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CULTSP PRO abre concurso de grafite para o Edifício Oswald de Andrade

São Paulo, por Kleber Patricio

Fachada do Edifício Oswald de Andrade. Foto: Divulgação.

O CULTSP PRO – Escolas de Profissionais da Cultura acaba de lançar um concurso para selecionar um artista ou coletivo que realizará um grafite em um dos muros externos do Edifício Oswald de Andrade, marco cultural de São Paulo. Promovida pela Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas e gerida pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), a iniciativa busca incentivar a arte urbana e valorizar os espaços públicos da cidade. As inscrições estão abertas até o dia 10 de novembro e podem ser feitas pelo link http://bit.ly/48oFAbU.

A proposta vencedora deve apresentar uma criação artística original e realizar a obra no local, contribuindo para o embelezamento urbano. O edital completo, com as diretrizes de submissão, está disponível para download no site do CULTSP PRO. O resultado será divulgado no dia 14 de novembro. A iniciativa reforça o compromisso da instituição com a promoção da arte urbana e o apoio a talentos emergentes, abrindo espaço para intervenções criativas que dialoguem com o ambiente urbano.

O CULTSP PRO – Escolas de Profissionais da Cultura está se posicionando como o maior programa de formação e qualificação voltado aos setores culturais e criativos do país. A proposta visa proporcionar oportunidades inéditas de crescimento e aperfeiçoamento para trabalhadores que atuam nos diversos segmentos da cadeia produtiva da cultura, preparando tanto novos talentos quanto aprimorando as competências daqueles que já estão no mercado.

Escolas temáticas

Os cursos do CULTSP PRO estão organizados em seis escolas temáticas focadas em áreas da cultura e economia criativa. A Escola de Artes abrange performance artística e capacitação técnica em cenografia e produção musical. A Escola de Patrimônios e Equipamentos foca na gestão e preservação do patrimônio cultural, oferecendo cursos em curadoria e gestão de museus. A Escola do Audiovisual, Games e Tecnologias oferece capacitação em produção audiovisual e criação de games, enquanto a Escola de Conteúdo, Design e Artes Visuais foca na formação em design gráfico e fotografia. A Escola de Tradições e Expressões Criativas qualifica em gastronomia e moda sustentável e a Escola de Inovação e Sustentabilidade enfoca empreendedorismo e projetos culturais inovadores. Já o Programa Qualificação em Artes: Dança e Teatro busca aprimorar grupos artísticos e valorizar as culturas regionais.

Em 2024, mais de 500 atividades formativas e complementares terão sido realizadas, impactando diretamente mais de 10 mil pessoas em todas as regiões do Estado. A partir de 2025, serão mais de 2.300 atividades por ano e a previsão é chegar a 2029 com mais de 10 mil atividades pactuadas e condicionadas, beneficiando mais de 500 mil pessoas em todo o território estadual.

Na capital, as atividades ocorrem predominantemente no Edifício Oswald de Andrade. No interior, elas se expandem por uma ampla rede de espaços físicos, graças a parcerias com empresas, prefeituras, universidades e equipamentos culturais.

Serviço:

Concurso para obra de grafite no Edifício Oswald de Andrade

Inscrições: 29/10/2024 até 10/11/2024

Edital completo: https://www.cultsppro.org.br/rede-pro

Formulário de inscrição: http://bit.ly/48oFAbU

Divulgação dos resultados: 14 de novembro.

(Com Larissa Canuto/IGB)

Orquestra Parassinfônica de São Paulo abre edital com 49 vagas

São Paulo, por Kleber Patricio

Integrantes das temporadas anteriores celebram passagem e novas conquistas. Foto: Divulgação.

