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Bazar da Cidade celebra 8 anos com edição ampliada na Casa Museu Ema Klabin

São Paulo, por Kleber Patricio

Além de ser um programa agradável, Bazar da Cidade estimula a economia criativa, valorizando o pequeno produtor, o artesão e o designer brasileiro. Foto: Arquivo do Bazar da Cidade/Divulgação.

Nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, a Casa Museu Ema Klabin receberá uma edição comemorativa do Bazar da Cidade, celebrando seus 8 anos. O bazar ampliará seu espaço expositivo e passará a contar com mais de 70 expositores, entre artesãos e pequenos produtores, com itens de design, decoração, moda, bem-estar e gastronomia de vários lugares do mundo. A edição também irá oferecer uma oficina infantil com brinquedos de madeira e apresentações de jazz ao vivo com o duo Shy no jardim da Casa Museu Ema Klabin, assinado pelo paisagista Roberto Burle Marx. “O objetivo do Bazar da Cidade é estimular a economia criativa valorizando o pequeno produtor, o artesão e o designer brasileiro, garantindo a sustentabilidade da cadeia. Nesses oito anos de existência, mais de 400 expositores passaram pelo bazar. Lançamos muitas marcas, muitas delas cresceram e hoje contam com grandes lojas físicas. Nos traz muito orgulho acompanhar esse crescimento”, afirmam as curadoras do Bazar da Cidade, Bel Pereira, idealizadora do projeto, e Miriam Lerner, ex-diretora do Museu da Casa Brasileira.

O evento tem curadoria apurada e privilegia peças feitas em menor escala por pequenos produtores. Muitos deles acompanham o Bazar da Cidade desde a sua inauguração. É o caso da artesã Dafna Edery, que herdou do pai, um artesão marroquino, a paixão e a técnica de criar carteiras, bolsas e acessórios de couro colorido. Nos últimos anos, sua arte ganhou cara nova e divertida. “Algumas das minhas peças são pintadas à mão pela ilustradora Ana Luiza de Paula, que usa uma tinta especial para couro que não descasca. O resultado é um produto único”, orgulha-se ela.

Painel de lona natural estampada à mão pela designer Ivone Rigobello. Foto: Sylia Rehder.

Outra expositora que cresce junto ao Bazar da Cidade é a designer Ivone Rigobello, de Mococa, no interior de São Paulo. Com a técnica de estamparia manual sobre fibras naturais, ela cria estampas originais exclusivas para objetos de decoração e moda, como tapetes e painéis decorativos, entre outros.

Artesanato de 19 países

Um novo expositor selecionado para esta edição do Bazar da Cidade é a marca Etnias Mundi, que traz uma grande diversidade de artesanato de 19 países; entre eles, Brasil, Índia, Gana, Colômbia, África do Sul, Guatemala, Peru e México. Desde 2019, sua fundadora Mariana Oliveira visita várias comunidades no Brasil e no exterior com o objetivo de construir uma curadoria de produtos que seguem os valores do comércio justo e impacto positivo. A empresa tem o certificado do Sistema B e está em processo de se tornar membro da World Fair Trade Organization (WFTO), uma comunidade global que verifica empresas comprometidas com práticas sustentáveis e éticas.

Fruteira trançada com fibra de tucum por mulheres da Associação de Artesãos Indígenas da etnia Baniwa, de São Gabriel da Cachoeira (AM). Peça desenvolvida em parceria com o designer Sérgio Matos. Foto: MaJu Behring.

Direto da natureza

A designer de Porto Alegre Marcia Valadão, da Designacional, apresentará sua linha de produtos de design contemporâneo feitos com materiais descartados na natureza. A artista cria objetos decorativos, como luminárias feitas de folha de palmeira imperial, além de utilitários e adornos para o corpo.

Moda

Para os amantes da moda, o bazar apresentará produções têxteis autorais de linho, seda, viscose e algodão, além de joias produzidas pelo emprego de diferentes técnicas. Alguns destaques são a premiada arquiteta e designer Miriam Papalardo, com sua marca Vestíveis, e a designer Viviann Thums, com camisas com tingimento artesanal e vestidos estilo boho chic.

