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Fiocruz anuncia acordo para produção de vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Crédito da foto: Ana Limp.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) firmará acordo com a biofarmacêutica AstraZeneca para compra de lotes e transferência de tecnologia da vacina para Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford. O acordo será resultado da cooperação entre o governo brasileiro e a biofarmacêutica, anunciado neste sábado (27/6) pelo Ministério da Saúde.

Trata-se de uma encomenda tecnológica em que a instituição adquire o produto antes do término dos ensaios clínicos previstos, em função do movimento global de mobilização e para aquisição de vacinas. O acordo com a biofarmacêutica prevê duas etapas de produção. A primeira consiste na produção de 30,4 milhões de doses antes do término dos ensaios clínicos, o que representaria 15% do quantitativo necessário para a população brasileira, ao custo de 127 milhões de dólares. O investimento inclui não apenas os lotes de vacinas, mas também a transferência de tecnologia para que a produção possa ser completamente internalizada e nacional. “A produção dessa vacina é mais uma importante iniciativa da Fiocruz, que, combinada a outras ações, poderá contribuir para o enfrentamento da pandemia de Covid-19. Como instituição estratégica do Estado brasileiro, carregamos 120 anos de experiência e atuação na saúde pública. Num momento como esse, de emergência sanitária, já temos uma infraestrutura robusta e com capacidade produtiva para incorporar novas tecnologias e introduzir novas vacinas rapidamente no Sistema Único de Saúde (SUS). Isso é resultado direto desse acúmulo e de todo o investimento que se fez na Fiocruz nos últimos anos, especialmente na atualização de seu parque tecnológico”, destaca a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima.

A expectativa da AstraZenica é de que um primeiro lote, com 15,2 milhões de doses, possa ser produzido até dezembro de 2020 e outro lote, com as 15,2 milhões de doses restantes, possa ser entregue em janeiro de 2021. Após essa produção, ainda seriam necessárias etapas de registro e validação antes de uma possível distribuição.

Nesse momento, a Fiocruz já teria capacidade de executar todo o processamento final da vacina a partir do recebimento do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) da AstraZeneca, contemplando as etapas de formulação, envase, rotulagem, embalagem e controle de qualidade. Em paralelo, a Fundação deverá fazer as adequações necessárias em suas instalações para incorporar a produção do IFA, de modo a se tornar autossuficiente em todas as fases do processo. A previsão é de que a incorporação completa do IFA possa ser concluída nos primeiros meses de 2021.

Ao término dos ensaios clínicos e com a eficácia da vacina comprovada, o acordo prevê uma segunda etapa, com a produção de mais 70 milhões de doses, ao preço de custo de 2,30 dólares por dose. “Caso a vacina se mostre realmente eficaz, por sermos uma referência na região e termos larga capacidade produtiva, o acordo com a AstraZenica ainda nos coloca a possiblidade de sermos responsáveis pelo fornecimento da vacina para a América Latina”, acrescenta a presidente da Fiocruz.

Por designação do Ministério da Saúde, como a instituição com capacidade de avaliar tecnologias, a Fiocruz vem realizando análises prospectivas de diversos projetos de vacinas que estão sendo desenvolvidos pelo mundo nos últimos meses, considerando também os riscos associados a cada uma delas. “Nosso foco tem sido em vacinas em estágio mais avançado, com potencial tecnológico para atender às demandas do Ministério da Saúde e que utilizem plataformas que possam vir a ser reaproveitadas para outras emergências. A vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford atende a esses critérios. Isso significa que, como não estamos apenas comprando os lotes de vacinas e sim internalizando a produção, caso ela não se mostre eficaz após os ensaios clínicos, ainda assim poderemos aproveitar essas novas plataformas tecnológicas adquiridas e aprimoradas para outras linhas de produção”, comenta o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger.

40 milhões de doses mensais

A Fiocruz tem capacidade de atuar imediatamente nas etapas de formulação e processamento final da vacina por meio de seu Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), podendo chegar a produção de 40 milhões de doses mensais sem prejudicar qualquer outra linha de produção atual, considerando a estrutura já instalada e o aumento da produtividade, calculado por meio do estabelecimento de novos turnos de trabalho e do rearranjo das atividades produtivas.

