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Centro Teatral e Etc e Tal comemora 30 anos com temporada popular no Rio de Janeiro

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Alvaro Assad e Márcio Moura em ‘Esperando Beltrano’. Foto: Levi Leonardo.

Os 30 anos de sucesso de uma companhia de teatro podem ser projetados pela qualidade do texto e encenação, a grandeza de repertório, pelos prêmios recebidos e, claro, pelo público fiel que a acompanha. O Etc e Tal soma a tudo isso também a arte gestual e mais de três milhões de espectadores pelas mais de 160 cidades por onde levou o seu trabalho, colocando na conta países como Argentina, Paraguai, Alemanha, Dinamarca, França e Portugal. E para celebrar esta longevidade artística, Marcio Moura e Álvaro Assad (mímicos, atores, diretores) voltam ao Rio de Janeiro, cidade onde tudo começou, com o projeto de 30 anos, sob as vertentes que consagraram a Cia: espetáculos com a marcante arte da mímica acompanhada da pantomima literária e do humor. ‘Esperando Beltrano’ (último espetáculo adulto) e ‘Victor James – o menino que virou robô de videogame’ (infantil) aterrissam no Teatro Glauce Rocha (Centro) para apresentações especiais de 28 de setembro a 20 de outubro. Haverá programação com sessões acessíveis e intérprete de Libras. O projeto é contemplado pelo Prêmio Funarte Aberta 2024.

Depois de receber o Prêmio do Humor Fábio Porchat em 2023, onde o destaque foi a montagem ‘Esperando Beltrano’, indicada em todas as categorias, além do prêmio especial pelos 30 anos, a Cia vem comemorando na estrada esta trajetória com apresentações pelo Brasil, e agora no Rio de Janeiro. “É uma comemoração tripla. Dupla temporada de espetáculos adulto e infantil e, claro, o encontro com o público carioca. Viajamos muito e estar no Rio de Janeiro, cidade sede da companhia fundada em 1993, é gratificante. Atravessamos três décadas de trajetória laureada de prêmios nacionais e internacionais e 10 espetáculos em repertório ativo”, comenta Álvaro Assad.

“O humor das cenas mesclando as palavras e o vigor das cenas físicas são características do Etc e Tal e de ambos os espetáculos e, claro, os temas são mais que significantes para o atual momento”, explica Márcio Moura. Do espetáculo adulto, que permeia comicidade com cenas que mergulham no olhar sobre o tempo e a ancestralidade dos atores, ao espetáculo infantil, que aborda a crescente relação da tecnologia com presente no cotidiano de todos nós (da infância a qualquer idade), a plateia conhecerá a técnica que se tornou marca registrada do Etc e Tal: a narração simultânea a ação em mímica que denominam de ‘Pantomima Literária’.

Esperando Beltrano – espetáculo adulto

Alvaro Assad. Foto: Levi Leonardo.

Vencedor em 2023 do “Prêmio Especial pelos 30 Anos de Humor com Teatro Gestual” pelo Prêmio do Humor Fábio Porchat e indicado a todas as categorias (Melhor Performance Alvaro Assad, Melhor Performance Marcio Moura, Melhor Texto, Melhor Direção, Melhor Espetáculo e Prêmio Especial).

Escrito pelos atores e mímicos Alvaro Assad e Marcio Moura, o espetáculo coloca o fator ‘tempo’ como norte e revisita de forma ácida o universo do teatro contemporâneo, com doses de histrionismo e virtuosismo físico e gestual – apresenta a comicidade na busca das diversas e inusitadas linguagens, da narração histriônica ao silêncio do gesto.

Os personagens atravessam o tempo rasgando literalmente a metalinguagem teatral, cena, figurinos, adereços, luz, música e cenário. O que acontece se atores envelhecem 200 anos? Há quanto tempo o tempo dura? Histórias sobre o tempo e as relações entremeadas dos personagens (artistas) com o tempo fazem parte do enredo – com ambos envelhecendo no palco, ao vivo, ao adotarem o visagismo de Cleber de Oliveira como uma das cenas mais centrais do espetáculo. Caracterizados, resgatam Ancestralidade traçada nas histórias paralelas das memórias e relatos de suas bisavós.

