Organização aposta em lideranças jovens para transformar pequenas comunidades
![Política e Cidadania](https://www.kleberpatricio.com.br/wp-content/themes/kleberpatricio/images/header-featured-post-cidades-cidadania.jpg)
![](https://www.kleberpatricio.com.br/wp-content/uploads/2025/02/Organizacoes-Locais-presentes-na-Convencao-Nacional-da-JCI-Brasil-de-2024-em-Maravilha-SC_Easy-Resize.com_-218x145.jpg)
Santa Catarina
O jornalista e escritor José Guilherme Rodrigues Ferreira está de volta com O Almofariz de Deméter – Breve geografia de vinhos, afeições, alimentos e apetites. O título, que sai pela editora Tapioca, reúne 48 crônicas que tratam a tarefa de comer – e sobreviver – em diferentes locais e períodos históricos.
Neste trabalho, o autor radicaliza sua “escrita de conexões culturais” iniciada em Vinhos no Mar Azul – viagens enogastronômicas, valendo-se do muito que leu, bebeu e comeu (não necessariamente nessa ordem). Depois de escrever com todas as letras que “a melhor garrafa de vinho é a garrafa de vinho aberta”, José Guilherme parte para crônicas de comida, criando narrativas que ligam experiências e culturas com saltos no tempo e no espaço.
A leitura pode levar da mesa um tanto frugal de Napoleão às listas de ingredientes especiais do grego Archestratus. Dos sabores da hospitalidade dos heróis de Homero à cesta de “comida mexicana amorosa” preparada por Frida Khalo para Diego Rivera. Do claret dos poetas românticos ingleses ao cauim dos tupinambás. Dos lagostins das festas de Uppsala, na Suécia, ao hambúrguer pop de Andy Warhol, nos Estados Unidos.
A obra destaca, especialmente, os momentos onde a cozinha e a mesa são territórios de prazer e de invenção de afetos. A apresentação do livro, escrita por Roberto Taddei, inclusive, tem o título de Um romance à mesa, assinalando uma evidente relação entre os textos, chamados de “cantos gastronômicos”.
Sobre o autor
José Guilherme Rodrigues Ferreira é jornalista e escritor. Integrou equipes em redações de alguns dos principais veículos de comunicação do País. É autor de Vinhos no Mar Azul – viagens enogastronômicas (Editora Terceiro Nome), premiado em 2009 com o Gourmand World Cookbook Awards, instituído na França.
O Almofariz de Deméter
Breve geografia de vinhos, afeições, alimentos e apetites
Autor: José Guilherme Rodrigues Ferreira
Editora: Tapioca
Preço livro impresso: R$69,90
Preço e-book: R$49,90
Informações: contatoeditorial@pioneiraeditorial.com.br.
Responsáveis por colocar a capital paulista no mapa-múndi da arte de rua, os irmãos Otávio e Gustavo Pandolfo, 46 anos, formam um só artista de quatro mãos chamado OSGEMEOS. Crédito da foto: Deco Cury.
A seção Persona da edição de novembro da Casa Vogue celebra a street art brasileira e traz nomes que utilizam as empenas de prédios, muros e o próprio espaço público como suporte para expressar sua arte. OSGEMEOS, Criola, Speto, Flip, Robinho Santana, Simone Siss e Mundano revelam a multiplicidade da arte urbana brasileira e promovem uma reflexão sobre representatividade e inclusão.
Responsáveis por colocar a capital paulista no mapa-múndi da arte de rua, os irmãos Otávio e Gustavo Pandolfo, 46 anos, formam um só artista de quatro mãos chamado OSGEMEOS. Alçados do ateliê no bairro do Cambuci, na região central, a mais de 60 países, com direito a temporadas nas principais instituições dedicadas à produção contemporânea (como o The Institute of Contemporary Art, em Boston e a Galleria Patricia Armocida, em Milão), seus trabalhos contam histórias que transitam entre sonho e questionamento, realidade e fantasia. Após adiamentos em função da pandemia, a dupla está em cartaz na Pinacoteca de SP com OSGEMEOS: Segredos, sua primeira exposição panorâmica.
