Organização aposta em lideranças jovens para transformar pequenas comunidades
Santa Catarina
O Centro Cultural Banco do Brasil divulga a programação desta semana até 14 de junho do CCBB Educativo em Casa, iniciativa 100% digital do Programa CCBB Educativo, que estimula a experiência, a criação e a reflexão por meio de processos pedagógicos, artísticos e curatoriais. Com as atividades presenciais temporariamente suspensas em suas quatro unidades (Belo Horizonte – MG, Brasília – DF, Rio de Janeiro – RJ e São Paulo – SP), o público acompanhará programações inéditas com atividades digitais gratuitas, que podem ser experimentadas de dentro de casa e compartilhadas com toda a família no site www.ccbbeducativo.com e nas redes sociais dos CCBBs. Confira, a seguir, a agenda da semana do #CCBBeducativoEmCasa.
Voltado às famílias, o projeto Historietas, que possibilita a criação colaborativa de enredos com jogos e desenhos por meio de atividades desenvolvidas exclusivamente para o #CCBBeducativoEmCasa – como leitura de livros, animações e narrativas criativas – apresenta, na terça-feira (9), o videoarte inédito Terra Vida, que traz uma abordagem poética de vários aspectos relacionados ao Planeta Terra partindo de temas como a mitologia de Gaia. A artista visual Lia Chaia vai explorar como a natureza vem sendo apropriada pelos padrões da cultura urbana.
No meio da semana, a programação trará destaques para o público adulto. Na quarta-feira (10), Carolina Figueira, historiadora da alimentação, apresenta o Questão de Gosto, em mais uma edição do Transversalidades. O curso, também com tradução em Libras, refletirá sobre como, ao longo da história, os elementos culturais se constroem a partir de repertórios do ponto de vista alimentar. Nesse mesmo dia haverá o projeto Em Libras, com lições que abordam o vocabulário da Língua Brasileira de Sinais e propõem uma introdução aos sinais no campo semântico para todos os interessados – com pouco ou nenhum conhecimento – em aprender mais sobre a língua de sinais. Nesta edição, Rosely Lucas traz como tema a casa.
E que tal quebrar a rotina no meio da semana e visitar, sem sair de casa, uma exposição? Essa é a proposta para a quinta-feira (11). O artista plástico Alexandre Mancini conduzirá os internautas por uma visita à exposição 100 anos de AthosBulcão, que expõe painéis de azulejo, gravuras, pinturas e figurinos do artista na capital mineira. A mostra, realizada originalmente em 2018, faz parte de mais uma edição do Com a Palavra. A atividade parte do #TBT Em Casa, que revisita exposições que promovem visitas mediadas às exposições do CCBB conduzidas por especialistas ou profissionais referências em temas diversos, com o intuito de apresentar, a partir de outros campos do conhecimento, múltiplos olhares e modos de conhecer e de se relacionar com a arte.
Com a aproximação do final de semana, é hora de programar novas atividades para entreter as crianças. Por isso, na sexta-feira (12), a criançada tem diversão garantida com mais ação do Lugar de Criação: o dia será de criação de Fantoches. Os pequenos serão estimulados a confeccionarem esses falantes bonecos com materiais disponíveis em casa, como restos de tecidos e acessórios coloridos. A partir daí, é só dar asas à imaginação e criar aventuras e histórias lúdicas para brincar com quem está perto e, também, com quem está longe pelas redes sociais ou chamadas de vídeo.
No sábado (13), haverá mais um Historietas inédito, dessa vez com a leitura do livro infantil Família Mobília, de Tatiana Blass. A história narra a saga de uma família muito original formada por móveis de uma residência. Nela, cada mobiliário apresenta sua personalidade, além de brincar com situações familiares, como a TV que quer ser o centro das atenções, o sofá que vive cochilando, a estante que gosta de contar histórias e a paixão da mesa de jantar pela toalha de mesa. Depois dessa contação, que tal estimular as crianças a criarem suas próprias histórias com os móveis de casa?