Atores que se encontram em escombros de um tablado de teatro e com ele configuram a troca cênica do surreal. O que fazer, falar e para onde ir? E falar é necessário? Completando 30 anos em 2023, estas perguntas sugerem como a Companhia trata hoje a questão do tempo, questões que seguram o espetáculo e são trazidas à tona pela pantomima – que é lugar de pesquisa milenar no teatro gestual e marca registrada dos espetáculos do grupo.

Quem é Beltrano que Alvaro Assad e Marcio Moura esperam? Ou o que é? A resposta é uníssona: o absurdo da mímica dialoga com o teatro do absurdo, desde sempre.

Esperando Beltrano resume em cinco atos a esfera trabalhada pela companhia ao longo do tempo:

Prólogo (Prólogo é um termo originalmente usado na tragédia grega para a parte anterior à entrada do coro e da orquestra, na qual se enuncia o tema da peça. Tornou-se também sinônimo de prefácio, preâmbulo, proémio, prelúdio e prormônio. Tornou-se prática comum nas peças dos séculos XVII e XVIII, geralmente em verso);

Pantomima Literária – a técnica e característica cômica que carimbou o grupo como linguagem cênica nas últimas 3 (três) décadas, com narração simultânea a ação em mímica;

Teatro Narrativo ou Teatro Documentário – com histórias verdadeiras e colocadas no tablado de forma crua e direta;

Pantomima Clássica – histórias clássicas sem palavras, recriada com o humor do grupo e sua virtuose física e

Pantomima com Biombo – cenas pantomímicas em que o público assiste somente parte do corpo dos atores, dando a eles o poder de imaginar aquilo que não está visível. Seja o chão ou sua ausência.

FICHA TÉCNICA

Concepção Cênica e Texto Original: Alvaro Assad e Marcio Moura

Atuação: Alvaro Assad e Marcio Moura

Direção e Preparação Mímica: Alvaro Assad

Música Original: Rodrigo Lima

Figurinos: Fernanda Sabino

Visagismo (maquiagem, cabelos e próteses): Cleber de Oliveira

Desenho de Luz: Aurélio Oliosi

Programação Visual: Hannah23

Adereços: Arise Assad

Prótese dentária: Marcia Laura Fonseca

Montagem e Contra Regragem : Levi Leonardo

Produção Executiva: Lu Altman

Fotografias: Levi Leonardo e Celso Pacheco

Comunicação: Alexandre Aquino e Cláudia Tisato

Agradecimentos “sem palavras” e pelas palavras em ordem: Rodrigo Lima, Claudio Carneiro, Flávia Reis, Cleber de Oliveira, Lúcia Cerrone, Júlio Adrião, Rosiris Garrido e Alê Casali

Duração: 70 min

Classificação etária: 12 anos

Gênero: Humor Lírico e Ácido

Victor James – O Menino que Virou Robô de Videogame

Victor James – o menino que virou robô de videogame. Foto: Mariana Rocha.

Espetáculo infantil adaptado do livro-poema de Paulinho Tapajós Victor James o menino que virou robô de vídeo game, a peça aborda, de forma cada vez mais atual, a temática dos limites da tecnologia e a relação das crianças com o mundo virtual, apresentando Victor, um menino que passa seus dias em frente à tela, jogando sem limites.

O espetáculo é um verdadeiro jogo teatral com narração, mímica e desenhos projetados, seja na trilha sonora composta em harmonia com a movimentação dos atores, seja nos figurinos ilustrados em seus corpos, seja nos objetos em cena e na iluminação que se desenha no palco. O efeito ilusório da mímica chega ao imaginário do público por meio de diferentes personagens e formas geométricas que se constroem no espaço. A comicidade característica do grupo é focada na relação entre o personagem e o narrador que conduz a história, fazendo o pequeno espectador acompanhar os passos de Victor James em sua incursão pelos jogos, quando este se transforma em um de seus personagens virtuais no dia de seu aniversário.

História baseada em um garoto que passa seus dias em frente a um jogo de videogame, negando café, almoço, jantar, hora de banho e de estudar. Sonhando com as sensações de ter aqueles poderes (mal sabia ele…), até que finalmente Victor se transforma em um dos seus bonecos/robôs, indo viver experiências nada agradáveis dentro da prisão que é uma tela de computador. Sentindo na própria pele o que seus bonecos virtuais sentem, ele começa finalmente a descobrir limites.

