Organização aposta em lideranças jovens para transformar pequenas comunidades
Santa Catarina
Clarice Lispector, uma das maiores e mais cultuadas escritoras do Brasil, completaria 100 anos em 10 de dezembro de 2020. Para celebrar seu centenário, no mundo inteiro acontecem eventos, encontros, leituras, shows, colóquios, congressos e até reunião de bruxas. Considerada por alguns como hermética, incompreensível, enigmática, introspectiva, Clarice Lispector desmente dia após dia esses estereótipos e arrebata legiões cada vez maiores de fãs de todas as gerações e em todos os países, incluindo a Grécia, onde se tornou best-seller, superando Elena Ferrante. Tal arrebatamento se tornou ainda mais forte em 2020 e deve chegar ao ápice na primeira quinzena de dezembro, quando se comemoram as datas de nascimento e morte da autora. Ela nasceu em 10 de dezembro de 1920 e morreu em 9 de dezembro de 1977.
Durante as celebrações do centenário da autora, Simone Paulino, autora do best-seller Como Clarice Lispector pode mudar sua vida (Buzz Editora), fará parte de um número incontável de encontros e liderará, na The School of Life Brasil, um dia inteiro dedicado à autora de A Hora da Estrela. As atividades terão como ponto alto um encontro virtual no dia 10 de dezembro, das 19h às 21h, pela plataforma Zoom. Confira o evento aqui.
Em seu livro, Simone escreve sobre os aspectos existenciais presentes nas narrativas de Clarice, como amor, felicidade, deus, medo, compaixão, morte e transcendência, e mostra como a leitura da autora pode ajudar a viver. “Quando passei a ler apenas com a emoção, Clarice entrou e se instalou de forma definitiva na minha vida. Até se tornar quase tão indispensável para mim quanto meu pão de cada dia”, declarou Simone. “Aos poucos, ela se transformou num apoio indispensável para os meus momentos de dor. Uma espécie de oráculo para as minhas dúvidas existenciais. Sempre a palavra justa a conferir sentido ao que me acontecia. Mesmo que a palavra justa estivesse às vezes encoberta no meio de uma escrita muito mais vertiginosa do que meu pensamento era capaz de alcançar”, conta.
Será em clima de festejo epifânico que Simone coordenará um percurso pelas principais obras de Clarice Lispector. Convidados especiais como Maria Fernanda Cândido, Leona Cavali e Valter Hugo Mãe se juntarão no evento para declamar textos da escritora, que continua sendo objeto de adoração e mistério no Brasil e no mundo. Haverá música ao vivo e envio de flores às clariceanas que se juntarem ao grupo, além de um bolo individual entregue na casa das participantes para cantar parabéns à Clarice – que adorava bolo de chocolate. “Queremos encerrar a noite com uma vontade profunda de refletir mais sobre a nossa própria história de vida. Afinal, para quem se arrisca a se entregar, a literatura de Clarice Lispector é terapêutica, transformadora e infinita”, define Jackie de Botton, uma das donas da The School of Life Brasil.
Conheça as principais obras de Clarice Lispector:
Perto do coração selvagem, 1943 (Romance)
A paixão segundo G.H., 1964 (Romance)
Água viva, 1973 (Romance)
A hora da estrela, 1977 (Novela)
Laços de Família, 1960 (Conto)
Sobre a autora de Como Clarice Lispector Pode Mudar a Sua Vida
Simone Paulino é jornalista, escritora, editora e mestre em Teoria Literária e Literatura Comparada pela Universidade de São Paulo (USP). Escreveu vários livros; entre eles, o infantil O sonho secreto de Alice, o livro de contos Abraços Negados e o gift book Minha Mãe, Meu Mundo, com mais de 400 mil exemplares vendidos. Participou das antologias Grafias Urbanas, Histórias Femininas, Olhar Paris e Escrever Berlim. Desde 2015, colabora na realização da Primavera Literária Brasileira, promovida pelo Departamento de Estudos Lusófonos da Université Paris-Sorbonne.
Título: Como Clarice Lispector pode mudar sua vida
Autora: Simone Paulino
Preço: R$39,90
Selo: Buzz Editora
ISBN: 978-85-93156-08-3.
