Organização aposta em lideranças jovens para transformar pequenas comunidades
Santa Catarina
Reconhecida pelas receitas inovadoras, a rede Nanica Brasil traz a Campinas o sabor e a qualidade das famosas tortas doces. Especializada em Banoffees, a casa oferece desde criações tradicionais até opções exclusivas.
No cardápio, a tradicional receita da Banoffee (massa, banana, doce de leite e chantilly) ganha variações próprias. A Monoffee, combinação de massa de bolacha preta, leite condensado cremoso, morango, chantilly e suspiro, está entre os carros-chefes. Exclusividade da marca, a Uvoffee leva massa de bolacha, leite condensado cremoso, uva verde, chantilly e amêndoas tostadas. A opção Nutella faz a alegria dos apaixonados pelo creme de avelã com cacau e leite e é composta por massa de bolacha, Nutella, banana e chantilly com leite em pó polvilhado. As alternativas variam de R$ 15,90 a R$ 18,90.
“Estamos animados com a inauguração da sétima unidade do Nanica. Os clientes pediram muito por isso e é um prazer atendê-los. Campinas é uma metrópole com um público interessante, que gosta de comer bem, então as nossas expectativas são as melhores possíveis”, comemora Leonardo Macedo, sócio proprietário da empresa.
Inaugurada em março de 2018, em São Paulo, a empresa é conduzida pelos sócios Leonardo Macedo, Tito Barcellos e Tiago Abravanel. Começou com um investimentos de R$15 mil e hoje, conta com sete unidades – instaladas em São Paulo e Curitiba –, e 90 funcionários. Ao todo, vendem cerca de 4 mil fatias de tortas por dia, sendo que, dessas, aproximadamente 1.800 são Banoffees. “O Nanina chega para reforçar o propósito do Rappi na cidade, que é facilitar a rotina dos usuários com um serviço premium e produtos de qualidade. A marca já é forte em São Paulo e tem tudo para ser um sucesso aqui também. Os campineiros são exigentes, cobram excelência e a parceria entre Rappi e Nanica está preparada para atender essa demanda”, ressalta o empresário Guto Quirós, general manager do Rappi na Região Metropolitana de Campinas.
Na cidade, a rede aposta na tendência das dark kitchens – espaços exclusivos para delivery que não possuem salão para os clientes consumirem no local – e atende exclusivamente através do superapp Rappi. O modelo de negócio está instalado em um espaço de 30 m² e conta com uma equipe de quatro funcionários.
Frete fixo
Neste fim de ano, o superapp Rappi oferece uma vantagem especial para os usuários do aplicativo: valor fixo de R$4 para os fretes de restaurantes de Campinas. A novidade é válida até 31 de dezembro de 2020.
Sobre o Rappi
O Rappi é um superapp que resolve a vida de seus usuários ao oferecer uma plataforma única para suas necessidades e desejos diários. A empresa, criada em 2015, chegou ao Brasil em julho de 2017 e está presente em mais de 100 cidades do País. Por meio do aplicativo é possível conseguir produtos e serviços de diferentes categorias, incluindo restaurantes, supermercados, bebidas, farmácias, manicure, dogwalker, e-commerce, entretenimento e travel, entre outros. Além do Brasil, o Rappi está presente na Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, México, Peru e Uruguai.
Com o objetivo de prever a qualidade da água de rios, lagos, mananciais e bacias hidrográficas, a Fundação SOS Mata Atlântica passará a usar soluções tecnológicas para auxiliar na análise de dados e, assim, oferecer informações do estado atual dos corpos d’água, além de predições do nível de qualidade em um ou até cinco anos, dando insumos para pautas de comitês de bacias hidrográficas e para auxiliar gestores públicos na tomada de decisão quanto à sua preservação. A iniciativa é fruto de parceria da Fundação com o programa Microsoft AI for Good (Inteligência Artificial para o Bem) e o parceiro EloGroup.
