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“Todo o Sentimento”, de Chico Buarque, ganha versão da Orquestra de Câmara Inhotim

Brumadinho, por Kleber Patricio

Adaptada com arranjos para piano e instrumentos de cordas, música foi gravada em meio aos jardins e obras de arte do museu a céu aberto. Foto: reprodução/Wikipedia – nenhuma violação de direitos autorais pretendida.

A Orquestra de Câmara Inhotim gravou um vídeo para o público matar a saudade do Instituto: os jovens músicos executaram a composição Todo o Sentimento, de autoria de Cristóvão Bastos e Chico Buarque. Adaptada com arranjos para piano e instrumentos de cordas, a música foi gravada em meio aos jardins e às obras de arte do museu a céu aberto. Cada músico gravou sua parte em um local do Instituto em dias e horários diferentes.

Para o maestro César Timóteo, cada cantinho do Instituto tem o seu próprio afeto, um sentimento. “É uma forma de rememorar os espaços do Inhotim nesta época em que está fechado devido à pandemia. E essa música provoca um movimento para fazer com que a visita virtual seja emocionante”, diz.

O piano é o instrumento que conduz a música e foi executado pelo jovem pianista Estêvão Santos em um dos cartões-postais do Inhotim, a árvore Tamboril. “Nada mais apropriado do que aparecer no coração do Instituto”, completa Timóteo. Os músicos aparecem tocando na Galeria True Rouge, na obra de Robert Irwin (a mais recente instalada no Inhotim) e em frente às esculturas dos artistas John Aeharn e Rigoberto Torres. Rodoviária de Brumadinho (2004) e Abre a porta (2005) retratam moradores da cidade; então, buscamos trazer também essa relação com a comunidade, pois os alunos da Escola de Música são de Brumadinho. A maioria aprendeu a tocar um instrumento musical nos projetos do Inhotim”, afirma o maestro.

O maestro César Timóteo, coordenador dos projetos musicais do Instituto Inhotim. Foto: reprodução/Instituto Inhotim.

Nascida na comunidade de Marinhos, Alana Lara é aluna da Escola de Música desde 2012 e trabalhou por quase dois anos no Instituto. Ela é quem aparece no vídeo em frente a essas duas obras icônicas. “O Inhotim representa muito a minha base, pois, além dos projetos de música, participei do Laboratório Inhotim, quando pude conhecer mais o universo da arte e ir até a Nova York”, conta.

O violinista Gabriel Augusto tinha vontade de aprender o instrumento desde a infância. “É um sonho, porque é muito bom mostrar para Brumadinho e para o mundo o que eu faço e estudo. Por enquanto não podemos ensaiar juntos, mas temos o compromisso com o nosso aprendizado e os concertos virtuais.”

Assista o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=EypAkPaIk1w.

Museu do Ipiranga e Wikipédia realizam nova maratona de edição para difusão digital de acervo

São Paulo, por Kleber Patricio

“Partida de Porto Feliz”. Oscar Pereira da Silva. Óleo sobre tela, mid 1920.

No dia 19 de junho, sexta-feira, entre 14h e 18h, o Museu do Ipiranga e o Wiki Movimento Brasil (WMB) promovem a quinta maratona de edição de artigos sobre o acervo da instituição, desta vez com o título As águas do Museu Paulista. O público, auxiliado pela equipe do WMB, aprofundará os verbetes relacionados às águas dos rios brasileiros e como estão presentes na construção da memória de nosso país. Para inscrições, clique aqui.

Estarão em pauta assuntos como as ânforas de cristal que contêm amostras dos rios de todo o território brasileiro, localizadas no Saguão Principal do Museu e as representações iconográficas dos rios nas obras do acervo, em especial as que tratam da Várzea do Carmo, região hoje conhecida como Parque Dom Pedro II. O local era configurado pela confluência dos rios Tamanduateí e Carmo, sempre com muitas vazões, até que foram feitas obras de drenagem. Por estar no centro de São Paulo, circundada pelo desenvolvimento urbano da cidade, a área foi objeto da iconografia memorialista que construiu um imaginário sobre a cidade no século XIX. Também se dedicará ao riacho do Ipiranga – que deságua no rio Tamanduateí e suas representações no acervo.