A designer de moda mineira Tainá Lima, 30, adotou o nome Criola quando encontrou nos sprays uma forma de se expressar pelas ruas de Belo Horizonte. Muito antes de a representatividade entrar para a pauta discutida por boa parte da sociedade, ela já levantava essa questão. “Ia para a faculdade de ônibus e pela janela só via outdoors de pessoas brancas. Estava cansada dessa exclusão de meus ancestrais. Então o grafite surgiu na minha vida como suporte para eu contar a verdade que acredito”, lembra. Com uma vibrante paleta de cores de matriz africana, seus murais – presentes também nas ruas de São Paulo, Rio de Janeiro, Paris e Minsk – retratam a cultura, a história e a condição negras em contraponto à narrativa dominante e incluem o feminismo na temática.
Da mesma geração d’OSGEMEOS, o muralista e artista plástico paulistano Paulo César Silva, 49, mais conhecido como Speto, desenvolveu uma linguagem genuinamente nacional, embasada na xilogravura e na tradição do cordel, assim como no modernismo – referências visíveis em linhas geométricas harmônicas, sinuosas e cheias de ritmo. “Ao idealizar um mural, eu caminho bastante pelo local onde ele será feito para entender o espaço. Sigo um pensamento arquitetônico no sentido de integrá-lo ao entorno”, explica. Nos anos 1990, ajudou a elaborar a identidade visual de bandas como Raimundos, Nação Zumbi e O Rappa. Na década seguinte, com a fama mundial da arte urbana brasileira, Speto espalhou seu trabalho por 15 países (que pretende revisitar em 2021, quando completa 50 anos) e expôs em museus e galerias da Europa e dos Estados Unidos.
Mesmo cegos, olhai por nós, pedia um grafite de Robinho Santana, 34, com a imagem de duas crianças negras, que foi apagado na Rua Major Diogo, no bairro paulistano da Bela Vista. Este é o principal mote do pintor, grafiteiro e designer de Diadema, SP, como mostram um mural no Viaduto Nove de Julho, integrante do projeto Museu Arte de Rua, em São Paulo, e a maior empena já executada no festival Cura, em Belo Horizonte, com quase 2 mil m² (o evento deste ano aconteceu em setembro). Ambos trazem crianças negras no colo de um dos pais. “Busco a construção da negritude através de potências e efeitos positivos de amor e afeto. Na capital mineira, como eu dispunha de uma área enorme, procurei falar sobre um assunto também grandioso, a força de uma mãe negra solteira”, explica o artista, cujas telas são vendidas pelo Instagram.
A arte de rua se utiliza do espaço público como área expositiva aberta e acessível a todos. Com spray e criatividade, os artistas do gênero fazem manifestações democráticas dos anseios do nosso tempo. Confira a íntegra da matéria, que conta ainda com entrevistas de Flip, Simone Siss e Mundano, na edição de novembro da revista Casa Vogue.
Turíbio Santos. Foto: divulgação/CMEK.
Os Concertos de Eva Klabin sempre proporcionaram cultura de qualidade ao público e, mesmo estando neste momento em que as apresentações não estão podendo acontecer na Casa Museu, a programação musical da instituição, que comemora 25 anos de funcionamento, continua encantando o público através da realização das lives. Desta vez, o convidado é Turíbio Santos, um ícone do violão brasileiro. Considerado um dos maiores violonistas clássicos da atualidade, especialista em Heitor Villa-Lobos, o músico possui também profundo conhecimento da cultura popular brasileira. Sua carreira já o fez correr o mundo muitas vezes, com críticas brilhantes nos principais centros musicais. O artista já dividiu o palco com grandes celebridades musicais e foi acompanhado por renomadas orquestras nacionais e internacionais.
A Casa Museu Eva Klabin convida a todos para esta noite mais que especial, no próximo dia 7, às 19h. Nesta apresentação exclusiva, Turíbio Santos faz uma homenagem ao grande maestro Villa-Lobos, de quem recebeu lições memoráveis. No programa, apresenta estudos e prelúdios do mestre, além de composições de artistas como Chiquinha Gonzaga e Gonzagão, que para ele são músicos que possuem em suas melodias inspiração e amor pelo Brasil.
A transmissão será feita pelo canal da Casa Museu no YouTube e, para assistir, basta acessar o link: www.youtube.com/canalevaklabin. O concerto tem produção de Nenem Krieger e organização de Marcio Doctors e tem patrocínio da Klabin S.A. por meio da Lei de Incentivo à Cultura/Ministério do Turismo.
