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Inscrições para 8° Concurso Literário Pague Menos chegam à reta final

Brasil, por Kleber Patricio

Imagem de Selling of my photos with StockAgencies is not permitted por Pixabay .

Aqueles que desejam participar do 8º Concurso Literário Pague Menos têm apenas mais alguns dias para inscreverem suas poesias. A disputa, que busca identificar e premiar talentos da escrita de todo o país, estará com suas inscrições abertas até o dia 31 de março. Para ter a chance de ser selecionado, é preciso enviar uma poesia de autoria própria seguindo o tema escolhido para essa edição, Viva Plenamente, abordando a felicidade, a força de vontade e a alegria de viver do povo brasileiro.

Um júri especializado composto por professores de língua portuguesa, literatura e críticos literários, dentre outros, selecionará os cinco finalistas, que serão premiados com valores que variam de R$550 a R$2.500. Além disso, os autores das 100 melhores poesias terão seus textos publicados em um livro. Cada um deles receberá dez exemplares da publicação. Os textos selecionados também ficarão disponíveis em uma coletânea no hotsite do concurso. Na última edição, mais de 3 mil poesias foram inscritas.

As inscrições devem ser feitas pelo hotsite do concurso: www.paguemenos.com.br/concursoliterario. Só será permitida uma obra por participante, em língua portuguesa e que esteja dentro dos critérios dispostos no regulamento. O resultado será transmitido em 17 de junho, durante uma live nas redes sociais das Farmácias Pague Menos e estará disponível no hotsite do concurso a partir do dia 18 de junho.

Atletas da Natação PCD de Indaiatuba estão em isolamento no Equador

Quito, por Kleber Patricio

Treino em altitude foi interrompido e atletas, impedidos de retornar devido à Covid-19. Foto: divulgação.

Com treinos agendados entre 3 e 21 de março no Equador, a equipe de Natação PCD da Secretaria de Esportes de Indaiatuba aguarda em isolamento, em hotel localizado em Quito, uma oportunidade para voltar para casa, após os desdobramentos da pandemia do Novo Coronavírus (Covid-19). Os nove atletas estão acompanhados do treinador Antonio Luiz Duarte Candido, o Maceió. A Prefeitura adiantou a ajuda de custo aos atletas e acompanha os desdobramentos do caso.

“Estamos acompanhando o caso de perto. Neste momento, adiantamos a ajuda de custo aos atletas para que eles possam comprar o que precisam no Equador”, conta o secretário municipal de Esportes, Marcos Antônio de Moraes. “Continuaremos em contato com todos e auxiliando nesta questão, que envolve diplomacia e saúde pública”.

O técnico conta qual era o planejamento inicial da equipe: “O treinamento na altitude foi planejado entre 3 e 21 de março e voltaríamos para a seletiva em São Paulo”, revela Maceió. O Open de Natação Paralímpica aconteceria entre os dias 26 a 28 de março em São Paulo, mas foi cancelado pelo Comitê Paralímpíco Brasileiro (CPB). “No dia 13 houve o cancelamento das seletivas e solicitei a antecipação das passagens. No dia seguinte, o Aeroporto de Cuenca fechou e, no dia 15, acionamos o Consulado”.

Em um primeiro momento, a equipe foi transferida de Cuenca para Quito, capital do Equador. “O cônsul nos ajudou com o traslado, pois nosso pacote (de viagem) terminou no dia 21”, conta Maceió. “Agora o CPB está bancando nossa estadia por aqui. Estamos amparados também pela Prefeitura de Indaiatuba e amigos, que fizeram doações”.

O contato com a Embaixada é constante. “Estamos em contato direto com a Embaixada, para mais informações sobre nosso regresso. Soube que existem cerca de 130 brasileiro na mesma situação em Quito”, destaca o técnico. Existe uma movimentação para o retorno dos atletas na próxima quinta-feira (26), mas ainda não existe uma confirmação. “Depende de inúmeros fatores”, ressalta.

Rotina

Em isolamento, os atletas mantém uma rotina. “Nosso dia começa às 7h30 com o café da manhã e seguimos para a yoga às 10h. O almoço acontece às 13h, seguido por circuito de atividades às 16h. Nosso jantar é sempre às 19h”, explica Maceió. “Só eu saio do hotel para realizar as compras diárias para as refeições. Estou cozinhando para os atletas. Todos os dias, ao regressar da rua, as roupas são lavadas. Isolamento total para não colocar os atletas em risco”.

