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[Livros] Casos de sacrilégio por efusão de sangue no Bispado de São Paulo

São Paulo, por Kleber Patricio

Capa do livro. Foto: Divulgação/Livraria das Perdizes.

Dedicada a se fortalecer como centro de encontro e difusão cultural, a Livraria das Perdizes acaba de lançar ‘A Violência na Colônia: os crimes de sacrilégio no bispado de São Paulo – 1745-1800’.

Reinaugurada em novembro de 2024, a livraria fica na Rua Bartira, 317, em São Paulo, mesmo local onde José Xavier Cortez inaugurou a antiga Livraria Cortez há mais de quatro décadas. Com lançamentos como este, busca se consolidar como um polo de eventos literários e reafirmar a importância das livrarias físicas na formação de leitores e no fortalecimento do cenário editorial brasileiro. 

A Violência na Colônia é resultado da dissertação de mestrado em História de Walter Mesquita Barroso e da análise de manuscritos inéditos garimpados no Arquivo da Cúria Metropolitana paulista. A obra mergulha em casos de sacrilégio por efusão de sangue cometidos no Bispado de São Paulo no século XVIII. Explora, assim, aspectos sociais e culturais da época relacionados à religiosidade católica e doutrinação. 

Sinopse

Walter Mesquita Barroso analisa o modo de vida da Capitania de São Paulo durante a segunda metade do século XVIII, a partir de um tipo de crime eclesiástico pouco explorado pela historiografia: o sacrilégio por efusão de sangue. Esse delito – caracterizado por ser cometido dentro da Igreja – revelava muito mais que o simples ato violento: trazia consigo as relações pessoais que marcavam aquela sociedade aristocrática. Processos, devassas, pedidos de clemência e soltura que trazem detalhes da família, das finanças e da violência que existia à época. Mais que documentos, são passaportes que vão transportar o leitor para 275 anos atrás.

(Com Ana Paula Gonçalves/LC Agência de Comunicação)

Conde Favela Sexteto leva o jazz de ABCguetojazz ao Sesc 24 de Maio

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Debora Oliveira.

O Conde Favela Sexteto apresenta no Sesc 24 de Maio o show de ABCguetojazz, seu segundo álbum, no dia 21 de fevereiro, sexta-feira, às 20h. O trabalho é uma homenagem ao ABC Paulista, região industrial e periférica de São Paulo, marcada por lutas históricas e transformações constantes.

Com um espírito punk e inovador, ABCguetojazz transita entre o free jazz, bebop, post-bop e hard bop, buscando uma identidade sonora própria. O show revela tanto a força individual de cada integrante quanto a criação coletiva, resultando em uma produção intensa, livre de amarras e carregada de energia e expressão.

Definido pelo grupo como ‘jazz com CEP problemático’, o álbum transforma improvisação e estudo em um estado de liberdade criativa.

Formado em 2009, o Conde Favela Sexteto se dedica a resgatar e reinventar o jazz e o samba-jazz, inspirado por movimentos que expandiram os limites da música instrumental. Com o tempo, o grupo desenvolveu composições autorais que refletem sua identidade artística e sua conexão com a realidade urbana.

Ouça: Spotify / Deezer / Apple Music / YouTube Music

Veja: You Tube.

Serviço:

Conde Favela Sexteto apresenta ABCguetojazz

Data: 21/2, sexta, às 20h

Local: Sesc 24 de Maio – Rua 24 de Maio, 109, São Paulo – 350 metros da estação República do metrô

Classificação: 12 anos

Ingressos: sescsp.org.br/24demaio ou pelo aplicativo Credencial Sesc SP e nas bilheterias das unidades Sesc SP – R$60 (inteira), R$30 (meia) e R$18 (Credencial Sesc).

Duração do show: 90 min

Serviço de van: Transporte gratuito até as estações de metrô República e Anhangabaú. Saídas da portaria a cada 30 minutos, de terça a sábado, das 20h às 23h, e aos domingos e feriados, das 18h às 21h

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Sesc 24 de Maio

Rua 24 de Maio, 109, Centro, São Paulo

350 metros do metrô República

Fone: (11) 3350-6300.

(Com Meyre Vitorino/Sesc 24 de Maio)

Conservatório de Tatuí abre inscrições para 2° Processo Seletivo de Estudantes com novas especializações em Teatro Musical e Viola Caipira

Tatuí, por Kleber Patricio

Recital de Estudantes – Harpa. Foto: Paulo Rogério Ribeiro/Arquivo Conservatório de Tatuí.