Segundo o diretor de Bio-Manguinhos, Mauricio Zuma, “o estabelecimento do acordo pelo governo brasileiro é fundamental para garantir a disponibilidade de doses para o país tão logo se chegue ao registro da vacina. E Bio-Manguinhos possui competência tecnológica e capacidade industrial para abastecer o SUS rapidamente e incorporar a tecnologia, de modo a garantir a soberania nacional em relação a este imunobiológico essencial para o combate à pandemia”.

A vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford foi desenvolvida através da plataforma tecnológica de vírus não replicante (a partir do adenovírus de chimpanzé, obtém-se um adenovírus geneticamente modificado por meio da inserção do gene que codifica a proteína S do vírus SARS-COV-2). Embora seja baseada uma nova tecnologia, esta mesma plataforma já foi testada anteriormente para outras doenças, como, por exemplo, nos surtos de ebola e MERS (síndrome respiratória do Oriente Médio causada por outro tipo de coronavírus), e é semelhante a outras plataformas de Bio-Manguinhos/Fiocruz, o que facilita a sua implantação em tempo reduzido.

Atualmente, a instituição atende às demandas do Programa Nacional de Imunização (PNI/MS) com o fornecimento de 7 vacinas, que imunizam contra 8 doenças – febre amarela, pneumonia, poliomielite, rotavírus, sarampo, caxumba, rubéola e varicela.

Vacina está em estudo no Brasil

Considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um dos projetos mais promissores até o momento, a vacina está em fase 3 dos ensaios clínicos, que é a última etapa de testes em seres humanos para determinar sua segurança e eficácia.

Estudos preliminares das fases 1 e 2 demostraram que a vacina apresenta respostas imunológicas promissoras. Na fase 3, a vacina tem sido testada em diversos países. No Brasil, o protocolo prevê 2 mil participantes recrutados em São Paulo, pela Universidade Federal do Estado de São Paulo (Unifesp) e, no Rio de Janeiro, pelo Instituto D’Or. O estudo avalia o chamado “esquema vacinal”: um grupo recebe uma dose da vacina e outro recebe duas doses, sendo a segunda dose administrada 4 semanas após a primeira. O estudo deve ser ampliado no Brasil para 5.000 participantes. Há uma expectativa de que já haja resultados preliminares dessa fase em outubro ou novembro deste ano.

Especialistas avaliam que a realização de estudos clínicos no país será muito importante para determinar a eficácia da vacina na população brasileira. “A população brasileira tem caraterísticas próprias e temos avançado muito na pesquisa clínica. É importante testarmos as vacinas considerando tanto as variações genéticas da nossa população, como as variantes de vírus que têm circulado no país. Isso vai nos garantir uma segurança muito maior do que se tivéssemos incorporando uma vacina testada em outras condições e com outro perfil de população”, comenta Krieger.

Desenvolvimento de vacina nacional

A Fiocruz atua também em outras iniciativas na busca por um imunizante, como em seus dois projetos de desenvolvimento:

– Vacina sintética, com base em peptídeos antigênicos de células B e T – ou seja, com pequenas partes de proteínas do vírus capazes de induzir a produção de anticorpos específicos para defender o organismo contra agentes desconhecidos – neste caso, o Sars-CoV-2; e

– Vacina com a plataforma de subunidade (que utiliza somente fragmentos de antígenos capazes de estimular a melhor resposta imune), que testa diferentes construções da proteína S, a principal proteína para a ligação do vírus Sars-CoV-2 nas células do paciente, responsável pela geração de anticorpos protetores/neutralizantes.

Além disso, a Fiocruz está desenvolvendo uma vacina que utiliza o vírus da influenza como vetor vacinal para gerar resposta imunológica. Com esse processo, uma das possibilidades é desenvolver uma vacina bivalente, que possa ser usada contra influenza e contra o novo coronavírus.

Essas ações dão materialidade ao papel estratégico da instituição pública no estabelecimento da autossuficiência nacional na produção de insumos para a saúde.

Saiba mais: facebook.com/oficialfiocruz.

Cantora, pianista e atriz, Cida Moreira se apresenta em live no Festival #CulturaEmCasa nesta segunda (29)

São Paulo, por Kleber Patricio

Crédito da foto: divulgação.