FICHA TÉCNICA

Criação e Produção || Centro Teatral e Etc e Tal

Atuação: Alvaro Assad e Marcio Moura

Direção e Preparação Mímica: Alvaro Assad

Figurinos: Fernanda Sabino

Desenho de Luz: Aurélio Oliosi

Música Original: Joaquim de Paula

Visagismo: Cleber de Oliveira

Fotografias: Mariana Rocha

Ambientação Cênica: Etc e Tal

Montagem Cênica: Levi Leonardo

Comunicação: Alexandre Aquino e Cláudia Tisato

Texto: adaptado por Alvaro Assad do livro de Paulo Tapajós

Classificação: livre

Duração: 45 minutos.

Sobre o Etc e Tal https://linktr.ee/cia_etcetal

Companhia carioca de repertório fundada em 1993, desenvolve pesquisa artística calcada na tríade Teatro-Mímica-Humor. Compõem o repertório permanente os espetáculos ‘Fulano e Sicrano’ (adulto), ‘Victor James’ (infantil), ‘Onipotência do Sonho’, ‘O Macaco e a Boneca de Piche’ (infantil), ‘no buraco’ (adulto), ‘¿Branca de Neve?’ (infanto-juvenil), ‘Draguinho – Diferente de todos parecido com ninguém’ (infantil), ‘O Maior Menor Espetáculo da Terra’ (infantil), ‘João o alfaiate – um herói inusitado’ (infantil) e o mais recente ‘Esperando Beltrano’ (adulto).

Além de oficinas, palestras e produções, participou de turnês e mostras de teatro internacionais (Alemanha, Dinamarca, França, Portugal, Argentina e Paraguai) e nacionais. Anualmente o grupo realiza temporadas e digressões pelas mais diferentes cidades do Brasil e tem representado o país em diversos Encontros e Festivais de Teatro Mímica, Novo Circo e Comicidade na América Latina e Europa. “O Etc e Tal foi fundado em 1993 e tem um repertório de 10 espetáculos, que são revisitados em cena com esse panorama de espetáculos para todos os públicos. Um encontro com a plateia carioca que tanto esperávamos para comemorar, refletir e gargalhar”, diz Assad, responsável pela direção e a preparação mímica.

Os espetáculos apresentam a comicidade na busca das diversas e inusitadas linguagens do Etc e Tal. Do teatro do absurdo às histórias narradas, da comicidade sem palavra ao inusitado do bufão, do lirismo à reflexão (leia-se as raízes de cada um dos atores/personagens). “Independentemente de quem ou que, o convite é a experiência para onde vamos no teatro e sua experiência ao vivo e efêmera”, define Assad.

Serviço:

Victor James – O Menino que Virou Robô de Videogame (espetáculo infantil)

Temporada: 28 de setembro a 20 de outubro de 2024

Sábados e Domingos às 16h

Espetáculo infantil – Classificação: Livre

Local: Teatro Glauce Rocha – Av. Rio Branco, 179 (em frente metrô Carioca)

Ingresso: R$30 / R$15 meia (na bilheteria e pelo Sympla)

Telefone: (21) 2220-0259

Capacidade: 204 lugares.

Serviço:

Esperando Beltrano (espetáculo adulto)

Temporada: 28 de setembro a 20 de outubro de 2024

Sex/sab às 19h e domingo, às 18h

Espetáculo adulto – Classificação 12 anos

Local: Teatro Glauce Rocha – Av. Rio Branco, 179 (em frente metrô Carioca)

Ingressos: R$40 inteira / R$20 meia (na bilheteria e pelo Sympla)

Telefone: (21) 2220-0259

Capacidade: 204 lugares.

(Fonte: Com Alexandre Aquino Assessoria de imprensa)

Nos 60 anos do golpe militar, Grupo Pandora leva espetáculo sobre a temática para o Centro Cultural São Paulo

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Mandy Barbosa.