O programa Observando os Rios conta com 3.500 voluntários e faz coletas mensais em 343 pontos diferentes em 17 estados e no Distrito Federal. Nessas coletas, são analisados 16 parâmetros; dentre eles, temperatura, lixo flutuante, odor, oxigênio e quantidade de peixes. Os dados são, então, encaminhados para o portal do programa Observando Rios, onde a qualidade da água pode ser medida por estado e por bacia hidrográfica, entre outros recortes espaciais, e todos os anos a ONG fornece os resultados anuais no relatório O retrato da qualidade da água nas bacias hidrográficas da Mata Atlântica.
A partir do uso da nuvem e das soluções de data analytics da Microsoft, a Fundação pôde fazer o cruzamento de dados internos datados desde 2003 do Observando Rios e do Aqui tem Mata – iniciativa que traz dados da situação da Mata Atlântica nos municípios, além de bases externas do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) – que é preenchido voluntariamente pelas operadoras de saneamento – e do departamento de informática do Sistema Único de Saúde, DataSUS. Dessa forma, a Fundação busca identificar o quanto a área da floresta nativa impacta na qualidade da água e a relação entre investimento em saneamento e a qualidade da água, bem como se há uma relação entre o número de internações e óbitos locais com o estado dos rios.
O próximo passo foi implementar, então, o Azure Machine Learning (aprendizado de máquina), um subconjunto de algoritmos de Inteligência Artificial, para treinar modelos preditivos da qualidade futura da água. O sistema avalia os rios com no mínimo dois anos de dados de coleta e calcula sua pontuação para qualidade da água futura entre 14 (pontuação mínima) e 42 (pontuação máxima), com erro médio de 2,71. Assim, a SOS Mata Atlântica consegue indicar a probabilidade de a qualidade da água estar classificada entre péssima, ruim, regular, boa ou ótima no próximo ano ou em até cinco anos.
A sub-bacia Coruripe, por exemplo, apresentou uma melhora na qualidade de 10,6% nos últimos 4 anos – nos seus 2 pontos de coleta ativos nos rios Coruripe e Adriana – e tem previsão de estar classificada como boa até 2021. “Temos uma equipe de voluntários muito engajada na sub-bacia de Coruripe. Com eles, pudemos enxergar efetivamente o resultado do trabalho de coleta de amostras dos rios, bem como o incentivo e a cobrança por tomadas de decisões pelos cidadãos podem auxiliar na melhora da qualidade dos rios próximos a eles. Agora, temos uma oportunidade única de somar os esforços desses voluntários com o poder de análise preditiva da IA, aumentando ainda mais o potencial de contribuição desse projeto para a definição de agendas públicas de saneamento e preservação de mananciais”, comenta Gustavo Veronesi, coordenador do Observando os Rios.
Com a indicação da previsão da qualidade da água nos pontos de observação com os dados históricos – além do próprio acompanhamento de técnicos, pesquisadores e da sociedade –, também se criam mais subsídios para entender os fatores que exercem maior peso em relação à medição da qualidade da água.
A parceria com a Microsoft teve início no ano passado a partir do programa AI for Earth, cujo compromisso é investir em pesquisa, desenvolvimento de IA e tecnologia nas áreas de mudanças climáticas, agricultura, biodiversidade e água. “Temos um compromisso com a sustentabilidade e com a preservação do meio ambiente globalmente. A água é o principal ativo para a sociedade e essencial para a vida. Presenciar a utilização da Inteligência Artificial para a melhoria da qualidade de água em bacias hidrográficas de todo o país pela SOS Mata Atlântica só reforça o potencial transformador dessa tecnologia, que, quando usada da forma correta, pode impulsionar as mais diferentes iniciativas”, afirma Tânia Cosentino, presidente da Microsoft Brasil.
