Organização aposta em lideranças jovens para transformar pequenas comunidades
Santa Catarina
O Conservatório de Tatuí – instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo – promove, de 16 a 21 de novembro, o 1º Tatuí MPB/Jazz Festival. O evento será integralmente realizado em ambiente virtual e traz uma programação variada de workshops, master classes, mesa-redonda e entrevistas ao vivo (lives) com músicos consagrados do Brasil e do Exterior. As atividades pedagógicas têm vagas limitadas. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 10 de novembro pelo site www.conservatoriodetatui.org.br/espaco-do-aluno. “O Festival foi pensado com o objetivo de agregar conhecimentos de estudo e carreira para alunos em formação e músicos já formados, além de promover intercâmbio cultural entre os artistas, professores convidados e os participantes inscritos. Em tempos de pandemia e isolamento social, vamos aproveitar a tecnologia para aproximar pessoas e investir no aprendizado”, comenta o coordenador do Festival e da Área de MPB/Jazz do Conservatório de Tatuí, Prof. Cláudio Sampaio “Cambé”.
A programação começa no dia 16 de novembro, segunda-feira, às 14h, com Workshop de Trombone ministrado por Valdir Ferreira, que foi fundador da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo e hoje é professor na Fundação das Artes de São Caetano do Sul e da Escola do Auditório Ibirapuera, além de integrar a Banda Mantiqueira. Às 16h, Master Class de Trombone com Fabio Oliva, formado no Conservatório de Tatuí e hoje trombonista dos grupos instrumentais Noneto de Casa, André Marques Sexteto, Marcel Bottaro Quinteto, André Peloso Quarteto, Nelson Ayres Big Band, Rafael Piccolotto de Lima e a Orquestra Urbana Big Band e Hermeto Pascoal Big Band. Às 19h, live Pioneirismo no Brasil – Big Band Reteté, com Paulo Malheiros, ex-professor do Conservatório de Tatuí que atualmente é músico e arranjador dos grupos Soundscape Big Band, Reteté Big Band, Hermeto Pascoal Big Band, Orquestra Jazz Sinfônica e Grupo Quebra Cuia.
Na terça-feira, dia 17, às 10h, workshop Como tocar em naipe, com o trompetista, pianista, compositor e produtor musical Fran Rivero (Espanha), professor do Conservatório de Música “Ana Valler” de Utrera (Sevilla), integrante do Hispania Brass Quintet, da Orquesta Sinfónica de Utrera e Orquesta Hispalense da Universidade de Sevilla. Às 14h, workshop Improvisação, com o trompetista Mark Upton (Inglaterra), professor da Royal Marines School of Music e músico da James Bond Tribute Band ‘Q The Music’, Syd Lawrence Orchestra, The Gordon Campbell Big Band e Back to Basie Band, entre outras. Às 19h, live Pioneirismo no Brasil – Banda Urbana, com João Lenhari, que é arranjador, compositor e trompetista da Banda Urbana, Banda Jazzco, Nelson Ayres Big Band e Orquestra Urbana, além de inúmeras outras atuações.
Na quarta-feira, dia 18, às 14h, workshop Percussão na Big Band, com Vinícius Barros, professor da Faculdade Souza Lima e IPT e chefe de naipe da Orquestra Jazz Sinfônica Brasil, além de ter acompanhado o saxofonista Branford Marsalis em turnê pelos Estados Unidos e tantos outros nomes consagrados. Às 16h, workshop Bateria na Big Band, com Celso Almeida, professor da Escola Auditório Ibirapuera que participa do BRS Quartet em parceria com o site americano de ensino musical online Open Studio, entre outros, além de atuar no quarteto de Rosa Passos e na Banda Mantiqueira.
Na quinta-feira, dia 19, às 14h, Master Class de Clarinete, Flauta e Saxofone com Mauricio de Souza, que é professor e diretor de uma Big Band na Escola Municipal de Música de São Paulo, atuou como compositor, arranjador e músico da execução da trilha sonora do filme Quincas Berro d’Água, entre outras produções. Às 17h, workshop especial Luteria, Manutenção etc., com Marcos Antônio Padovani, luthier e proprietário da Padovani Music, empresa patrocinadora do 1º Tatuí MPB/Jazz Festival. Às 19h, live Pioneirismo no Brasil – Big Band SoundScape, com Samuel Pompeo, que é professor da Escola Municipal de Música de São Paulo, professor convidado do festival Fiato Al Brasile, na Itália, lidera o Samuel Pompeo Quinteto e integra a SoundScape Big Band, a Banda Urbana e o BandoOzonze.