O técnico fala ainda sobre a dificuldade de manter uma rotina na quarentena. “Quarentena em casa com seus familiares é uma coisa, mas aqui o trabalho é redobrado. Temos deficientes intelectuais aqui, nossa atenção é ainda maior”, conta Maceió, que fala ainda sobre outras atividades para passar o tempo: “Ligações via WhatsApp, ajuda para cozinhar, circuitos físicos, jogos de carta, música e séries são fazem parte de nossa rotina. Estamos tentando tudo que podemos, na esperança de que a situação se resolva o mais rápido possível”.

Dicas para amenizar o isolamento social dos idosos durante pandemia

Brasil, por Kleber Patricio

Psicóloga Daniela Bernardes alerta: falta de interação social e contato com a família podem gerar ansiedade e agravar casos de depressão. Foto: divulgação.

A melhor maneira de evitar que o novo coronavírus se alastre ainda mais é ficar em casa. No caso dos idosos, grupo mais vulnerável diante da pandemia, o isolamento social torna-se algo ainda mais urgente. O confinamento, no entanto, pode gerar outros problemas, principalmente em se tratando de pessoas da terceira idade. A falta de interação social e contato com a família podem gerar ansiedade e agravar casos de depressão. A psicóloga Daniela Bernardes, do Residencial Club Leger, instituição dedicada ao atendimento e acolhimento desta faixa etária, dá algumas dicas para superar esse período penoso sem aprofundar complicações emocionais.

– Os jogos de mesa e dominós, muitos esquecidos nas gavetas empoeiradas de casa, podem ajudar muito na tarefa de distração. São atividades que contém linguagens conhecidas por seus pais e avós e uma forma de “conversa” possível para além dos noticiários. A propósito, regular esse dispositivo é extremamente saudável para evitar ansiedade desnecessária. “O momento é de consciência e responsabilidade, mas não de alarmes”, explica Daniela.

– Falar de casos passados, junto a fotos de álbuns, pode ser uma forma de trazer aos idosos a importância de sua história e fazer com que se recordem de momentos felizes. Tudo isso pode ser compartilhado também de forma virtual. “Essa atividade ajuda a dar um sentido positivo às experiências deles e retoma sua importância na vida de cada membro familiar”, esclarece a psicóloga.

– Resgatar filmes antigos, sugerindo títulos, caso eles não estejam no mesmo ambiente dos demais parentes, pode ajudar a aliviar o sentido de afastamento, além de ser um poderoso método de distração e divertimento.

– Também são vitais as ligações ao longo do dia para aqueles que estejam distantes. “Neste caso, devamos fazê-los se sentirem seguros, reforçando que esse período difícil é algo passageiro, mas que requer cuidados”, acrescenta Daniela.

A psicóloga salienta ser natural a sensações de tristeza e desorganização de todos, não apenas dos idosos, diante de uma necessidade de reprogramar a vida de maneira tão abrupta. “Faz parte de nosso mecanismo psíquico acomodar-se cada um a seu modo, por vezes desenvolvendo a tristeza e a angústia. As estratégias que consideramos tendem a ser uma forma de alívio desses mecanismos, até que cada um internamente encontre sua forma de enfrentamento. Cada um tem seu tempo para isso”, diz.

A psicóloga cita um trecho de um poema de Mário Quintana: A arte de viver é simplesmente a arte de conviver. Simplesmente, disse eu? Mas como é difícil!

“Temos de aprender com os desafios, para que todos possamos sair melhores de tudo isso. Será que essa ‘parada obrigatória’ não quer nos dizer alguma coisa em relação à forma como estamos tratando nossos idosos?”, analisa Daniela, concluindo.

Comércio de Indaiatuba está suspenso a partir desta segunda-feira (23)

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Imagem de Thor Deichmann por Pixabay.

A Prefeitura de Indaiatuba decretou a suspensão do comércio local a partir desta segunda-feira (23) permitindo apenas os serviços essenciais e serviços de entrega. A decisão foi do prefeito Nilson Gaspar (MDB) em conjunto com a Associação dos Comercial, Industrial e Agrícola de Indaiatuba e o Comitê de Enfrentamento e Prevenção ao Covid-19. O Decreto nº 13.932 de 21 de março de 2020 foi publicado na Imprensa Oficial do Município nº 1633 e está disponibilizado no site da Prefeitura.

Fica suspenso, em todo o território do Município de Indaiatuba, pelo prazo de 30 dias, prorrogáveis por iguais e sucessivos períodos, a partir de 23 de março de 2020, o funcionamento dos seguintes estabelecimentos e atividades: galerias, shoppings centers, comércios varejistas e atacadistas, bares, lanchonetes; casas noturnas, cinemas e similares, clubes, academias de ginástica, associações recreativas e afins, áreas comuns, playgrounds; salões de festas, piscinas e academias em condomínios, verticais e horizontais e loteamentos fechados;  missas, cultos ou quaisquer atos religiosos coletivos realizados presencialmente com aglomeração de pessoas.