A parceria entre o Museu do Ipiranga e o Wiki Movimento Brasil faz parte de um plano mais amplo do Museu de aumentar sua presença no meio digital, em que a Wikipédia é tida como um espaço fundamental. Já foram realizadas quatro maratonas de edição: a primeira, no dia 27 de março, tinha como tema Mulher, Arte e História; a segunda, Os indígenas no Museu, aconteceu no dia 17 de abril; na sequência, São Paulo fotográfica e Lutas pela Independência do Brasil, nos dias 8 e 29 de maio, respectivamente. A expectativa é de que dezenas de milhões de pessoas tenham acesso a imagens e textos relacionados ao acervo do Museu durante todo o ano por meio da parceria realizada com o Wiki Movimento Brasil, a partir de práticas de difusão digital colaborativas. Nesse contexto, a instituição está não só aderindo a práticas de disponibilização de conteúdo, mas também de conhecimento aberto e licenças livres. “Estamos nos preparando para atender as demandas do novo Museu do Ipiranga”, diz Solange Ferraz de Lima, diretora do museu. “O compromisso com a pesquisa e o ensino é a base para difundir amplamente o conhecimento gerado a partir dos acervos. Se as exposições permitirão o contato presencial e sensorial com o magnífico espaço do Museu e suas coleções, a atuação digital desempenhará outra função – prolongar e aprofundar a relação do público com os conteúdos.”

Diversas instituições culturais ao redor do globo realizaram projetos similares em parceria com a Wikimedia, em iniciativas conhecidas como GLAM-Wiki – sigla para Galleries, Libraries, Archives, and Museums (galerias, bibliotecas, arquivos e museus) –, acompanhada do sufixo wiki, que identifica o conjunto de projetos digitais colaborativos e livres sob a guarda da Fundação Wikimedia. Junto ao Museu do Ipiranga, a atuação Wiki virou um caso de sucesso global, tanto em relação aos produtos a serem desenvolvidos quanto às tecnologias implementadas no processo. Com isso, a instituição brasileira é líder num movimento internacional ao qual se unem museus, bibliotecas e arquivos de vários países, especialmente na Europa e na América do Norte. Conheça o GLAM do Museu do Ipiranga na Wikipédia aqui.

Além das maratonas de edição, foi realizado o Wikiconcurso Novo Museu do Ipiranga, uma competição na Wikipédia em português com o intuito de melhorar conteúdo relacionado ao Museu do Ipiranga na enciclopédia eletrônica. O concurso incluía prêmios para quem editou mais artigos e com mais qualidade. Para o primeiro colocado, foi reservado o valor de R$2500 em vale-presente. Mais informações: http://w.wiki/Hct.

Foram planejados, ainda, três seminários técnicos voltados a desenvolver de forma colaborativa a infraestrutura necessária para a difusão digital livre do Museu, em especial de seu acervo. Inovações esperadas incluem jogos para completar informações sobre obras no museu e aplicativos para construir livros automáticos a partir do acervo. “A Wikipédia é um meio digital de impacto global e a participação sistemática do Museu do Ipiranga garante a melhoria real da cultura histórica e científica no Brasil e sobre o Brasil”, comenta João Alexandre Peschanski, presidente do Wiki Movimento Brasil. “As contribuições do Museu do Ipiranga não são apenas transferência de imagens e mídias de objetos de seu acervo; o Museu do Ipiranga atua como um curador digital nessa rede de conhecimentos”, conclui.

Em um projeto piloto, desenvolvido entre 2017 e 2018, o Museu do Ipiranga e o Wiki Movimento Brasil disponibilizaram 23 mil imagens de obras do museu no repositório de mídias da Wikipédia. Nesse contexto, 130 artigos foram criados na Wikipédia e 1.421 foram melhorados. A expectativa é de que se cheguem a 30 mil imagens acessíveis livremente em 2020. O quadro mais importante no acervo, Independência ou Morte, de Pedro Américo, foi a peça mais vista na iniciativa GLAM-Wiki do Museu, com 1,1 milhão de visualizações até dezembro de 2019.