Nos dias 3, 4, 10 e 11 de outubro de 2024 – quintas e sextas-feiras – às 20h, o Grupo Pandora de Teatro (@grupopandoradeteatro) realiza apresentações da temporada de reestreia do espetáculo ‘Comum’ no CCSP – Centro Cultural São Paulo, que fica na Rua Vergueiro, 1000, Liberdade, São Paulo (SP), ao lado da Estação Vergueiro do Metrô. Os ingressos custam R$20,00 e podem ser adquiridos na bilheteria do teatro ou acessando o site https://centrocultural.sp.gov.br/bilheteria-ccsp/.

A temporada faz parte das comemorações de 20 anos do Grupo Pandora de Teatro e marcam também os 60 do golpe militar, que ocorreu em 1º de abril de 1964 quando forças conservadoras, elites empresariais e Forças Armadas deram um golpe de Estado que levou o Brasil a uma ditadura de 21 anos. Um regime que matou e torturou milhares de pessoas, suprimiu movimentos populares e projetos políticos que buscavam um Brasil mais justo e que faz parte de um passado que insiste em se fazer presente no país até hoje.

O Grupo Pandora traz para o palco do Centro Cultural São Paulo o espetáculo ‘Comum’, que tem como eixo norteador o período ditatorial brasileiro e a descoberta (em 1990) de uma grande vala clandestina localizada no Cemitério Dom Bosco, no bairro Perus, Zona Noroeste de São Paulo. No local, foram encontradas mais de mil ossadas de corpos humanos posteriormente identificadas como pertencentes a diversos desaparecidos políticos e cidadãos mortos pela violência da ditadura militar.

Foto: Mandy Barbosa.

A descoberta desta vala clandestina, a maior do país até o momento, foi apresentada ao mundo como um dos muitos crimes cometidos pelo regime surgido com o golpe de estado de 1964 e marcou profundamente a história do bairro de Perus, trazendo a crueldade da ditadura militar à tona e desencadeando um processo de busca pela verdade sem precedentes no país.

As ações são do projeto Pandora 20 Anos – Firmeza Permanente, contemplado na 41° Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura. Informações: www.grupopandoradeteatro.com.br, www.facebook.com/grupopandora.deteatro e www.instagram.com/grupopandoradeteatro.

Ficha Técnica – Comum

Criação: Grupo Pandora de Teatro. Texto e direção: Lucas Vitorino. Elenco: Caroline Alves, Cristian Montini, Rodolfo Vetore, Thalita Duarte e Wellington Candido. Figurino: Thais Mukai. Design de luz e músico: Elves Ferreira. Operação de Luz: Gui Sensei. Edição de Vídeo: Filipe Dias. Cenografia: Lucas Vitorino e Thalita Duarte. Cenotecnia: Eprom Eventos e Luis Fernando Soares. Operação de Vídeo: Lucas Vitorino.  Treinamento corporal: Rodolfo Vetore. Preparação corpo e voz: Paula Klein. Assessoria de Imprensa: Luciana Gandelini. Produção: Thalita Duarte.

Serviço:

Espetáculo ‘Comum’, com Grupo Pandora de Teatro

Sinopse: Inspirado na descoberta da vala clandestina do Cemitério Dom Bosco no bairro de Perus em 1990. Um jovem em busca de informações sobre o desaparecimento de seus pais, dois coveiros envolvidos com a criação da vala e uma estudante que se aproxima do ativismo político. 1970/1990 épocas distintas se entrelaçam e evidenciam causas e consequências.

Duração: 100 minutos

Classificação indicativa: 12 anos

Quando: 3, 4, 10 e 11 de outubro de 2024 | Horários: quintas e sextas-feiras, às 20h

Onde: Centro Cultural São Paulo (Sala Jardel Filho) – Endereço: Rua Vergueiro, 1000 – Liberdade, São Paulo – SP

Ingressos: R$20,00 – As reservas podem ser feitas no site https://centrocultural.sp.gov.br/bilheteria-ccsp/ ou pessoalmente na Bilheteria do CCSP

Capacidade: 330 lugares

Acessibilidade: A estrutura do prédio conta com elevadores, rampas de acesso e piso tátil

Não possui estacionamento.