Para encerrar essa semana, no domingo (14), o Lugar de Criação propõe a divertida e desafiadora atividade Mensagem Indecifrável, onde os pequenos poderão criar um novo alfabeto utilizando os antigos textos egípcios. Vale utilizar lápis, papel e muita imaginação para formar cada letra ou palavra, escolher um símbolo, uma forma, um emoji ou mesmo um número.
Sobre o programa CCBB Educativo – Arte e Educação
As ações do programa CCBB Educativo – Arte e Educação, desenvolvido pelo JA.CA Centro de Arte e Tecnologia nos quatro CCBBs, de 2018 a abril de 2020, estimulam a experiência, a criação, a investigação e a reflexão por meio de processos pedagógicos, artísticos e curatoriais. A programação, que dialoga com as exposições e demais agendas do Centro Cultural Banco do Brasil, destina-se a todos os públicos com ações inclusivas e afirmativas para estreitar as relações com a comunidade escolar, educadores, artistas pessoas com deficiência, famílias, movimentos sociais, profissionais dos campos da arte e da cultura, instituições públicas e organizações não governamentais. O #CCBBeducativoEmCasa surge como um desdobramento desse mesmo conceito e inicia uma nova abordagem que deverá ser uma referência para a atuação em arte-educação a partir de agora.
Serviço:
Centro Cultural Banco do Brasil
#CCBBeducativoEmCasa
Acesso às ações e links das atividades:
www.ccbbeducativo.com, www.bb.com.br/cultura e redes sociais dos CCBBs
#CCBBemCasa
Acesso às ações e links das atividades:
http://www.bb.com.br/cultura e redes sociais dos CCBBs.
O nome dela é Elaine Silva Moreira, mas pode chamar de Lan Lanh – mesmo porque todo mundo sabe quem é a baiana, referência na percussão brasileira e compositora. Lan Lanh fará live nesta terça-feira, 9 de junho, às 21h30. A live será transmitida na plataforma de streaming e vídeo #CulturaEmCasa, criada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerida pela Organização Social Amigos da Arte. Os conteúdos da plataforma podem ser assistidos gratuitamente por televisão, computador, tablets e celulares. O acesso é por meio do site http://www.culturaemcasa.com.br.
Com 30 anos de carreira, a percussionista já tocou ao lado de grandes nomes da música nacional e internacional como Carlinhos Brown, Elba Ramalho, Nando Reis, Marisa Monte, Tim Maia e Cyndi Lauper.
Serviço:
Festival #CulturaEmCasa
Live Lan Lanh
9 de junho (terça-feira) às 21h30
Site: www.culturaemcasa.com.br
Redes Sociais:
http://www.facebook.com/culturaemcasasp/
A Maria Antonieta Boulangerie & Pâtisserie criou um menu especial para o Dia dos Namorados, com opções de entrada, prato principal e sobremesa. Além dessa novidade diferenciada para celebrar a data, a casa terá também as charmosas cestas de café da manhã sob encomenda. Outra opção de presente são as caixas personalizadas com doces como Trufas Caramel Salé e Brownie Belga.
O cardápio traz três tipos de entrada, como o Mine Tartine, Tartare de Salmão e Burrata. Serão seis opções de pratos principais: Camarão e Risoto, Fraldinha Conflitada, Confit de Pato, Massa Recheada, Salmão em Crosta e uma opção vegana, o Fettuccine com cogumelos Paris, funghi seco e mini legume grelhados no azeite. E, para adoçar ainda mais a noite, duas sugestões de sobremesa – o Coração e o Beijo.
Serão cinco opções de cesta de café da manhã, como a Madame Du barry, Conde Fersen, Princesa de Lamballe, Luis XVI e Maria Antonieta. Vinhos, flores e espumantes também estão à venda para dar aquele toque especial na celebração.