Em dezembro de 2016, havia 14.533 bytes de conteúdo sobre o Museu do Ipiranga na Wikipédia. Em dezembro de 2019, o valor havia subido para 87.907 bytes, distribuídos em 106 páginas. A expectativa do Wiki Movimento Brasil é de, no mínimo, duplicar o valor após as ações previstas para este ano, com uma produção de conteúdo sustentada pelo desenvolvimento de produtos tecnológicos e por atividades intensivas de mobilização comunitária e educacional.

A iniciativa é uma atividade do Wiki Movimento Brasil e da equipe do Museu do Ipiranga, com parceria da Fundação Banco do Brasil e realização da Universidade de São Paulo e da Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo (FUSP). O Wiki Movimento Brasil é uma organização que reúne editores da Wikipédia no Brasil, afiliada da Fundação Wikimedia. A Iniciativa Wikipédia do Novo Museu do Ipiranga integra o conjunto de programas e atividades em vista à reabertura do edifício-monumento do Museu, em 2022.

AGENDA DE EVENTOS

Maratonas de edição

– Mulher, Arte e História

27 de março, das 10h às 16h, online. O objetivo é melhorar o conteúdo sobre mulheres no acervo do Museu do Ipiranga, no contexto do Mês da Mulher. Mais informações: http://w.wiki/Hfp.

– Os indígenas no Museu

17 de abril, das 10h às 16h, online. O evento pretende desenvolver conteúdos na Wikipédia sobre a presença de representações de indígenas no acervo do Museu do Ipiranga. Mais informações: http://w.wiki/HgS.

– São Paulo fotográfica

8 de maio, das 10h às 16h, online. Nessa maratona de edição, são trabalhados na Wikipédia obras que retratam a cidade de São Paulo, com foco nos fotógrafos Werner Haberkorn, Guilherme Gaensly e Militão Augusto de Azevedo. Mais informações: http://w.wiki/HgW.

– Lutas pela independência do Brasil

29 de maio, das 10h às 16h, online. Essa editatona pretende contribuir com conteúdos sobre as várias perspectivas da formação nacional brasileira. Mais informações: http://w.wiki/HgV.

– As águas do Museu Paulista

19 de junho, das 14h às 18h. O evento aprofundará os verbetes relacionados às águas dos rios brasileiros e como estão presentes na construção da memória de nosso país. Mais informações: http://w.wiki/TMq.

Wikiconcurso Novo Museu do Ipiranga – de 15 de março a 15 de junho

Trata-se de uma competição na Wikipédia em português com o intuito de melhorar conteúdo relacionado ao Museu do Ipiranga na enciclopédia eletrônica, incluindo vários prêmios para quem editar mais artigos e com mais qualidade. Mais informações: http://w.wiki/Hct.

Treinamentos técnicos

– Referências bibliográficas estruturadas

4 de abril, online. Nesse dia, oferece-se um treinamento sobre tecnologias de inserção de referências bibliográficas em bases de dados estruturadas, com o objetivo de organizar digitalmente o acervo recente do periódico Anais do Museu do Ipiranga. Mais informações: http://w.wiki/HfB.

– Alfabetização de dados

21 de maio, online. O seminário técnico busca desenvolver uma plataforma para a conscientização sobre dados abertos e organização das informações, voltada especificamente para educadores. Data e local a confirmar. Mais informações: http://w.wiki/Hg8.

– Marcações de posicionamento digital

Nesse evento, pretende-se apresentar o desenvolvimento de um aplicativo para a identificação automatizada da localização de objetos em imagens. Data e local a confirmar.

Mais informações: http://w.wiki/Hg9.