Serviço:
Concertos de Eva – Turibio Santos
Data: 7/11/2020 – 19h
Transmissão: http://www.youtube.com/canalevaklabin.
Erros do passado apenas podem ser evitados ao se refletir sobre a história – com este propósito construtivo em relação ao futuro, o escritor José Luiz Alquéres aborda a evolução da prática política ao traçar um panorama dos eventos mais importantes no curso da humanidade. São, mais precisamente, Três mil anos de política. Assim como o título, o livro publicado pela Edições de Janeiro é tão fascinante quanto objetivo. Em 232 páginas, o autor apresenta a história do pensamento político desde a origem, na China e Grécia, passando pelos romanos, a Idade Média, a Idade Moderna e os acontecimentos mais contemporâneos, como o fenômeno do nacionalismo, os modelos totalitários e o neoliberalismo.
“Uma nova classe burguesa emerge nas grandes cidades de então. Gente que privilegia não apenas a arte religiosa, mas também temas mitológicos ou laicos. Gente que participa do governo de suas cidades livres, gente que resiste a pagar taxas para reis e cortes inúteis e dispendiosas. Gente, enfim, que elege o valor liberdade – de agir, pensar, movimentar-se e de comercializar – a um patamar de importância não experimentado anteriormente pela humanidade.” (P. 107, Três mil anos de política)
Empresário, editor e filantropo, José Luiz Alquéres traduz a essência de cada período por meio de personagens que marcaram a evolução do pensamento político. Santo Agostinho, Spinoza, Montaigne, Hobbes e Marx, entre tantos personagens, mostram que a história da política é, também, a história da própria humanidade. “As ideias e movimentos políticos não surgem do azul, sem um propósito específico, mas, antes, de homens, sob circunstâncias que se encontram narradas neste delicioso livro”, pontuou o advogado e escritor José Roberto de Castro Neves, prefaciador da obra.
Depois de sumarizar as principais ideologias que prevaleceram nos regimes políticos, Três mil anos de história conduz o leitor pelos temas que dominam a atual discussão, como a crise da democracia e os efeitos da globalização. Para concluir, Alquéres não poderia ser mais eloquente ao apresentar três “razões para esperança” e os desafios, como a necessidade de garantir maior inclusão e representatividade.
Ficha técnica
Título: Três mil anos de política
Autor: José Luiz Alquéres
Editora: Edições de Janeiro
ISBN: 978-65-87061-01-6
Páginas: 232
Formato: 16 x 23 cm
Preço: R$54,00
Link de venda: https://bit.ly/3jlT64Z.
Sinopse: Três mil anos de política apresenta, de forma leve, como em uma gostosa conversa, a história do pensamento político, desde a sua origem, na China e na Grécia, passando pelos romanos, a Idade Média, a Idade Moderna e os acontecimentos mais contemporâneos, como o fenômeno do nacionalismo, os modelos totalitários e o neoliberalismo, entre outros. Nada fica de fora. Mais que relatar fatos, o livro apresenta de forma objetiva uma inteligente perspectiva do movimento dos pensamentos políticos, com uma corajosa e franca crítica. Garantindo a fluidez da leitura, o texto não se perde em citações ou referências. Faz melhor: conta a história.
Sobre o autor | José Luiz Alquéres é engenheiro, empresário e editor. Com formação complementar em Sociologia e uma longa vivência de trabalho junto a entidades de interesse público e associações empresariais e culturais, sempre esteve em contato direto com o meio político. Contribui regularmente com artigos avulsos e colunas semanais em jornais e é membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB). Como escritor, publicou Petrópolis (Vianna & Mosley).
“Farsa”, de Renata Lucas. Crédito da imagem: Ilana Bessler.
Indagações sobre a complexidade do que é linguagem e a língua estão no cerne de FARSA. Língua, fratura, ficção: Brasil-Portugal, exposição coletiva que estreou dia 20 de outubro no SESC Pompeia. Com curadoria de Marta Mestre e curadoria adjunta de Pollyana Quintella, a mostra propõe uma narrativa que cruza a dimensão poética, ficcional e política da arte.