As escolhas do menu especial para duas pessoas podem ser individuais. Para mais informações, consulta do delivery e encomendas, os contatos são (19) 3368-6008 e (19) 97146-0036 ou o site https://namorados.mariaantonieta.com/ (a unidade do Cambuí está funcionando para retirada).
Serviço:
Maria Antonieta – Menu Especial do Dia dos Namorados
Encomendas, informações sobre delivery e outras: (19) 3368-6008 ou (19) 97146-0036 ou pelo site https://namorados.mariaantonieta.com/ (a unidade do Cambuí está aberta para retirada).
Site: http://www.mariaantonietacampinas.com.br/
Instagram: https://www.instagram.com/mariaantonietabr/.
A programação de filmes em streaming do SESC São Paulo, na recém-lançada plataforma SESC Digital, que passou a reservar um espaço exclusivo para as sessões, oferece mais quatro novos títulos a partir desta quinta-feira, 11 de junho. Basta acessar o Cinema Em Casa para conferir longas e documentários, sempre a partir de quinta-feira, com acesso gratuito a qualquer hora do dia e sem necessidade de cadastro.
Nesta semana, o #EmCasaComSESC exibe um clássico do cinema de 1967, o terror surrealista A Hora do Lobo, do sueco Ingmar Bergman. Outra opção é o poético Coração de Cachorro, dirigido pela musicista e multiartista Laurie Anderson, que através do filme faz uma reflexão sobre a morte de seu companheiro, o cantor e guitarrista Lou Reed.
Completam a programação dois filmes nacionais: o aclamado Aquarius, de Kleber Mendonça Filho, uma produção conjunta com a França com Sonia Braga no papel principal, da jornalista aposentada, viúva e mãe de três adultos e o delicado Jonas e o Circo sem Lona, um documentário com ficção dirigido por Paula Gomes que aborda a importância de sonhar através do circo. Na plataforma SESC Digital, todas as produções são exibidas no formato FVOD (Free Video On Demand). Para assistir, acesse SESCsp.org.br/cinemaemcasa.
A programação do Cinema #EmCasaComSESC contempla quatro eixos principais neste primeiro momento. Uma curadoria de clássicos do cinema, em sua maioria cópias restauradas e exclusivas na plataforma; uma seleção contemporânea internacional com filmes que tiveram uma trajetória relevante em festivais no mundo todo e que merecem uma nova oportunidade de exibição ao público; uma janela dedicada ao cinema nacional com produções de grande alcance de público e filmes independentes que merecem maior espaço de exibição – haverá também destaque aos documentários, ponto forte na produção cinematográfica brasileira – e, por fim, uma seleção de filmes infanto-juvenis, visando à formação de público, desde os primeiros anos de vida, para a diversidade do cinema e ampliação do lastro de narrativas.
A iniciativa de oferecer filmes em streaming na nova plataforma digital reforça os aspectos que ancoram a ação institucional do SESC São Paulo, garantindo o acesso a conteúdos da cultura a variados públicos. Com maior presença no ambiente online, o SESC amplia sua ação de difusão cultural de maneira acessível e permanente. O público ganha assim mais um espaço para contemplar, descobrir e redescobrir o cinema a partir de grandes obras selecionadas, disponibilizadas online e gratuitamente. Os filmes ficam disponíveis por um período determinado, com alterações e novas estreias semanais a cada quinta-feira (considerando a semana de cinema de quinta à quarta-feira). Haverá ainda possibilidade de prorrogação da exibição, conforme a demanda do público, além de sessões especiais por períodos menores (como 24h, por exemplo). A curadoria do Cinema #EmCasaComSESC conta com a experiência do CineSESC, que segue fechado desde o mês de março por conta da crise causada pelo novo coronavírus.
CINESESC
Um dos cinemas de rua mais queridos da cidade, o CineSESC iniciou seu funcionamento em 21 de setembro de 1979, no número 2075 da rua Augusta, na cidade de São Paulo e se dedica à missão de fomentar a difusão do cinema de qualidade, exibindo obras que muitas vezes ficam fora do circuito comercial nas salas de cinema e plataformas online. Sua programação inclui grandes e pequenas produções do mundo todo.