Fica igualmente suspenso, pelo mesmo prazo, o atendimento presencial ao público nos estabelecimentos prestadores de serviços privados, exceto os relacionados ao Sistema Financeiro Nacional (bancos e outras instituições financeiras), adotando-se, nos processos internos, preferencialmente, o sistema de escritório remoto (home office), devendo, na impossibilidade, ser respeitada a distância mínima de dois metros entre os pontos de trabalho.

Os estabelecimentos deverão manter as portas fechadas, sem permitir acesso do público ao seu interior. A suspensão da atividade não se aplica às atividades internas dos estabelecimentos, bem como à realização de transações por meio de aplicativos, internet, telefone ou outros instrumentos similares, serviços de entrega de mercadorias (delivery, drive thru) e de transmissão on-line.

Os serviços mantidos são farmácias, supermercados, mercados, açougues, peixarias, hortifrutigranjeiros, mercearias e quitandas, lojas de venda de alimentação para animais e agropecuárias, distribuidoras de água e gás, padarias, postos de combustíveis e outras atividades essenciais, como serviços de saúde de urgência, emergência e internação, serviços funerários etc.

TRANSPORTE PÚBLICO

O cartão de estudante será bloqueado a partir de segunda-feira (23), por conta da suspensão das aulas. O cartão de idosos só terá validade das 10h às 15h a partir de terça-feira (24). Poderão acontecer ajustes de horário ao longo do dia para manter o equilíbrio do serviço.

PAÇO MUNICIPAL

O atendimento ao público no Paço Municipal a partir de terça-feira (24) será reduzido a cinco horas diárias, das 10h às 15h, de segunda a sexta-feira. Por enquanto, o expediente interno permanece das 8h às 17h. A orientação para funcionários com sintomas gripais é para permanecer em isolamento residencial por 15 dias, após aviso ao superior, sem prejuízo de remuneração. Os funcionários que tenham mais de 60 anos ou doenças crônicas são orientados a procurar o superior para conduzir o trabalho em modo home office.

CASOS SUSPEITOS

Até sábado, Indaiatuba possuía 71 casos suspeitos, 70 em análise, um descartado e nenhum confirmado.

IDOSOS ACIMA DE 80 ANOS E ACAMADOS RECEBERÃO VACINA CONTRA A GRIPE EM CASA

Estratégia visa diminuir a circulação de idosos no período de quarentena

Imagem de Arek Socha por Pixabay.

A Secretaria de Saúde informa nova estratégia para a 22ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, que começa na segunda-feira (23).

Os idosos acima de 80 anos não precisam sair de casa para se imunizar, equipes de saúde farão a vacinação na residência dessa população de acordo com o cadastro SUS. A ação também se estende aos idosos acamados. As pessoas que não possuem cadastro do SUS devem entrar em contato via Whatsapp da Saúde no número (19) 99779-3856 e informar nome completo, data de nascimento e endereço.

Para manter o processo em segurança, as equipes estão orientadas a não entrar na residência e aplicar a vacina em área externa, a não ser no caso dos acamados.

É importante destacar que essa ação será ao longo do período de vacinação estipulado pelo Ministério da Saúde e de acordo com o quantitativo de doses semanais enviadas pelo Governo do Estado.

Primeiro livro póstumo de Luiz Octavio de Lima questiona por que a tentação totalitária é tão forte no Brasil

Brasil, por Kleber Patricio

Que semelhanças tem o Brasil de 2020 com aquele de 31 de março de 1964? Os anos de chumbo, lançamento da Editora Planeta, refaz o percurso político, social e histórico do país desde o governo de Jânio Quadros até a instauração da Ditadura Militar. A militância, a repressão e a cultura de um tempo que definiu o destino do Brasil – este é o subtítulo do livro, de autoria de Luiz Octavio de Lima, jornalista reconhecido por sua profunda pesquisa política, que faleceu em janeiro de 2020, pouco tempo antes da publicação desta obra.

Trata-se de um compilado de materiais inéditos sobre os acontecimentos políticos que desencadearam o Golpe de 64. Dedicado em sua epígrafe às novas gerações, este é um livro que questiona essencialmente como os caminhos da repressão e da censura afetaram o Brasil e o cotidiano das pessoas e o que foi feito para levar o país à redemocratização.