Na sexta-feira, dia 20, às 4h, workshop Piano Brasileiro, com Léo Ferrarini, que é professor do curso de Piano MPB/Jazz e integrante do grupo Jazz Combo do Conservatório de Tatuí, autor do livro Guia Prático do Piano Brasileiro Volume 1 – Ernesto Nazareth (2017). Às 16h, workshop Contrabaixo, com Zé Alexandre, professor do Departamento de Música da Unicamp e autor de material didático para os Projetos Guri e BASF, além de tocar com o músico Toninho Ferragutti e com a cantora Ná Ozetti. Às 19h, live Master Class Guitarra na Big Band, com Fernando Correa, que atua como professor na Faculdade Santa Marcelina (FASM) e é autor de livros didáticos e música da Orquestra Jazz Sinfônica Brasil.
No sábado, dia 21, às 14h, live Pioneirismo e Carreira Universitária, com Toddy Murph (EUA), diretor de bandas da Life Christian Academy, músico da Oklahoma City Symphonic Band e doutorando na Liberty University. Às 16h, live Vida acadêmica e carreira internacional, com Fabio Gouvea (Basileia Suíça), professor do Conservatório de Tatuí e integrante do programa Focus Year, com vários concertos e gravações no currículo. Às 19h, a mesa-redonda Os desafios musicais de hoje e de amanhã encerra o 1º Tatuí MPB/Jazz Festival, com participação de professores do Conservatório de Tatuí e Convidados.
Inscrições
Os workshops e master classes serão realizados em plataforma de videoconferência, com salas virtuais limitadas a 350 pessoas. Por isso, os interessados em acompanhar devem se inscrever no site do Conservatório de Tatuí e será respeitada a ordem de inscrição. Também há vagas para estudantes que queiram atuar nas Master Classes como participantes ativos. O regulamento, programação e ficha de inscrição estão disponíveis no site www.conservatoriodetatui.org.br/espaco-do-aluno.
Todas as lives serão transmitidas nos canais e páginas oficiais do Conservatório de Tatuí e podem ser acompanhados pelo YouTube (http://www.youtube.com/user/VideosConservatorio), Facebook (http://www.facebook.com/conservatoriotatui) ou Twitter (http://www.twitter.com/musicatatui). O 1º Tatuí MPB/Jazz Festival do Conservatório conta com patrocínio de Padovani Music.
Serviço:
1º Tatuí MPB/Jazz Festival do Conservatório de Tatuí
Data: 16 a 21 de novembro de 2020
Padovani Music, patrocínio
Cláudio Sampaio “Cambé”, coordenação
Inscrições: até 10 de novembro de 2020
Link: http://www.conservatoriodetatui.org.br/espaco-do-aluno
Inscrições gratuitas
Conservatório de Tatuí
Rua São Bento, 415, Centro, Tatuí-SP
Tel.: (15) 3205-8444
Funcionamento:
Conservatório de Tatuí: segunda a sexta, das 8h às 17h e das 18h às 22h
Bilheteria/Teatro Procópio Ferreira: terça a sexta, das 13h30 às 17h30 e das 19h às 21h; sábados, domingos e feriados, das 15h às 21h
Ingressos: todos os eventos realizados pela instituição têm entrada gratuita
Acompanhando o calendário de reabertura das instituições culturais da cidade de São Paulo, a Fundação Bienal apresenta a mostra Vento de 14 de novembro a 13 de dezembro de 2020 no Pavilhão Ciccillo Matarazzo como parte da programação da 34ª Bienal de São Paulo – Faz escuro mas eu canto. No dia 13 de novembro, às 18h, uma performance de Paulo Nazareth no edifício fechado (sem público presencial), que poderá ser acompanhada pelo público ao vivo pelo Instagram da Bienal, marca a abertura da exposição. Para a mostra, a Fundação Bienal está seguindo rigorosamente os protocolos sanitários estabelecidos para o setor cultural e a visitação se dará mediante agendamento.