Museu do Ipiranga

Fechado para reforma desde 2013, o Museu do Ipiranga segue em atividade com eventos, cursos, palestras e oficinas em diversos espaços da cidade. As obras de restauro, ampliação e modernização do Museu se iniciaram em outubro do ano passado e a expectativa é de que seja reaberto em setembro de 2022 para a celebração do bicentenário da Independência do Brasil. Para mais informações sobre o restauro, acesse o site museudoipiranga2022.org.br.

O edifício, tombado pelo patrimônio histórico municipal, estadual e federal, foi construído entre 1885 e 1890 e está situado dentro do complexo do Parque Independência. Concebido originalmente como um monumento à Independência, tornou-se em 1895 a sede do Museu do Estado, criado dois anos antes, sendo o museu público mais antigo de São Paulo e um dos mais antigos do país. Está, desde 1963, sob a administração da USP, atendendo às funções de ensino, pesquisa e extensão, pilares de atuação da Universidade.

Patrocinadores e parceiros: Banco Safra, Bradesco, Caterpillar, Comgás, CSN – Companhia Siderúrgica Nacional, EDP, EMS, Fundação Banco do Brasil, Grupo Ultra, Honda, Itaú, Pinheiro Neto Advogados, Sabesp e Vale.

Cinema #EmCasaComSESC estreia mais quatro filmes esta semana

São Paulo, por Kleber Patricio

Documentário intimista “Eu Sou Ingrid Bergman”, do sueco Stig Bjorkman, apresenta um material inédito sobre a atriz, com entrevistas, cartas, diários e muitas imagens realizadas por Ingrid durante toda sua vida. Foto: reprodução/divulgação.

A programação de filmes em streaming do SESC São Paulo, na recém-lançada plataforma SESC Digital, que passou a reservar um espaço exclusivo para as sessões, oferece mais quatro novos títulos a partir desta quinta-feira, 18 de junho. Basta acessar o Cinema Em Casa para conferir longas e documentários, sempre a partir de quinta-feira, com acesso gratuito a qualquer hora do dia e sem necessidade de cadastro.

Nesta semana, o #EmCasaComSESC exibe um clássico do cinema de 1952, o belo A Carruagem de Ouro, do francês Jean Renoir. O filme franco-italiano se passa no século 18. A estrela de uma trupe italiana de commedia dell’arte chega ao Peru e, apesar de não encontrar um palco para se apresentar, ela conquista três pretendentes. É o início de uma série de eventos inusitados. Outra opção é o documentário intimista Eu Sou Ingrid Bergman, do sueco Stig Bjorkman, que apresenta um material inédito sobre a atriz, com entrevistas, cartas, diários e muitas imagens realizadas por Ingrid durante toda a sua vida.

A produção nacional também tem reservada duas salas (virtuais) e completam a programação desta semana. A partir de quinta, 18, o público pode conferir Paulinho da Viola – Meu tempo é Hoje, documentário dirigido por Izabel Jaguaribe com roteiro do jornalista Zuenir Ventura que é um perfil afetivo do cantor, instrumentista e compositor e o infantil Miúda e o Guarda-Chuva, ficção que narra as aventuras de Miúda, uma menina míope e imaginativa. Na plataforma SESC Digital, todas as produções são exibidas no formato FVOD (Free Video On Demand).

“Miúda e o Guarda-Chuva” narra as aventuras de Miúda, uma menina míope e imaginativa. Foto: reprodução/divulgação.

A programação do Cinema #EmCasaComSESC contempla quatro eixos principais neste primeiro momento: uma curadoria de clássicos do cinema, em sua maioria cópias restauradas e exclusivas na plataforma; uma seleção contemporânea internacional, com filmes que tiveram uma trajetória relevante em festivais no mundo todo e que merecem uma nova oportunidade de exibição ao público; uma janela dedicada ao cinema nacional, com produções de grande alcance de público e filmes independentes que merecem maior espaço de exibição – haverá também destaque aos documentários, ponto forte na produção cinematográfica brasileira e, por fim, uma seleção de filmes infanto-juvenis, visando à formação de público desde os primeiros anos de vida, para a diversidade do cinema e ampliação do lastro de narrativas.