Cida Moreira fará live na plataforma de streaming e vídeo Cultura Em Casa nesta segunda-feira, 29 de junho, às 21h30. A plataforma foi criada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerida pela Organização Social Amigos da Arte e os conteúdos podem ser assistidos gratuitamente por televisão, computador, tablets e celulares. O acesso é por meio do site http://www.culturaemcasa.com.br.

Em sua live no Festival #CulturaEmCasa, a artista apresentará o show Soledade Solo, que tem ligação direta com o álbum homônimo gravado na Casa de Francisca. A apresentação trará a já conhecida identidade multifacetada de Cida Moreira.

Serviço:

Festival #CulturaEmCasa

Live Cida Moreira

29 de junho (segunda-feira) às 21h30

Site: www.culturaemcasa.com.br

Redes Sociais:

http://www.facebook.com/culturaemcasasp/

http://www.instragram.com/culturaemcasasp/

http://twitter.com/culturaemcasasp.

Casa Guilherme de Almeida apresenta lançamento de obras estrangeiras pela ótica dos tradutores brasileiros

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: André Hoff.

O Centro de Estudos de Tradução Literária da Casa Guilherme de Almeida apresenta, a partir de julho, o Ciclo “Livro Falado”, uma série de lançamentos de obras estrangeiras dos gêneros teatro, poesia e romance pela ótica de quem as traduziu para o português do Brasil. A Casa Guilherme de Almeida integra a Rede de Museus-Casas Literários da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo e é gerenciada pela Poiesis.

Por meio de encontros gratuitos e via Google Meet, às quintas-feiras, das 19h às 21h, o público interessado poderá entrar em contato com os processos de trabalho dos profissionais que traduziram obras de escritores como Johann Wolfgang von Goethe. Para participar e receber os links de acesso, é preciso se inscrever pelo site http://www.casaguilhermedealmeida.org.br/programacao/index.php?mes=07&ano=2020. A programação completa do museu também pode ser conferida pelo hotsite http://poiesis.org.br/maiscultura/. Cada um dos três encontros do Ciclo oferece 200 vagas. A seguir, confira a temática de cada um deles.

O dia 2 de julho será sobre O Ensaio, do dramaturgo britânico Maurice Baring, com a tradutora literária Alzira Allegro, também professora de Tradução e de Literaturas de Língua Inglesa na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC e ministrante da Oficina de Tradução de Prosa (Inglês-Português) do Programa Formativo para Tradutores Literários da Casa Guilherme de Almeida. Participantes e egressos desse Programa, co-tradutores da peça O Ensaio participarão de uma conversa sobre esse projeto de tradução coletiva sob supervisão de Allegro e sobre os desafios da tradução de teatro.

Foto: Pixabay.

Essa obra de Baring joga com o gênero da peça dentro de uma peça, colocando em cena a montagem de uma peça de Shakespeare. Entre os desafios específicos dessa tradução, inclui-se o tratamento da linguagem do clássico elizabetano diante das propostas de inovação dos atores, em geral ‘ousadas’ e cômicas. O livro eletrônico com essa tradução estará disponível no site da Casa Guilherme de Almeida a partir da data do lançamento. A inscrição está aberta até 30/6 neste link: http://bit.ly/37SjM9a.

Alzira Allegro é doutora em Letras pela Universidade de São Paulo (USP), tradutora juramentada e tradutora literária. Com várias obras literárias e de ciências humanas que traduziu para o português, suas áreas de interesse são ensino de literaturas de língua inglesa, tradução, idiomatismos e coloquialismos. Também, com Adauri Brezolin, é coautora de The word is the thing – Dicionário português-inglês de fórmulas situacionais, frases feitas e provérbios (2019), da Lexikos Editora.

Daniel Martineschen, especializado em tradução alemã e docente da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), estará no Ciclo “Livro Falado” com uma palestra sobre a tradução que realizou da obra Divã Ocidento-Oriental, do escritor e filósofo alemão Johann Wolfgang von Goethe. Esta tradução é a primeira em português do Brasil com a íntegra da poesia e da prosa que compõem o título, sendo o resultado do doutorado do tradutor e pesquisador Martineschen. No dia 16 de julho, as abordagens serão em torno das dificuldades da tradução e as peculiaridades dessa poesia de contato entre Oriente e Ocidente, que Goethe explorou no século XIX. Pelo link http://bit.ly/3hULarF é possível se inscrever até 14/7.