A Orquestra Parassinfônica de São Paulo (Opesp), uma iniciativa inédita de inclusão social por meio da música clássica, anuncia a abertura de seu edital para a Temporada 2025. Serão selecionados 49 músicos, sendo 40% das vagas exclusivas para pessoas com deficiência (PCD). As inscrições estarão abertas de 30 de outubro a 16 de novembro de 2024 pelo site oficial da orquestra. Os músicos interessados e com experiência musical podem concorrer a vagas em cordas (violino, viola, violoncelo, contrabaixo), madeiras (flauta, oboé, clarinete, fagote), metais (trompete, trompa, trombone) ou percussão (incluindo tímpanos).

Jornada de sucesso

A Orquestra Parassinfônica de São Paulo (Opesp) foi idealizada pelo produtor cultural Igor Cayres e fundada em 2022 com o objetivo de promover a inclusão social por meio da música clássica. Desde então, o projeto reúne músicos com e sem deficiência e já se apresentou em espaços de grande prestígio, como a Sala São Paulo e o Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Em reconhecimento ao seu impacto, a Opesp conquistou o Prêmio Governo do Estado de São Paulo para as Artes na categoria Inclusão, Diversidade e Acesso à Cultura, o Prêmio Concerto 2023, na categoria Inovação – votação do público e realizou mais de uma dezena de apresentações, consolidando seu papel como um importante espaço de inclusão artística no Brasil.

A semente da Opesp tem dado frutos. A exemplo, a solista Caroline Brito, após sua temporada com a Opesp, foi convidada a participar de um comercial para as Paraolimpíadas. “Meu desejo é justamente que a Opesp não seja um fim, mas uma ferramenta para dar confiança e visibilidade a esses músicos para que sigam em voos solos ainda mais altos”, comenta Igor Cayres.

Com um cronograma de aulas e ensaios coordenados pela pianista e professora Aída Machado e sob a regência do Maestro Marcos Arakaki, a Opesp oferece bolsas de estudo e uma oportunidade única de desenvolvimento musical. “A Opesp é mais que uma orquestra – é um projeto de transformação social por meio da música. Desde o início, nosso objetivo foi abrir espaço para que músicos com deficiência pudessem expressar seu talento em um ambiente de excelência artística. Ao longo desses anos, vimos o impacto que a música tem na vida dessas pessoas e na sociedade como um todo e é emocionante acompanhar o crescimento e a superação de cada um deles”, afirma Aída Machado, coordenadora pedagógica da Opesp.

O processo 2024 contará com a seleção de 49 músicos para integrar o corpo artístico da orquestra, além dos suplentes. Os músicos selecionados receberão uma ajuda de custo mensal durante o período de ensaios e apresentações. A temporada 2025 incluirá pelo menos três grandes concertos, com apresentações no Rio de Janeiro e em São Paulo.

A Opesp é uma realização da Associação Orquestra Parassinfônica de São Paulo e do Ministério da Cultura, com o patrocínio da John Deere e Mercado Livre por meio da Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal. O projeto, idealizado por Igor Cayres, visa promover a inclusão e a promoção das capacidades de músicos com deficiência oferecendo-lhes um espaço de destaque no cenário da música clássica.

Cronograma

Inscrições: 30 de outubro a 16 de novembro de 2024

Resultado da pré-seleção: 3 de dezembro de 2024

Audições presenciais em São Paulo: 5 e 6 de dezembro de 2024

Resultado final: 13 de dezembro de 2024

Como participar: Os interessados devem acessar o site oficial da Opesp para ler o edital e preencher o formulário de inscrição.

(Com Annete Morhy/Agência Prioriza)

Cinco patrimônios mundiais em extinção que vale a pena conhecer para proteger

Terra, por Kleber Patricio

Atualmente, mais de trinta patrimônios mundiais correm risco de desaparecer devido a fatores como guerras, turismo descontrolado, mudanças climáticas, desmatamento, poluição, caça ilegal, abandono, entre outros. Por isso, é fundamental trabalhar na conscientização para garantir sua preservação. Com esse foco, a Civitatis destaca a importância da proteção e conservação desses locais, divulgando uma lista de patrimônios mundiais que estão gravemente ameaçados e entre os mais valorizados pelos turistas. “Nossa missão é convidar os viajantes a explorar esses tesouros de grande valor para a humanidade e a serem parte ativa em sua preservação antes que seja tarde demais”, comenta Alexandre Oliveira, country manager da Civitatis no Brasil. Estes são os cinco patrimônios mundiais em extinção mais valorizados pelos viajantes para conhecer, descobrir e contribuir para a sua proteção:

Floresta Amazônica, América do Sul

Floresta Amazônica. Fotos: Reprodução/Civitatis.

