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Governo de SP lança pesquisa sobre empregabilidade das pessoas com deficiência

São Paulo, por Kleber Patricio

Imagem de Andreas Breitling por Pixabay.

Em dezembro de 2020, a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência lançou a pesquisa Pessoa com Deficiência e Emprego. A ação tem como objetivo traçar novas estratégias e implantar ações que potencializem o processo da inclusão profissional das pessoas com deficiência.

Devido ao aumento da taxa de desemprego ocasionada pela atual crise econômica disparada pela pandemia do novo coronavírus e pelo histórico de exclusão do acesso da pessoa com deficiência ao mercado de trabalho, a Secretaria quer conhecer os principais desafios encontrados, o interesse em qualificação profissional e as principais barreiras no acesso e permanência da pessoa com deficiência no mercado de trabalho.

Segundo a Base de Dados dos Direitos da Pessoa com Deficiência, há mais de 3 milhões de pessoas com deficiência no estado de São Paulo, sendo apenas 1,17% desta população ativa no mercado de trabalho. Ainda, de acordo com dados do Caged do terceiro trimestre, houve um saldo negativo no número de pessoas com deficiência admitidas e demitidas de 8.244. “Cada um com o seu talento, pode e deve desenvolver suas aptidões. Neste quesito, a empregabilidade é o melhor caminho; com isso, a pesquisa Pessoa com Deficiência e Emprego, feita pelo Governo de SP por meio da nossa Secretaria, busca exatamente conhecer o perfil deste segmento e entender as dificuldades e barreiras que impedem essas pessoas de estarem no mercado de trabalho”, ressaltou a secretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Célia Leão.

Destinada exclusivamente às pessoas com deficiência, a pesquisa pode ser respondida até 31 de janeiro de 2021 por meio do link https://bit.ly/PesquisaEmprego. Pesquisa totalmente acessível em Libras: https://bit.ly/PesquisaEmpregoLibras.

Abrape defende regulamentação para combater festas clandestinas e proteção econômica ao setor de eventos

Brasil, por Kleber Patricio

Imagem de Pexels por Pixabay.

Responsável por 4,32% do PIB nacional e que reúne um universo de aproximadamente 60 mil empresas em todo o País, o setor de eventos de cultura e entretenimento inicia 2021 com duas pautas emergenciais: regulamentar as atividades onde as variáveis epidemiológicas permitam a realização com protocolos, evitando que a demanda seja atendida por eventos ilegais e clandestinos, que já vem sendo amplamente denunciados pela imprensa, e conquistar condições econômicas de sobrevivência para o segmento até que seja iniciada a campanha de vacinação, por meio, principalmente, da aprovação do Projeto de Lei que cria o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos – Perse.

“O setor de eventos é o mais sacrificado nesta pandemia do novo coronavírus. Cerca de 97% das atividades estão completamente paralisadas e mais de 450 mil postos de trabalhos formais, entre diretos e indiretos,  já foram exterminados. As festas ilegais no final de ano, como mostrado pela imprensa, revelaram que há uma demanda que tende a se manter com as férias. O ideal é haja uma regulamentação para que os locais que apresentem condições epidemiológicas permitam a realização de eventos legais, seguindo corretamente os protocolos – de outro modo, o Estado estará empurrando toda a demanda para a ilegalidade, como temos visto. É o melhor caminho para se evitar a clandestinidade e os riscos à saúde pública”, alerta o empresário e presidente da Abrape, Doreni Caramori Júnior.

De autoria do deputado federal Felipe Carreras (PSB/PE), o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos – Perse abrange um conjunto de medidas que propõe garantir a sobrevivência do setor – que precisa seguir honrando suas despesas – até que suas atividades sejam retomadas sem restrições, bem como gerar a capacidade econômica para que assim que volte a operar e tenha condições de fazer frente ao capital de giro necessário. Tem o objetivo, também, de proporcionar margem para cobrir todo o endividamento contraído pelo segmento no período em que ficou paralisado.

Entre as medidas que o projeto abrange estão:

– Obrigar as instituições financeiras federais a disponibilizar, especificamente para as empresas do setor de eventos, linhas de crédito específicas para o fomento de atividades, capital de giro e aquisição de equipamentos e condições especiais para renegociação de débitos que eventualmente essas empresas tenham junto a essas instituições, mesmo se forem optantes do Simples Nacional.