Gastronomia

A gastronomia é uma das grandes atrações do bazar. Os visitantes podem saborear pratos de diversas partes do mundo, como as massas artesanais da região italiana de Emilia-Romagna da cantina Pasta Emiliana; as receitas clássicas da região de Bordeaux (França) da Cozinha Voilà; as variadas versões do cuscuz marroquino da Cous Cous; a comida árabe funcional da Do oriente ao pote; a culinária grega da Domo Gastronomia Mediterrânea Grega e as delícias portuguesas como toucinho do céu, barriga de freira e pastel de nata da Santa Nata.

Delicias portuguesas da Santa Nata. Foto: divulgação.

E a Box54Food preparou especialmente para esta edição dois pratos da culinária judaica em homenagem à colecionadora Ema Klabin: Borsh e patê de ovos acompanhado de pão de longa fermentação. A empresária Ana Paula Pina Cavagnoli, que cursou a Le Cordon Bleu, em São Francisco, selecionou as receitas na publicação Dez receitas de Ema Klabin, organizada por Janka Babenco e que traz os pratos servidos nos famosos almoços e jantares de Ema Klabin para figuras expoentes da cultura brasileira, como Magda Tagliaferro, João Carlos Martins, José Mindlin e Assis Chateaubriand, entre outros. O livro está disponível para download no site da casa museu.

Oficina para crianças

Os pequenos até 5 anos também vão poder se divertir no Bazar da Cidade, com uma oficina de brinquedos educativos de madeira inspirados nos métodos Montessori e Pikler, que abre portas para o aprendizado além de divertir. A atividade será promovida pelo Clube Toy um clube de aluguel de brinquedos educativos por assinatura. Sucesso na Europa, Estados Unidos e Emirados Árabes, o aluguel de brinquedos educativos apoia pais no incentivo ao desenvolvimento de novas habilidades, evitando o acúmulo de brinquedos e reduzindo o impacto ambiental.

Quem vem: Akemi Cerâmica, Alice Lobato Joias, Allwood, Âme Cerâmica Artesanal, Andrea Maria Puro Linho Italiano, Apahu, Aram artesanato, Ateliê Alaine Colucci, Atílio Bfceramica, Chaihara, Clara Coelho Arte e Cerâmica, Cris Moreno Macramê, Clube Toys, Designacional, Domenica112, Domo Gastronomia Mediterrânea Grega, Dudabyduda, Due Pijamaria, Elaine Namba, EmmE joalheria, Etnias Mundi, Ivone Rigobello, JuSalles acessórios, Just Silk, Lah Joias, Lu Podboy, Mafagafo, Marcella Castilho Acessórios, Maré Joalheria Artesanal, Miemy Stilo, Miriam Pappalardo, Ninho, Pablo Lozano Joias e Cerâmicas, Pertence Diferente, RB_artesão, Rosana Rehder Joalheria Artesanal, Studio Bocabello, Sueli Isaka, Sweet to Keep, Viviann Thums, Mercearia, Aziza Gastronomia, Bolachas artesanais da Teka, Da Fazenda queijos e produtos mineiros, Priscyla França Chocolates, Sobremê, Balas da Kah, Box54Food, Café Campo Místico, Casa Mileo, Cervejaria Los Compadres, Cozinha Voilà, Do Oriente ao Pote, Flor de Sal cozinha afetiva, Gostei deste Vinho, Marroquina Couscous, Pasta Emiliana, Risoto’s, Pink lemonade e drinks, Santa Nata e Tholci Bakery.

Serviço:

Bazar da Cidade

31 agosto e 1º de setembro | sábado e domingo, das 11h às 20h

Apresentação musical: 14h às 15h e 16h às 17h

Gratuito

Valet no local

Rua Portugal, 43 – Jardim Europa – São Paulo, SP

Acesse as redes sociais:

Instagram: @emaklabin

Instagram: @bazardacidade

Facebook: https://www.facebook.com/fundacaoemaklabin

Linkedin: https://www.linkedin.com/company/emaklabin/?originalSubdomain=br

YouTube: https://www.youtube.com/c/CasaMuseuEmaKlabin

Site: https://emaklabin.org.br

Vídeo institucional: https://www.youtube.com/watch?v=ssdKzor32fQ

Vídeo de realidade virtual: https://www.youtube.com/watch?v=kwXmssppqUU.

(Fonte: Com Cristina Aguilera/Mídia Brazil Comunicação Integrada)

Pesquisa da Unesp analisa percepções de moradores sobre presença de aves em cidades de São Paulo e Minas Gerais

Bauru, por Kleber Patricio

Bem-te-vi fotografado em Bauru. Crédito: @gabriela.rosa.photos.