(Fonte: Com Luciana Gandelini Assessoria de Imprensa)

[Artigo de opinião]: Controle das queimadas exige combate ao desmatamento ilegal e incentivo ao uso sustentável da terra

Brasil, por Kleber Patricio

Amazônia teve a maior quantidade de focos de incêndio em agosto de 2024. Na foto, brigadistas do Ibama combatem fogo na região. Foto: Vinicius Mendonça/Ibama.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por Débora Joana Dutra e Liana O. Anderson — O Brasil enfrenta uma grave crise ambiental devido à seca extrema e a incêndios florestais. Praticamente todo o país está em alerta para queimadas, cujos impactos se intensificarão ao longo deste ano gerando grandes prejuízos socioeconômicos e ambientais. Entre 1º e 29 de agosto de 2024, 2.074.252 ocorrências de calor foram registradas pelo Inpe — 57,49% do total anual. Diante disso, são urgentes medidas para responder aos eventos e prevenir novos incidentes.

A distribuição dos incêndios é alarmante: a Amazônia concentra a maioria das ocorrências de fogo em agosto, com 1.214.385 registros – 58,55% do total. Isso é grave porque o bioma é importante para a regulação do clima e preservação da biodiversidade, além de ser casa para cerca de 20 milhões de brasileiros.

Outros biomas também estão queimando de forma intensa. O Cerrado, importante para os ciclos hidrológicos, teve 113.855 ocorrências de incêndios (26,60%), e a Mata Atlântica e o Pantanal tiveram 5,49% e 7,96% dos registros em agosto. Mato Grosso, Pará e Amazonas concentram 60,9% dessas ocorrências, com 491.788, 441.702 e 331.557 casos de incêndio, respectivamente. São Paulo, com um aumento recente nas queimadas, ocupa a nona posição com 71.390 registros. As previsões da probabilidade de queimadas e incêndios para o trimestre setembro-novembro apontam que existem 746 Áreas protegidas na América do Sul e 563 municípios do Brasil em níveis altos de alerta, sugerindo que a situação ainda deve manter-se crítica nos próximos meses.

Os incêndios causam impactos profundos, como a destruição da vegetação nativa, a perda da biodiversidade e o aumento das emissões de gases de efeito estufa. Além disso, eles prejudicam a economia, a saúde e o bem-estar da população, pois provocam deterioração da qualidade do ar, perdas na produção agrícola, cancelamento de atividades ao ar livre e aumento nos custos com saúde pública e combate a incêndios.

As causas dos incêndios são diversas e incluem desmatamento ilegal, grilagem de terras, exploração madeireira, expansão agropecuária descontrolada, vandalismo e ameaça às populações tradicionais. Em resposta a esse cenário, a Lei nº 14.944, sancionada em julho de 2024, criou a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, que busca reduzir os impactos dos incêndios através de ações coordenadas, como o uso controlado do fogo e o fortalecimento das capacidades de resposta. No entanto, é preciso ir além do manejo do fogo.

Uma abordagem integrada pode ajudar, o que inclui investir em ações de reforço da fiscalização contra o desmatamento ilegal, o incentivo a práticas agrícolas de uso sustentável da terra e a estruturação de capacidades de prevenção e resposta em propriedades rurais e áreas protegidas. A participação das comunidades locais e o respeito aos conhecimentos tradicionais são essenciais para uma gestão eficaz dos recursos naturais em um clima em transformação, onde será preciso desenvolver novos métodos para lidar com a ameaça crescente dos incêndios.

A implementação eficaz da lei, o estabelecimento de brigadas florestais especializadas e de ações de educação ambiental são passos importantes, mas é vital também abordar as causas dos incêndios. Compreendê-las e traçar medidas de enfrentamento podem ajudar a evitar que o que estamos vivendo em 2024 se repita.

Sobre as autoras:

Débora Joana Dutra é engenheira ambiental, sanitarista e doutoranda em Sensoriamento Remoto do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Liana O. Anderson é bióloga, pesquisadora do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI).

(Fonte: Agência Bori | Os artigos de opinião publicados não refletem, necessariamente, a opinião da Agência Bori ou do canal Kleber Patricio Online)

Escola de Música abre vagas para ensino inclusivo

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Foto: SJ Objio/Unsplash.