O Conservatório de Tatuí anuncia a abertura das inscrições para o 2° Processo Seletivo de Estudantes de 2025 e anuncia novidades: as especializações em Teatro Musical e Viola Caipira. As inscrições contemplam cursos que ainda têm vagas remanescentes, distribuídas nas seguintes formações: 38 vagas em Música Erudita (Sede); 14 vagas para Música Popular; 31 vagas para a formação em Educação Musical; 29 vagas em Artes Cênicas; 10 vagas na especialização nova especialização em Teatro Musical; 13 vagas em Música Erudita, no Polo São José do Rio Pardo; e outras 32 oportunidades nos cursos de especialização em Musicografia Braille (3), Piano Colaborativo (6), Regência (17) e Viola Caipira (3). Algumas formações dispõem também de opção para cadastro de reserva. Os cursos são inteiramente gratuitos e pessoas interessadas podem se inscrever por meio do site até dia 7 de março.

O 2° Processo Seletivo do Conservatório de Tatuí anuncia para a área de Música Popular uma nova especialização em Viola Caipira. O curso é presencial e com 2 anos de duração, nos quais estudantes terão aulas práticas e aprenderão sobre a história e diversidade da Viola Caipira no Brasil. Para se candidatar, é necessário conhecimento prévio em algum instrumento de cordas dedilhadas – como violão, guitarra, cavaquinho, entre outros, e que seja equivalente ao nível intermediário 1 das formações regulares da instituição. A seleção de candidatos(as) será feita por meio de um teste para uma banca de docentes do Conservatório de Tatuí, apresentando uma peça de livre escolha.

A especialização em Teatro Musical é mais uma das novidades que o Conservatório de Tatuí prepara para o ano letivo de 2025. O curso terá duração de 2 anos e foi formulado com a consultoria de Fernanda Maia e Zé Henrique de Paula – duas grandes potências nesse segmento. A formação é voltada para estudantes que já possuem experiência prévia em canto e teatro, uma vez que a grade curricular prevê disciplinas práticas e teóricas voltadas para o desenvolvimento de habilidades relacionadas à atuação, música e cenografia.

Os processos de seleção serão realizados de maneira híbrida e de acordo com as normas previstas nos editais de cada área. Para as formações de Artes Cênicas, por exemplo, incluindo a nova especialização em Teatro Musical, a triagem de estudantes será presencial. Já nos cursos de música – erudita e popular, a seleção de interessados(as) com conhecimento musical poderá ser feita de duas formas: em uma apresentação presencial para a banca avaliadora; ou virtualmente por meio de uma gravação em vídeo cantando ou tocando a obra escolhida. E para os cursos sem conhecimento musical prévio, a distribuição de vagas ocorre por meio de sorteio virtual ao vivo, no canal do YouTube da instituição.

Os editais possuem idade mínima e máxima para ingresso nos cursos, sendo variáveis de acordo com a formação e a categoria das vagas. Por isso, recomenda-se que as pessoas interessadas leiam atentamente o edital antes de efetuar a inscrição.

O Conservatório de Tatuí mantém em seus processos seletivos ações afirmativas. Dentre elas, há distribuição de 50% das vagas destinadas à ampla concorrência e 50% reservadas a estudantes de escolas públicas.

Para sanar dúvidas sobre este processo seletivo ou sobre os editais, a organização disponibiliza e-mails para contato: processoseletivo@conservatoriodetatui.org.br (cursos em Tatuí) ou secretaria.polo@conservatoriodetatui.org.br (cursos do Polo São José do Rio Pardo).

Serviço:

2º Processo Seletivo de Estudantes 2025 do Conservatório de Tatuí

Inscrições: até 7/3/2025

Editais: Link

Dúvidas ou mais informações: processoseletivo@conservatoriodetatui.org.br ou (15) 3205-8443/8448/8447

Inscrições gratuitas

O Conservatório de Tatuí e a Sustenidos Organização Social de Cultura agradecem aos patrocinadores que apoiam nossas atividades por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura

Patrocinadores do Conservatório de Tatuí: Instituto CCR, Rede Itaú, Zanchetta, Cipatex, Drogal, Marquespan, Sicoob.

(Fonte: Assessoria de Imprensa Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas)

Lume Teatro revive quatro décadas de existência por meio de conferência musical

Campinas, por Kleber Patricio

Fotos: Alessandro Poeta.

Ainda dá tempo de apreciar os sete atores-pesquisadores do Lume Teatro (Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais – Unicamp), referência internacional de companhia teatral, dividindo a mesma cena. E como? Durante a encenação da Conferência Aberta: Lume 40 anos – Memória em Canção, em cartaz no próximo domingo (23/2), às 20h30, na sede da companhia, localizada em Barão Geraldo, em Campinas (SP). A entrada é franca, com distribuição de senhas uma hora antes da sessão.