Quem olha atentamente para o céu de Bauru pode ter a sorte de, nem que seja por alguns segundos, flagrar um belo desfile de cores, plasmadas nas muitas espécies de pássaros que compartilham a cidade com as pessoas. Entre estes moradores ilustres estão o puvi, que ostenta uma elegante plumagem azul e amarela, o periquito-de-encontro-amarelo, em cujas asas faísca uma faixa amarelo-ouro, e o pica-pau-de-banda-branca — que, apesar do nome, chama a atenção pela bela penugem vermelha que traz na cabeça. Mas quem, no cotidiano das grandes cidades brasileiras, efetivamente estabelece algum contato com essa fauna colorida, e é capaz de identificá-la por sua aparência ou por seu canto? E será que veem a convivência entre homens e aves no espaço urbano como algo necessariamente positivo, ou só em alguns casos?

Essas foram algumas das perguntas que guiaram a pesquisa de doutorado da ecóloga Gabriela Rosa no Programa de Pós-graduação em Ecologia, Evolução e Biodiversidade do Instituto de Biociências da Unesp, campus de Rio Claro. Além de graduada em ecologia pela Unesp, ela fez durante a graduação um estágio em planejamento e gestão de paisagens agro territoriais pela Universidade de Bolonha, Itália, e mestrado em arquitetura e planejamento paisagístico. Essa trajetória lhe proporcionou uma perspectiva diferenciada no estudo das relações entre o ser humano e a fauna em ambientes urbanos.

A região Neotropical, onde está localizado o Brasil, apresenta uma grande diversidade de aves. As duas cidades que foram objeto da pesquisa, Bauru e Belo Horizonte, estão situadas na região de transição entre a Mata Atlântica e o Cerrado e, juntas, abrigam um pouco mais de 300 espécies. E, mais do que apenas dividir o espaço com os humanos, estas espécies desempenham importantes serviços para o bom funcionamento dos ecossistemas urbanos, incluindo dispersão de sementes, polinização de plantas, controle de pestes, insetos e de outros animais e prevenção de algumas doenças. As contribuições, no entanto, não são óbvias para todos, talvez nem para a maioria. Daí o valor estratégico de avaliar a percepção e os sentimentos que o contato com os animais suscita entre os moradores de ambas as localidades.  Os resultados foram publicados no artigo Human perception of birds in two brazilian cities, publicado na revista Birds.

Por meio de observação controlada, a pesquisadora listou as 15 espécies cujo avistamento é mais frequente nas cidades, uma lista que incluiu o bem-te-vi (Pitangus sulphuratus), a maritaca (Psittacara leucophtalmus), a pomba-avoante (Zenaida auriculata), a pomba-doméstica (Columba livia), e a rolinha-roxa (Columbina talpacoti). A seguir, conduziu 235 entrevistas com moradores por meio de uma série de perguntas, disponibilizadas em um questionário online que desafiava os moradores a identificar a aparência e o canto das principais aves que vivem nesses locais. Também foi utilizada uma escala para avaliar o grau de concordância com afirmações sobre o papel dos pássaros em processos ecológicos.

A maioria dos entrevistados reconheceu a importância dos serviços ambientais prestados pelas aves. Em Bauru, 91,1% das pessoas consideram fundamental o papel das aves na dispersão de sementes, enquanto em Belo Horizonte esse número é de 94,3%. Em relação ao papel na polinização das plantas, Belo Horizonte lidera novamente, com 86,2%, em comparação aos 77,7% de Bauru. E por fim, mais de 80% da população de ambas as cidades reconhece a ajuda prestada pelos pássaros no controle de pragas, insetos e outros animais. As aves mais reconhecidas foram o pardal-doméstico, o bem-te-vi e a pomba-doméstica.

Quanto ao canto das aves, a maioria dos entrevistados relatou já ter ouvido pelo menos algumas das aves mais frequentes apresentadas no questionário. Em ambas as cidades, o bem-te-vi foi a espécie de ave mais ouvida. No entanto, em comparação com outros dados coletados, a performance neste quesito teve resultados mais baixos. Os pesquisadores questionam se a diferença pode ser causada pela alta poluição sonora que marca as grandes cidades ou ao estilo de vida agitado, que termina por reduzir nossa capacidade para perceber o ambiente de forma multissensorial. Ou seja, nas cidades, o reconhecimento se daria mais por meio visual do que auditivo.