A Escola de Música da Orquestra Sinfônica de Indaiatuba (EMOSI) está com inscrições abertas para aulas de Violino do Projeto Música Interior,  que é voltado ao ensino musical inclusivo. Ao todo serão oferecidas 10 vagas por meio de cadastro prévio para pessoas com deficiência visual e outras 10 direcionadas à instituição Somos do Bem.

As aulas acontecerão duas vezes por semana no período matutino no núcleo da Associação dos Deficientes Visuais de Indaiatuba (ADVI), que funciona nas dependências da Faculdade Anhanguera. Horários e dias da semana serão definidos de acordo com a disponibilidade dos alunos e professores. Os interessados têm até 29 de setembro para se inscrever acessando o formulário aqui. Além de ser morador de Indaiatuba, os critérios de seleção incluem ordem de inscrição, faixa etária (a partir de 9 anos de idade) e quantidade de vagas oferecidas. Já as inscrições destinadas a Somos do Bem seguirá o processo de seleção da própria instituição.

O Projeto Música Interior é um programa de formação musical inclusivo para pessoas com deficiência que residam no município de Indaiatuba (SP), é mantido pelo repasse de valores decorrentes de uma condenação por dano moral coletivo pela Justiça do Trabalho de Indaiatuba em cooperação com o Ministério Público do Trabalho em Campinas e realizado por intermédio da Escola de Música da Orquestra Sinfônica de Indaiatuba (Emosi).

Sua proposta é promover o desenvolvimento pessoal e criativo dos alunos sensibilizando a sociedade sobre capacidade e talento no campo musical de pessoas com deficiência. Além disso, visa criar um ambiente seguro e acessível, possibilitando uma participação ativa na formação e produção musical com potencial para atuação profissional. Mais informações pelo WhatsApp (19) 97151-1150 ou pelo e-mail secretaria.osindaiatuba@gmail.com.

Sobre a Amoji | A Associação Mantenedora da Orquestra de Indaiatuba (Amoji) é responsável pela manutenção da Orquestra Sinfônica de Indaiatuba, que vem se destacando por sua intensa atuação na divulgação e popularização da música orquestral. Realizando, anualmente, mais de uma dezena de concertos gratuitos com participação de músicos do município de Indaiatuba (SP) e solistas de renome. Também promove o Encontro Musical de Indaiatuba (EMIn), que reúne uma série de concertos com grupos artísticos da Região Metropolitana de Campinas (RMC), além de masterclasses abertos para estudantes de música de todo país.

A Associação também é responsável por gerir e administrar a Escola de Música da Orquestra Sinfônica de Indaiatuba (Emosi) e a Orquestra Jovem de Indaiatuba (OJI). Ambas viabilizam a muitos jovens instrumentistas da cidade e região oportunidade de desenvolvimento técnico e artístico, por meio de aulas gratuitas de instrumentos musicais, além de participarem dos ensaios e apresentações da Orquestra Jovem.

Serviço:
Projeto Música Interior – Curso Violino
Idade: a partir de 9 anos
Horário das aulas: matutino
Local: Associação dos Deficientes Visuais de Indaiatuba (ADVI) – Rua Cláudio Dal Canton, 89 – Cidade Nova II – Indaiatuba (SP)
Período de inscrição: 10 a 29 de setembro

Site  | Instagram  | Facebook.

(Fonte: Com Samanta De Martino/Armazém da Notícia)

Festival Bariloche a la Carta comemora uma década de inovação da gastronomia Patagônica

Bariloche, por Kleber Patricio

BALC oferece o melhor da gastronomia. Divulgação.

De 4 a 13 de outubro de 2024, Bariloche será o centro da gastronomia com a 10ª edição do Bariloche a la Carta (BALC), o maior evento de gastronomia da Patagônia. Com mais de 70 restaurantes, bares e cervejarias participantes, o evento oferecerá menus exclusivos com descontos especiais, proporcionando uma verdadeira experiência gourmet acessível a todos os visitantes. Organizado pela Associação Empresarial Hoteleira Gastronômica de Bariloche com apoio do Emprotur e patrocínio do Banco Patagonia e Remax, o evento deste ano promete uma edição inesquecível.