Concebida a partir de conceitos como o de “relação”, a 34ª Bienal de São Paulo adotou uma estrutura de funcionamento inovadora, expandindo-se no espaço (por meio da parceria com instituições culturais da cidade e do exterior) e no tempo (com a realização de mostras e ações apresentadas no Pavilhão da Bienal a partir de fevereiro de 2020). Embora a agenda de exposições individuais tenha sido interrompida com a chegada da pandemia de Covid-19 e a dinâmica da rede de instituições parceiras também tenha sido adaptada de acordo com o calendário expositivo de cada um desses espaços, os preceitos norteadores desta edição se mantiveram os mesmos.
Com o adiamento da exposição coletiva para 2021, a 34ª Bienal se estendeu ainda mais no tempo e incorporou o espaço desmaterializado da internet como palco de uma série de ações inéditas que ampliaram seu programa inicial. Assim como aconteceu com sua extensa programação digital, a apresentação de Vento sinaliza um ajuste de rumo – não uma interrupção ou o início de um novo movimento – do projeto curatorial inicial desta edição. Enquanto responde a mudanças vividas pela sociedade como um todo, este ajuste é condizente com um projeto que desde seu início se propôs a mostrar-se acessível à reflexão pública, encarando-se como um ensaio aberto.
Jacopo Crivelli Visconti, curador geral da 34ª Bienal de São Paulo, explica que “Vento funciona como o índice desta edição da Bienal, no sentido de que aponta alguns dos temas que voltarão expandidos na exposição de setembro do ano que vem e, ao mesmo tempo, se refere ao que já aconteceu, assim como o índice constitui, em semiótica, o rastro”. O curador adjunto Paulo Miyada complementa: “O projeto desta Bienal sempre teve a intenção de mostrar as mesmas obras mais de uma vez, em contextos e momentos distintos, para enfatizar que nada permanece idêntico, nem as obras de arte, nem o público, nem o mundo ao redor. Este movimento começa a se concretizar com esta exposição, ganha força com as mostras da rede que passam a ser apresentadas a partir de agora e deságua em setembro do ano que vem”.
Para José Olympio da Veiga Pereira, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, “a Bienal desempenha um papel muito significativo na vida cultural da cidade. Durante o período de isolamento social mais acentuado, nós intensificamos e diversificamos nossa programação digital, por acreditarmos que o contato com a arte é essencial para a sociedade, em especial em momentos de crise. Agora, realizamos esta exposição e reabrimos o Pavilhão com o mesmo intuito – o de criar oportunidades para que estejamos juntos, de uma maneira segura, ao redor de obras de arte que podem nos ajudar a processar, individual e coletivamente, o momento único que estamos vivendo”.
Figuram em Vento 21 artistas, sendo 10 nomes divulgados agora: Alice Shintani (1971, São Paulo, SP), Ana Adamović (1974, Belgrado, Sérvia), Eleonore Koch (1926-2018, Berlim, Alemanha), Gala Porras-Kim (1984, Bogotá, Colômbia), Jacqueline Nova (1935-1975, Gante, Bélgica), Koki Tanaka (1975, Kyoto, Japão), Luisa Cunha (1949, Lisboa, Portugal), Melvin Moti (1977, Roterdão, Países Baixos), Musa Michelle Mattiuzzi (1983, São Paulo, SP) e Paulo Nazareth (muitas datas, Watu Nak, Vale do Rio Doce, MG).
Os 11 participantes de Vento já anunciados como artistas da 34ª Bienal são: Antonio Dias (1944, Campina Grande, PB), Clara Ianni (1987, São Paulo, SP), Deana Lawson (1979, Nova York, EUA), Edurne Rubio (1974, Burgos, Espanha), Jaider Esbell (1979, Normandia, RR), Joan Jonas (1936, Nova York, EUA), León Ferrari (1920-2013, Buenos Aires, Argentina), Neo Muyanga (1979, Joanesburgo, África do Sul), Regina Silveira (1939, Porto Alegre, RS), Ximena Garrido-Lecca (1980, Lima, Peru) e Yuko Mohri (1980, Kanagawa, Japão). Simultaneamente à mostra, trabalhos de Antonio Dias e Joan Jonas também poderão ser vistos no MAM SP e na Estação Pinacoteca, respectivamente, em mostras individuais que integram a rede de parcerias institucionais da 34ª Bienal.