A grande variedade de espécies que habitam as duas cidades também não chama a atenção dos moradores. Em Bauru, 47,3% dos entrevistados acreditam que menos de 25% das espécies de aves que habitam a região poderiam viver também em áreas urbanas. Em Belo Horizonte esse número é de 30,9%. No entanto, os registros coletados pelos especialistas mostram que 36% das espécies em Bauru e 41,24% em Belo Horizonte são encontradas em áreas urbanas, revelando uma baixa consciência popular a respeito da distribuição das aves.

Nas duas cidades, o mapeamento de sentimentos sobre os pássaros revelou um resultado positivo. As palavras mais frequentemente citadas, como admiração, felicidade e beleza, predominam entre os sentimentos favoráveis.  Porém, também houve um número expressivo de respostas afirmando que os animais podem causar danos. “Aves como o pombo-doméstico são relacionados a sentimentos ruins, como desgosto e doenças”, comenta João Carlos Pena, coautor do artigo e colaborador da pesquisa.

“A maioria das pessoas associa pombos a doenças, sujeira e lixo”, diz Rosa. “Isso não está totalmente errado, mas é importante entender que os pombos só transmitem doenças porque os humanos deixam sujeira em locais inadequados”, avalia. Ela enfatiza que é o manejo inadequado dos resíduos por parte das pessoas que resulta em um ambiente propício para a transmissão de doenças. “Por meio da pesquisa, podemos mostrar qual é o verdadeiro problema e a melhor forma de abordá-lo”, diz.

O Brasil é o segundo país com maior biodiversidade de aves do mundo, mas ainda são poucos os estudos sob esta perspectiva conduzidos em todo o Hemisfério Sul. O orientador do trabalho, o ecólogo Milton Ribeiro, docente do Instituto de Biociências, destaca o caráter pioneiro do levantamento e as portas que ele pode começar a abrir. “Gerar conhecimentos sobre como os cidadãos percebem a biodiversidade urbana é essencial para que sejam desenhadas estratégias para o planejamento de ambientes onde a população humana e a fauna possam interagir, garantindo um melhor suporte para a conservação da biodiversidade nas cidades”, diz. Rosa afirma que há planos para realizar este levantamento em outras regiões. “Nossa pesquisa mostrou que muitas pessoas já reconhecem a importância das aves. Mesmo assim, há quem não perceba sua presença ou nem saiba que há muitas aves vivendo nas áreas urbanas”, diz.

Segundo a pesquisadora, uma das propostas desta linha de investigação é reaproximar as pessoas da natureza, criando um vínculo para que se conectem mais com os problemas ambientais. “Precisamos entender o que os humanos pensam e como percebem as aves para identificar possíveis possibilidades de ação. Esse entendimento pode orientar políticas públicas voltadas para a conservação. O principal desafio é sensibilizar a população sobre a importância da biodiversidade”, encerra.

(Fonte: Unesp)

Consulta pública em setembro será decisiva para proteção das árvores gigantes no Pará

Almeirim, por Kleber Patricio

Fotos: Havita Rigamonti/Imazon/Ideflor.

O governo do Pará deu um passo significativo em direção à proteção das árvores gigantes da Amazônia ao anunciar uma consulta pública com os moradores do Distrito de Monte Dourado, em Almeirim, para o dia 11 de setembro. A proposta é ouvir a comunidade sobre a transformação de parte da Floresta Estadual do Paru, localizada no norte do estado, em uma nova Unidade de Conservação (UC). Esta é a floresta que abriga a maior árvore da América do Sul e a quarta maior do mundo, um angelim-vermelho com 88,5 metros de altura. A área enfrenta ameaças graves, como desmatamento e garimpo.

Para Angela Kuczach, bióloga e diretora executiva da Rede Pró Unidades de Conservação (Rede Pró UC), organização que apoia a campanha #ProtejaAsÁrvoresGigantes, é importante que a nova Unidade de Conservação seja um parque. “Um parque estadual é uma unidade de conservação de proteção integral, que tem como característica proteger a beleza cênica e a riqueza em biodiversidade. A criação do Parque Estadual das Árvores Gigantes é uma necessidade urgente e também uma oportunidade de gerar benefícios para as comunidades locais por meio do turismo de natureza, além de promover a educação ambiental e pesquisas científicas sobre esse patrimônio natural único que são as árvores gigantes e os ecossistemas associados”, afirma.