– A extensão das condições da Lei Nº 14.046 sobre o adiamento e o cancelamento de serviços, de reservas e de eventos dos setores de turismo e de cultura em razão do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020 e da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente da pandemia da Covid-19.

– A extensão das condições da Lei 14.020 para manter a suspensão e redução dos contratos de trabalho do setor, uma vez que as atividades do setor não voltaram e não há condições de reintegrar os trabalhadores antes disso.

“A aprovação do Perse é essencial para promover crédito, preservação dos empregos, manutenção do capital de giro das empresas, financiamento de tributos e desoneração fiscal. Somente dessa forma será possível evitar o colapso total do setor”, reforça Doreni.

Sobre a Abrape

Criada em 1992 com o propósito de promover o desenvolvimento e a valorização das empresas produtoras e promotoras de eventos culturais e de entretenimento no Brasil, a Associação Brasileira dos Promotores de Eventos – Abrape tem atualmente 400 associados, sediados em todos os Estados da Federação, que são verdadeiros expoentes nacionais na oferta de empregos diretos e indiretos e na geração de renda, movimentando bilhões de reais anualmente. A entidade congrega as principais lideranças regionais e nacionais do segmento e tem no portfólio de associados empresas como a Live Nation, Opus Entretenimento, T4F e mega eventos, como o Festival de Verão de Salvador e a Festa do Peão de Boiadeiros de Barretos.

Grupo gastronômico implanta projeto para o desenvolvimento de agroflorestas em Campinas

Campinas, por Kleber Patricio

Agrofloresta em implantação pelo Restaurante Vila Paraíso. Foto: divulgação.

Temas como preservação e conservação de áreas verdes e do clima estão atraindo cada vez mais a atenção e o interesse das pessoas e empresas ao redor do mundo, além de mudar os hábitos dos consumidores. Uma pesquisa realizada pela Ipsos apontou que para 85% dos brasileiros, a proteção do meio ambiente deve ser uma prioridade do governo no plano de recuperação do país pós-Covid-19. Outro levantamento, da empresa Visual GPS, revelou que 81% das pessoas ouvidas espera que as empresas sejam ambientalmente conscientes.

Pensando em formas de deixar um legado para a região e as pessoas e, ao mesmo tempo, produzir os próprios alimentos – naturais e sem agrotóxicos – servidos aos seus clientes, o grupo que administra o Restaurante Vila Paraíso e as duas unidades das Padocas do Vila, em Campinas (SP), decidiu investir no desenvolvimento de sistemas de agrofloresta.

Inicialmente, ela vai ocupar um terreno de 6 mil metros quadrados dentro de uma fazenda de 300 mil metros quadrados localizada em Área de Proteção Ambiental (APA) no Distrito de Joaquim Egídio, em Campinas, onde estão o restaurante e uma das unidades das Padocas. O projeto teve inicio em dezembro e será implantado em dez fases.

Na agroflorestal serão plantados produtos consumidos pelo restaurante e nas Padocas, como alface, rúcula, pitanga, acerola, banana, frutas nativas, grumixama e cereja do Rio Grande dentre outras, com colheitas que acontecem a partir de ciclos curtos até ciclos mais longos. O plano prevê plantas medicinais e aromáticas e plantio de madeiras exóticas, que serão colhidas no longo prazo, abrindo espaço para que, futuramente, o sistema seja rejuvenescido.

Júlia Zanetti, uma das pessoas à frente do projeto, explica que agrofloresta é um meio de produção utilizando a observação da natureza e a inteligência humana para acelerar e otimizar os processos de desenvolvimento das plantas. Sem veneno, utiliza-se da diversidade, leva em consideração a necessidade de sol, o tempo que as plantas precisam para crescer e consórcios de plantas adequadas ao clima e região em que o sistema será implantado. “São muitos pontos positivos para o Meio Ambiente, porque beneficia o solo e permite que o mesmo absorva melhor a água, podendo até atrair novas nascentes e regenerar a natureza”, explica. “E já há casos em que este sistema transformou o microclima de uma região”.

Ricardo Barreira, um dos sócios do grupo e chef responsável das casas, lembra que agroflorestas começam a ganhar terreno no País. “O Vila e as Padocas talvez sejam pioneiros no sentido de querer oferecer os alimentos provenientes de sistemas agroflorestais para consumo nos restaurante e na padaria.”