Além disso, até fevereiro de 2021, seis outros artistas agora anunciados integram as ações que dão continuidade à programação digital inédita concebida pela Fundação Bienal após a decisão de adiar para 2021 a mostra principal da 34ª Bienal de São Paulo: Jaune Quick-to-see (1940, Montana, EUA), Lydia Ourahmane (1992, Saïda, Argélia), Naomi Rincon Gallardo (1979, Carolina do Norte, EUA), Sebastián Calfuqueo Aliste (1991, Santiago, Chile), Sung Tieu (1987, Vietnã) e Uýra Sodoma (1991, Santarém, Pará). A programação e participantes de março a agosto de 2021 serão divulgados oportunamente. Para saber mais sobre essa sobre a programação digital e a exposição Vento, entre na landing page A Bienal tá on.
Sobre Vento
A exposição, que inaugura a dinâmica de organização das obras ao redor de enunciados (objetos com histórias complexas que sugerem leituras multifacetadas), é intitulada a partir do filme Wind [Vento] (1968), de Joan Jonas. No filme, a artista norte-americana registrou os esforços de um grupo de performers para executar uma coreografia na praia de Long Island, em Nova York, em um dos dias mais frios de 1968. De acordo com Jacopo Crivelli Visconti, curador geral da 34ª Bienal, “O filme não retrata apenas a performance, ele retrata o vento: o papel dos dançarinos, nesse sentido, é tornar o vento visível. Às vezes é preciso colocar algo no vazio para que ele se revele cheio de coisas que não podemos tocar ou ver. Já havíamos decidido exibir esta obra na exposição coletiva da 34ª Bienal (e ela poderá ser vista novamente pelo público no ano que vem), mas agora, no contexto em que vivemos, ela ganhou muitas novas camadas de leitura e interpretação possíveis”.
Um dos aspectos mais marcantes desta exposição é a sua montagem: para a mostra, ao contrário do habitual, não será construída nenhuma parede expositiva e a arquitetura do Pavilhão Ciccillo Matarazzo ficará em seu estado natural, acolhendo as obras diretamente, sem elementos que possam criar uma mediação entre a escala humana dos trabalhos e as dimensões monumentais do Pavilhão. Ao incluir, em grande parte, obras desmaterializadas (em áudio ou vídeo), a exposição busca ressaltar uma sensação de espaço e distância que raramente pode ser experimentada pelo público nas exposições e eventos realizados no edifício.
O formato dialoga com o momento atual tanto por ter sido concebido como uma maneira de facilitar o distanciamento social quanto por suas motivações conceituais: “a distância entre os trabalhos convida o público a olhar não apenas para as obras, mas também para o espaço entre elas, e a ler nesse gesto uma ressonância poética da necessidade de se afastar dos outros e do mundo. Ao mesmo tempo, confiar que poucas obras irão preencher um espaço tão grande é apostar na capacidade da arte de reverberar infinitamente, o que a torna uma ferramenta insubstituível para enfrentar e superar momentos sombrios como os que vivemos”, explica Crivelli Visconti.
A relação entre visto e não visto, material e imaterial também se faz presente na apresentação da performance de Paulo Nazareth [A] LA FLEUR DE LA PEAU [A] A FLOR DA PELE] (2020), inédita no Brasil. Como forma de marcar a abertura da exposição sem, no entanto, gerar aglomerações, a performance será realizada no Pavilhão fechado no dia 13 (sexta), às 18h e transmitida ao vivo pelo Instagram da Fundação Bienal. Na obra, pessoas não brancas perfuram um saco de farinha de trigo e reorganizam o pó branco na forma de círculos pela varredura, problematizando, de forma simbólica, relações coloniais de poder, tanto pelos gestos e corpos em cena quanto pela alusão aos diversos significados e usos atribuídos ao círculo (e à geometria) por diferentes sistemas de conhecimento, ocidentais e orientais. A partir do dia seguinte, o público poderá ver, no espaço, o resíduo da ação dos performers, que se transformará ao longo do período expositivo pela ação das correntes de ar do interior do Pavilhão.
Como mencionado acima, outro aspecto a ser ressaltado nesta etapa da Bienal é o fato de que ela inaugura a dinâmica de organização das obras ao redor de enunciados, objetos com histórias complexas que sugerem leituras multifacetadas, a qual será expandida na mostra coletiva de 2021. Em Vento, a curadoria recorre a dois desses enunciados para criar ressonâncias e ecos: o Sino de Ouro Preto (já apresentado na publicação educativa desta edição, Primeiros ensaios) e os cantos tikmũ’ũn.
