeu concertos no Hollywood Bowl e no Walt Disney Concert Hall. Junto à Sinfônica Azteca, lidera uma residência educacional organizada anualmente pela Fundación Azteca do Grupo Salinas, no México, desenvolvendo iniciativas educacionais como a ‘Esperanza Azteca’ no México. Em 2018, foi palestrante convidado em um TED Talk em Nova York, e em 2020 lançou seu primeiro livro: Rubato: procesos musicales y una playlist personal.

PROGRAMA

ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – OSESP
PAOLO BORTOLAMEOLLI regente
Antonín DVORÁK | Sinfonia nº 7 em ré menor, Op. 70
George GERSHWIN | Abertura Cubana
Gabriela ORTIZ | Hominum – Suíte para orquestra
Miguel FARÍAS | Estallido
Lorenzo FERNANDEZ | Reisado do Pastoreio: Batuque

FESTIVAL SCHUBERT 

FABIANA PORTAS mezzo soprano
LUIZ GUIMARÃES tenor
JOÃO VITOR LADEIRA barítono
FERNANDO TOMIMURA piano
Franz SCHUBERT
Die Forelle [A Truta], D 550
Der Tod und das Mädchen [A morte e a donzela], D 531
Der Wanderer [O Andarilho], D 489
Gretchen am Spinnrade [Gretchen ao tear]
Die Freunde von Salamanka [Os amigos de Salamanka]

CÉSAR A. MIRANDA violino
LEANDRO DIAS violino
EDERSON FERNANDES viola
DOUGLAS KIER violoncelo
ALEXANDRE ROSA contrabaixo
SÉRGIO BURGANI clarinete
ALEXANDRE SILVÉRIO fagote
NIKOLAY GENOV trompa
Franz SCHUBERT | Octeto em Fá maior, D 803.

Serviço:

26 de setembro, quinta-feira, 20h30
27 de setembro, sexta-feira, 20h30 — Concerto Digital
28 de setembro, sábado, 16h30
29 de setembro, domingo, 18h00 [Festival Schubert]
Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16
Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares
Recomendação etária: 07 anos
Ingressos: Entre R$39,60 e R$271 [Osesp]; e entre R$39,60 e R$132,00 [Festival Schubert] (valores inteiros)
Bilheteria (INTI): neste link
(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h
Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners
Estacionamento: R$35,00 (noturno e sábado à tarde) e R$20,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para pessoas com deficiência; 33 para idosos.

*Estudantes, pessoas acima dos 60 anos, jovens pertencentes a famílias de baixa renda com idade de 15 a 29 anos, pessoas com deficiências e um acompanhante e servidores da educação (servidores do quadro de apoio – funcionários da secretaria e operacionais – e especialistas da Educação – coordenadores pedagógicos, diretores e supervisores – da rede pública, estadual e municipal) têm desconto de 50% nos ingressos para os concertos da Temporada Osesp na Sala São Paulo, mediante comprovação.
A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.

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(Fonte: Com Fabio Rigobelo/ Fundação Osesp)