“É um privilégio para a SOS Mata Atlântica fazer parte do programa AI for Earth e poder contar com a maior empresa de tecnologia do mundo entre seus parceiros estratégicos. Esta iniciativa foi capaz de unir a melhor tecnologia ao maior programa de monitoramento voluntário de água, justamente num bioma que é um dos mais ameaçados e mais biodiversos do planeta”, afirma Olavo Garrido, diretor financeiro e de parcerias da ONG.
O trabalho tem um impacto e um potencial ainda mais positivo ao analisar que o país detém 12% de toda a água potável do mundo e 53% quando relacionado à América Latina, de acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA). “Este é o início de um trabalho que tem muito a evoluir. Por isso precisamos do apoio dos mais diversos agentes para que possamos ter dados mais qualificados sobre a qualidade das águas e com maior abrangência territorial. Nosso objetivo é estar ao lado da SOS Mata Atlântica na expansão do projeto para, a partir da qualificação dos dados e de sua extensão temporal e territorial, podermos melhorar a performance do algoritmo, gerando insights mais diretos sobre a tendência de qualidade das águas e os fatores que podem ser atuados para melhorar a qualidade dos rios, de forma que toda população possa apoiar na mudança de hábitos para termos rios mais limpos e um ecossistema mais equilibrado”, diz Gabriel Renault, sócio-diretor da EloGroup.
O projeto em parceria com a SOS Mata Atlântica se conecta diretamente ao compromisso ambicioso assumido pela Microsoft para se tornar positiva para o consumo de água em suas operações diretas até 2030. A empresa está lidando com o consumo de água de duas maneiras: reduzindo a intensidade do uso de água – ou a água usada por megawatt de energia em suas operações – e reabastecimento nas regiões com escassez de água em que opera ao redor do mundo. Isso significa que em 2030 a Microsoft irá repor mais água do que consome globalmente.
Sobre a Fundação SOS Mata Atlântica
A Fundação SOS Mata Atlântica é uma ONG ambiental brasileira criada em 1986 para inspirar a sociedade na defesa da floresta mais ameaçada do Brasil. Atua na promoção de políticas públicas para a conservação da Mata Atlântica por meio do monitoramento do bioma, produção de estudos, projetos demonstrativos, diálogo com setores públicos e privados, aprimoramento da legislação ambiental, comunicação e engajamento da sociedade em prol da restauração da floresta, valorização dos parques e reservas, água limpa e proteção do mar. Os projetos e campanhas da ONG dependem da ajuda de pessoas e empresas para continuar a existir. Saiba como você pode ajudar em www.sosma.org.br.
Sobre a Microsoft
A Microsoft habilita a transformação digital na era da nuvem inteligente e da fronteira inteligente. Sua missão é empoderar cada pessoa e cada organização no planeta a conquistar mais. A empresa está no Brasil há 31 anos e é uma das 120 subsidiárias da Microsoft Corporation, fundada em 1975. Em 2019, a empresa investiu mais de R$48,3 milhões levando tecnologia gratuitamente ou com baixo custo para 2.038 ONGs no Brasil, beneficiando vários projetos sociais. Entre 2011 e 2019, a Microsoft já apoiou mais de 7.100 startups no Brasil, com investimento superior a US$205 milhões em créditos em nuvem.
Para debater assuntos importantes como o papel da alimentação infantil, o Instituto Jardins da Infância acaba de anunciar o lançamento do manifesto Qual o tempero da sua infância? A ideia é descrita no livro Infância fora do Comum, produzido por Drica Lobo, Vanessa Silva e Luciana Tokita. Por meio de um relato de atividades gastronômicas realizadas pelo Instituto em parceria com Soul Kitchen, Escola Juan Auribe e seis chefs convidados, o manifesto delineia um dos pilares de atividades e objetivos do Instituto: enriquecer o desenvolvimento da criança, promovendo a saúde e a qualidade de vida. “Com a chegada da pandemia, temos visto muitas famílias construírem histórias importantes ao aprenderem a preparar alimentos feitos em casa. Tem sido uma ocasião em que as pessoas estão mais próximas, construindo memórias e vivenciando momentos importantes junto à família na cozinha e na mesa”, pontua Adriana Lobo, diretora do Instituto Jardins de Infância.