O livro contém entrevistas inéditas com personalidades da época e revisões bibliográficas, além de brindar o leitor com a presença de dois nomes de peso para o pensamento político no Brasil e no mundo, o historiador brasileiro Laurentino Gomes (autor de 1808), que assina o prefácio da obra, e Noam Chomsky, um dos principais linguistas e filósofos em atividade no mundo, que escreveu a quarta capa de Os anos de chumbo. Já a preparação do livro é assinada pelo premiado escritor Tiago Ferro (O pai da menina morta).

Atualidade e crítica em uma obra que não se esgota – para Noam Chomsky, o ano de 1964 representa o mergulho do Brasil na escuridão, daí a importância de nos ancorarmos nos aprendizados que esse período ainda nos fornece para problematizar os rumos do país. “Uma análise abrangente desse período doloroso e crítico da história moderna do Brasil, tendo como objetivo ‘imergir o leitor no tempo retratado’ em toda sua rica variedade e complexidade. É uma contribuição muito valiosa para a compreensão histórica, com especial significado devido a suas duras e urgentes lições para o hoje”, afirma o pensador na quarta capa do livro.

Com a seriedade e a sobriedade que definiu o seu trabalho por décadas, Luiz Octavio acompanhou pessoas que tiveram importância direta ou indiretamente para a manutenção ou subversão do estado de coisas antes, durante e após o Golpe, passando por auxiliares de figuras da repressão, integrantes da Comissão Nacional da Verdade, líderes estudantis tornados guerrilheiros e participantes da conspiração pré-1964. Uma das entrevistas de destaque é a do Cabo Anselmo, personalidade controversa que passou da militância marxista à colaboração com órgãos do regime militar.

Tendo a democracia como elemento chave que dá norte às suas reflexões, o livro instiga a pensar o presente e o futuro a partir de um olhar criterioso para o passado. “Toda boa síntese histórica cria novos significados e propõe olhares inusitados com o intuito de colaborar com o debate público atual. Este livro de história tem a urgência de quem sabe que é preciso resgatar a tão maltratada democracia. Esta publicação é uma boia de salvamento lançada ao futuro”, defende Tiago Ferro. Não por acaso, o questionamento de Laurentino no prefácio é a pergunta que provoca o leitor da primeira à última linha do livro: Seria o Brasil de hoje muito diferente daquele descrito em Os anos de chumbo?.

Jornalismo literário e análise política

O livro revisita, analisa e lança novos olhares para um passado de luta, massacres, incertezas e resistências, mas sem perder a incômoda conexão com o presente e a leveza na linguagem, como atesta Laurentino Gomes no prefácio. “A capa deste livro talvez merecesse uma advertência, à semelhança das embalagens de medicamentos. Sob o encantamento e a leveza do estilo literário de Luiz Octavio de Lima estão algumas perguntas incômodas, de cujas respostas dependem o sucesso ou o fracasso da construção do Brasil neste início de século XXI. Por que a tentação totalitária é tão forte entre nós? Conseguiremos persistir na democracia e consolidar essa forma de regime político sem correr o risco de novas e traumáticas rupturas que tanto nos assombraram no passado?”, afirma o jornalista.

Assim, o estilo literário característico do autor empresta uma prosa poética para a narração de um dos capítulos mais emblemáticos da história recente do país. Passando por episódios marcadamente decisivos, como o Terror no Guararapes, a Primavera Operária, a efervescência política dos festivais, o movimento jovem da década de 60, o conflito armado na Maria Antônia e a instituição do Ato Inconstitucional número 5, a obra provoca a pensar sobre a atualidade de algumas manobras políticas e por que seus efeitos, motivações e consequências podem atravessar os tempos.

Sobre o autor

Jornalista formado pela PUC-RJ e com MBA em Economia pela Unicamp, Luiz Octavio de Lima trabalhou nas principais redações do país. Tendo começado como repórter em O Globo, atuou nas revistas Veja, Época e Exame, jornais Folha de S.Paulo e O Estado de São Paulo. Foi finalista do Prêmio Jabuti com o livro Pimenta Neves: uma reportagem. Publicou três livros de história pela Editora Planeta: A guerra do Paraguai, 21 batalhas que mudaram o Brasil e 1932: São Paulo em chamas. Viria a falecer logo depois de concluir este quarto livro, Os anos de chumbo, que a Planeta publica em sua homenagem.

Ficha técnica

Os anos de chumbo: a militância, a repressão e a cultura de um tempo que definiu o destino do Brasil

Autor: Luiz Octavio de Lima

Assunto: História do Brasil

ISBN: 978-85-422-1907-4

Formato: 16 X 23

Páginas: 432

Preço: R$69,90.