A campanha #ProtejaAsÁrvoresGigantes conta com o apoio de cerca de 20 organizações e defende firmemente a criação do parque, que elevará o status de proteção de parte da Flota do Paru e garantirá a proteção do angelim-vermelho gigante. “A consulta pública que será realizada pelo governo do Pará é um marco importante para a proteção das árvores gigantes e da Amazônia. Estamos animados com o avanço do processo e comprometidos em garantir que a criação do Parque Estadual das Árvores Gigantes seja uma realidade”, afirma Alexandre Mansur, diretor de projetos do Instituto O Mundo Que Queremos.

Novo santuário de árvores gigantes

O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), em parceria com a Fundação Amazônia Sustentável (FAS), iniciou os estudos para encontrar formas de proteger as árvores gigantes em agosto de 2023. A decisão do governo do Pará em transformar parte da Floresta Estadual do Paru em uma nova Unidade de Conservação vem após a recente expedição científica realizada em maio deste ano, que revelou um novo santuário de árvores gigantes e reforçou a importância da proteção da Flota do Paru. “Vale ressaltar que a criação do parque não diminui a importância da Floresta Estadual do Paru, que continuará com aproximadamente 85% do seu tamanho atual e representa um importante ativo para a região, inclusive para comunidades locais que realizam atividades de extração de castanhas, além do manejo florestal. No entanto, criar o Parque Estadual das Árvores Gigantes para proteger os centenários e gigantes angelins-vermelhos é simbólico e emblemático. Um presente do Governo do Estado do Pará aos paraenses e ao povo brasileiro, dessa e das futuras gerações”, destaca Angela Kuczach.

Sobre a Campanha #ProtejaAsÁrvoresGigantes | A campanha #ProtejaAsÁrvoresGigantes é uma mobilização coordenada por diversas organizações da sociedade civil e setor privado com o objetivo de apoiar a criação do Parque Estadual das Árvores Gigantes para proteger a Floresta Estadual do Paru e suas árvores monumentais. A iniciativa visa garantir a conservação da biodiversidade amazônica e o fortalecimento das áreas protegidas no Brasil.

(Fonte: O Mundo que Queremos Comunicação)

Fortaleza recebe 6ª edição da Feira Nacional de Artesanato e Cultura com artesãos de todo o Brasil

Fortaleza, por Kleber Patricio

Capital cearense reúne, mais uma vez, a riqueza cultural e criativa do povo brasileiro produzida por artesãos dos 27 estados brasileiros. Fotos: Divulgação.

Talento, criatividade, incentivo a economia, culinária, música, novos negócios – tudo isso e muito mais em um só evento. Com o objetivo de fomentar o artesanato e a cultura com atividades econômicas sustentáveis, Fortaleza receberá, de 20 a 29 de setembro, a 6ª edição da Feira Nacional de Artesanato e Cultura no Ceará – Fenacce. O evento, reconhecido como líder no cenário do artesanato nacional, acontecerá no Centro de Eventos do Ceará e contará com a participação de artesãos de 27 estados brasileiros.

Além de materializar a alma da cultura brasileira, o artesanato é um setor da economia cujo crescimento possui alto potencial de geração de trabalho e renda. De acordo com dados do Sebrae Ceará divulgados em 2023, há no país cerca de 170 mil artesãos cadastrados no Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro (Sicab); porém, muitos ainda trabalham na informalidade. Dados do IBGE estimam que 10 milhões de pessoas vivem da renda do artesanato no Brasil.

Como economia do futuro, o artesanato é uma das mais tradicionais atividades laborais do ser humano. A estimativa é que o segmento representa 3% do Produto Interno Bruto (PIB), com um faturamento aproximado de R$102 bilhões e movimenta cerca de R$20 bilhões em compras de insumos da indústria. A receita deste mercado chega a R$50 bilhões anual, de acordo com informações fornecidas pela Agência Sebrae de Notícias.

Para Stella Pavan, promotora da Fenacce e presidente do Sindieventos Ceará, a realização da Feira pelo sexto ano consecutivo consolida a Feira como um dos maiores eventos do segmento do Brasil, ativando todos os setores da economia como serviços, comércio e turismo. “A Fenacce 2024 vai apresentar o melhor do artesanato regional, nacional e sustentável, além de gastronomia, artes visuais e atividades para toda a família. Nosso evento também contará com uma programação completa de oficinas e workshops proporcionando ao público presente um mergulho na cultura popular”.