A iniciativa de oferecer filmes em streaming em sua nova plataforma digital reforça os aspectos que ancoram a ação institucional do SESC São Paulo, garantindo o acesso a conteúdos da cultura a variados públicos. Com maior presença no ambiente online, o SESC amplia sua ação de difusão cultural de maneira acessível e permanente. O público ganha assim mais um espaço para contemplar, descobrir e redescobrir o cinema a partir de grandes obras selecionadas, disponibilizadas online e gratuitamente.

Os filmes ficam disponíveis por um período determinado, com alterações e novas estreias semanais a cada quinta-feira (considerando a semana de cinema de quinta à quarta-feira). Haverá ainda possibilidade de prorrogação da exibição, conforme a demanda do público, além de sessões especiais por períodos menores (como 24h, por exemplo). A curadoria do Cinema #EmCasaComSESC conta com a experiência do CineSESC, que segue fechado desde o mês de março por conta da crise causada pelo novo coronavírus.

+ FILMES EM CARTAZ

Sonia Braga em cena de “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho. Foto: reprodução/divulgação.

Quem navega pela plataforma SESC Digital encontra também outras opções de filmes que permanecem disponíveis para acesso gratuito e irrestrito do público. Em Cinema Em Casa, há o terror surrealista A Hora do Lobo, do sueco Ingmar Bergman, o poético Coração de Cachorro, dirigido pela musicista e multiartista Laurie Anderson, a cópia restaurada de Mamma Roma, de Pier Paolo Pasolini, O Homem da Cabine, de Cristiano Burlan e os brasileiros Aquarius, de Kleber Mendonça Filho, o delicado documentário Jonas e o Circo sem Lona, dirigido por Paula Gomes e a animação Historietas Assombradas – O Filme, de Victor-Hugo Borges.

CINESESC

Um dos cinemas de rua mais queridos da cidade, o CineSESC iniciou seu funcionamento em 21 de setembro de 1979, no número 2075 da Rua Augusta, na cidade de São Paulo e se dedica à missão de fomentar a difusão do cinema de qualidade, exibindo obras que muitas vezes ficam fora do circuito comercial nas salas de cinema e plataformas online. Sua programação inclui grandes e pequenas produções do mundo todo.

Além de integrar o corpo de curadores em mostras especiais, o CineSESC também recebe festivais importantes do calendário cinematográfico paulistano, como a Mostra Internacional em São Paulo, Festival Mix Brasil e o Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo, entre outros. O cuidado com a programação tem reconhecimento do público e da crítica, que o elegeu, por diversas vezes, a melhor sala especial de cinema na cidade de São Paulo.

PROGRAMAÇÃO: Cinema #EmCasaComSESC de 18 a 24 de junho

A Carruagem de Ouro (Dir.: Jean Renoir, França / Itália, 1952, 94 min) — Uma trupe italiana de commedia dell’arte viaja para se apresentar em uma colônia espanhola da América Latina no século XVIII. Junto com a companhia teatral, chega da Europa uma carruagem de ouro encomendada pelo vice-rei. É o início de uma série de eventos inusitados.

Eu Sou Ingrid Bergman (Dir.: Stig Bjorkman, Suécia, 2015, 114 min) — Um documentário intimista sobre a vida de uma das mais premiadas atrizes da história do cinema, três vezes vencedora e oito vezes indicada ao Oscar, Ingrid Bergman. O filme apresenta um material inédito como entrevistas, cartas, diários e muitas imagens realizadas por Ingrid durante toda a sua vida, revelando aspectos de sua vida familiar e amorosa e suas relações com os filhos e companheiros. Uma homenagem a uma lenda, lançada no ano do centenário de seu nascimento.