Além de integrar o corpo de curadores em mostras especiais, o CineSESC também recebe festivais importantes do calendário cinematográfico paulistano, como a Mostra Internacional em São Paulo, Festival Mix Brasil e o Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo, entre outros. O cuidado com a programação tem reconhecimento do público e da crítica, que o elegeu, por diversas vezes, a melhor sala especial de cinema na cidade de São Paulo.
PROGRAMAÇÃO CINEMA #EMCASACOMSESC DE 11 A 17 DE JUNHO
A Hora do Lobo
(Dir.: Ingmar Bergman, Suécia, 1967, 89 min, 16 anos)
Um pintor e sua esposa vão morar em uma ilha afastada de tudo e conhecem um misterioso grupo de pessoas que passam a trazer angústias ainda maiores à vida do casal, que já estava atormentado pelos pesadelos do pintor e por conflitos psicológicos. Durante a hora do lobo, entre a meia-noite e a aurora, ele conta para sua esposa suas memórias mais dolorosas, e começa a questionar a própria lucidez.
Coração de Cachorro
(Dir.: Laurie Anderson, EUA, 2015, 75 min, 14 anos)
Centrado na cachorra Lolabelle, que morreu em 2011 e era muito querida pela diretora, o filme é um ensaio pessoal que combina lembranças de infância, diários em vídeo, reflexões sobre dados, cultura de vigilância e a visão budista sobre a morte, além de tributos a artistas, escritores, músicos e pensadores. Numa espécie de colagem visual, o filme examina como histórias são construídas e contadas — e como as usamos para dar sentido às nossas vidas.
Aquarius
(Dir.: Kleber Mendonça Filho, Brasil/França, 2016, 145 min, 16 anos)
Clara (Sonia Braga) tem 65 anos, é jornalista aposentada, viúva e mãe de três adultos. Ela mora em um apartamento localizado na Avenida Boa Viagem, no Recife, onde criou seus filhos e viveu boa parte de sua vida. Interessada em construir um novo prédio no espaço, os responsáveis por uma construtora conseguiram adquirir quase todos os apartamentos do prédio, menos o dela. Por mais que tenha deixado bem claro que não pretende vendê-lo, Clara sofre todo tipo de assédio e ameaça para que mude de ideia.
Jonas e o Circo Sem Lona
(Dir.: Paula Gomes, Brasil, 2015, 81 min, Livre)
Jonas tem 13 anos e seu sonho é manter vivo o circo que ele mesmo criou no quintal de casa. Enquanto luta por isso, Jonas vai atravessar a grande aventura de crescer.
Serviço:
Cinema #EmCasaComSESC
Toda semana, sempre a partir de quinta-feira, tem quatro novos filmes para streaming: SESCsp.org.br/cinemaemcasa.
Siga o SESC nas redes:
Fase Beta
As versões da plataforma do SESC Digital encontram-se em fase beta, ou seja, novidades e melhorias serão implementadas a partir das interações que se desenvolverem entre o público e os recursos. Além disso, o catálogo será expandido periodicamente, englobando novas temáticas e linguagens.
+ SESC Digital
A presença digital do SESC São Paulo vem sendo construída desde 1996, sempre pautada pela distribuição diária de informações sobre seus programas, projetos e atividades e marcada pela experimentação. O propósito de expandir o alcance de suas ações socioculturais vem do interesse institucional pela crescente universalização de seu atendimento, incluindo públicos que não têm contato com as ações presenciais oferecidas nas 40 unidades operacionais espalhadas pelo estado. Por essa razão, o SESC apresenta o SESC Digital, sua plataforma de conteúdo.
Saiba+: SESCsp.org.br/SESCdigital.