A pandemia de Covid-19 afetou a renda de oito em cada dez trabalhadores de confecções da cidade de São Paulo ouvidos em pesquisa da organização não governamental britânica Business and Human Rights Resource Centre. A grande maioria destes trabalhadores são mulheres, imigrantes, bolivianas, que viram sua renda cair drasticamente após queda nos pedidos de clientes e redução do valor pago por seu trabalho. O relatório do estudo foi divulgado nesta quinta (3) pela Bori, em conversa com jornalistas.
A pesquisa aplicou um survey online entre 21 de julho e 16 de setembro de 2020 com 146 entrevistados entre 17 e 65 anos, com média de idade de 34 anos, moradores de São Paulo ou região metropolitana. Como a amostragem é limitada, é difícil atestar que os dados da pesquisa sejam representativos dessa população na capital. As mulheres são 73% das entrevistadas. Segundo Marina Novaes, pesquisadora e representante do Human Rights Resource Center no Brasil, “o perfil é o de imigrantes, bolivianas, que trabalham e vivem no mesmo espaço, sem a segurança de um emprego formal. Elas são um perfil mais vulnerável aos efeitos negativos da pandemia”.
A grande maioria dos entrevistados (89%) vive no mesmo local onde trabalha, em casas geralmente alugadas por donos das oficinas. 56% dos respondentes possuem filhos em idade escolar e, destes, 30% não tinham acesso à internet para acompanhar as atividades de educação à distância. “São espaços pequenos, precários, onde o trabalho é o mais importante. O espaço para a família é o de menos. O principal é produzir mais e ganhar mais. Por isso também chamou atenção o fato de que muitos viram na pandemia uma oportunidade para ficar mais tempo com a família”, diz a pesquisadora.
Entre os ouvidos pela pesquisa, 91% ainda relataram queda nos pedidos no início da pandemia e 42% disseram que os negócios não retomaram à normalidade. Três em cada quatro relataram que os preços pagos pelas encomendas caíram, impactando negativamente sua renda.
Como a maioria é informal (87%), 42% dos entrevistados relataram ter ficado totalmente sem renda e 45% viram a renda diminuir consideravelmente. Já 64% recebem ou receberam auxílio emergencial e 61% relataram dificuldades de acesso a alimentos. “A pandemia agravou uma situação que já é de vulnerabilidade entre esses trabalhadores. E que também acaba sendo sentida na Bolívia, já que 93% não conseguiu enviar dinheiro aos familiares no período”, diz Novaes.
Como são quase todos informais com salário medido por peça produzida, a queda nas encomendas teve grande impacto na renda destes trabalhadores, como captou a pesquisa. “Como a maioria ficou sem trabalho no início da pandemia, 84% acabou costurando máscaras. Alguns disseram que produziram por cinco centavos máscaras que seriam vendidas depois por cinco ou dez reais”, diz Novaes.
O Brasil tem a quarta maior indústria de moda do mundo, com mais de 70 mil empresas, a maioria pequenas confecções. Trata-se da segunda indústria que mais emprega no país, oferecendo 1,3 milhão de vagas no mercado de trabalho formal, segundo dados Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Vestuário (ABIT). Mas nem tudo é glamour. Na cidade de São Paulo, trabalhadores imigrantes, a maioria bolivianos, fazem parte da cadeia de suprimentos. Oficialmente, são 75 mil bolivianos vivendo em São Paulo, segundo a Polícia Federal, número que pode chegar a 300 mil, segundo organizações não governamentais.
Saúde mental e recomendações
A pandemia também afetou a saúde mental dos entrevistados. O sentimento mais prevalente foi o medo, relatado por 82%; já 36% se disseram desesperados e 34% ansiosos, mas também há esperançosos – 17,8%. Entre os que responderam a pesquisa, 83% não conhecem ninguém que morreu de Covid-19 e 46% não conhecem ninguém que haja se infectado. Apenas 10% fizeram o teste.