Foto: Gerhard Gellinger.

Em 30 de julho, o Ciclo traz uma conversa com Dilson Ferreira da Cruz, tradutor e doutor em Semiótica pela USP, sobre a tradução que ele fez de O Abatedouro, do escritor e jornalista francês Émile Zola. Cruz mostrará os desafios do processo tradutório dessa obra considerada o primeiro romance com um operário como protagonista e a usar, em discurso indireto livre, a linguagem e gírias dessa classe trabalhadora. Para participar, é preciso fazer a inscrição pelo link http://bit.ly/2zZzPFS até 28/7.

Além de tradutor, Dilson Ferreira da Cruz é doutor em Semiótica pela USP, foi pesquisador na Universidade de Paris e tradutor residente do Collège International de Traducteurs Littèraries d’Arles. Na França, organizou as coletâneas Trois contes e L’homme qui parlait Javanais (2010 e 2012). É autor, dentre outros, de O ethos do enunciador dos romances de Machado de Assis (2008), traduziu diversos títulos na área de Ciências Humanas e, quanto às obras de Zola, Cruz traduziu também A besta humana e Noites de Medan.

Serviço:

Ciclo “Livro Falado” – Centro de Estudos de Tradução Literária da Casa Guilherme de Almeida

O Ensaio, de Maurice Baring

Com Alzira Allegro e demais profissionais do Programa Formativo para Tradutores Literários da Casa Guilherme de Almeida

Quinta-feira, 2 de julho, das 19h às 21h

Plataforma: Google Meet

Inscrição até 30/06: http://bit.ly/37SjM9a.

200 vagas | grátis.

Divã Ocidento-Oriental, de Johann Wolfgang von Goethe

Com Daniel Martineschen

Quinta-feira, 16 de julho, das 19h às 21h

Plataforma: Google Meet

Inscrição até 14/07: http://bit.ly/3hULarF

200 vagas | grátis.

O Abatedouro, de Émile Zola

Com Dilson Ferreira da Cruz

Quinta-feira, 30 de julho, das 19h às 21h

Plataforma: Google Meet

Inscrição até 28/7: http://bit.ly/2zZzPFS

200 vagas | grátis.

Casa Guilherme de Almeida

Museu: R. Macapá, 187 – Perdizes | São Paulo/SP | Anexo: Rua Cardoso de Almeida, 1943 – Sumaré, São Paulo/SP

Tel.: 11 3673-1883 | 3803-8525 | 3672-1391 | 3868-4128 | e-mail: contato@casaguilhermedealmeida.org.br

Horário de funcionamento: para agendamento de visitas – 55 11 3672-1391 | 3868-4128. Visitação: de terça-feira a domingo, das 10h às 18h. Atividades culturais e educativas: de terça a sexta-feira, das 19h às 21h, e aos finais de semana, das 10h às 19h.

Acessibilidade: rampa de acesso, elevador, piso podotátil e banheiro adaptado; videoguia em Libras e réplicas táteis.

Durante o distanciamento social devido à Covid-19, toda a programação está sendo realizada de forma virtual.

Programação gratuita

http://www.casaguilhermedealmeida.org.br/.

SOBRE A CASA GUILHERME DE ALMEIDA

Inaugurada em 1979, a Casa Guilherme de Almeida, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo gerenciada pela Poiesis, está instalada na residência onde viveu o poeta, tradutor, jornalista e advogado paulista Guilherme de Almeida (1890-1969), um dos mentores do movimento modernista brasileiro. Seu acervo é constituído por uma significativa coleção de obras, gravuras, desenhos, esculturas, pinturas, em grande parte oferecidas ao poeta pelos principais artistas do modernismo brasileiro, como Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Emiliano Di Cavalcanti, Lasar Segall e Victor Brecheret. Hoje, o museu oferece uma série de atividades gratuitas relacionadas a todas as áreas de atuação de Guilherme de Almeida, da literatura traduzida ao cinema, passando pelo jornalismo e pelo teatro. Trata-se da primeira instituição não acadêmica a manter um Centro de Estudos de Tradução Literária no país.

SOBRE A POIESIS

A Poiesis – Organização Social de Cultura é uma organização social que desenvolve e gere programas e projetos, além de pesquisas e espaços culturais, museológicos e educacionais, voltados para a formação complementar de estudantes e do público em geral. A instituição trabalha com o propósito de propiciar espaços de acesso democrático ao conhecimento, de estímulo à criação artística e intelectual e de difusão da língua e da literatura.