Inicialmente prevista para acontecer entre os meses de abril e julho deste ano, a mostra, que teve sua abertura adiada devido às restrições impostas pela pandemia de Covid-19, agora pode ser visitada gratuitamente pelo público de terça a sexta, das 15h às 21h e, aos sábados, das 10h às 14h, mediante agendamento prévio pelo site SESCsp.org.br/pompeia. As visitas à exposição FARSA têm duração máxima de 90 minutos e o uso de máscara facial é obrigatório para todas as pessoas.
FARSA. Língua, fratura, ficção: Brasil-Portugal reúne obras que sublinham a fragmentação e a polifonia por meio de uma miríade de falas decoloniais não alinhadas aos discursos universais. São trabalhos de artistas de diferentes gerações, estilos e pesquisas, nomes como Andrea Tonacci, Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino, Grada Kilomba, Gretta Sarfaty, Lygia Pape, Mariana de Matos, Mariana Portela Echeverri, Mira Schendel, Movimento Feminino Pela Anistia No Brasil, Paulo Bruscky, Pietrina Checcacci, Regina Silveira, Regina Vater e Renata Lucas, entre outros. “O título – FARSA – aponta para uma ironia, uma torção dos sentidos. Evoca tanto uma dimensão de paródia como expõe uma ferida aberta, com o propósito de reforçar a ambiguidade e a fratura que a língua e a linguagem estabelecem”, explica a curadora Marta Mestre. “Selecionamos trabalhos de artistas que torcem uma língua e que reinventam a linguagem, questionando o seu poder de colonialidade, mas também as relações de fuga e de ficção que nos permitem, coletiva e individualmente, reinventar laços sociais, políticos e poéticos com o mundo”, completa.
“Amanhã não há limites”, por Carla Filipe (esquerda) e “Copacabana Mon Amour”, por Helena Ignez (direita – projeção) . Crédito da imagem: Ilana Bessler.
O conjunto de obras em FARSA sublinha não só os usos poéticos e políticos da palavra, como a poesia visual, a montagem da fotografia, do cinema, da performance ou as estratégias de desconstrução de gênero. As obras também mostram a dimensão viral e capitalista da linguagem nos dias de hoje, que vão desde as fake news, os “memes”, até as hegemonias linguísticas ou o uso do abjeto e da escatologia na política. “É a partir da linguagem que podemos nos reinventar e traçar novas formas de existir. Se não é possível existir fora da linguagem, é através dela que sofisticamos uma imaginação que nos permite organizar o real e testar modos de viver e sonhar coletivamente, ontem e hoje”, afirma a curadora adjunta Pollyana Quintella.
A mostra conta com várias obras que serão expostas pela primeira vez no país; algumas delas seguem diretamente de instituições portuguesas como a Fundação Calouste Gulbenkian e o Museu Serralves, além de coleções privadas portuguesas e brasileiras e obras de acervos brasileiros como os do Museu de Arte do Rio de Janeiro e coleções de artistas.
A exposição está ancorada em três núcleos – Glu, Glu, Glu, Outras galáxias e Palavras mil – que trazem ao público diálogos entre obras de artistas expoentes das décadas de 1960 e 1970, com a produção de artistas que emergiram no século XXI.
“Amanhã não há Arte”, 2019, Carla Filipe. Foto: Ilana Bessler.
Em Glu, Glu, Glu, serão apresentados trabalhos que abordam a ideia de língua e de linguagem enquanto máquina de desconstrução. Assim como mecanismo voraz de deglutição e excreção dos significados, se faz prevalecer não o discurso, mas sim, os fragmentos e os cortes da realidade, expressivos em palavras e corpos.
A boca é um dos elementos com grande expressividade neste núcleo e age, aqui, como um dispositivo, abrindo caminhos para ambiguidades. Neste sentido, a linguagem está atrelada ao sexo, ao erotismo e à subjetividade. Ideia recorrente em obras como Eat Me, de Lygia Pape, Ouve-me, de Helena Almeida, Verarschung, de Pêdra Costa e Blá Blá Blá, de Andrea Tonacci.
