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Legado das Águas oferece réveillon em meio à natureza com isolamento social

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Luciano Candisani.

Dentre as lições mais valiosas do ano de 2020 está o valor das conexões, dos momentos com quem amamos e das coisas simples. É com esse conceito que o Legado das Águas, maior reserva privada de Mata Atlântica do país, a cerca de duas horas de São Paulo capital, preparou uma programação de ano novo para quem deseja descansar e recarregar as energias com atividades de contemplação e conexão com a natureza. A programação do Réveillon Conexão – Legado das Águas 2021 é ideal para quem deseja fugir das praias, festas lotadas e toda agitação das cidades e, no lugar disso, quer uma atividade segura, divertida e relaxante. Com capacidade operacional controlada, a Reserva adequou sua estrutura física e está seguindo todos os protocolos de segurança exigidos para o momento.

A programação se inicia no dia 30 e termina no dia 3 de janeiro, incluindo as principais atrações do Legado das Águas. O diferencial dessa edição é o roteiro especialmente criado para a virada. O último pôr do sol do ano será contemplado no caiaque, remando em meio ao rio Juquiá, diante da floresta imponente e exuberante, com pássaros como o martim-pescador, águia pescadora, garças e biguás, que são facilmente avistados no trajeto. A noite fecha na tranquilidade de um jantar tradicional, sem as extravagâncias das ceias de ano novo.

Foto: Crioula Camera.

Depois de se despedir de 2020, as boas-vindas a 2021 serão vendo o primeiro nascer do sol do ano em um mirante natural de tirar o fôlego, a 700 m de altitude com vista em 360° da Mata Atlântica. O Legado das Águas oferecerá uma experiência única na trilha da Copaíba-Mirante do Sinal, onde é possível visualizar a floresta em seu esplendor.

Além dessas atividades, a programação inclui as atrações preferidas pelos turistas no Legado das Águas:

– No dia 30, tem o Legado Experience, que inclui trilhas suspensas de nível fácil, visita ao orquidário e ao viveiro de plantas para conhecer processo de produção de plantas nativas, estímulo aos sentidos no Jardim Sensorial e um banho de cachoeira, tudo isso em uma única atividade;

– No dia 31, a programação inicia com a Trilha Cachoeira Dezembro que, além de um visual deslumbrante dentro da floresta, finaliza em uma cachoeira com piscinas naturais, ideais para banhos. No período da tarde, a atividade é a contemplação do pôr-do-sol com a canoagem para encerrar o ano.

– O dia 1º inicia com o nascer do sol na Trilha Copaíba-Mirante e depois terá a Cachoeira do Tamanduazinho. Localizada em uma área de divisa entre o Legado das Águas e o Parque Estadual Jurupará, a atividade proporciona banho em piscinas naturais e de cachoeira;

– No dia 2, a programação começa com a canoagem, que leva à principal atração da trilha aquática, a Cachoeira Dez Metros, singular pelo fato de estar muito próxima do seu estado natural, em meio à floresta e desaguar no Rio Juquiá, onde é possível relaxar tomando banho na represa. A atividade seguinte é a Trilha da Copaíba-Mirante do Sinal e o dia encerra com o Astro Experience. A posição geográfica do Legado das Águas favorece a observação de planetas, berços estelares e outras galáxias com equipamentos de ponta. Realizar essa observação noturna é uma experiência diferente e de beleza singular.

– A programação especial de ano novo se encerra o dia 3, com a Trilha Cachoeira Dezembro.

A programação completa pode ser consultada por meio do endereço eletrônico http://legadodasaguas.com.br/reveillon2021/. O turista pode adquirir uma ou mais atividades e, caso queira, pode se hospedar na pousada da Reserva. Os serviços adicionais de alimentação e hospedagem não estão inclusos nos ingressos, mas podem ser adquiridos no dia da visita. É aconselhável adquirir os ingressos antecipadamente, visto que o Legado das Águas está operando em capacidade reduzida.

