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4ª edição da Mostra de Cinema Árabe Feminino se apresenta urgente e necessária para discutir questões políticas do mundo árabe sob a perspectiva das mulheres

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Cena de Uma vida suspensa, de Jocelyne Saab.

A Mostra de Cinema Árabe Feminino chega à sua quarta edição com exibições gratuitas no Rio de Janeiro, Niterói e Duque de Caxias. De 17 a 25 de agosto de 2024, estas três cidades receberão uma programação com 27 importantes filmes dirigidos por mulheres árabes, sejam estas residentes no mundo árabe ou cineastas em diáspora. O evento, que também inclui sessões comentadas e mesas redondas, contará com presenças internacionais da realizadora Nour Ouayda e da curadora Alia Ayman. O projeto tem produção da Partisane Filmes, da Caprisciana Produções e da Circular Filmes. Uma realização do Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, por meio da Lei Paulo Gustavo e do Centro Cultural Banco do Brasil.

A curadoria, realizada pelas brasileiras Analu Bambirra e Carol Almeida e pela egípcia Alia Ayman, visa exibir filmes com linguagens artísticas e narrativas não-hegemônicas. Analu Bambirra explica a importância da mostra: “Em 2024, a mostra se encontra mais urgente do que nunca. É necessário olhar para os países árabes para se discutir temas como ‘solidariedade’, ‘libertação’, ‘violência’ e ‘sociedade’. Apesar de o foco ser majoritariamente palestino devido à gravidade da situação, exibiremos filmes de países como Líbano, Egito, Sudão e Síria”. A equipe de curadoria completa: “Gostaríamos de destacar que esta é uma edição excepcional da mostra, uma vez que nunca realizamos este trabalho de curadoria em tempos tão excepcionais como estes que vivemos. Enquanto vidas são perdidas, incluindo as de crianças palestinas, qual é o papel dos festivais de cinema? Isto é, existe algum papel?”.

Cena de Vibração de Gaza.

No Rio de Janeiro, a mostra acontecerá no Centro Cultural Banco do Brasil, centro cultural que abraçou as edições de 2019 e de 2023. Em Niterói, a mostra ocorrerá no Cine Arte UFF, espaço exibidor situado em Icaraí e vinculado à Universidade Federal Fluminense. Já em Duque de Caxias, a mostra terá um dia de exibição na Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (FEBF/UERJ) e dois dias no Gomeia Galpão Criativo, espaço de resistência cultural da Baixada que abriga muitas das atividades do Cineclube Mate com Angu, parceiro do projeto.

A sessão de abertura, dia 17/8 no CCBB RJ, será com o filme ‘Adeus Tiberíades’, longa-metragem que conta a história de Hiam Abbas, atriz de ‘Succession’, que representou a Palestina na busca de uma vaga ao Oscar em 2023. A programação terá uma masterclass com a diretora palestina Razan AlSalah no dia 18/8, domingo, às 16hs, também no Centro Cultural Banco do Brasil. A atividade, que abordará os temas de trabalho e a sua trajetória dentro do cinema, contará com tradução consecutiva para o português e intérprete de Libras.

Ambas as universidades públicas mencionadas estão ligadas a cursos de Cinema e Audiovisual no estado do Rio de Janeiro. Se a UFF, por um lado, possui um dos mais tradicionais e renomados cursos de Ensino Superior do país, formando diversos cineastas, curadores e críticos atuantes no cinema nacional, a UERJ promete inaugurar no ano de 2024 seu primeiro vestibular com vagas para este curso na FEBF.

Sobre a Mostra

Cena de Fantasmas familiares.

A Mostra de Cinema Árabe Feminino, desde sua primeira edição em 2019, tem como objetivo buscar e ampliar o acesso a obras cinematográficas dirigidas por mulheres árabes. A cinematografia destes países é riquíssima, porém pouquíssimo conhecida e difundida no Brasil, especialmente quando se trata de diretoras mulheres. A mostra, desta forma, carrega uma proposta política, desde 2019, de um evento contínuo que almeja pesquisar, difundir e pensar acerca de filmes realizados por mulheres árabes.

O mundo árabe é extremamente complexo e midiático e há diversos estereótipos e inúmeras imagens que já associamos a ele. A mostra visa combater essa prática, bem como expandir as possibilidades, a partir do cinema, das diversas e complexas experiências de ser uma realizadora árabe dentro e fora do próprio mundo árabe. As curadoras da mostra explicam as escolhas: “Direcionamos nosso olhar para filmes não hegemônicos, filmes narrativos, documentais e experimentais, e trabalhamos também para revelar ao público essa pluralidade de linguagens e formatos”.