Produção e meio ambiente

Ao mesmo tempo em que promove o plantio, cultivo e consumo de produtos naturais e livres de agrotóxicos, a agrofloresta também é uma importante aliada para o meio ambiente da região onde ela é implantada. Isso porque ajuda a preservar o solo, na recuperação de áreas degradadas, preservação e nascimento de novas nascentes e para evitar o chamado efeito estufa.

Júlia diz que o objetivo de ações ambientais como a agrofloresta é deixar um legado positivo; uma maneira de interação do homem com a natureza de maneira harmônica e respeitosa e que talvez sirva de inspiração e exemplo num momento em que, cada vez mais, fica claro que a natureza deverá ser o centro de tudo e, a partir disto, estabelecermos políticas corporativas que interajam com o mínimo impacto, favorecendo a todos. Ela lembra que o grupo vem trabalhando pilares de sustentabilidade, ecologia e meio ambiente. “Já utilizamos energia solar fotovoltaica, que é uma fonte de energia limpa. Há um ensaio para nos tornarmos Lixo Zero, fazendo a correta separação dos resíduos e, agora, queremos oferecer produtos com mais qualidade e menos impacto ambiental possível: sem tóxicos, minimizando a logística e fomentando o comércio local por meio de parceiros que envolvemos nesses processos”, diz Júlia.

O chef Ricardo ressalta que cada vez mais as pessoas procuram experiências e empresas acabam entregando isso a qualquer custo. “No nosso caso, nós queremos estar pautados em valores e ainda assim, entregar a experiência. É um olhar para dentro, é um passo atrás para outros muitos passos para frente. Queremos mudar o pequeno planeta em que estamos inseridos.”

Biblioteca Azul lança novas edições de “A revolução dos bichos” e “1984”

Brasil, por Kleber Patricio

(Divulgação)

“O que distingue o Homem é a mão, o instrumento com o qual ele faz todas as suas maldades.”

A Biblioteca Azul lança nova edição do clássico A revolução dos bichos. Na obra, uma fazenda é tomada pelos seus animais, que expulsam os humanos e promovem um novo regime de colaboração e trabalho. Juntos, porcos e galinhas, cavalos e patos criam seus hinos, elaboram seus lemas e buscam o progresso e a justiça. Este é o cenário para uma das sátiras mais influentes da literatura; uma fábula para adultos que registra a transformação de uma revolução gloriosa contra o autoritarismo para mais uma forma tirânica de poder.

Quando A revolução dos bichos foi publicada, sua sátira se dirigia ao regime soviético. As leituras deste livro amadureceram para além do aspecto satírico e para além do regime que retratava no início. A degradação moral do porco Napoleão não espelha somente a de Stálin, mas a de qualquer pessoa que sucumba à corrupção do poder ou da exploração.

Com tradução de Petê Rissatti, texto de apresentação de Orlando Calheiros, apresentador dos podcasts Benzina e PopCult, e ilustração de Olavo Costa, A revolução dos bichos segue como uma obra atual e com uma mensagem que se desdobra e pode ser lida como um manifesto contra qualquer abuso de poder.

Sobre o autor | A primeira metade do século XX foi atribulada por acontecimentos extraordinários, muitos deles descritos em primeira mão por George Orwell (1903-1950), hoje sinônimo de crítica social e oposição ao totalitarismo. Nascido Eric Arthur Blair em uma família inglesa de classe média alta, Orwell sempre teve um interesse especial pelas questões sociais. Trabalhou como professor e assistente de um sebo de livros e casou com Eileen O’Shaughnessy. Lutou na Guerra Civil Espanhola até 1937, quando uma bala atravessou sua garganta.

Com a Segunda Guerra Mundial, passou a trabalhar para a BBC e outros veículos. Em 1944, o livro A revolução dos bichos estava pronto, mas diferentes editoras se recusaram a publicá-lo por ser um ataque direto ao regime soviético, então aliado vital na batalha contra a Alemanha. Em 1945, Orwell perdeu a esposa, Eileen, em uma cirurgia de rotina e finalmente viu a publicação do livro. O sucesso chegou com uma piora na saúde. Ainda conseguiu escrever sua obra mais famosa, 1984, entre períodos no sanatório. Mais de setenta anos depois de sua morte, sua obra segue assustadoramente atual e relevante. A Biblioteca Azul também publica 1984.