Representado na exposição por um vídeo inédito comissionado pela Fundação Bienal, o Sino de Ouro Preto, fundido na Alemanha em 1750, localiza-se no campanário da Capela de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Brancos, mais conhecida como Capela do Padre Faria, em Ouro Preto (MG). Em 21 de abril de 1792, data da execução de Tiradentes, o principal líder da Inconfidência Mineira, esse sino foi o único da colônia a tocar, em aberta contravenção à ordem oficial que proibia qualquer homenagem ao apontado inimigo da coroa portuguesa. Com a independência do Brasil e a proclamação da República, o mártir mineiro foi declarado herói nacional e o sino que o homenageou passou a ser considerado um símbolo da luta pela independência, a tal ponto que em 1960, noutro 21 de abril, foi levado a Brasília, içado ao lado da cruz usada na primeira missa no Brasil e tocado na inauguração da nova capital. Em Vento, serão agrupadas ao redor da imagem do sino e, ocasionalmente banhadas por seu som, obras criadas em épocas e lugares distintos que aludem ao retorno, como tragédia ou como farsa, de momentos sombrios e à necessidade de opor a eles, de forma literal ou simbólica, ideias, corpos e cantos.
Em sua primeira aparição no âmbito da 34ª Bienal, gravações de alguns cantos rituais tikmũ’ũn serão incorporadas à exposição para servir de contraponto poético e catalisador simbólico para um conjunto de obras que têm entre seus disparadores uma reflexão sobre a memória. Os Tikmũ’ũn, ou Maxakali, são um povo indígena originário de uma região compreendida entre os atuais estados de Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo. Após inúmeros episódios de violências e abusos, recorrentes desde a época colonial, os Tikmũ’ũn chegaram a beirar a extinção nos anos 1940 e, forçados a abandonar suas terras ancestrais para sobreviver, estão hoje divididos em aldeias distribuídas no Vale do Mucuri (MG). Os cantos organizam a vida nas aldeias, envolvendo sua rica cosmologia – constituindo quase um índice de todos os elementos que estão presentes em suas vidas, como plantas, animais, lugares e objetos. Grande parte desses cantos é executada coletivamente e, muitas vezes, são destinados à cura. O ato de cantar se torna, entre os Tikmũ’ũn, parte integral da vida, porque é por meio do canto que se preservam as memórias e se constitui a comunidade.
34ª Bienal de São Paulo – Faz escuro mas eu canto
Exposição Vento
14 de novembro a 13 de dezembro de 2020
performance de Paulo Nazareth [A] LA FLEUR DE LA PEAU [A] A FLOR DA PELE] em 13 de novembro, às 18h, pelo Instagram @bienalsaopaulo
Visitação mediante agendamento (a partir de 11/11/20 pelo site 34.bienal.org.br)
qua, sex, sáb, dom, 11h – 19h; qui, 11h – 20h
*o horário das 11h-12h tem como público prioritário idosos e pessoas em grupo de risco
Pavilhão Ciccillo Matarazzo, Parque Ibirapuera
Entrada gratuita
Exposição Faz escuro mas eu canto
4 de setembro a 5 de dezembro de 2021
Pavilhão Ciccillo Matarazzo, Parque Ibirapuera
Entrada gratuita
Equipe curatorial
Curador geral: Jacopo Crivelli Visconti
Curador adjunto: Paulo Miyada
Curadores convidados: Carla Zaccagnini, Francesco Stocchi e Ruth Estévez
Editora convidada: Elvira Dyangani Ose, em colaboração com The Showroom, London
O título da 34ª Bienal de São Paulo, Faz escuro mas eu canto, é um verso do poeta Thiago de Mello.
Inaugurada no dia 12 de março, no SESC Sorocaba, a primeira exposição individual do Estudio Guto Requena, intitulada Entre bits, átomos e afetos, teve sua programação suspensa poucos dias após a abertura em função da pandemia mundial da Covid-19. Agora, a partir de 27 de outubro, a mostra reabre ao público com projetos emblemáticos e premiados e também com uma obra de arte interativa inédita. Com um tom de retrospectiva, a exposição tem curadoria do próprio Estudio e explora a tecnologia como recurso para aproximar pessoas e gerar empatia.