Sobre o Legado das Águas – Reserva Votorantim

Foto: divulgação.

O Legado das Águas, maior reserva privada de Mata Atlântica do país, com extensão aproximada à da cidade de Curitiba (PR), é um dos ativos ambientais da Votorantim. Localizada na região do Vale do Ribeira, no sul do Estado de São Paulo, a área foi adquirida a partir da década de 1940 e conservada desde então pela Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), que manteve sua floresta e rica biodiversidade local com o objetivo de contribuir para a manutenção da bacia hídrica do Rio Juquiá, onde a companhia possui sete usinas hidrelétricas.

Em 2012, o Legado das Águas foi transformado em um polo de pesquisas científicas, estudos acadêmicos e desenvolvimento de projetos de valorização da biodiversidade em parceria com o Governo do Estado de São Paulo.

Hoje, o Legado das Águas é administrado pela empresa Reservas Votorantim, criada para estabelecer um novo modelo de área protegida privada, cujas atividades geram benefícios sociais, ambientais e econômicos de maneira sustentável.

“O Quebra-Nozes” ganha versão inspirada em Tim Burton

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Foto: Gregory Batardon.

O famoso balé Quebra-Nozes, em uma surpreendente versão, será o espetáculo final do projeto Digital Dellarte, apresentado no dia 17 de dezembro pelo Ballet du Grand Théâtre de Genève, às 19h30 no canal Youtube DellArteSolucoes. Antes da apresentação online, será exibida uma entrevista com Jeroen Verbruggen, coreógrafo da companhia.

Criado em 1960, o Ballet du Grand Théâtre de Genève explora a pluralidade da dança dos séculos XX e XXI. Sob direção de Philippe Cohen, a companhia é integrada por 22 bailarinos de formação clássica e possui numerosas releituras de grandes clássicos do balé. O coreógrafo Jeroen Verbruggen oferece, no espetáculo O Quebra-Nozes, uma visão original da obra-prima de 1892.

Com trilha original de Tchaikovsky, a apresentação é contextualizada em um ambiente barroco, apresentando Marie, uma jovem intrigada por sua feminilidade, e Drosselmeyer, um senhor leal que esconde em si o príncipe que Marie deve libertar. Através de uma dança cheia de reviravoltas e virtuosidade, o coreógrafo promete transportar o público para um mundo onde a negligência beira a frivolidade e as personagens apelam às nossas almas infantis.

Verbruggen explica como revolucionou este espetáculo e as formas que o retrocedeu: “Em nossas primeiras reuniões técnicas, quando eu tinha que explicar o que eu faria, dizia que esse Quebra Nozes não teria árvore de Natal e não iria nevar, que são todos os elementos que as pessoas normalmente querem ver neste balé. Depois expliquei que iríamos reinventá-lo. Então ele se transformou em algo que você pode encaixar a história em qualquer época do ano. E ele se tornou algo mais como um pesadelo sombrio, algo parecido com o filme do Tim Burton ou O Estranho Mundo de Jack, que é sombrio, mas também é bastante festivo”, promete.

Sobre o Digital Dellarte

Um formato de informação e entretenimento que leva ao público novas descobertas. A Dellarte, uma das maiores produtoras culturais da América Latina, no mercado de grandes eventos de arte e cultura há 38 anos, construiu o projeto Digital Dellarte no intuito de democratizar o acesso das pessoas a grandes eventos de elevado conteúdo artístico. Nesta primeira etapa são sete espetáculos online gratuitos, com nomes expressivos do cenário artístico contemporâneo.

Em uma versão interativa de programa de TV, cada espetáculo gravado conta com entrevistas exclusivas com diretores artísticos, maestros e músicos comandadas pelo jornalista e escritor Rodrigo Alzuguir, que serão exibidas, com as apresentações, no canal Dellarte no Youtube DellArteSolucoes.