O livro tece um enredo de ideias e receitas para que as crianças desenvolvam memórias gastroafetivas, não apenas ao redor da mesa, mas ao longo de todo o circuito do preparo de cada prato, até o último ingrediente. Desmistificando ingredientes e trazendo muito sabor e qualidade, entretendo a criançada com dicas de receitas como ratatouille, massinha com cogumelos e pizza de beterraba, as receitas são fáceis, rápidas e saborosas, com versões em português, inglês e francês desenvolvidas pelos chefs Vanessa Silva, Luciana Tokita, Alexandre Pernet, Carol Iwai, Gustavo Blanco e Papoula Ribeiro. “Queremos uma geração de crianças que possa exigir dos pais uma alimentação consciente e que dê todas as condições para tornar o mundo mais humano e saudável”, pontua Luciana Tokita. Vanessa Silva, chef do Grupo Fasano, nomeada ‘Chef do Ano’ pela Veja Comer & Beber, completa: “Conhecimento, educação e transformação poderão ser os fatores que ajudarão a próxima geração de crianças a mudar o mundo”.
Erick Jacquin, mestre e mentor de Vanessa, apoiador do manifesto, pontua: “Quando o ser humano dominou o fogo na cozinha, a história começou de verdade. E hoje estou preocupado porque nós deixamos de dominar o fogo por causa da tecnologia. A chama está se apagando; as crianças precisam assoprar essa chama para o fogo não morrer, para não morrer o espirito de família unida ao redor da mesa […] Nós temos a obrigação de passar este patrimônio familiar, cultural, para os pequenos que só esperam comer bem e aprender”.
O manifesto se concretiza com a seguinte pergunta: Qual o tempero da sua infância? Afinal, na cozinha é aonde se desenvolve todos os sentidos e memórias afetivas da comida. O manifesto é retratado no livro Infância Fora do Comum e propõe que a alimentação seja um prazer e não uma obrigação. Para espalhar o manifesto, o Instituto convida a todos para dividirem suas histórias afetivas com a comida por meio da #temperodeinfancia. “Cozinhar mais frequentemente com meus filhos me aproximou não somente deles, como também das minhas próprias raízes, por meio de receitas de família”, conta Sosô Uribe Conte, mãe que participou do projeto.
A obra pode ser encontrada no site do Instituto Jardins da Infância a preço sugerido de R$69. O valor arrecadado com a venda será redirecionado ao projeto social e à construção de um foodtruck que ampliará o manifesto para as áreas periféricas de São Paulo, levando oficinas de gastronomia, arte, sustentabilidade e cidadania. O projeto será realizado nos territórios educadores com foco na criança e no adolescente nas comunidades de Paraisópolis, Heliópolis, Jardim Ângela e Pinheiros.
Sobre as autoras | As Autoras, com “A” maiúsculo, são mulheres que despontam em áreas difíceis e, geralmente, dominadas por homens. Trazem consigo uma perspectiva única sobre como fazer o mundo melhor: com a mão na massa, com a verdade do que são e segurando a mão da outra.
Fotógrafa e diretora do Instituto Jardins da Infância, Drica Lobo recorre ao cinema, à filosofia, ao marketing e às ciências políticas para dar profundidade ao seu olhar, suas imagens e a maneira de administrar o trabalho.
Graduada em Administração de Empresas e Gastronomia, Luciana Tokita comandou os bastidores de grandes chefs. Desenvolveu um método sensível de criar identidades, avaliar nichos de mercado, prestar curadorias e conectar cozinheiros a marcas.