Precursor em um campo até então inabitado no design brasileiro, o arquiteto e designer Guto Requena é um investigador da tecnologia, empatia e afetividade. Constantes em sua trajetória, os temas o tornaram reconhecido e premiado por projetos sensíveis traduzidos pela complexidade de softwares. “Movido por uma incessante curiosidade e disponibilidade para o novo, Guto Requena decifra a complexidade do mundo atual e a traduz em seus projetos”, comenta Adélia Borges, crítica convidada para escrever o texto expográfico. Para ela, o arquiteto tem uma destreza para estabelecer vínculos entre objeto e público. “Ao dar forma a memórias, sensações e sentimentos em seus projetos, Guto favorece a interação com o usuário e incentiva ciclos de vida longa – um contraponto à descartabilidade dos dias atuais”, completa Adélia.
Os projetos que integram a mostra são aqueles mais emblemáticos na carreira do Estudio Guto Requena, entre peças de design e instalações – uma delas, a cadeira Noize, que tem como referência as formas da icônica cadeira Girafa, da ítalo-brasileira Lina Bo Bardi. “A Girafa é a minha peça de design preferida e, a partir de seu desenho, concebi uma versão digital feita por impressão 3D com interferências estéticas extraídas de ruídos urbanos captados no centro de São Paulo”, conta Guto.
Um experimento de design, ciência e tecnologia deu origem ao LOVE PROJECT, que transforma emoções captadas em objetos do cotidiano. As histórias de amor, de caráter íntimo e pessoal, são extraídas por meio de sensores e os dados coletados dão forma às peças de design. O conceito de sustentabilidade afetiva é o mote do projeto, que insere o público final no processo de criação e desmistifica o uso de tecnologias numéricas.
Emoções e empatia originaram também a coleção de vasos de cristal Era uma vez, criada a partir de um registro de fábulas contadas pela avó de Guto durante sua infância. As peças são resultado da interpretação dos arquivos de áudio e, suas curvas, marcam o drama narrativo dos contos. Entre as instalações que integram a exposição, destaca-se Estímulos Emocionais, obra imersiva inédita que convida os visitantes a se conectarem uns com os outros, buscando estimular a empatia. Com a ajuda de sensores de frequência cardíaca e de ondas cerebrais, os dados de biofeedback emocional dos participantes são coletados e projetados em uma mesa redonda. Dessa forma, o projeto oferece uma arquitetura performativa ativada em tempo real, que provoca reflexões sobre a qualidade das nossas conexões, trocas e afetos com as pessoas e a cidade que habitamos.
Também será remontada para a exposição a obra Empatias Mapeadas, outra instalação imersiva interativa do Estudio Guto Requena, com produção e montagem da GTM Cenografia, anteriormente apresentada na inauguração do SESC Paulista, em São Paulo. “Pesquisando definições sobre empatia, li: ‘Empatia é sentir com o coração do outro’. Na minha busca sobre como mesclar novas tecnologias digitais a emoções surgiu o desejo de criar uma obra imersiva que convidasse as pessoas a se desconectarem e, por alguns instantes, se conectarem ao outro, ao visitante desconhecido sentado ao lado”, finaliza Guto.
Sobre o Estudio
O Estudio Guto Requena reflete sobre memória, cultura e poéticas narrativas nas diferentes escalas do design, como objetos, espaços e cidades. O Estudio se divide em quatro núcleos de projeto: Núcleo de Arquitetura, onde criam interiores, cenografias e edifícios. Núcleo de Produto, em que desenham objetos e mobiliário. Núcleo de Comunicação e Mídias, desenvolvendo programas para TV e web, consultorias, livros, palestras e eventos. E, finalmente, o Núcleo Juntxs – Laboratório para Estudos de Empatia, Design e Tecnologia, em que concebem instalações imersivas e experiências interativas. O que conecta todos os projetos do Estudio Guto Requena é seu desejo em investigar design e tecnologias digitais de modo emocional, para estimular a empatia e o coletivo. Sua grande paixão está em hibridar o analógico ao virtual.
Guto Requena, nascido em 1979 em Sorocaba, graduou-se em Arquitetura e Urbanismo em 2003, na USP – Universidade de São Paulo. Durante nove anos foi pesquisador do NOMADS.USP – Centro de Estudos de Habitares Interativos da Universidade de São Paulo. Em 2007, obteve o seu mestrado na mesma Universidade com a dissertação Habitar Híbrido: Interatividade e Experiência na Era da Cibercultura.