A montagem integra a edição 2025 do Terra Lume, evento pedagógico e artístico do Lume Teatro que se estende até terça-feira (25/2) e foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo (Edital LPG nº 18/2023 – Manutenção de Atividades) por meio do projeto Atuação e Presença.

Protagonizada pelos sete atores-pesquisadores do Núcleo: Ana Cristina Colla, Carlos Simioni, Jesser de Souza, Naomi Silman, Raquel Scotti Hirson, Renato Ferracini e Ricardo Puccetti, a Conferência Aberta: Lume 40 anos – Memória em Canção propõe um encontro íntimo e sensível entre lembranças, improviso, brincadeiras, rituais, músicas e cantos. De acordo com Naomi Silman, trata-se da celebração de 40 anos por meio de características peculiares que permeiam a trajetória da companhia. Duas em especial: a troca constante com a plateia e, claro, a experimentação do novo. No caso da atual montagem, de forma bastante despretensiosa.

Não por acaso, tudo nasce do improviso. A partir de um arquivo composto de 20 mil fotos da trajetória do Lume Teatro, tanto de imagens de espetáculos, ensaios e viagens quanto do cotidiano na sede, dos encontros e das celebrações da companhia, há um sorteio ao vivo. “A foto escolhida abre a reflexão para que possamos contar não somente a história da imagem, mas também do grupo, da nossa convivência, das vitórias, dos desafios. Trata-se de um jogo cênico com tempo pré-determinado e com diversas possibilidades de encenação”, destaca Naomi Silman.

Nesse contexto, a música e o canto, outras marcas da identidade do Lume Teatro, tornam-se importantes aliados na contação das histórias e das lembranças. “O cantar é algo que nos une e traz grande prazer. Por isso, usamos todo o nosso arsenal de canções, que são oriundas de espetáculos, em especial de montagens como Parada de Rua, Shi-Zen, Kintsugi e do Cortejo Abre-Alas, além de músicas coletadas durante as nossas viagens e no intercâmbio com os alunos. Ah, e não são só em português, mas também em idiomas como armênio, espanhol e hebraico”, pontua a atriz.

Convidado internacional

Para abrilhantar o Terra Lume, a programação contará com a participação do Grupo Labirion, renomada companhia teatral italiana. Além de ministrarem um curso e participarem da demonstração técnica A Personagem como Obra de Arte (19/2, às 20h30), os atores italianos encenarão o espetáculo Cadou, em cartaz em 22 de fevereiro, às 20h30. “Com a vinda do Grupo Labirion, conseguimos reforçar a identidade do nosso grupo, que sempre se orientou pela pluralidade de estéticas e pelo crescimento artístico fundamentado na experiência da troca”, finaliza Naomi.

Programação

19/2, às 20h30

Demonstração técnica A Personagem como Obra de Arte, com o Grupo Labirion, da Itália.

20/2, às 20h30

Atividade artística Cabaré Efêmero conduzida pelo ator-pesquisador Ricardo Puccetti (Lume Teatro).

22/2, às 20h30

Espetáculo Cadou, do Grupo Labirion, da Itália.

23/2, às 20h30

Conferência Aberta Lume 40 anos – Memória em Canção, com os atores-pesquisadores do Lume Teatro.

25/2, às 20h30

Exibição do documentário O que é a Palhaçaria Sagrada?, com a atriz-pesquisadora Naomi Silman (Lume Teatro) e de  Alessandro Poeta (Lume Teatro).

O Lume

Fundado em 1985, o Lume Teatro se tornou referência internacional na pesquisa da arte da atuação. Composto atualmente pelos atores pesquisadores Ana Cristina Colla, Carlos Simioni, Jesser de Souza, Naomi Silman, Raquel Scotti Hirson, Renato Ferracini e Ricardo Puccetti, o grupo já se apresentou em mais de 30 países, atravessou quatro continentes e vem desenvolvendo parcerias com coletivos, universidades, pensadores, mestres, mestras e artistas da cena mundial.

Vencedor do Prêmio Shell 2013 em pesquisa continuada, o Lume Teatro possui um repertório diversificado de ações artísticas e acadêmicas que abrange uma grande diversidade de processos experimentais no campo artístico e pedagógico das artes presenciais.

Quer saber mais? Acesse www.lumeteatro.com.br.

Serviço:

Terra Lume | 40 anos de Lume Teatro

Quando: Até terça-feira (25/2), sempre às 20h

Onde: Lume Teatro (Rua Carlos Diniz leitão, 150 | Vila Santa Isabel | Barão Geraldo | Campinas/SP)

Quanto: Entrada franca

Informações: @lumeteatro.