O primeiro espetáculo aconteceu no dia 15 de outubro, com a apresentação da Lucerne Symphony Orchestra. Na sequência, a apresentação do Balé Nacional da China, no dia 22 de outubro. Fechando o mês de outubro, a exibição do Balletto di Roma, que aconteceu no dia 29. O mês de novembro abriu a programação de exibições no dia 12 com a aclamada percussionista Beibei Wang. A unicidade do som e a grandeza da história da Sinfônica de Bamberg foram apreciadas pelo público no último 26 de novembro. Dia 10 de dezembro foi a vez da Orquestra Sinfônica Jovem de Macao. O famoso balé Quebra-Nozes será o espetáculo final do projeto, apresentado dia 17 de dezembro pelo Ballet du Grand Théâtre de Genève.

Serviço:

Ballet du Grand Théâtre de Genève

Online | Youtube Dellarte

Data: 17 de dezembro (Quinta-Feira)

Hora: 19h30

Programa: O Quebra Nozes. Entrevista com Jeroen Verbruggen, coreógrafo

www.digital.dellarte.com.br.

Quatro novas espécies de peixes são descobertas em Fernando de Noronha

Fernando de Noronha, por Kleber Patricio

Chromis scotti, uma das 19 espécies de peixes encontradas de forma inédita no arquipélago. Foto: pesquisadores/arquivo.

Pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e da Academia de Ciências da Califórnia, em parceria com a ONG Voz da Natureza e outras universidades brasileiras, realizaram um estudo de campo único no arquipélago de Fernando de Noronha, no nordeste do Brasil. Durante uma expedição, que durou 16 dias, foram encontradas quatro novas espécies de peixes, ainda não descritas pela ciência. Também foi registrada a ocorrência inédita de 19 espécies na região. O artigo que descreve esta investigação, que teve apoio da Fundação Grupo Boticário, foi publicado na revista Neotropical Ichthyology nesta segunda (14).

Foi a primeira vez que cientistas mergulharam além da quebra da plataforma continental — limite do continente onde há uma brusca mudança de declividade, atravessando zonas de transição de luminosidade que chegam a 120 metros de profundidade. “A temperatura da superfície fica em torno de 26 °C, enquanto a água na zona explorada tem em torno de 13 °C”, explica o cientista Hudson Pinheiro, um dos autores do estudo, da ONG Voz da Natureza e da Academia de Ciências da Califórnia.

O objetivo da exploração era conhecer a biodiversidade existente nessas áreas mais profundas, contribuindo para a conservação das mesmas. “O Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha protege apenas os ambientes rasos, sendo os profundos liberados para a pesca. Entre os nossos objetivos, está colaborar para o desenvolvimento sustentável da pesca na região”, destaca Hudson, que também é membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN). O time de cientistas, composto por biólogos, oceanógrafos e técnicos de mergulho, entre outros, desenvolveu um trabalho minucioso de exploração da região. Com o apoio de três embarcações, os pesquisadores se dividiram em equipes — uma trabalhando no ambiente mais raso, a segunda realizando os mergulhos técnicos mais profundos e a terceira, que trabalhou com um veículo submarino operado remotamente e sistemas de filmagens subaquáticas remotas com isca para atração dos peixes. “Integrando técnicas que ainda não são amplamente utilizadas no Brasil, foi possível alcançar os nossos objetivos na exploração”, informa Pinheiro.

Outro destaque da pesquisa foi o registro de novos comportamentos de reprodução das espécies comerciais daquela região. “Vimos que algumas espécies, como a garoupa marmoreada, estão utilizando os recifes de quebra da plataforma, entre 90 e 100 metros de profundidade, como áreas de reprodução”, relata o oceanógrafo João Batista Teixeira, outro autor do estudo.

Os resultados apontam para a necessidade do desenvolvimento sustentável da pesca e do turismo na ilha. “Os recursos naquela região são finitos e, por conta disso, dependem do manejo das espécies, principalmente daquelas que são comercializadas. Devido à pesca desregulada, muitas populações de peixes já foram extintas em regiões isoladas como o arquipélago de Fernando de Noronha”, enfatiza Pinheiro.