Em Outras galáxias, evoca-se a virada distópica dos anos 1960 e 1970 na literatura e nas artes visuais, que, expondo o potencial destrutivo da humanidade e do planeta, reforçou a urgência em projetar futuros longínquos através da ficção científica e da ecologia. Os trabalhos desse núcleo afirmam a possibilidade de “transicionar” de vida, de gênero, de subjetividade e de reinventar a linguagem e o humano através da ficção e da fuga nas periferias do cosmos. O caráter lúdico é visível nas obras Júpiter, Lua chegada, Marte aterrissagem, Saturno, Visão da Terra, da série Yauti in Heavens de Regina Vater, e Fato de ouro, Fato de pedra, Fato de madeira, 2016 de Mumtazz e 7 para 8, de Dayana Lucas.
“Transformações II – I/II/III”, 1976, Greta Sarfaty + “Projeto de Silêncio”, 1962, E.M de Melo e Castro. Foto: Ilana Bessler.
Em Palavras mil, apresentam-se trabalhos que lidam com a poesia e a revolução, muitos deles reportando-se à transição entre ditadura e democracia em Portugal e no Brasil. Abordam o gesto político, íntimo e coletivo por meio do manifesto escrito ou performado, da visualidade das lutas sociais, ou da sonoridade desejante das ruas.
São percepções que transbordaram para a amplitude dos gestos nas ruas, tanto no Brasil, com a multiplicação de grupos fragmentados entre as esferas de poema, processo, poesia concreta etc., quanto em Portugal, onde poetas produziam revistas e poesias experimentais. O público poderá refletir sobre isso por meio de obras como Em Revolução, de Ana Hatherly, Amanhã não há arte, de Carla Felipe, Time on my hands, de Lucia Prancha, Ocultação/Desocultação, de Ana Vieira, ELAS DEVEM TER NASCIDO DEPOIS DO SILÊNCIO, de Jota Mombaça e What we are talking about, de Ana Pi.
Lista completa de artistas que integram a exposição:
Agrippina R. Manhattan, Alexandre Estrela, Aline Motta e Rafael Galante, Ana Hatherly, Ana Nossa Bahia e Pola Ribeiro, Ana Pi, Ana Vieira, Andrea Tonacci, Anitta Boa Vida, Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino, Carla Filipe, Carmela Gross, Caroline Valansi, Clara Menéres, Clarissa Tossin, Dayana Lucas, Denise Alves-Rodrigues, Dj Pelé, E. M. de Melo e Castro, Ernesto De Sousa, Eva Rapdiva, Francisca Carvalho, Gal Costa, Gê Viana e Márcia de Aquino, Grada Kilomba, Gretta Sarfaty, Gretta Sarfaty e Elvio Becheroni, Helena Almeida, Helena Ignez, João Vieira, Jota Mombaça, Katú Mirim, Linn da Quebrada, Lúcia Prancha, Lygia Pape, Mariana de Matos, Mariana Portela Echeverri, Mira Schendel, Movimento Feminino pela Anistia no Brasil, Mumtazz, Música Portuguesa A Gostar Dela Própria, Neide Sá, Nelly Gutmacher, Noite & Dia, Olga Futemma, Paula Rego, Paulo Bruscky, Paulo Bruscky e Unhandeijara Lisboa, Pêdra Costa, Pietrina Checcacci, Regina Silveira, Regina Vater, Renata Lucas, Rita Natálio, Rita Natálio e Alberto Álvares, Salette Tavares, Sara Nunes Fernandes, Thereza Simões, Titica, Túlia Saldanha, Vera Mantero, Victor Gerhard, Von Calhau! e Yuli Yamagata.
Galeria virtual
“O povo brasileiro”, 1967-68, Pietrina Checcacci. Foto: Ilana Bessler.
Com o fechamento temporário do atendimento presencial das unidades operacionais do SESC, em março e a busca por meios que possibilitassem o encontro e a conexão com o público, premissas inerentes do SESC São Paulo, nasceu um espaço novo, um anexo virtual pensado para ser um ambiente acolhedor e democrático, semelhante ao espaço físico dos galpões que compõem a arquitetura icônica projetada por Lina Bo Bardi.
Foi pensada para funcionar como uma extensão da unidade física. Portanto, o espaço virtual, neste momento em que é necessária atenção e respeito aos protocolos preventivos contra o Covid-19, pretende conectar o público ao fazer artístico e democratizar o acesso às artes visuais. Assim, a exposição FARSA ganha um desdobramento no ambiente digital que amplia as possibilidades de conhecimento e reflexão sobre as obras, além de promover a participação e interação com os visitantes.