Paulinho da Viola – Meu Tempo É Hoje (Dir.: Izabel Jaguaribe, Brasil, 2013, 83 min) — Documentário dirigido por Izabel Jaguaribe com roteiro do jornalista Zuenir Ventura, é um perfil afetivo do cantor, instrumentista e compositor. O filme mostra seus mestres e amigos, suas influências musicais e percorre sua rotina discreta e muito peculiar, em suas atividades e hábitos desconhecidos do grande público. Mas a grande revelação vem das reflexões do músico sobre um único tempo: o tempo. Em vários versos ele canta: Só o tempo ajuda a gente a viver; Amor, repare o tempo enquanto eu faço um samba triste pra cantar; Quando eu penso no futuro, não esqueço meu passado. Há ainda encontros musicais memoráveis com Marina Lima, Elton Medeiros, Zeca Pagodinho, Marisa Monte e a Velha Guarda da Portela.

Miúda e o Guarda-Chuva (Dir.: Amadeu Alban, Brasil, 2019, 74 min) — Miúda é uma menina míope e imaginativa, que cuida de sua planta carnívora de estimação com muito amor e formigas fresquinhas. Às vésperas de completar 7 anos, tudo o que Miúda deseja é que a planta a chame pelo seu nome, mas esta exige cada vez mais formigas. As formigas, cansadas de ser comida de planta, bolam um plano que envolve poesia, guarda-chuvas e uma máquina do tempo. A menina atravessa uma jornada para compreender o mundo à sua volta e aprende que crescer é fazer escolhas.

Serviço:

Cinema #EmCasaComSESC

Toda semana, sempre a partir de quinta-feira, tem quatro novos filmes para streamingSESCsp.org.br/cinemaemcasa

Fase Beta

As versões da plataforma do SESC Digital encontram-se em fase beta, ou seja, novidades e melhorias serão implementadas a partir das interações que se desenvolverem entre o público e os recursos. Além disso, o catálogo será expandido periodicamente, englobando novas temáticas e linguagens.

+ SESC Digital

A presença digital do SESC São Paulo vem sendo construída desde 1996, sempre pautada pela distribuição diária de informações sobre seus programas, projetos e atividades e marcada pela experimentação. O propósito de expandir o alcance de suas ações socioculturais vem do interesse institucional pela crescente universalização de seu atendimento, incluindo públicos que não têm contato com as ações presenciais oferecidas nas 40 unidades operacionais espalhadas pelo estado. Por essa razão, o SESC apresenta o SESC Digital, sua plataforma de conteúdo.

Saiba+: SESCsp.org.br/SESCdigital.

Prefeitura testa pavimentação com reutilização de resíduos sólidos

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Asfalto será testado na Rua Acácia, no Recreio Campestre Internacional Viracopos. Foto: divulgação/RIC-PMI.

A Secretaria de Obras e Vias Públicas de Indaiatuba, na Região Metropolitana de Campinas, testará um pavimento asfáltico com base composta por resíduos sólidos provenientes do Aterro de Inertes do município. A proposta é desenvolver um produto de menor custo para a pavimentação asfáltica de vias de tráfego local que apresentam pouco movimento de veículos e diminuir os impactos desses produtos no meio ambiente. A implantação do novo pavimento deve ocorrer após a conclusão da obra de instalação de galerias pluviais em ruas no entorno da Estrada do Fogueteiro, prevista para o final de julho.

Conforme explicou o secretário de Obras, Robenilton Oliveira Lima, a ideia de desenvolver esse projeto surgiu da dificuldade de adesão ao PCM (Plano Comunitário de Melhoria) na zona norte da cidade, em decorrência do alto custo do pavimento asfáltico tradicional e, também, por possibilitar ao município a reutilização dos resíduos sólidos gerados. “É importante esclarecer que a utilização desse material será em caráter experimental e sua evolução será acompanhada continuamente após a aplicação, para verificarmos sua eficiência antes de pensarmos em ampliar a implantação do material para outras ruas”, ressaltou.

Para reduzir os custos, a base do pavimento em teste será composta por materiais como cacos de telhas, tijolos e restos de concreto, que são depositados no Aterro de Inertes do município. Esses entulhos serão triturados e agregados a outros materiais para compor a base do asfalto, que também receberá uma capa de acabamento com um concreto betuminoso mais rugoso com menor consumo de CAP (Cimento Asfáltico de Petróleo). Para a seleção desses materiais, foram feitas várias amostragens em escala de laboratório.