(Com Tiago Gonçalves/Assessoria de Imprensa Lume Teatro)

5 curiosidades sobre a história do Carnaval brasileiro que você (provavelmente) não sabia

São Paulo, por Kleber Patricio

Imagem: Canva.

O Carnaval é a maior festa popular do Brasil, mas sua história guarda fatos surpreendentes que vão além dos desfiles e blocos de rua. Desde tentativas de mudança de data, até a origem de tradições que conhecemos hoje, o Carnaval já passou por transformações curiosas ao longo dos séculos. “O Carnaval no Brasil é sinônimo de festa, mas existem tradições e origens que muitos não conhecem, como o fato das rodas de samba serem, no início, ‘clandestinas’, e a origem das hoje tradicionais escolas de samba”, comenta o professor de História Pedro Rennó, da plataforma Professor Ferretto. Pensando nisso, ele listou 5 curiosidades inusitadas sobre a festa mais esperada do ano:

1 – O primeiro Rei Momo do Brasil era magro
O Rei Momo, figura icônica do Carnaval, é sempre retratado como um homem gordo e sorridente, mas nem sempre foi assim. O primeiro a ocupar o posto no Brasil foi o cantor e compositor Silvio Caldas, em 1933, que tinha uma aparência esguia e elegante. A tradição de escolher alguém mais corpulento veio depois, associada à ideia de fartura e alegria. “A imagem do Rei Momo como um homem gordo e brincalhão só se consolidou anos depois. No início, a figura era mais simbólica do que padronizada”, explica Pedro Rennó.

2 – O governo tentou mudar o Carnaval para junho
Em 1892, o governo brasileiro tentou transferir o Carnaval para junho, alegando que o clima mais ameno do inverno tornaria a festa mais agradável. A ideia não foi bem recebida pela população e a tradição de comemorar o evento antes da Quaresma permaneceu. Curiosamente, naquele ano, houve duas celebrações: uma no período tradicional e outra na data sugerida pelo governo. “O Carnaval está historicamente ligado ao calendário cristão e a tentativa de mudança para junho mostrou o peso da cultura popular sobre decisões políticas”, analisa o professor.

3 – Samba já foi considerado marginalizado
Hoje, o samba é um dos símbolos do Brasil e do Carnaval, mas nem sempre foi assim. No início do século XX, esse ritmo era associado às camadas populares e chegou a ser perseguido pela polícia. Roda de samba era caso de repressão e instrumentos como o pandeiro e o tambor eram vistos como ameaças à ordem pública. “O samba saiu da marginalização para se tornar um patrimônio nacional. Esse processo mostra como a cultura popular pode resistir e se impor ao longo do tempo”, afirma Rennó.

4 – A primeira escola de samba do Brasil teve um nome inusitado
A primeira escola de samba registrada no Brasil foi a Deixa Falar, criada em 1928 por sambistas do bairro do Estácio, no Rio de Janeiro. O termo ‘escola de samba’ surgiu porque os integrantes se reuniam perto de uma escola normal e brincavam que estavam fundando uma ‘escola’ de samba. “A criação da Deixa Falar foi um marco, pois ajudou a organizar e dar identidade às agremiações carnavalescas, que antes eram apenas blocos de rua”, comenta o especialista.

5 – Já houve um Carnaval sem música ao vivo no Rio
Em 1912, o Carnaval carioca foi marcado pelo silêncio. O motivo? O falecimento do Barão do Rio Branco dias antes da folia. O governo decretou luto e proibiu bandas de tocarem nas ruas. Mas os foliões deram um jeito: saíram com instrumentos de percussão e improvisaram batucadas, provando que o espírito carnavalesco não se cala. “Essa história mostra que o Carnaval, mais do que uma festa, é uma manifestação espontânea do povo, que encontra maneiras criativas de celebrar mesmo diante de adversidades”, finaliza Rennó.

Sobre a Plataforma Professor Ferretto | A plataforma é uma das maiores do país no segmento e visa oferecer um ensino de qualidade acessível aos jovens. Atualmente, conta com mais de 70 mil estudantes em todo o país, que se preparam para as provas do Enem e dos vestibulares mais importantes com aulas online. Por meio da plataforma, os candidatos podem fazer o seu próprio cronograma, sem sair de casa para estudar. Nesse espaço virtual, têm acesso a diversos materiais e um total de 10 professores das principais disciplinas, todos altamente qualificados e que uniram forças para ensinar, orientar e dar acesso aos conteúdos.
(Com Yasmin Paneto/Make Buzz Comunicação)