Considerada o ‘pulmão do mundo’, a Amazônia é um dos ecossistemas mais importantes e também mais ameaçados do planeta. Com uma área de mais de 7 milhões de quilômetros quadrados, sofre com a rápida perda de biodiversidade devido ao desmatamento e à exploração ilegal de recursos naturais. Com as excursões da Civitatis, os viajantes podem explorar o coração da floresta e conhecer de perto os esforços locais para reduzir seu desgaste.

Ilhas Galápagos, Equador
Famosas por inspirar a teoria da evolução de Darwin, as Ilhas Galápagos abrigam espécies únicas, encontradas somente ali. Porém, o aumento do turismo desregulado e a introdução de espécies invasoras ameaçam esse ecossistema frágil. Na região, a Civitatis oferece tours pensados para que os visitantes apreciem a riqueza natural das ilhas, ao mesmo tempo que participam de atividades sustentáveis que contribuem para proteger esse santuário.

Veneza, Itália
Conhecida como a ‘cidade dos canais’, Veneza enfrenta desafios sem precedentes devido ao aumento do nível do mar e à superlotação turística. A plataforma oferece tours que não apenas mostram os encantos da cidade, mas também conscientizam os visitantes sobre os problemas atuais e as iniciativas para garantir o seu futuro.

Grande Barreira de Coral, Austrália
Diversos recifes de corais do mundo estão sob ameaça por conta do aquecimento dos oceanos e da acidificação da água. Um dos mais emblemáticos é a Grande Barreira de Coral australiana, onde a Civitatis oferece expedições de mergulho e snorkel para que os viajantes possam observar de perto esses ecossistemas e serem incentivados a ajudar em sua preservação.

Chan Chan, Peru
O sítio arqueológico de Chan Chan é um dos patrimônios mundiais em perigo, devido à sua vulnerabilidade diante de fatores naturais e humanos. Nesse local, a Civitatis oferece diversos tours para explorar essa cidade pré-colombiana de adobe, construída pelos chimús e reconhecida como a maior da América e do mundo. Por meio dessas visitas, os viajantes podem entender a importância de preservar esse legado histórico.

Sobre a Civitatis | A Civitatis é a principal plataforma online de visitas guiadas, excursões e atividades em português nos principais destinos do mundo, com mais de 90.000 atividades em 4.000 destinos de 160 países.
(Com Ananda Saori/Civitatis)

‘Overcoming Gravity’: Techne Sphere Leipzig apresenta desenhos originais da arquiteta Lina Bo Bardi e objetos de vidro de Veronika Kellndorfer

Leipzig, Alemanha, por Kleber Patricio

Esfera de concreto e vidro projetada por Oscar Niemeyer em 2011 no complexo industrial Techne Sphere Leipzig, na Alemanha. Foto: Margret Hoppe/Sebastian Stumpf.

Com o título Overcoming Gravity, a Techne Sphere Leipzig expõe, a partir de 9 de novembro de 2024, desenhos originais da arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi, além de objetos de vidro e fotografias da artista alemã Veronika Kellndorfer que dialogam com a obra de Bo Bardi. A mostra acontece sob o patrocínio da Embaixada do Brasil em Berlim e em parceria com o Instituto Lina Bo e P. M. Bardi de São Paulo e a Fundação Tchoban, Museu de Desenho de Arquitetura em Berlim.