Por se tratar de uma implantação em caráter experimental, cuja técnica não é normatizada no Brasil, os técnicos da Secretaria de Obras optaram por executar em uma rua com tráfego de baixo impacto e com largura inferior a oito metros para viabilizar a aplicação e possibilitar o monitoramento do pavimento ao longo de sua vida útil.

A Rua Acácia, que tem cerca de 750 metros lineares e seis metros de largura, foi escolhida para testar o projeto por apresentar pouco movimento de veículos e poucas residências, além do fato de a Prefeitura já estar realizando obras de galerias de águas pluviais na via, localizada no Recreio Campestre Internacional de Viracopos. Essas características facilitarão a retirada de amostras para análise ao longo do tempo da vida útil deste tipo de pavimentação sem causar muitos transtornos aos munícipes residentes na rua.

Para a validação desse novo método e para a futura implementação deste tipo de pavimento de baixo custo em outras áreas de interesse social, o acompanhamento da eficiência do pavimento é imprescindível durante sua vida útil ou por, no mínimo, cinco anos.

Carlinhos Brown e Margareth Menezes somam em iniciativa social ‘Brasil Andar Com Fé’

Brasil, por Kleber Patricio

Foto: divulgação.

Colocando em prática a frase a união faz a força, a campanha Brasil Andar Com Fé convida a olhar para quem precisa. O projeto parte da intenção de ajudar a divulgar instituições (ONGs) de todo o Brasil que neste momento cuidam de pessoas em situação de vulnerabilidade. O site compila instituições de comunidades de nove regiões do país para que as doações sejam feitas diretamente .

Acaba de ir ao ar a terceira apresentação, com participação de Carlinhos Brown, Margareth Menezes, Luedji Luna e Zudilla (assista aqui). Este lançamento vem pra reforçar mensagens que já foram passadas por Marisa Orth e Gustavo Machado, que fizeram um rap exclusivo em cima da música, pela madrinha do projeto, Preta Gil, e pelo primeiro lançamento, que contou com Rappin’ Hood, Fernanda Abreu e Rashid.

A partir do beat criado pelo produtor musical Renato Neto, a ação convida artistas a gravar versões da música de Gilberto Gil como um convite às ações sociais no Brasil todo. A campanha já conta com Badi Assad, Carlinhos Brown, Chico César, Elba Ramalho, Elza Soares, Fernanda Abreu, Flávio Renegado, Gabriel Reif, Gero Camilo, Gustavo Machado, Luedji Luna, Margareth Menezes, Marisa Orth, Orlando Morais, Preta Gil, Rappin’ Hood, Rashid, Roberta Campos, Tania Toko, Toni Garrido e Zudizilla, que participaram de vídeos que serão divulgados gradativamente nas redes sociais de cada artista e do Brasil Andar Com Fé (@brasilandarcomfe).

A ação deseja abrigar cada vez mais mensagens de artistas de diferentes áreas, como poetas, DJs, músicos, cantores(as), atores, atrizes, cineastas e influenciadores(as). “Sabemos da força da voz de um artista. Sabemos mais ainda que essa voz, somada a outras vozes, é tamanha. O momento é sensível e significativo, pois o tempo que vivemos pede ação. Somos um movimento a mais de ajuda àqueles com menos condições de proteção que tem como objetivo único a potencialização das doações em favor das comunidades, com a urgência que a situação requer”, declaram os organizadores Andrea Francez, Béco Dranoff, Heitor Chaves, Renato Neto e Vera Ferraz, que, em movimento colaborativo, têm tornado o projeto possível em parceria com Agência Jangada, Agência Lema, Espalha Cultura, Flávia Cheganças, Guerrilha Filmes, Portfólio para Artistas, Sergio David e Vicente Negrão Assessoria.

Confira os vídeos no Instagram do projeto ou no Youtube.

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