Em 2008, Guto fundou o Estúdio Guto Requena. Desde então, recebeu diversos prêmios, palestrou e expôs em mais de 20 países. Entre 2012 e 2015, foi colunista de design, arquitetura e urbanismo no jornal Folha de São Paulo, além de colaborar com diversas revistas. Desde 2011, Guto cria, roteiriza e apresenta séries para TV, Web e cinema.
Serviço:
Entre bits, átomos e afetos
Período expositivo: 27 de outubro de 2020 a 31 de dezembro de 2020.
Horário de funcionamento: terças a sextas, das 16h às 20h, sábados das 10h às 14h
Local: SESC Sorocaba – Rua Barão de Piratinga, 555, Jardim Faculdade – Espaço de Exposições
Telefone: (15) 3332-9933
Desde o início de julho, o pórtico de entrada principal e o passadiço de acesso às arquibancadas sociais do Jockey Club de São Paulo estão passando por um minucioso processo de restauro. A principal diferença entre o restauro e uma reforma comum é que no restauro os profissionais precisam estudar e conhecer profundamente como era o projeto original do prédio, buscando assim a fidelidade da obra no momento em que a mesma foi tombada pelas entidades de proteção do patrimônio histórico e arquitetônico.
Por essa especificidade do trabalho, o Jockey decidiu permitir que o público possa visitar o canteiro de obras e conhecer o que tem sido feito para restaurar o complexo de edifícios do hipódromo. “Muitas pessoas perguntam se temos imagens de como o Jockey Club ficará depois do restauro. A resposta é que ele deverá ficar exatamente igual ao que é hoje, só que novo”, explica Wolney Unes, diretor da Elysium Sociedade Cultural, entidade responsável pelo projeto de restauro.
Nesta fase da obra, os restauradores já removeram todas as esquadrias enferrujadas e passaram as peças por diferentes técnicas de retirada da oxidação. “Este primeiro momento ainda era complicado para permitir visitas por conta dos andaimes, mas agora que as esquadrias foram recolocadas, estudantes de arquitetura, engenharia, história e, é claro, todo e qualquer cidadão paulistano, são bem-vindos para vir até aqui e visitar as obras”, completa Unes.
Todos os visitantes recebem capacetes e óculos. Não é permitida a entrada de pessoas trajando chinelos ou calçados que não cubram o pé inteiro. Caso queira fazer uma visita em grupo, o visitante pode agendar um horário por meio do site www.restaurojockeysp.com.br/agende-sua-visita/ segundo a disponibilidade de guias para acompanhar o grupo.
Jockey Club de São Paulo
Av. Lineu de Paula Machado, 1263 – Cidade Jardim – São Paulo/SP
Horário de visitas: de quinta a sábado, das 10h às 17h. Devido às obras, entrada apenas pelo estacionamento tanto para carros quanto pedestres, na Rua Dr. José de Queiroz, s/nº.
Sobre o Jockey Club de São Paulo
Fundado em 14 de março de 1875 sob o nome de Club de Corridas Paulistano, ainda no bairro da Mooca, o Jockey Club de São Paulo se mudou para o Hipódromo Cidade Jardim em 1941, onde hoje ocupa uma área de 600 mil m² às margens do Rio Pinheiros, na cidade de São Paulo. O clube é aberto ao público e oferece atrações como corridas de cavalo, eventos, restaurantes, bares e áreas de caminhada.
O projeto arquitetônico do Jockey Club de São Paulo foi feito pelo brasileiro Elisário Bahiana, sendo mais tarde alterado pelo arquiteto francês Henri Sajous. Atualmente, o Jockey Club de São Paulo passa por um processo de completo restauro de suas instalações, tombadas pelo patrimônio histórico.
Para iniciar as celebrações de fim de ano, o Eataly traz de volta Le Settimane Gastronomiche. Serão duas semanas dedicadas a entradas e sobremesas icônicas dos restaurantes por preços atrativos e workshops exclusivos no Instagram com chefs que fazem parte da família Eataly.