Um exercício de imaginação escrito em 1948 sobre como o futuro se mostrava ameaçador, 1984 retrata um mundo de extrema burocracia e autoritarismo, em que telas estão em toda parte observando a rotina das pessoas. Por meio das palavras, a verdade é manipulada e a miséria da população se manifesta na dificuldade de expressão de pensamentos e sentimentos. A leitura deste clássico em nosso tempo leva à pergunta inevitável: quais faces o autoritarismo previsto por George Orwell teria hoje?

No ano de 1984, Londres é uma sombria cidade de Oceânia. O Grande Irmão vigia tudo e todos e a única maneira de manter um segredo é escondê-lo até de si mesmo. Winston Smith está em perigo. Ele é um funcionário do Partido, mas comete a ousadia de manter a memória viva por meio de um diário. Ao lado de sua companheira, reunirá coragem e revolta para combater o sistema vigente por meio de uma organização de resistência ao poder estabelecido.

Com tradução de Bruno Gambarotto, apresentação de Rita von Hunty – do canal Tempero Drag – e artes de Matheus Santa Cruz, 1984 se une a outras obras clássicas da distopia publicadas pela Biblioteca Azul, como Admirável Mundo Novo e Fahrenheit 451.

Título: A revolução dos bichos

Autor: George Orwell | Páginas: 128 | Formato: 14 X 21 cm

ISBN: 978-65-5830-031-1 | Preço: R$24,90.

Título: 1984

Autor: George Orwell | Páginas: 392 | Formato: 14 X 21 cm

ISBN: 9786558300984 | Preço: R$34,90.

Abadiânia aposta no ecoturismo para recuperação da economia local

Abadiânia, por Kleber Patricio

Trilhas em meio ao cerrado com vegetação nativa. Fotos: divulgação.

Um em cada dez empregos no mundo são gerados pelo turismo, de acordo com o Ministério do Turismo. Um dos passeios mais escolhidos pelos adeptos do ecoturismo é o Brasil que, com sua diversidade natural, se consagra como um destino internacional importante, embora exista espaço para crescer ainda mais, segundo os especialistas. O Estudo da Demanda Turística Internacional revela que das pessoas que visitaram o Brasil no ano de 2018 com motivação de lazer, aproximadamente 17% correspondem ao ecoturismo e turismo de aventura.

Essa é a nova âncora de Abadiânia, cidade com pouco mais de 20 mil habitantes a 105 quilômetros de Goiânia e 140 de Brasília. Nos últimos 40 anos, até o final de 2018, sua economia foi baseada no turismo religioso. O município, que era rota mundial de peregrinos em busca de tratamento espiritual promovidos pelo médium João de Deus, viu sua economia arrefecer após a prisão do líder mundialmente conhecido.

Lago Corumbá IV, em Abadiânia.

No passado, cerca de 90 a 95% dos turistas tinham motivações religiosas. A cidade chegava a receber um fluxo de até quatro mil fiéis semanalmente, em visita à Casa Dom Inácio de Loyola. Hoje, os registros não contabilizam 150 pessoas. Conforme constatação do prefeito José Diniz, a queda no número de visitantes representou para a cidade o fechamento de dois mil postos de trabalho, relegando cerca de 10% da população ao desemprego.

Por outro lado, a estruturação, em 2006, da Usina Hidrelétrica Corumbá IV, trouxe uma nova perspectiva para o município. Com a formação do lago para o reservatório, com 173 km², a cidade acabou ganhando um novo atrativo, que agora passa a ser sua menina dos olhos – do total, 27,39 km² da área alagada estão em Abadiânia. O lago Corumbá IV permite, além dos passeios de barco e lancha, a realização de uma série de esportes náuticos e aquáticos, como canoagem, caiaque, stand-up paddle, wakebord, jet ski, mergulho e pescaria, entre outros.

“Atualmente, nosso objetivo é depositar as energias para explorar as potencialidades do Lago Corumbá IV e consolidar o ecoturismo na cidade porque acreditamos que ele trará novas oportunidades de trabalho e renda para a população”, diz o prefeito.  O município já pavimentou quase a totalidade da Rodovia GO-474, que liga a cidade ao lago. Dos 23 quilômetros, 19 já estão prontos e o restante está em obras pelo governo estadual.

Vista para o Lago Corumbá IV.