Ao adentrar áreas de maior profundidade na ilha, os cientistas constataram a presença de poluição, como plásticos e linhas de pesca, que colocam em risco a vida dos animais marinhos. “Por ser uma região mais profunda, entende-se que não é poluído, mas evidenciamos que mesmo estes ambientes já possuem impactos gerados pelos seres humanos”, destaca o cientista. Em breve, os pesquisadores pretendem voltar à região para coletar mais informações sobre outras espécies descobertas.

(Fonte: Agência Bori)

Brasileiro que cruzou América a cavalo lança segundo livro de sua jornada

Brasil, por Kleber Patricio

Foto: divulgação.

No sábado (12), Filipe Masetti Leite, o primeiro brasileiro a atravessar a América a cavalo, percorrendo mais de 25 mil quilômetros, lança o segundo livro de sua jornada: Cavaleiro das Américas rumo ao Fim do Mundo. O lançamento, no sábado, ocorreu por meio de uma live com transmissão no Instagram oficial da Festa do Peão de Barretos. A obra, publicada pela editora Ex Parte Press e à venda na Amazon, traz detalhes da segunda viagem feita pelo aventureiro por toda a América: o trecho de 7,5 mil km de Barretos, no Brasil, a Ushuaia, na Argentina, e conta com prefácio escrito pelo ator Caio Castro.

A jornada se dividiu em três. Na primeira, de Calgary, no Canadá, a Barretos, no Brasil, ele percorreu 16 mil quilômetros. E a última e mais recente, de Fairbanks, no Alasca, a Calgary, no Canadá, teve 3,5 mil quilômetros percorridos.

Depois de enfrentar meses de depressão após o retorno de sua primeira viagem, Filipe resolveu iniciar a segunda jornada com um propósito: ajudar o Hospital de Câncer de Barretos levando informações sobre o diagnóstico precoce da doença para famílias. Foi também neste trajeto até Ushuaia, no deserto da Patagônia, que ele conheceu o amor de sua vida: a argentina Clara. Filipe e seus cavalos também passaram por inúmeros desafios e dificuldades no percurso, como ursos pardos, temperaturas diversas entre calor intenso de 45 graus e frio abaixo de 15 graus negativos, cartéis de drogas, estradas completamente vazias, desertos, rios, montanhas, neve, florestas e, claro, muitos imprevistos. Persistente, cruzou países em trechos nem sempre fáceis de percorrer, beirando abismos e passando ao lado de caminhões a 120 km/h.

A primeira jornada se tornou o livro chamado Cavaleiro das Américas, publicado pela editora HarperCollins Brasil. A obra, que virou best seller, ficou por mais de 13 semanas na lista de livros de não ficção mais vendidos no Brasil e irá originar um filme e um documentário com previsão de lançamento para 2021. Essa obra também foi publicada em inglês pela editora Ex Parte Press, do Canadá. O segundo livro, lançado agora no Brasil, também se tornou best-seller no Canadá em sua versão em inglês.

O sonho de percorrer a América a cavalo vem desde criança, quando o brasileiro escutava do pai a história quase mítica de um homem que cavalgou da Argentina até Nova York para provar que os crioulos são os cavalos mais resistentes do mundo. As cenas dessa odisseia eram narradas de geração em geração na família de Filipe até que, já adulto, ele descobriu o homem real por trás de seu herói: o professor suíço Aime Tschiffely, que realizou essa jornada na década de 1920. Inspirado pela ousadia e determinação dele, Filipe nunca se esqueceu do sonho de menino de fazer a sua própria expedição.