Iniciada num contexto pré-pandemia e realizado durante este momento pandêmico, a versão virtual de FARSA é um novo componente da exposição, tem vida própria e é uma reflexão, não sem alguma ironia, sobre o futuro pós-pandemia observado através da lente das artes visuais.
A plataforma traz também uma série de depoimentos de artistas que produziram obras especialmente para a exposição física; entre elas Rita Natálio (Portugal), Sara Nunes Fernandes (Portugal), Lúcia Prancha (Portugal), Aline Motta (Brasil) e Caroline Valansi (Brasil). Leituras de textos das poetas, Raquel Nobre Guerra (Portugal), Natasha Felix, Ismar Tirelli Neto e Angélica Freitas (Brasil), também somam ao site.
Uma entrevista inédita das artistas Grada Kilomba e Jota Mombaça conduzida pela curadora Marta Mestre também estará disponível no site. Na conversa, elas abordam a língua como espaço de colonialidade e poder. Realizada em Berlim, onde ambas as artistas vivem e trabalham, a entrevista disseca a ambivalência da violência e da cordialidade na língua que falamos e procura desmontar a ideia de “lusofonia”, percorrendo exemplos de trabalhos e performances recentes de ambas as artistas.
O vídeo inédito Máximo Desempenho, da artista brasileira Marina Dalgalarrondo, uma performance 3D, é uma das grandes novidades de FARSA online. A performance original de Marina trata de uma proposta ficcional de um acontecimento futuro e serve de convite à navegação no site. Ambientado por uma trilha sonora que sugere desconforto, uma figura humana vestindo uma indumentária estranha corre em uma exaurida esteira de jogging.
Segundo as curadoras da exposição, a performance indica “um desempenho máximo dos corpos, mas também máximo desempenho da linguagem, da língua, extração permanente de significados. A total integração do trabalho linguístico com a valorização do capital, e um comentário à linguagem que incorpora regras econômicas de competição, escassez e superprodução”, explicam Marta Mestre e Pollyana Quintella.
Além do desdobramento da exposição FARSA, este novo ambiente digital oferece um acervo de obras que se encontram na unidade e conteúdos relativos à história patrimonial do próprio SESC Pompeia.
Orientações de segurança para visitantes
O SESC São Paulo retoma, de maneira gradual e somente por agendamento prévio online, a visitação gratuita e presencial a exposições em suas unidades na capital, na Grande São Paulo, no interior e no litoral. Para tanto, foram estabelecidos protocolos de atendimento em acordo com as recomendações de segurança do governo estadual e da prefeitura municipal.
Para diminuição do risco de contágio e propagação do novo coronavírus, conforme as orientações do poder público, foram estabelecidos rígidos processos de higienização dos ambientes e adotados suportes com álcool em gel nas entradas e saídas dos espaços. A capacidade de atendimento das exposições foi reduzida para até 5 pessoas para cada 100 m², com uma distância mínima de 2 metros entre os visitantes e sinalizações com orientações de segurança foram distribuídas pelo local.
A entrada na unidade será permitida apenas após confirmação do agendamento feito no portal do SESC São Paulo. A utilização de máscara cobrindo boca e nariz durante toda a visita, assim como a medição de temperatura dos visitantes na entrada da unidade serão obrigatórias. Não será permitida a entrada de acompanhantes sem agendamento. Seguindo os protocolos das autoridades sanitárias, os fraldários das unidades seguem fechados nesse momento e, portanto, indisponíveis aos visitantes.
Serviço:
FARSA. Língua, fratura, ficção: Brasil-Portugal
Local: SESC Pompeia
Curadoria: Marta Mestre e Pollyana Quintella (curadoria adjunta)
Período expositivo: 20 de outubro de 2020 a 30 de janeiro de 2021
Funcionamento: terça a sexta, das 15h às 21h. Sábado, das 10h às 14h.
Tempo de visitação: Até 90 minutos
Agendamento de visitas: www.SESCsp.org.br/pompeia
Classificação indicativa: livre
Grátis
Galeria virtual
http://www.SESCsp.org.br/anexa
SESC Pompeia – Rua Clélia, 93 – São Paulo/SP
Local não dispõe de estacionamento próprio. Para mais informações, acesse o portal SESCsp.org.br/pompeia.