Além disso, a gestora da Feira enfatiza: “Iniciamos este projeto em 2019 com o sonho de impulsionar o setor do artesanato, promovendo a economia criativa que gira em torno dos artesãos e artesãs, que são fonte de sabedoria e técnicas preciosas. Hoje representamos uma das maiores feiras do segmento do Brasil e esse reconhecimento é muito gratificante, tanto para nós que fazemos acontecer, quanto para quem tem a oportunidade de mostrar seu trabalho nessa grande vitrine”.

Fenacce em números

Artesanato, inovação, novidade e sustentabilidade são os pilares da Feira, que em 2023 reuniu cerca de 1.500 artesãos em uma área de 9.000 m² em seis dias de evento. Foram 320 estandes, 35 oficinas e mais de 20 palestras sobre diversos temas. A rodada de negócios do ano passado promoveu networking e oportunidades para artesãos nacionais e 10 compradores internacionais dos Estados Unidos, Holanda, Reino Unido, Irlanda, Áustria, Jordânia, China e Japão, fomentando a arte e a cultura do Brasil. Foram realizadas 323 reuniões, com resultados promissores sendo R$1,7 milhões em negócios gerados imediatamente e em vendas futuras, além de incontáveis oportunidades de networking. O evento arrecadou mais de 22 toneladas de alimento, 41.200 pessoas circulando pelo Centro de Eventos do Ceará, 2,5 mil empregos diretos e indiretos, 26 apresentações com 278 artistas, além de 14 aulas de gastronomia.

Em 2024, a Feira estima receber mais artesãos do que no ano passado, expositores de todos os lugares do país e receberá pela 4ª vez a Rodada de Negócios com apoio do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB) e Sebrae.

Atrações confirmadas

Os visitantes poderão conhecer de perto como é possível transformar produtos recicláveis em peças artesanais, ajudando a reduzir o impacto ambiental. Além disso, terão acesso a:

Ciclo de palestras: rodas de conversas durante todo o evento que proporcionarão momentos únicos para o artesanato e economia criativa, reunindo profissionais, empreendedores, acadêmicos e entusiastas do artesanato, que irão compartilhar conhecimento e explorar oportunidades na economia criativa

Oficina de artesanatos: durante todo o evento serão realizadas diversas oficinas com orientações de como agregar valor aos produtos, além de apresentar uma possibilidade de renda pessoal, a partir de artigos produzidos por eles mesmos, tudo isso em um espaço acolhedor e totalmente gratuito

Rodada de negócios: o momento será promovido pelo Sebrae Nacional e promoverá networking, oportunidades para artesãos nacionais e diversos compradores

Alameda dos mestres artesãos: um espaço de contato com o legítimo artesanato pelas mãos dos renomados mestres do Brasil

Apresentações culturais: o evento contará com um palco de apresentações culturais que terá atrações musicais, danças folclóricas, desfiles de moda de produtos artesanais e muito mais, tudo pensado para proporcionar momentos especiais e mostrar a moda e a sustentabilidade

Cozinha Show: serão ministradas oficinas gastronômicas com apresentações de profissionais renomados da gastronomia que trarão receitas deliciosas e surpresas

Vila gastronômica: o evento contará com 16 estandes com variados tipos de bebidas e comidas, uma diversidade para agradar todos os paladares.

Projeto Comprador | No dia 20 de setembro, no horário de 9h às 17h os compradores interessados poderão ter acesso exclusivo à Feira. Essa iniciativa faz parte do projeto Comprador, que dá acesso exclusivos a lojistas, arquitetos e designers à Fenacce e aos produtos. Essa é mais uma oportunidade de movimentar a economia que gira em torno do artesanato, além de gerar oportunidades diferenciadas para galerias de artes, lojas de decoração e a rede hoteleira de ter acesso, em primeira mão, às mais belas artes do Brasil. Em 2023, a iniciativa proporcionou mais de 1,2 milhões em vendas no primeiro dia da Feira. Para participar do projeto, os compradores devem fazer o cadastro no site ou no link no Instagram @fenacce.