O relatório faz recomendações ao poder público como mapear populações migrantes e incluí-los na rede pública de proteção social. Também pede a definição políticas de combate à exploração do trabalho e intensificação da fiscalização. Para as empresas, a recomendação é mapear cadeia de suprimentos, realizar devida diligência para identificar, prevenir e mitigar riscos e impactos negativos em suas cadeias produtivas, assim como garantir aos trabalhadores a liberdade de se organizar e se fazer representar em acordos de negociação.
(Fonte: Agência Bori)
A parceria da carioca Alaíde Costa e do paulista José Miguel Wisnik surge em outubro de 1968. À época, integrante do rol de intérpretes da primeira edição paulista do Festival Universitário da Canção Popular, exibido pela extinta TV Tupi, a cantora é escolhida por um jovem compositor de apenas 20 anos de idade para apresentar sua canção de estreia, Outra Viagem, escrita naquele ano. Só agora, 52 anos depois, é que os dois reatam esse elo silencioso e intacto para gravar essa e outras canções do cantor, compositor, pianista e escritor paulista.
“Eu fiquei apaixonada pela música e pela pessoa doce que ele (Wisnik) é. Dali (do festival) voltei para o Rio de Janeiro e agora a gente voltou a se reencontrar na casa de um amigo meu. Eu me emociono muito quando eu canto a música dele. Tenho paixão por ele”, destaca Alaíde.
Para José Miguel Wisnik, “Alaíde parece frágil à primeira vista, mas é firme nas suas convicções e nos seus sentimentos. É íntegra como a sua memória impressionante, que lembra tudo simplesmente porque não esquece das pessoas. É extremamente delicada, mas profundamente visceral”, afirma. “A música para ela não é um divertimento, é um transe. É uma cantora da melancolia que há em todos nós, mas não é uma pessoa triste. A emoção aflora e lava a alma. Tenho paixão por ela”, completa Wisnik.
E a conexão entre os dois é expressa na letra da faixa-título O Anel, composta em 2020 e que o autor divide o vocal com Alaíde. É uma das três inéditas do álbum O Anel – Alaíde Costa canta José Miguel Wisnik, que o Selo SESC lança no dia do aniversário da cantora de voz suave, segura e de grande domínio técnico. Um trabalho que reconstitui a força expressiva de Alaíde ao interpretar com destreza pérolas do cancioneiro popular brasileiro.
No próximo 8 de dezembro, a cantora e compositora Alaíde Costa completa 85 anos de idade no esplendor de sua arte e com o novo trabalho disponível nas plataformas digitais de streaming, incluindo no SESC Digital, que oferece o conteúdo de forma gratuita e sem necessidade de cadastro. A versão física do álbum está prevista para sair entre maio e agosto de 2021, devido à interrupção da produção de CDs causada pela pandemia.
Na companhia de Alaíde está o trio de piano, contrabaixo e bateria formado por José Miguel Wisnik, Zeca Assumpção e Sérgio Reze, respectivamente, e as participações especiais de Jessé Sadoc (flughel), Shen Ribeiro (flautas), Swami Jr. (violão) e Alexandre Fontanetti (guitarra), além de Jaques Morelenbaum (violoncelo) e Nailor Proveta (clarinete) com o seu grupo de sopros, formado por Douglas Braga (saxofone alto), Erick Ariga (fagote), Gabriela Machado (flauta em dó e flauta em sol) e José Luiz Braz (clarone alto). A direção artística é do próprio Wisnik e a produção musical de Alê Siqueira.
Nunca antes gravada, Aparecida (1996) é a música que “agora, cantada por ela, parece feita para abrir o disco”, descreve o compositor em seu texto de apresentação. Wisnik canta em outras duas faixas: Laser (1989), composta em parceria com Ricardo Breim e que ele define como “a leveza capaz de cortar diamante ao meio” e em Olhai os lírios do campo (1966/2020), outra inédita e que fecha o disco em versão pout-pourri com Onde está você (1964-65), canção escrita por Oscar Castro Neves (1940-2013) e Luvercy Fiorini (1941-2007) e que se tornaria emblemática na carreira de Alaíde após sua interpretação no programa O Fino da Bossa, realizado no Teatro Paramount, estúdio da TV Record em São Paulo.