Theatro Municipal de São Paulo disponibiliza Documentário ‘Variações sobre um Quarteto de Cordas’

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: reprodução/website TMSP/divulgação.

Em 2020, o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo, criado por Mário de Andrade e ligado ao Theatro Municipal, celebra 85 anos de história. E nesta sexta-feira, 26 de junho, o canal do Theatro no Youtube disponibiliza com exclusividade na internet o filme Variações sobre um Quarteto de Cordas – A música de Johannes Oelsner, do diretor Ugo Giorgetti. Lançado há 16 anos e só agora acessível ao grande público, o documentário vai ao ar a partir das 20h e ficará na rede. Internauta pode ver e rever quando quiser, sem necessidade de cadastro.

Interessado por música de câmara, em especial na formação de quarteto, o cineasta Ugo Giorgetti decide retratar, neste longa-metragem, a história do jovem músico alemão Johannes Oelsner. Um violista do Quarteto Fritsche, de Dresden e ligado ao importante centro de formação musical da Europa, que em 1939 vem para a América Latina em turnê com o grupo, incluindo uma parada no Brasil.

Na São Paulo da época, o escritor Mário de Andrade dirigia o Departamento de Cultura da Municipalidade Paulistana, hoje Secretaria Municipal da Cultura de São Paulo, e havia criado, quatro anos antes, em 1935, o Quarteto Haydn, que a partir de 1981 passou a se chamar Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo. Encantado com os alemães, Mário de Andrade convida os músicos a tocarem junto com o grupo do Theatro Municipal de São Paulo, o que resultou em um memorável concerto com a execução do Octeto de Felix Mendelssohn.

Alertado por um amigo da Embaixada da Alemanha sobre o início da Segunda Guerra Mundial, com a invasão da Polônia pela Alemanha Nazista em 1º de setembro daquele ano, Johannes resolve ficar em São Paulo e os outros três músicos retornam ao país natal.

Com a saída do violista Amadeo Bardi do quarteto do Municipal e ciente da permanência do músico alemão na capital paulista, Mário de Andrade convida Johannes a ingressar no grupo de cordas do Theatro. Após uma entrevista com o prefeito Prestes Maia, que conversou com o músico com a fluência do idioma alemão que detinha, ele é aprovado para a vaga de violista, ocupada durante 37 anos com a mesma formação.

Marcelo Jaffé, atual violista do grupo, destaca: “É um filme que conta a história do Johannes Oelsner, que tive o prazer de conhecer, mas também a trajetória do Quarteto de Cordas da Cidade. Um resgate histórico e tanto”.

Ugo Giorgetti ficou muito amigo do músico e conta, em depoimento disponível na internet, que se divertiu muito fazendo o filme. “Uma obra muito representativa de uma época. Da São Paulo em processo de civilidade”, destaca. Produzido pela SP – Filmes de São Paulo, Variações sobre um Quarteto de Cordas – A música de Johannes Oelsner foi lançado em dezembro de 2004, após curtíssima temporada no CineSESC e exibição na TV Cultura, mas só agora chega à internet. Basta acessar o Youtube do Theatro Municipal e conferir este documentário que tem 55 minutos de duração.

+ Alwin Ewald Johannes Oelsner

Nascido em 1915 na cidade de Dresden, Oelsner estudou violino com Gustav Fritsche, que possuía naquela cidade, na primeira metade do século 20, um famoso quarteto de cordas. Dedicando-se depois exclusivamente à viola e revelando talento fora do comum, foi convidado por seu ex-mestre para integrar seu conjunto. No Brasil, o músico e professor Johannes Oelsner casou-se com uma alemã e faleceu em janeiro de 2010, aos 94 anos.

+ Municipal Online

Enquanto o Theatro Municipal de São Paulo segue fechado por determinação da prefeitura para evitar a propagação do novo coronavírus, o território digital é o novo palco. Tem performances de câmara, cursos livres, gravações solo em versões reduzidas para piano, vídeos completos de espetáculos e lives com profissionais do Theatro. Tudo isso com acesso gratuito e irrestrito nas páginas do Theatro Municipal no Instagram, Facebook ou Youtube.