Outra estratégia da prefeitura são as parcerias com setor privado para o desenvolvimento da região. Um dos projetos que está sendo preparado é o Escarpas Eco Parque, o primeiro com o conceito de ecoturismo no Lago Corumbá IV.  A área, onde está sendo desenvolvido o complexo pela Tropical Urbanismo e a Ferroeste tem cerca de 1 milhão de metros quadrados. Ela está inserida em uma propriedade maior do grupo, com 11 milhões de metros quadrados, sendo aproximadamente 10 mil metros lineares banhados pelo lago e por suas cascatas, corredeiras, piscinas naturais e a vasta riqueza do Cerrado Brasileiro.

Neste verdadeiro oásis natural, os empreendedores preparam espaços para experiências de ecoaventura, clube, marina com operador especializado e um condomínio ecológico fechado. O projeto promete transformar a cidade no novo destino de aventura e lazer do eixo Goiânia-Brasília, uma região que congrega uma população de mais de seis milhões de habitantes, ávidos por lazer, descanso e diversão nas horas vagas. “A Tropical Urbanismo tem como tradição a sua preocupação em desenvolver projetos que contemplem a questão ambiental. Nesta nova proposta, pretendemos valorizar ainda mais a área marcada pelas suas belezas naturais, oferecendo a infraestrutura necessária para transformá-la no novo roteiro de turismo de lazer e de casas de veraneio para todo Centro-Oeste brasileiro”, vislumbra Leandro Daher, diretor da empresa.

Os apreciadores da navegação e pescaria ganharão o respaldo da instalação da marina, com serviço completo de ancoragem, resgate de embarcações, limpeza e manutenção das lanchas. Para os eco exploradores, o empreendimento oferece mais de 10 quilômetros de trilhas que conduzem à tirolesa, à estação de arvorismo e a um mirante com uma paisagem exuberante.

Perspectiva do empreendimento Escarpas Eco Parque.

Um completo clube, onde estão sendo investidos em torno de R$15 milhões, contará com restaurante assinado por chef, parque aquático infantil Ecoboom, balanço infinito, quadras de esporte, lounge gourmet e bar temático, além da instalação de um mall de conveniências para facilitar as aquisições de última hora.

O empreendimento também está sendo preparado para receber investimentos de uma referenciada rede hoteleira, permitindo ampliar o acesso de turistas às belezas e toda a diversidade presente no Cerrado goiano.

“Haverá vagas de emprego para a etapa de obras do complexo e da construção das casas por seus proprietários. Posteriormente, a demanda virá para a manutenção das residências e na operação do empreendimento”, afirma o gestor comercial Lucas Rodrigues. Empregos diretos e indiretos podem chegar a 5000 no total somente na fase de obras.

Empresários locais migram de atividade

Abadiânia ocupa a 87ª posição no ranking do Produto Interno Bruno (PIB) em Goiás de 2017 e vinha crescendo ao longo dos anos. Em 2018, anterior à denúncia envolvendo o líder espiritual, os negócios locais geraram R$2,5 milhões – hoje, não passam de R$1,6 milhão. Um dos setores que mais sofreram com a crise foi o artesanato. Empresas que atuam na área reduziram o faturamento em 83%.

Com a crise, os moradores já estão mirando nas oportunidades abertas  pela movimentação turística no entorno do lago, o que inclui as iniciativas do mercado imobiliário. “Temos visto empresários locais mudarem de área para investirem no comércio de materiais de construção e aluguel de maquinários, bem como o interesse de pessoas em se qualificarem para empregarem a mão de obra nos projetos que estão aterrissando na cidade. A transformação da orla do lago em um reduto de lazer e turismo nos permite vislumbrar uma mudança de página na história do município, em que seremos lembrados pelas nossas belezas naturais e pelo acolhimento de nosso povo”, analisa o prefeito José Diniz.

Uma amostra dos efeitos positivos do turismo já é percebida pelos moradores do distrito de Vila Piauí, que fica a 7 quilômetros do lago de Corumbá IV.  A região passou a abrigar algumas empresas como padaria e material de construção, que antes não existiam, com objetivo de atender à demanda advinda do aumento do número de pessoas que buscam lazer na região.

Abadiânia também integra o Mapa do Turismo Brasileiro e foi contemplada pelo Programa Mais Turismo, lançado em março pelo Governo de Goiás. A expectativa é de que outros investimentos públicos cheguem para desenvolver ainda mais o turismo local.