Vanessa Silva, que acaba de ser eleita Chef do Ano pela Veja Comer & Beber, tendo o Bistrot Parigi também premiado como Melhor Restaurante Francês, é a primeira chef mulher no Grupo Fasano. Vanessa respira cozinha e a exerce com rigor e paixão. Sua precisão construiu-se graças a 15 anos ao lado de Erick Jacquin e tornou-se uma das ferramentas que lhe permitiu firmar-se a primeira chef mulher da maior grife gastronômica do país – o Grupo Fasano.
Em uma realidade em que seres sobrenaturais coexistem com os vivos, o exercício da convivência não é tão praticado quanto se deveria. Nesta realidade, muito parecida com a nossa, todas essas criaturas “não vivas” sofrem muita hostilidade dos seres humanos e acabam habitando guetos e frequentando o submundo das cidades. Ralf é uma mistura de caçador de recompensas com assassino mascarado de filme de terror que vive nesse submundo e ganha a vida caçando criaturas malignas (sobrenaturais e humanas).
Nesta HQ, veremos Ralf à procura de um espírito obsessor assassino que busca em suas vítimas pessoas com sérios problemas de dependências químicas. Esta é a segunda história do personagem criado pelo quadrinista de Indaiatuba (SP), Edu R. Silverio. O livro terá 60 páginas em formato 29,7 x21 cm.
Edu R. Silverio é quadrinista, professor com especialização em metodologia do ensino de arte, um dos idealizadores do projeto Oficina de Histórias, que visa tirar do papel várias ideias voltadas à narrativa visual, e criador do personagem Ralf e todo o seu universo. É responsável pelo desenho e roteiro de suas duas histórias: Caçador, publicada em 2017 e Vício, objetivo desta campanha.
Atualmente, participa da Oficina de Groselha como desenhista e um dos roteiristas desse projeto de quadrinhos e charges humorísticas criados dentro da Oficina de Histórias.
O quadrinista busca financiamento para a publicação do livro Vício por meio da plataforma Catarse.
Linktr.ee: https://linktr.ee/projetooficinadehistorias
Instagram: @edu_silverio_
Facebook: @EduR.Silverio
Twitter: @EduR_Silverio
Catarse: https://www.catarse.me/ralf_vicio_bb41.
O novo Boletim Observatório Fiocruz Covid-19 mostra aumento no número de casos e de óbitos por Covid-19 em alguns estados e municípios ao longo das semanas epidemiológicas 46 e 47. A taxa de incidência, que já se encontrava em níveis altos por todo o país, voltou a subir em vários estados e em suas capitais. Esse cenário refletiu na elevação da taxa de ocupação de leitos UTI para o tratamento da doença. No entanto, os pesquisadores do Observatório sugerem cautela quanto a afirmar que o Brasil vive uma “segunda onda” da pandemia, sendo que o cenário epidemiológico deve ser monitorado.
O Boletim é realizado por uma equipe multidisciplinar de pesquisadores da instituição voltada ao estudo da Covid-19 em suas diferentes áreas. Divulgado quinzenalmente pela Fiocruz, o estudo apresenta um panorama geral do cenário epidemiológico da pandemia com indicadores-chave, tais como de taxa de ocupação e número de leitos de UTI para Covid-19, além de dados de hospitalização e óbitos por SRAG, que incluem casos severos de Covid-19. Traz ainda uma matéria especial abordando aspectos estratégicos para o enfrentamento da doença. Nesta edição, o tema é Os muitos desafios da Covid-19 ao sistema de saúde.
Realizada logo após as semanas epidemiológicas 44 e 45, quando houve interrupção na inserção de registros no Sivep-Gripe e, consequentemente, defasagem dos registros nos sistemas de informação, a análise destaca que o número de casos deve ser tratado com bastante atenção, já que até momento o quadro de indicadores não reflete a realidade atual.