Acesso à Fenacce 2024

A Fenacce terá entrada solidária, incentivando a doação de 2 kg de alimentos para acesso ao pavilhão dos expositores. Os alimentos arrecadados serão destinados a programas sociais. Os horários da Feira serão:

20/9

– Comprador lojista cadastrado: 10h às 17h

– Público geral: 15h às 22h

– Abertura solene: 19h.

21 a 28/9

– Segunda a sexta: 15h às 22h

– Sábado e domingo: 11h às 22h.

29/9

– Último dia de evento: 11h às 20h.

A Fenacce é realizada pela A&M Promoções e Eventos com incentivo do Ministério da Cultura. A Feira é promovida com o apoio do Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria de Proteção Social e da CeArt; do Sistema Fecomércio Ceará, por meio do Sesc e do Senac e do PAB-Programa do Artesanato Brasileiro. O evento é patrocinado pela Companhia de Gás do Ceará (Cegás), Sebrae Nacional, Apex Brasil e Banco do Nordeste.

Fenacce – Feira Nacional de Artesanato e Cultura no Ceará

Local: Centro de Eventos do Ceará – Av. Washington Soares, 999 – Edson Queiroz

Data: 20 a 29 de setembro

Entrada Solidária: doação de 2 kg de alimentos

Redes sociais: www.fenacce.com.br e @fenacce.

(Fonte: Com Karol de Andrade/AD2M Comunicação)

Litoral Norte de São Paulo se consolida como destino gastronômico imperdível

Litoral Norte de São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Marcos Bonello.

O Litoral Norte de São Paulo vem se destacando como um dos principais destinos gastronômicos do estado, oferecendo uma rica experiência culinária aos seus visitantes. Com uma combinação de tradição caiçara, alta gastronomia internacional e festivais gastronômicos, a região atrai turistas em busca de sabores únicos.

As cinco cidades que compõem o Circuito Litoral Norte de São Paulo – Bertioga, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba – oferecem uma diversidade de opções gastronômicas, desde restaurantes típicos que servem pratos da tradicional culinária caiçara até estabelecimentos de alta gastronomia internacional. Além disso, a valorização dos ingredientes frescos da região, como peixes, frutos do mar e frutos típicos da Mata Atlântica, é um diferencial marcante.

Gastronomia caiçara | A culinária caiçara, caracterizada pela simplicidade e pelo uso de ingredientes naturais, é um dos destaques da região. O preparo lento e artesanal, com destaque para os temperos, proporciona uma experiência gastronômica autêntica. Além de degustar pratos típicos, os visitantes podem conhecer fazendas produtoras de mariscos, aprendendo sobre o processo de reprodução, cultivo e preparação.

Festivais gastronômicos

A região promove diversos festivais gastronômicos ao longo do ano, celebrando a cultura e a culinária local. A Festa da Tainha de Bertioga, com 47 edições, é um marco da culinária caiçara, atraindo milhares de visitantes e promovendo a união entre as comunidades locais e turistas. A edição de 2024 ocorreu de 28 de junho a 28 de julho e bateu recorde, atraindo 35 mil visitantes à Tenda de Eventos. Este ano, o evento trouxe novidades como música ao vivo, venda de lembrancinhas, feira de artesanato, porções de camarão e um espaço pet friendly. O evento, com raízes profundas, celebra uma antiga tradição indígena transmitida aos caiçaras. Eles comemoravam a fartura de pescado, que alimentaria as famílias e garantiria a renda ao longo do ano. Atualmente, a festa é organizada pelo Lions Clube de Bertioga em parceria com a Prefeitura e arrecada fundos para projetos sociais na cidade.

Foto: Divulgação.

O diretor de Turismo de Bertioga, Filipe Toni Sofiati, ressalta a importância do evento. “A Festa da Tainha é a maior e mais antiga do Litoral Paulista, crescendo a cada ano e atraindo grande fluxo turístico em um período crucial, a baixa temporada regional, beneficiando todo o comércio local”, diz o diretor.