Embaixador do Calgary Stampede, um dos maiores rodeios do mundo, Filipe foi homenageado com duas estátuas para celebrar a jornada, uma no Parque do Peão de Barretos e outra no Parque de Exposição de Londrina. O primeiro par de botas usadas na primeira viagem está exposto no museu Bata Shoe Museum, em Toronto, no Canadá. Com a jornada, ele também já ajudou a arrecadar mais de 60 mil reais em doações para o Hospital de Câncer de Barretos, em que ele é voluntário e ajuda a alertar sobre o diagnóstico precoce do câncer infantil. Filipe também roda o Brasil dando palestras em escolas e outras instituições.

Sobre| Filipe Masetti Leite é jornalista, escritor, palestrante, caubói e aventureiro. Formado em jornalismo pela Ryerson University de Toronto, ele já fez trabalhos para o programa Fantástico da Rede Globo e escreve para o maior jornal do Canada, o Toronto Star. É escritor e autor do livro Cavaleiro das Américas, que narra detalhes da primeira viagem de Filipe de Calgary, no Canadá, a Barretos, em São Paulo.

Com incêndios, cobertura vegetal do Parque Nacional dos Veadeiros diminui pela metade

Goiás, por Kleber Patricio

Foto: André Dib/arquivo pesquisadores.

Cada vez mais comuns no Cerrado e no Pantanal, grandes incêndios podem trazer impactos profundos nos ecossistemas da região. Um estudo publicado na revista britânica Journal of Applied Ecology nesta segunda (14) mostra que o grande incêndio ocorrido em outubro de 2017 nas savanas do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros causou uma alta mortalidade de árvores de florestas ripárias do parque. Nas áreas mais impactadas, a perda de cobertura florestal chega a 80%.

O estudo surgiu de uma demanda dos gestores do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, preocupados com os impactos do incêndio de 2017, que atingiu 80% da área original do parque. Ele envolveu a colaboração de vinte cientistas de diferentes instituições internacionais e brasileiras, como a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Universidade de Brasília (UnB) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Partindo de imagens do Google Earth, os pesquisadores quantificaram a perda de cobertura florestal na paisagem entre 2003 a 2019, em uma área de 90 hectares. As imagens de satélite foram comparadas com dados de campo, coletados em 36 florestas espalhadas pela paisagem queimada, incluindo informações detalhadas sobre todas as árvores, plantas herbáceas e solo da região. “Para nossa surpresa, as florestas mais impactadas foram aquelas que inundam durante a estação chuvosa”, explica o pesquisador Bernardo Flores, primeiro autor do artigo. Em algumas florestas, o incêndio causou um impacto leve, enquanto, em outras, foi destrutivo, matando quase todas as árvores e permitindo que gramíneas e outras espécies de plantas invasoras começassem a dominar o ecossistema.

A redução da cobertura das florestas ripárias pode desequilibrar cadeias alimentares e gerar efeitos cascata em ecossistemas inteiros, já que elas são um habitat vital para grandes animais, como as onças – elas servem de abrigo para esses animais em meio às savanas abertas. Além disso, essas florestas reduzem a erosão do solo e, assim, ajudam a manter a qualidade da água dos riachos, responsáveis por alimentar grandes reservatórios de água do Brasil.

Paisagens mais inflamáveis

A expansão da agropecuária tem tornado as paisagens do Cerrado e Pantanal mais inflamáveis, pois permite que gramíneas invasoras se espalhem no território, explica Rafael Oliveira, coautor do estudo. “Junto a isso, temos um enfraquecimento da governança ambiental no Brasil nos últimos anos, o que resulta num aumento de focos de incêndio”, comenta o pesquisador.

Com as mudanças climáticas, a tendência é de que as secas extremas sejam mais constantes e tornem as savanas tropicais ainda mais vulneráveis a grandes incêndios, com impactos catastróficos que podem persistir por décadas. Por isso, estudos como esse se tornam importantes para ajudar a formular estratégias de manejo do fogo nessas paisagens. “Agora, queremos monitorar se essas florestas serão capazes de recuperar seu estado original ou se ficarão aprisionadas em um estado de vegetação aberta”, conta Bernardo.

(Fonte: Agência Bori)