Quarenta desenhos originais de Lina Bo Bardi são apresentados destacando sua abordagem única e seu processo criativo. A exibição inclui esboços de seis de suas obras mais icônicas no Brasil: Casa de Vidro, Solar do Unhão, MASP, Museu de Arte de São Paulo, Teatro Oficina, SESC Pompeia e Casa do Benin. As obras de Bo Bardi, que revelam sua preferência por materiais como vidro e concreto, fazem parte do modernismo arquitetônico brasileiro. Os desenhos, principalmente coloridos, demonstram sua visão poética e livre na criação de arquiteturas como obras de arte total. No mezanino do espaço de exposição, Veronika Kellndorfer apresenta serigrafias em vidro reflexivo, frutos de sua pesquisa fotográfica sobre Lina Bo Bardi. As peças de grande formato são exibidas de forma independente no espaço criando sobreposições entre formas orgânicas e arquitetônicas, entre obra e ambiente, bem como entre reflexão e transparência.

Casa de Vidro. Foto: @veronikakellndorfer.

A exposição reflete o efeito de leveza presente na arquitetura de Lina Bo Bardi e nos trabalhos de Veronika Kellndorfer, com um diálogo ideal com a Sphere de Oscar Niemeyer, incitando o público a explorar a leveza de formas no espaço, na arquitetura e nas artes visuais.

A visão inovadora de Lina Bo Bardi também se reflete nas peças de mobiliário que ela projetou, caracterizadas por elegância e funcionalidade. Três de suas icônicas cadeiras — Bolas de Latão, Tripé e a cadeira de balanço — foram reeditadas com autorização do Instituto Bardi e são produzidos pela empresa brasileira ETEL design complementando a exposição.

Esfera de concreto e vidro projetada por Oscar Niemeyer em 2011 no complexo industrial Techne Sphere Leipzig, na Alemanha. Foto: @tillmann_franzen.

Lina Bo Bardi (1914–1992), nascida Achillina di Enrico Bo em Roma, emigrou para o Brasil em 1946 com seu marido, Pietro Maria Bardi. O auge de seu reconhecimento veio em 2021, quando foi homenageada postumamente com o Leão de Ouro pela Bienal de Arquitetura de Veneza em celebração à sua obra. Em 2024, na 60ª Bienal Internacional de Veneza, suas obras também foram expostas. Lina Bo Bardi via a arquitetura como uma obra de arte completa, expressão que aparece em seus desenhos de forma poética, lúdica e natural. Em sua arquitetura, ela criou uma fusão entre estrutura e leveza; suas construções icônicas, como a Casa de Vidro, o Museu de Arte de São Paulo (MASP) e o SESC Pompeia, parecem flutuar no espaço apesar de suas estruturas imponentes. Com o uso de espaços abertos, elementos de vidro e estruturas de concreto, ela criou lugares que, apesar de sua presença física, aparentam leveza visual.

Assim, Bo Bardi construiu um diálogo entre o edifício e seu entorno, criando uma relação contínua entre natureza, pessoas e espaço. Suas obras são espaços de socialização projetados para promover o potencial social e cultural da arquitetura na sociedade. Um exemplo de sua abordagem radical e inovadora à arquitetura de museus e apresentação de arte são os suportes de concreto, os cavaletes de cristal que ela projetou para o MASP que possibilitam uma apresentação livre das pinturas. Como se estivessem flutuando no espaço, as obras parecem suspensas — um efeito que redefine tanto a importância das obras de arte quanto o papel do espectador.

MASP – Museu de Arte de São Paulo. Foto: Divulgação.

Veronika Kellndorfer (*1962) explora, como artista visual, há mais de dez anos, a memória cultural da sociedade brasileira por meio de suas arquiteturas. Na sua exposição individual de 2015 na Casa de Vidro, Kellndorfer posicionou suas obras em vidro sobre os suportes de concreto de Lina Bo Bardi criando um efeito flutuante das peças no espaço. Essa apresentação se reflete nos vidros interagindo com a luz e refletindo o ambiente, dissolvendo a linha entre realidade e reflexão. A publicação Wild Windows é dedicada aos projetos brasileiros de Veronika Kellndorfer. Foi lançada em 2023 pela Spector Books. www.spectorbooks.com/book/veronika-kellndorfer-wild-windows.