O disco foi gravado em setembro e outubro deste ano no estúdio Space Blues, em São Paulo, e duas composições também levam o nome de Paulo Neves, como Saudade da Saudade (1997), single que chega primeiro no dia 4 de dezembro e que Wisnik define como “uma canção sobre as canções”, que vão de Tom Jobim (1927-1994) a Caetano Veloso, e Por um fio (2000). O compositor e violonista Guinga divide com Wisnik a autoria de Ilusão real (2011) que, assim como Estranho Jardim (1989), foram escolhidas por Alaíde para compor o disco, que ainda traz o cântico e o acalanto Assum branco (1997).
Show de lançamento
No dia 19 de dezembro (sábado), Alaíde Costa e José Miguel Wisnik sobem ao palco do SESC Pinheiros para uma apresentação pela série Música #EmCasaComSESC, que há sete meses transmite shows ao vivo pela internet, da casa dos artistas ou de estúdios de trabalho intercalando, desde outubro, com lives direto das unidades do SESC na capital paulista, ainda sem a presença de público e seguindo todos os protocolos de segurança.
Para o lançamento de O Anel – Alaíde Costa canta José Miguel Wisnik, o duo cantora e pianista terá a companhia dos músicos Zeca Assumpção (contrabaixo acústico), Sérgio Reze (bateria) e Nailor Proveta (clarinete). A transmissão começa às 19h, no YouTube do SESC São Paulo (@SESCsp) e no Instagram do SESC Ao Vivo (@SESCaovivo).
Repertório
1 – Aparecida (José Miguel Wisnik)
2 – O Anel (José Miguel Wisnik)
3 – Saudade da Saudade (José Miguel Wisnik/Paulo Neves)
4 – Ilusão real (Guinga/José Miguel Wisnik)
5 – Estranho jardim (José Miguel Wisnik)
6 – Assum branco (José Miguel Wisnik)
7 – Por um fio (José Miguel Wisnik/Paulo Neves)
8 – Laser (Ricardo Breim/José Miguel Wisnik)
9 – Outra viagem (José Miguel Wisnik)
10 – Olhai os lírios do campo (José Miguel Wisnik/Flávio Rezende) e Onde está você (Oscar Castro Neves/Luvercy Fiorini) – em versão pout-porri
Ficha Técnica
Direção artística: José Miguel Wisnik
Produção musical: Alê Siqueira
Gravado em setembro/outubro de 2020 no estúdio Space Blues, por Alexandre Fontanetti (São Paulo), sob supervisão de Alê Siqueira (Algarve, Portugal)
Roadie: Luisinho Silva
Pré-produção: Pedro Vinci
Editado, mixado e masterizado por Alê Siqueira
Design gráfico – Elaine Ramos
Fotos: Anita Abreu Solitrenick e Jacob Solitrenick
Imagens da capa e encarte: Erik Linton
Produção executiva: Sergia Percassi – Vinci Wisnik produções
Diretor de produção: Guto Ruocco – Circus produções
Agradecimentos: Daniel Augusto, Dra. Diana Maziero, Dra. Heloisa Ruocco, Jacob Solitrenick, Renato Coppoli, Ricardo Breim, Ricardo Santiago, Rogerio Augusto.
Alaíde Costa | Iniciou sua carreira profissional como crooner do dancing Avenida, no Rio de Janeiro. Em 1959, levada por João Gilberto (1931-2019), entrou em contato com os compositores da bossa nova e gravou seu primeiro LP, Gosto de você. No ano seguinte, lançou o LP Alaíde canta suavemente e começou a apresentar-se nos shows de bossa nova. Casou-se e foi morar em São Paulo. Entre as novas gravações e apresentações, realizou um recital de canções renascentistas no Theatro Municipal de São Paulo, intitulado Alaíde alaúde, com o maestro Diogo Pacheco. Afastou-se do cenário artístico para tratar da saúde e retomou a carreira em 1972, gravando em dueto com Milton Nascimento a faixa Me deixa em paz (Airton Amorim e Monsueto), incluída no LP Clube da Esquina. Nesta trajetória de mais de 60 anos de carreira, também gravou com Johnny Alf (1929-2010), Lúcio Alves (1927-1993), Tom Jobim, Paulinho da Viola, Ivan Lins e Egberto Gismonti, só para citar alguns de uma extensa lista. Em 2014, finalmente realizou o seu sonho de gravar um disco autoral. Canções de Alaíde foi lançado pelo selo Nova Estação e produzido por Thiago Marques Luiz.