A Fundação Bienal de São Paulo realiza esta semana o lançamento virtual da publicação educativa da 34ª Bienal de São Paulo Faz escuro mas eu canto, Primeiros ensaios. Serão três eventos on-line, nos dias 10, 11 e 12 de junho, sempre às 19h, com transmissão ao vivo pelo Webinar Center. Com cerca de 1h de duração, cada transmissão é dedicada a conteúdos que estruturam Primeiros ensaios e conta com a participação gravada de autores e artistas que colaboraram com a publicação. As lives terão mediação e serão abertas para comentários e perguntas.
Inspirado no pensamento do filósofo e poeta martinicano Édouard Glissant, o livro aposta na diversidade de percepções como estrutura potente para a construção de relações de aprendizagem com a 34ª Bienal – Faz escuro mas eu canto. A publicação assume, portanto, que a complexidade dos conhecimentos e das realidades que nos cercam no mundo contemporâneo exige o esforço por não se relacionar apenas com um único ponto de vista. De acordo com o curador geral da 34ª Bienal, Jacopo Crivelli Visconti, “nunca temos a ambição de explicar as coisas do começo ao fim, porque nossa visão é a mesma do Glissant, de que sempre há uma parte do outro, uma parte grande ou pequena, que você não vai entender. E o esforço que se faz é para que você tenha uma relação com esse outro, mesmo não entendendo”.
No dia 10 de junho, o tema será Em torno do Bendegó e contará com a participação gravada da professora universitária (UFRJ) e curadora da meteorítica do Museu Nacional Maria Elizabeth Zucolotto e do artista indígena Gustavo Caboco. O meteorito do Bendegó foi encontrado no sertão brasileiro do estado da Bahia, em 1784. Com 5.360 quilos, é o maior siderito já achado em solo brasileiro. A rocha resistiu ao fogo do Museu Nacional no Rio de Janeiro em 2018. Na publicação, o Bendegó funciona como um enunciado para abordar noções de resistência, perenidade e resiliência.
O evento do dia 11, por sua vez, será Em torno do Sino de Ouro Preto, com entrevistas da professora universitária (PUC SP) Christine Greiner e da artista Eleonora Fabião. O sino da capela do Padre Faria, datado de 1750 e localizado na cidade mineira de Ouro Preto, foi tocado em duas ocasiões marcantes na história do Brasil: o dia da morte de Tiradentes e na inauguração de Brasília. Esse símbolo mobilizou pesquisas em torno da repetição e da diferença, de memória(s) e futuro e da relação entre corpo e conhecimento.
No último encontro, no dia 12, serão abordadas temáticas Em torno dos Retratos de Frederick Douglass. O jornalista especializado em cultura, fundador e diretor da revista O Menelick: 2º Ato, Nabor Jr. e o artista Daniel de Paula contribuirão para o debate, que irá abordar também o Teatro Experimental do Negro. Frederick Douglass (1818-1895) foi um abolicionista negro norte-americano hoje reconhecido por sua capacidade como orador antirracista e por ter sido um pioneiro na compreensão da circulação da imagem fotográfica como instrumento político capaz de reiterar ou contrapor estereótipos de raça. Na publicação, sua figura mobiliza pesquisas sobre autorrepresentação, circulação e visibilidade.
Quem participar dos três eventos online ganhará um exemplar da versão impressa (a ser retirado no Pavilhão Ciccillo Matarazzo após retomada das atividades presenciais). A versão on-line da publicação já está disponível para download (http://34.bienal.org.br/educacao) na aba Educação do site da 34ª Bienal, onde também se encontra uma série de conteúdos complementares.
Link para inscrição dos encontros de lançamento: https://bit.ly/primeirosensaios.
Deana Lawson inaugura exposição na Suíça
Como parte das múltiplas ações expandidas da 34ª Bienal de São Paulo – Faz escuro mas eu canto, a fotógrafa norte-americana Deana Lawson inaugura no próximo dia 9 de junho a exposição individual Centropy no Kunsthalle Basel, na Basileia (Suíça). A exposição parte da pesquisa da fotógrafa sobre as diásporas africanas em vários lugares do mundo e inclui uma série inédita realizada em Salvador (BA), comissionada pela Fundação Bienal para esta edição da mostra.