Taxas de ocupação
Em relação às taxas de ocupação de leitos de UTI para a Covid-19, a tendência é de piora do cenário geral, com Amazonas (86%) e Espírito Santo (85,1%) permanecendo na zona de alerta crítica e Bahia (61,1%), Minas Gerais (64,5%), Rio de Janeiro (70%) e Santa Catarina (78,6%) retornando à zona crítica intermediária, após ter estado fora da zona de alerta.
As capitais que estão com taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos superiores a 80% são Manaus (86%), Macapá (92,2%), Vitória (91,5%), Rio de Janeiro (87%), Curitiba (90%), Florianópolis (83%) e Porto Alegre (88,7%). Além dessas, também aparecem com taxas preocupantes, mas ainda abaixo da zona de alerta crítica, Fortaleza (78,7%), Belém (78,3%) e Campo Grande (76,1%).
Quanto ao número de leitos de UTI para Covid-19, segundo dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), entre os dias 9 e 23 de novembro foi registrada uma pequena redução de leitos de UTI Covid-19 para adultos em Alagoas e uma redução mais expressiva no Amapá. Por outro lado, houve incremento de leitos no Mato Grosso e no Rio Grande do Sul.
Casos/incidência
Os dados nacionais apontam para um aumento no número de casos e de óbitos por Covid-19 nas semanas epidemiológicas 46 e 47, após um longo período de redução desses indicadores. As maiores taxas de incidência de Covid-19 foram observadas nos estados do Acre, Roraima, Amapá, Espírito Santo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, mantendo-se as tendências de semanas anteriores. As taxas de mortalidade por Covid-19 foram mais elevadas nos estados do Amapá, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás e no Distrito Federal.
Nas últimas duas semanas foram observadas tendências de alta no número de casos no Amapá, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, enquanto o número de óbitos sofreu aumento expressivo em Roraima, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Goiás. Devido ao agravamento de alguns quadros clínico, há uma defasagem de duas ou três semanas entre “picos” de casos e de óbitos.
Somada à elevação dos indicadores de casos e óbitos, o Estado do Rio de Janeiro apresentou uma piora expressiva da taxa de letalidade (6,4%), dada pela proporção de casos que resultaram em óbitos por Covid-19. Esse valor é considerado alto em relação a outros estados (cerca de 2%) e aos padrões mundiais, à medida que se aperfeiçoam as capacidades de diagnóstico e de tratamento oportuno da doença, o que revela graves falhas no sistema de atenção e vigilância em saúde.
As taxas de incidência de SRAG observadas nos estados do Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e no Distrito Federal foram as mais altas no período, na faixa entre 7 a 10 casos por 100 mil habitantes. No Nordeste, Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas apresentam crescimento de número de casos em um processo de reversão do observado em semanas anteriores. Há uma tendência de aumento também no Sudeste, em São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais. Esta tendência crescente também está presente em todos os estados do Sul e, no Centro-Oeste, em Mato Grosso do Sul. Ao contrário, no Norte não se observa em geral aumento, mas uma estabilidade ou reversão para diminuição do número de casos, como em Roraima e Amapá.
O boletim Infogripe mais recente também apontou aumento de taxa de incidência em todas as capitais do Sudeste e em várias capitais de outras regiões no prazo das últimas seis semanas: Natal, São Luís, Salvador, Maceió, Curitiba, Palmas, Campo Grande e na região central do Distrito Federal. Capitais como Florianópolis podem ter revertido a tendência de aumento das últimas semanas.
Diante do atual cenário, os pesquisadores do Observatório Covid-19 ressaltam a importância de uma estratégia de enfrentamento da pandemia que articule a vigilância em saúde, com testes e identificação ativa de casos e contatos, isolamento dos casos, quarentena dos contatos. Tais medidas, destacam os pesquisadores, devem ser combinadas a outras, como distanciamento social e de redução da exposição da população a situações de risco de transmissão do Sars-CoV-2, causador da Covid-19.