E o próximo episódio do Podcast Theatro Municipal vai ao ar neste sábado, 30 de maio. Na pauta da conversa com a apresentadora Ligiana Costa, o maestro Alessandro Sangiorgi, regente assistente da Orquestra Sinfônica Municipal e o compositor Leonardo Martinelli falam da estreita relação entre culinária e ópera.

+ Theatro Municipal de São Paulo: theatromunicipal.org.br.

FIEC realiza campanha de doação de sangue no sábado (27)

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Foto: Juliana Wolf.

A Fundação Indaiatubana de Educação e Cultura – FIEC, em parceria com o Centro de Hematologia e Hemoterapia da Unicamp, realiza no sábado 27 de junho, a campanha mensal de doação de sangue na unidade da FIEC do Jd. Regina. A doação deste mês faz parte da campanha Junho Vermelho, que destaca a importância das doações durante o período do inverno uma vez que há redução no número de bolsas coletadas devido às baixas temperaturas.

Dentre as medidas de segurança e de proteção dos doadores contra o coronavírus (Covid-19), a FIEC, com orientação do Hemocentro, realizará a distribuição de senhas online distribuídas nos horários das 8h30, 9h, 10h, 10h30 e 11h. Para agendamento e retirada da senha online, é necessário que o candidato faça um cadastro no link  https://processoseletivo.sophia.com.br/SophiA_5/Default.aspx?escola=6462. As senhas são limitadas e o cadastro estará disponível a partir desta quinta-feira (25). Será realizado o controle de acesso às dependências da FIEC restringindo 40 pessoas por horário, a fim de evitar aglomeração de pessoas. Orienta-se ainda que, os candidatos não levem acompanhantes, principalmente crianças, ao local da doação e que utilizem máscara.

Para ser um doador, é obrigatória a apresentação de documento oficial com foto, ter entre 16 (dos 16 até 18 anos incompletos, apenas com consentimento formal dos responsáveis) e 69 anos, não estar em jejum e evitar apenas alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação.

Não poderá ser doador o candidato que nos últimos 30 dias tenha retornado de viagem ao exterior ou que tenha tido sintomas respiratórios, incluindo gripe ou febre. Além disso, o ato da doação terá restrição para pessoas que tenham se vacinado contra gripe há menos de 2 dias (48h), estejam em tratamento odontológico, não tiver parceiro (a) fixo (a), pesar menos de 50 quilos, tiver feito endoscopia há menos de seis meses, tiver piercing ou tatuagem há menos de um ano, for diabético, se tiver ingerido bebida alcoólica na noite anterior e fumado horas antes.

O Hemocentro ainda orienta que candidatos que estejam aptos e que tenham 60 anos ou mais não compareçam à doação de sangue devido à limitação do isolamento social. Existem vários critérios que são avaliados no dia da doação e que podem (impedir) levar à inaptidão. Dúvidas pontuais como o uso de medicamentos, procedimentos invasivos recentes, viagens etc. serão avaliadas na triagem.

Se você vai doar pela primeira vez, saiba como funciona o processo de triagem que envolvem as etapas da doação:

– Retirada da senha

O candidato é recebido por um representante da FIEC e é importante que avise sobre a participação pela primeira vez como doador para que seja explicado como acontece a campanha e informado os principais motivos que possam impedir a sua doação.

– Sala de espera

Nessa etapa o candidato aguarda até que seja chamado para o cadastro. Na sala de espera também são passadas algumas orientações.

– Cadastro

Obrigatória a apresentação de um documento oficial com foto para cadastro. Nessa etapa, informe se tem interesse em se cadastrar para ser doador de medula óssea.

– Exame físico

São realizados testes para anemia, verificação de pressão arterial, pulso, temperatura, peso e altura.

– Entrevista

A entrevista é individual. São feitas perguntas específicas e é assinado um termo de responsabilidade quanto à veracidade das respostas.

– Coleta

Será coletada uma bolsa de sangue e amostras para os exames laboratoriais.

– Lanche

Após a doação o candidato é encaminhado para um local onde é oferecido um lanche.

Todo o processo dura em média 2 (duas) horas.

Serviço:

FIEC: Av. Eng. Fábio Roberto Barnabé, 3405 – Jardim Regina

Hemocentro

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