Já Caraguatatuba sedia o Caraguá a Gosto, um evento consolidado que reúne diversos estabelecimentos e pratos concorrentes, fomentando a economia e a geração de emprego e renda na cidade. O evento, que está em sua 19ª edição, acontece até o dia 8 de setembro e inclui 59 estabelecimentos com 102 pratos concorrendo. “Nosso evento é uma referência no Estado de São Paulo e já foi copiado por outras cidades do Brasil. Então a gente tem uma força muito grande na gastronomia de Caraguá e esse evento é um evento consolidado, já acontece há 19 anos. Além disso, a gastronomia fomenta a economia e a geração de emprego e renda, já que os restaurantes contratam garçons, cozinheiros e auxiliares para ampliar seu escopo de trabalho. E também impulsiona os meios de hospedagem. E a gente tem uma diversidade muito grande de restaurantes na cidade hoje; tem culinária japonesa, culinária italiana e alguns bistrôs novos. Tem tido uma gama muito grande, além do carro chefe, que são os frutos do mar e a culinária caiçara. Então a gente incentiva o turismo gastronômico, os restaurantes, para fortalecer cada vez mais o turismo na cidade”, comenta o secretário de Turismo de Caraguatatuba, Rodrigo Tavano.

Ilhabela, por sua vez, se destaca pelo turismo gastronômico, com mais de 200 restaurantes, bares e cafés. E o Festival do Camarão, em sua 29ª edição, é um dos eventos mais tradicionais da cidade. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico e do Turismo de Ilhabela, Harry Finger, “o turismo gastronômico é um dos destaques da cidade e é fruto da nossa riqueza cultural, que proporciona grande variedade de temperos, receitas e sabores. Para valorizar o segmento, realizamos diferentes eventos ao longo do ano, como o Festival da Sardinha, da Tainha e, claro, o tradicional Festival do Camarão. Este evento teve início em 8 de agosto e segue até o dia 8 de setembro em mais de 50 restaurantes de Ilhabela”.

São Sebastião também se destaca na gastronomia, com estabelecimentos que oferecem o melhor da culinária caiçara. A cidade promove diversos eventos temáticos ao longo do ano, como o Festival Gastronômico Caiçara e o Festival Japonês. Segundo a secretária de Turismo de São Sebastião, Adriana Augusto Balbo, o município é destaque por possuir diversos estabelecimentos que oferecem o melhor da culinária caiçara. “Além disso, somos uma cidade que já ganhou prêmios relacionados à gastronomia, como o Prêmio Top Destinos Turísticos na categoria Turismo Gastronômico, além de receber o prêmio destaque na feira gastronômica FIBEGA USA – 2019 e possuir cinco estabelecimentos locais inseridos no programa Rotas Gastronômicas, realizado pela Secretaria de Turismo e Viagens de São Paulo. A Prefeitura de São Sebastião também fomenta o turismo gastronômico por meio da realização de eventos temáticos durante todo o ano, como o Festival Gastronômico Caiçara, o Festival Japonês, o Festival Americano, o Arraiá Caiçara, o Festival Italiano e o Festival Comida de Boteco, sendo ações com um papel crucial no aquecimento da economia local, gerando empregos e fortalecendo a rede de fornecedores e produtores regionais”.

Foto: Divulgação.

Ubatuba complementa a oferta gastronômica da região com uma variedade de restaurantes, pizzarias, lanchonetes e eventos focados na gastronomia, como a Festa da Mandioca e o Festival do Camarão. “Em Ubatuba, além das nossas belas praias, também possuímos muitas outras atratividades. Uma delas é a nossa gastronomia típica e diferenciada, com destaque aos pratos elaborados por nossas comunidades tradicionais, entre elas a caiçara. Nas temporadas de inverno, são muitos eventos focados na gastronomia, tais como a Festa da Mandioca, o Festival do Camarão e nosso Festival Gastronômico, entre outros. São eventos, restaurantes e quiosques com diversos pratos à base de peixe, frutos do mar, banana, mandioca, juçara, taioba, gengibre e muitas outras delicias”, complementa o secretário adjunto de Turismo de Ubatuba, Rodrigo Carlos.

Reconhecimento e promoção

Vale lembrar que o Circuito Litoral Norte de São Paulo faz parte das Rotas Gastronômicas organizadas pela Setur-SP, que reconhece e promove os principais produtores e estabelecimentos de diversos destinos do estado. Essa iniciativa contribui para fortalecer o turismo gastronômico na região e valorizar a cultura local. Para saber mais sobre a gastronomia e os fornecedores da Região Turística, acesse https://circuitolitoralnorte.tur.br/experiencias-sub/31/rotas-gastronomicas e, para conhecer todas as experiências do Litoral Norte, visite https://circuitolitoralnorte.tur.br/experiencias.

(Fonte: Com Eliria Buso/Assimptur)