Veronika estudou pintura e história da arte, em 1982, na Universidade de Artes Aplicadas de Viena e, de 1983 a 1990, na Universidade de Artes de Berlim. Atualmente, ela vive e trabalha em Berlim. www.kellndorfer.com

Lina Bo Bardi, Casa de Vidro, vista e perspectiva, caneta esferográfica sem data. Instituto Lina Bo e P. M. Bardi, Morumbi, Sao Paulo, BR.

Tereza de Arruda é historiadora de arte e curadora, vivendo desde 1989 entre São Paulo, Brasil, e Berlim, Alemanha. Como curadora, atua na Europa, América do Sul, Estados Unidos e Ásia, tendo organizado exposições monográficas para artistas como Lina Bo Bardi, Veronika Kellndorfer, Ilya e Emilia Kabakov, Chiharu Shiota, Sigmar Polke, Yang Shaobin e Clemens Krauss, além de exposições internacionais em torno de temas socioculturais. Como curadora convidada ou cocuradora, colabora com eventos como a Bienal de Havana, Cuba; a Bienal Internacional de Curitiba, Brasil; a Bienal Internacional de Arte Cerâmica em Jingdezhen, China; e a Kunsthalle Rostock. www.p-arte.com

A Techne Sphere Leipzig inclui a Niemeyer Sphere, concebida pelo arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer (1907–2012). A ideia surgiu a partir de uma carta enviada por Ludwig Koehne, fundador da Techne Sphere Leipzig, que propôs Leipzig como local para o projeto. Pouco tempo depois, nasceu a ideia de um edifício em forma de torre com uma esfera no topo. Em estreita colaboração com Jair Valera, diretor do escritório de Oscar Niemeyer, a construção da esfera foi concluída em 2020.

Lina Bo Bardi, MASP – Museu de Arte de São Paulo, perspectiva do edifício com explicação dos pórticos e da subestrutura (ca.1957-1968). Instituto Lina Bo e P. M. Bardi, Morumbi, Sao Paulo, BR.

A transparência da cúpula de vidro confere à esfera uma qualidade imaterial, criando um sentido de atemporalidade e leveza ao interagir com o céu e a arquitetura ao redor. A galeria de arte ao lado e o histórico Halle 9 no terreno industrial oferecem espaço para exposições de artistas internacionais, cujas obras exploram as relações entre arte, espaço e arquitetura. www.technesphere.de

O Instituto Lina Bo e P. M. Bardi, conhecido como Instituto Bardi/Casa de Vidro, foi fundado pelo casal Pietro e Lina em 1990 para promover o estudo e a pesquisa nas áreas de arquitetura, design, urbanismo e arte no Brasil. A Casa de Vidro, a primeira construção da arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi e residência dos Bardi por mais de 40 anos, tornou-se ícone da arquitetura moderna, representando de forma atemporal o pensamento inovador e o estilo de vida do casal: simples, engajado, diversificado e cheio de beleza. Projetada por Lina Bo Bardi em 1950 e tombada como patrimônio histórico em 1987, a Casa de Vidro abriga atualmente a sede do Instituto, além da coleção do casal. www.institutobardi.org.br/en/

Serviço:

Data: De 9 de novembro de 2024 a 26 de janeiro de 2025

Horários de visitação: Sábados e domingos, das 15h às 18h

Curadora: Tereza de Arruda

Arquitetura da exposição: Ludwig Koehne.

(Com Uiara Andrade/Agência Catu)

Espaço de Arte M. Mizahri apresenta exposição ‘Quimeras – 100 anos do Surrealismo’

São Paulo, por Kleber Patricio

Natalia – obra de Octavio Araújo.