A primeira semana, de 2 a 8 de novembro, vai contar com entradas selecionadas nos restaurantes por R$15. No Pasta & Pizza, a receita escolhida foi a Panzanella, uma salada de pão com cebola, tomates, azeite extravirgem, vinagre e manjericão. No Bistecca, o cliente poderá degustar o Vitelo Tonnato, um prato típico do Piemonte preparado com lâminas de carne cozida em baixa temperatura e molho à base de atum, alcaparras e anchovas. No Brace, o saboroso Baccalà Mantecato, um bacalhau cremoso com azeite, salsinha e limão siciliano, servido sobre crostini de pão rústico, promete agradar os fãs da iguaria. Por último, na Trattoria, a entrada escolhida para a primeira semana foi a Insalata di Mare, que leva mix de folhas, cenoura, salsão, lula e azeitonas. Em todos os restaurantes, além das entradas, o Tiramisú foi a sobremesa escolhida para ação e sai por R$10.
De 9 a 15 de novembro, a seleção de entradas e sobremesa muda, mas os valores permanecem. No Pasta & Pizza, a Bruschetta Pomodoro é a receita participante. No Bistecca, o Carpaccio clássico com molho de mostarda e Grana Padano é a opção perfeita para os apaixonados por carne. No Brace, é a vez da Caponata Siciliana e crostini e, na Trattoria, será possível degustar a famosa Insalata Caprese. Para a segunda semana, a sobremesa escolhida foi o Cannoli, de diferentes sabores. As entradas disponíveis no Brace durante a Settimane Gastronomiche também estarão disponíveis para delivery no Ifood pelo mesmo valor.
O evento também vai contar com uma série de workshops ministrados por chefs renomados, como o chef-executivo do Eataly, José Barattino, e Paolo Lavezzini, que já esteve à frente do Fasano Al Mare, no Fasano Rio de Janeiro, e Neto, do Four Seasons São Paulo. Eles acontecerão em formato de lives no Instagram do Eataly e os chefs vão ensinar a reproduzir as receitas disponíveis na Settimane Gastronomiche.
Programação de lives no Instagram @eatalybr:
2/11 – 18h – Camilla Gaspari ensina a clássica Panzanella
4/11 – 18h – Luis Vilela – Caprese com gelato especial
5/11 – 18h – Vanessa Zenke ensina o clássico Vitelo Tonnato
6/11 – 18h – Luana Castro ensina: Tiramisú clássico
7/11 – 11h – Ana Soares ensina sua versão do prato clássico Panzanela
7/11 – 17h – Lorenzo Ravioli ensina sua versão do prato clássico Vitelo Tonatto
8/11 – 11h – Renato Caironi ensina sua versão do prato clássico Baccalà Mantecato
8/11 – 17h – Rodrigo Ensfield ensina sua versão do prato clássico Insalata di Mare
9/11 – 18h – Camilla Gaspari ensina a clássica Caponata siciliana
10/11 – 18h – José Barattino ensina o clássico Baccalà mantecato
11/11 – 18h – Luis Vilela – Cannoli
12/11 – 18h – Thiago Saldiva ensina o clássico Carpaccio
13/11 – 18h – Luana Castro ensina a clássica Insalata Caprese
14/11 – 11h – Paolo Lavezzini ensina sua versão do prato clássico Insalata Caprese
14/11 – 17h – Giovanna Perroni ensina sua versão do prato clássico Bruschetta Pomodoro
15/11 – 11h – Henrique Schoendorfer ensina sua versão do prato clássico Carpaccio.
Eataly
Endereço: Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 1489 – São Paulo/SP
Telefone: (11) 3279-3300
Instagram: @eatalybr
Delivery através do Ifood
Horário de funcionamento:
Pasta & Pizza
Segunda a sexta, 12h às 16h e 19h às 23h – Fechamento da porta às 22h
Sábado e domingo, 12h às 23h – Fechamento da porta às 22h
Brace Bar e Griglia
Sexta – 12h às 16h – fechamento das portas às 15h | 19h às 23h – fechamento das portas às 22h
Sábado – 12h às 17h – fechamento das portas às 16h | 19h às 23h – fechamento das portas às 22h
Domingo – 12h às 19h – fechamento das portas às 18h
Bistecca
Terça das 12h às 16h (fechamento da porta às 15h)
Quarta a sexta das 12h às 16h | das 19h às 23h (fechamento da porta às 15h e às 22h)
Sábado das 12h às 17h | das 19h às 23h (fechamento da porta às 16h e às 22h)
Domingo das 12h às 19h (fechamento da porta às 18h)
Trattoria
Sexta a domingo das 12h às 19h (fechamento da porta às 18h).