Para realizar a série de fotografias comissionadas pela Bienal, Lawson viajou para o nordeste da Bahia, um dos lugares que há tempo ela queria visitar como parte da sua pesquisa sobre o imaginário e a visualidade de pessoas e lugares marcados pela forte presença de culturas de raiz africana. Sensível aos estereótipos nos retratos ocidentais de africanos e afrodescendentes, Lawson explora predominantemente tópicos como fisicalidade, identidade, gênero e família em uma prática que se baseia em longas pesquisas sobre negritude e representatividade. Embora revelem um profundo grau de intimidade com seus sujeitos, as fotografias de Lawson são meticulosamente encenadas e muitas vezes baseadas em desenhos e esboços que ela faz antes da sessão, além de incluir objetos de cena escolhidos pela artista. Produzidas em sua maioria em espaços domésticos, essas fotografias são carregadas de uma atmosfera ambígua entre o voyeurismo, o teatral, o etnográfico e o militante, sem encaixar-se plenamente em nenhuma dessas possíveis leituras da obra.
34ª Bienal de São Paulo
Marcada pelo encontro e potencialização mútua entre projeto curatorial e atuação institucional, a 34ª Bienal de São Paulo enfatiza a multiplicidade de leituras possíveis de uma obra e de uma exposição a partir do conceito de “relação”, abordado por pensadores como Édouard Glissant e Eduardo Viveiros de Castro. Para tanto, ela adotou uma estrutura de funcionamento inovadora, que envolveu a realização de mostras e ações apresentadas no Pavilhão da Bienal desde fevereiro de 2020 e a articulação com uma rede de instituições paulistas. Assim, foi realizada, entre fevereiro e março de 2020, a exposição da artista peruana Ximena Garrido-Lecca, cuja abertura foi concomitante à realização de uma performance inédita do sul-africano Neo Muyanga.
Com curadoria geral de Jacopo Crivelli Visconti, a equipe curatorial da 34ª Bienal é composta por Paulo Miyada (curador adjunto), Carla Zaccagnini, Francesco Stocchi e Ruth Estévez (curadores convidados). Para as publicações, Elvira Dyangani Ose atua como editora convidada e sua participação é uma colaboração com The Showroom, London.
Faz Escuro Mas Eu Canto
Encarado mais como uma afirmação que como um tema, o título da 34ª Bienal de São Paulo, Faz escuro mas eu canto, é um verso do poeta Thiago de Mello (1926, Barreirinha, AM) publicado em livro homônimo do autor em 1965. Em sua obra, o poeta amazonense fala de maneira clara dos problemas e das esperanças de milhões de homens e mulheres ao redor do mundo: “A esperança é universal, as desigualdades sociais são universais também (…). Estamos num momento em que o apocalipse está ganhando da utopia. Faz tempo que fiz a opção: entre o apocalipse e a utopia, eu fico com a utopia”, afirma o escritor. Jacopo Crivelli Visconti completa: “por meio de seu título, a 34ª Bienal reconhece o estado de angústia do mundo contemporâneo enquanto realça a possibilidade de existência da arte como um gesto de resiliência, esperança e comunicação”.
Deana Lawson: Centropy
Exposição individual
Parte da 34ª Bienal de São Paulo – Embora esteja escuro, ainda canto
9 de junho a 11 de outubro de 2020
Kunsthalle Basel, Suíça
34ª Bienal de São Paulo – Faz escuro mas eu canto
Equipe curatorial
Curador geral: Jacopo Crivelli Visconti
Curador adjunto: Paulo Miyada
Curadores convidados: Carla Zaccagnini, Francesco Stocchi e Ruth Estévez
Editora convidada: Elvira Dyangani Ose
A participação de Elvira Dyangani Ose é uma colaboração com The Showroom, London.