José Miguel Wisnik | José Miguel Wisnik tem uma carreira singular: é músico, escritor e professor. Lançou os CDs José Miguel Wisnik (1993), São Paulo Rio (2000), Pérolas aos poucos (2003), Indivisível (2011) e Ná e Zé (2015). Fez música para cinema, teatro e dança, com destaque para as quatro trilhas que compôs para o Grupo Corpo: Nazareth (1993), Parabelo (1997, com Tom Zé), Onqotô (2005, com Caetano Veloso) e Sem mim (2011, em parceria com Carlos Núñez). Tem canções interpretadas por Elza Soares, Maria Bethânia, Gal Costa, Zizi Possi, Ná Ozzetti, Jussara Silveira, Monica Salmaso, Eveline Hecker e parcerias com Chico Buarque, Caetano Veloso, Tom Zé, Guinga, Luiz Tatit, Alice Ruiz e Marcelo Jeneci. Entre seus livros publicados encontram-se O som e o sentido – Uma outra história das músicas (1989, Companhia das Letras), Sem receita – Ensaios e canções (2004, Publifolha), Machado maxixe – O caso Pestana (2008, Publifolha), Veneno remédio – o futebol e o Brasil (2008, Companhia das Letras) e o recente Maquinação do mundo – Drummond e a mineração (2018, Companhia das Letras), vencedor do Prêmio Literário Biblioteca Nacional 2019. Em 2020 lançou o primeiro single/videoclipe A terra plana, do próximo disco inédito que está por vir.
Serviço:
Single Saudade da saudade
4/12, disponível nas principais plataformas de streaming e no SESC Digital
CD O anel – Alaíde Costa canta José Miguel Wisnik
8/12, disponível nas principais plataformas de streaming e no SESC Digital
Show
19/12, 19h, pela série Música #EmCasaComSESC, direto do palco do SESC Pinheiros.
O indicador mensal da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) registrou um aumento de 58% nas vendas de unidades habitacionais no mês de julho na comparação com o mesmo mês de 2019. Também em julho de 2020, o lançamento de empreendimentos teve um crescimento de 38,2% quando comparado ao mesmo período do ano passado.
Outro reflexo do bom desempenho da construção civil é a retomada de lançamentos (7,3%) e vendas (34,8%) no segmento de médio e alto padrão, chamado também de MAP. De acordo com o indicador Abrainc/FIPE, desde maio de 2014 uma tendência vem chamando a atenção do mercado: o aumento na procura de imóveis de luxo por estrangeiros e também por brasileiros que residem no exterior.
A construtora A.Yoshii, que possui empreendimentos de alto padrão em Curitiba, Maringá e Londrina, no Paraná, e em Campinas, também observa esse aumento no setor. “Nos dois empreendimentos lançados em Campinas, percebemos a consolidação deste movimento no volume dos negócios fechados com clientes que moram fora do Brasil. A pandemia evidenciou a busca orgânica por imóveis amplos e mais confortáveis e investir em um apartamento de alto padrão também é desejável por agregar maior tendência de valorização no mercado”, destaca o gerente de unidade da construtora em Campinas, Volney Furtado.
A valorização imobiliária dos imóveis de luxo ultrapassa as fronteiras nacionais. “Com o preço do dólar, investir no País tornou-se atrativo para brasileiros que moram no exterior e também para os estrangeiros que têm a possibilidade de lucrar com a correção da moeda americana. Há quem considere ainda o aquecimento do mercado, que favorece os investimentos imobiliários e, pensando em investimento, este ainda é um dos mais seguros”, avalia o gerente.