No centenário do surrealismo, o Espaço Arte M. Mizrahi apresenta a exposição coletiva Quimeras – 100 anos do Surrealismo, uma jornada que explora as profundezas do imaginário e do inconsciente em um contexto contemporâneo. Sob curadoria de Jurandy Valença, a mostra reúne um conjunto de 54 obras, entre pinturas, gravuras, desenhos, esculturas e fotografias de 18 reconhecidos artistas nacionais e internacionais que oferecem diferentes interpretações do surrealismo e suas influências persistentes nas artes e na literatura.

O Surrealismo, fundado por André Breton em 1924, revolucionou a forma como o inconsciente e a imaginação eram abordados nas artes. Inspirado por elementos do romantismo e caracterizado pela ênfase no poético e no onírico, o movimento foi, acima de tudo, uma rebelião contra os padrões conservadores de sua época. O surrealismo não só redefiniu os contornos da arte, mas também impactou profundamente o pensamento filosófico e cultural, ao destacar o papel da imaginação e da fantasia na construção da realidade.

Walter Lewy.

Valença observa que o surrealismo ainda mantém uma força emancipada e provocadora, mesmo um século após sua origem. Segundo o curador, “o surrealismo, mais do que um movimento histórico, é uma forma de ver o mundo que resiste ao tempo e desafia o espectador a questionar as próprias noções de realidade. Ao selecionar as obras, buscamos não só a representação tradicional do movimento, mas também como ele reverbera nas expressões e interpretações artísticas de hoje“.

Na exposição, figuras como o alemão Walter Lewy, que se manteve fiel ao surrealismo até o fim da vida, e brasileiros como Flávio de Carvalho e Mário Gruber, que criaram universos que transcendem o comum, estão ao lado de nomes como Regina Silveira e Cildo Meireles, cujas obras estabelecem diálogos menos evidentes, mas significativos com o movimento. Também presentes estão os brasileiros Octávio Ferreira de Araújo, com cenas que evocam mistério e magia, e Marcello Grassmann, que explora figuras mitológicas e combina o humano e o animal. A mostra aborda a questão da representatividade feminina no surrealismo, reconhecendo que o movimento foi historicamente misógino. No entanto, propõe um olhar crítico sobre essa questão explorando como o surrealismo, apesar de suas limitações, contribuiu para discussões sobre identidade e subjetividade.

Zero Real – obra de Cildo Meirelles.

A exposição Quimeras – 100 anos do surrealismo convida o público a refletir sobre a atemporalidade do surrealismo e sua capacidade de transcender fronteiras culturais e temporais, expandindo os limites da percepção e da interpretação artística. Ao explorar como o imaginário e o inconsciente seguem vivos e desafiadores na produção artística contemporânea, a mostra reafirma o surrealismo não apenas como um marco histórico, mas como um movimento em constante transformação, que continua a inspirar novas gerações de artistas e a ressoar profundamente nas sensibilidades atuais.

Serviço:

Exposição Quimeras – 100 anos do surrealismo

Artistas: Alejandro Lloret, Cildo Meireles, Flávio de Carvalho, Marcello Grassmann, Mario Gruber, Octávio de Araújo, Regina Silveira, Roberto Magalhães, Sonia Menna Barreto, Vik Muniz, Walter Lewy, Wifredo Lam, Juarez Machado, Vito Campanella, Leon Ferrari, Fernando Cardoso, Inos Corradin, Victor Brecheret

Curadoria: Jurandy Valença

Abertura: 9 de novembro, sábado, às 11h

Período: 11 de novembro a 14 de dezembro de 2024

Local: Espaço Arte M Mizrahi – Rua Peixoto Gomide 1757, Jardim Paulista, São Paulo – SP

Tel.: +55 (11) 3826-3957 || +55 (11) 94105-8449

Horário de visitação: segunda à sexta-feira, das 10h às 19h | sábado, das 10h às 16h

Entrada gratuita.

(Com Silvia Balady/Balady Comunicação)