O tema, Olhando para o Futuro, destacará as novas tendências culinárias com foco em técnicas inovadoras e práticas sustentáveis que estão transformando o setor. Os visitantes poderão vivenciar a riqueza dos sabores locais, experimentar pratos criativos e participar de uma série de atividades.

Principais atrações do Bariloche a la Carta

Circuito gastronômico: ao longo de uma semana, bares, restaurantes e cervejarias de Bariloche oferecerão menus especiais com descontos de até 30%. Para aproveitar os benefícios, basta adquirir o cartão BALC, que garante 20% de desconto em todos os estabelecimentos participantes. Além disso, clientes do Banco Patagonia poderão acumular mais 10% de desconto, totalizando até 30% de economia.

Descontos nas estadias: as acomodações da cidade estão oferecendo descontos especiais para as datas de 4 a 13 de outubro. Para quem deseja praticidade, os pacotes podem incluir jantares Menu BALC, que estão nos estabelecimentos do festival.

Concurso melhor prato BALC: o público e um júri especializado escolherão os melhores pratos nas categorias de entrada, prato principal, sobremesa e cerveja artesanal. As criações devem refletir a identidade regional, valorizando os ingredientes típicos da Patagônia.

Feira gastronômica BALC: realizada de 10 a 13 de outubro no Centro Cívico de Bariloche, a feira contará com mais de 100 expositores, oferecendo uma seleção de produtos regionais como queijos, embutidos, vinhos, doces artesanais e muito mais. O evento também terá um espaço dedicado à inovação gastronômica, com demonstrações ao vivo e degustações.

Aulas magnas: durante a feira, grandes chefs compartilharão suas visões sobre o futuro da gastronomia, com aulas focadas em técnicas criativas e práticas sustentáveis. Serão abordados temas como a reinvenção da cozinha regional e o uso de ingredientes inovadores.

Jantares especiais: chefs renomados de toda a Argentina trarão sua criatividade para as cozinhas locais, criando menus exclusivos em colaboração com os restaurantes da cidade. Essa troca culinária proporcionará uma verdadeira fusão entre a gastronomia regional e nacional.

Comemorando 10 anos: o legado e o futuro do BALC

Bariloche a La Carta. Foto: Divulgação.

O Bariloche a la Carta chega a uma década de existência, consolidando-se como um dos eventos gastronômicos mais importantes da Argentina. Mais do que uma celebração, esta edição marca o início de uma nova fase, olhando para o futuro com o compromisso de promover a inovação e a sustentabilidade no cenário culinário da Patagônia. “Esse festival é de grande importância para nós. Desde sua criação, o BALC tem sido a conexão entre produtores, chefs e apreciadores da boa comida, ajudando a colocar Bariloche no mapa gastronômico internacional. Os próximos 10 anos prometem trazer ainda mais crescimento e reconhecimento”, reforça Ezequiel Barberis, vice-presidente da Emprotur no Brasil.

Para conhecer mais detalhes e participar dessa celebração, que reúne o melhor da culinária, acessar os menus e garantir seus descontos, visite barilochealacarta.com/el-circuito.

Para mais informações de Bariloche:

Site em português: Bariloche – Sitio Web Oficial de Turismo

Instagram em português: @barilochebrasil

Facebook em português: @BarilochePatagoniaBR

Site em espanhol: barilocheturismo.gob.ar

Instagram em espanhol: @barilochear

Sobre a Emprotur Bariloche | A Emprotur é uma entidade mista responsável pelo fomento e promoção turística de Bariloche, um dos destinos mais requisitados da Argentina. A cidade abriga o centro de esqui mais desenvolvido da América do Sul, o Cerro Catedral, além do Cerro Campanário, considerado o oitavo lugar na lista das melhores vistas do mundo, segundo a National Geographic, e outros pontos turísticos ideais para a contemplação, como o Cerro Otto e o lago Nahuel Huapi. Bariloche é a capital nacional do turismo de aventuras, possuindo opções para a prática dos esportes de neve e de outras modalidades, como mountain bike, rafting, navegação e trekking. Localizada na região da Patagônia argentina, também é internacionalmente reconhecida pela produção de chocolates e cervejas artesanais.

(Fonte: Com Patrícia Trindade/MAPA360)