As festas de Natal e Réveillon deste ano devem ser mais restritas aos círculos familiares e pequenos grupos de amigos por conta do necessário isolamento social. E para quem está pensando em fazer os pratos em casa e ainda economizar, o chef Ricardo Barreira, responsável pela cozinha do Restaurante Vila Paraíso, em Campinas (SP), separou duas receitas fáceis e rápidas de serem preparadas e servidas. As dicas são a Cebola Imperial, que pode ser servida como aperitivo ou prato principal, e uma receita familiar com proteína: o Filé à la Reine.
A Cebola Imperial, uma das entradas tradicionais do restaurante, é uma receita que leva carne seca envolta com bacon e gratinada ao forno. Ela pode ser degustada sem nenhuma guarnição e acompanhada de um vinho ou cerveja. “Nossa sugestão é o recheio de carne seca, mais em conta, mas também pode ser facilmente substituída por bacalhau, bastante tradicional para muita gente nesta época do ano”, explica Ricardo Barreira.
Como prato principal, ele escolheu o Filé à la Reine, uma receita quem vem da família e lembra as festas de final de ano organizada por sua avó. Este prato, feito com filé mignon ao molho roti com bacon e uvas passas, é ideal para ser servido com arroz branco ou à grega, e acompanhado de crepe recheado com mussarela de búfala e sálvia.
Para se ter uma ideia da rapidez de preparo dos pratos, ele explica que a cebola imperial estará pronta em, no máximo, 50 minutos. No caso da carne, o tempo de preparo estimado é de 20 minutos, no máximo.
RECEITAS
Cebola imperial recheada com carne seca e gratinada ao forno
Ingredientes:
20 ml de azeite
1 cebola bem graúda
10 gramas de alecrim picado
40 gramas de carne seca desfiada
40 gramas de Catupiry
40 gramas de parmesão
1 fatia de bacon
Sal e pimenta do reino a gosto
Modo de preparo:
Coloque a cebola em uma panela com água e leve ao fogo, onde ela vai ficar cozinhando pelo tempo de 40 a 50 minutos, até ficar bem macia. Depois, ainda quente, corte as tampas de cima e de baixo da cebola e empurre o miolo para fora, ficando apenas os discos, que serão recheados.
Com as partes cortadas da cebola, faça uma caminha na parte de dentro das rodelas de cebola, para receber o recheio.
A cebola que sobrou, corte bem picadinha e refogue no azeite. Assim que ela estiver bem dourada, coloque o alecrim e refogue. Na sequência, entre com a carne seca e vá acrescentando o Catupiry e o parmesão até dar o ponto de puxa.
Agora é hora de rechear a cebola e colocar uma fatia de bacon em volta e prendê-la com um palito. Para finalizar, leve a cebola para o forno com parmesão por cima e deixe dourar por cerca de 15 minutos. Ai, é só tirar e servi-la bem quentinha.
Filé à La Reine (tempo de preparo: 15 a 20 minutos)
Molho
Ingredientes:
50 gramas de bacon fatiado e depois picado em tiras finas
50 gramas de uvas passas
50 gramas de cebola picada em cubo
100 ml de molho madeira
40 ml de creme de leite
Modo de preparo:
Refogue o bacon até ficar bem dourado e acrescente a cebola, uva passa e vá colocando aos poucos o molho madeira. Em seguida, acrescente o creme de leite. Simples assim. Está finalizado o molho.
Crepe
Ingredientes:
Meio litro de leite
3 colheres de farinho de trigo
1 ovo
Sal e pimenta a gosto
2 fatias de mussarela de búfala
Sálvia
Modo de preparo:
Bater os ingredientes. Pegue a massa com uma concha e coloque na frigideira antiaderente, em pouca quantidade, deixando uma lâmina bem fininha. Tira, vira. Quando estiver pronta, faço o recheio com duas fatias de mussarela de búfala e sálvia e dobra.
Carne
Um filé mignon alto, com cerca de 400 gramas
Modo de preparo:
Coloque bastante azeite na frigideira e sele a carne de todos os lados, ao ponto, para que seu interior fique vermelho e com bastante suculência. O ideal para selagem é brasar o filé até ficar bem dourado, em fogo médio para alto.
Preparada a carne, chegou a hora de finalizar o prato, colocando o molho à La Reine por cima, e servir os convidados.