A mostra trata de uma região que, internamente e externamente, vive em constante disputa narrativa. Temos a mídia jornalística pontuando o que é o mundo árabe através de ‘fatos’ e opiniões; temos o cinema mainstream estadunidense pontuando em ficções personagens árabes que servem de base para a formação de uma visão do que é o mundo árabe; temos o feminismo ocidental, que trata mulheres árabes como vítimas passivas sem voz e poder; e temos os governos locais, que propagam visões muito direcionadas do que deve ser o mundo árabe. Trata-se quase sempre de leituras hegemônicas, presentes no imaginário brasileiro, que reforçam o que se chama de ‘Orientalismo’; ou seja, a perspectiva estereotipada do oriente. ‘Terrorismo’, ‘véu muçulmano em mulheres’, ‘guerra’ e ‘opressão às mulheres’ são quatro exemplos de narrativas fortes presentes no nosso imaginário.

Cena de Impedimento em Cartum.

Eventos como a Mostra de Cinema Árabe Feminino aparecem para questionar estas narrativas através do cinema realizado por mulheres. Ao propor esse recorte, busca-se tanto romper com a ideia de ‘mulher oprimida’, como a presunção de uma região sem cultura fílmica. O recorte, por si só, desloca o espectador de todo um estereótipo reforçado há anos. Ao acessar os filmes, o público tem uma nova quebra ao entrar em contato com títulos de propostas estéticas e linguagens bastante diversas. Há filmes do mais familiar gênero aos espectadores; ou seja, do cinema narrativo (como a ficção Hacker Beduína, da diretora Nadia El Fani), filmes mais tradicionais documentais (como o longa-metragem A sensação de ser observada, da diretora Assia Boundaoui) e filmes com uma proposta de inovação experimental (como o documentário Mar Roxo, da diretora Amel Alzakout em codireção com Khaled Abdulwahed). O leque de possibilidades estéticas dos filmes propostas na mostra traz consigo uma pluralidade de formas de se ver, representar e fabular sobre o mundo árabe.

Logo, a Mostra de Cinema Árabe Feminino promove o aumento da cultura fílmica do público fluminense, assim como promove a troca cultural entre o Brasil e o mundo árabe. Não se trata de buscar uma representação única e verdadeira sobre o que é ser mulher no mundo árabe e, sim, ser um evento de trocas, conexões e de ampliação de acesso.

Sobre as curadoras

Carol Almeida é pesquisadora, professora e curadora de cinema. Doutora no programa de pós-graduação em Comunicação na UFPE com pesquisa centrada no cinema contemporâneo brasileiro. Faz parte da equipe curatorial do Festival Olhar de Cinema/Curitiba, da Mostra de Cinema Árabe Feminino e da Mostra que Desejo, além de ter participado da equipe curatorial de festivais como Recifest, festival de cinema queer do Recife, For Rainbow, festival de cinema queer em Fortaleza e, mais recentemente, da equipe de seleção do Forumdoc. Ministra aulas sobre curadoria, cinema brasileiro e representação de mulheres no cinema. Membro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema (Socine).

Alia Ayman é curadora, realizadora e pesquisadora residente entre Cairo e Nova York. Ela é cofundadora do Zawya Cinema no Cairo e contribuiu com a curadoria do Berlinale Forum, IDFA, BlackStar Film Festival, Flaherty NYC, Images Festival e Mostra de Cinema Árabe Feminino, dentre outros. Ela é doutora em Antropologia, Cultura e Mídia pela New York University.

Analu Bambirra é formada em Cinema e Audiovisual pelo Centro Universitário UNA em Belo Horizonte/MG. Sócia da Partisane Filmes desde 2018, foi assistente de produção na Anavilhana de 2014 a 2021, e consultora de projetos na mesma empresa de 2021 a 2022. Atualmente, Analu trabalha no acompanhamento de projetos da Ocean Films. Analu é idealizadora, curadora e produtora da ‘Mostra de Cinema Árabe Feminino’.

Sobre acessibilidade

Site bilíngue com acessibilidade

Espaços acessíveis para pessoas com mobilidade reduzida

Sessões acessíveis

CCBB RJ – dia 18 (16h), dia 22 (15h – audiodescrição, 16h30 – audiodescrição, legendagem descritiva e intérprete de Libras nos comentários após a sessão, 19h – legendagem descritiva)

Niterói – dia 20 (19h – legendagem descritiva e intérprete de Libras nos comentários após a sessão)

Gomeia – dia 23 (19h30  legendagem descritiva e intérprete de Libras nos comentários após a sessão) e dia 24 (19h30 – legendagem descritiva e intérprete de Libras nos comentários após a sessão).

SINOPSES

2026 [2026]

Maha Maamoun, 9’, 2010, Egito | 16 anos

Baseado em uma cena do romance egípcio A Revolução de 2053: O Início, de Mahmoud Uthman, e referenciando outra cena de La Jetée (1962), de Chris Marker, um viajante do tempo relata sua visão do futuro da área das Pirâmides e, por extensão, do Egito, no ano de 2026 – uma visão que se esforça para imaginar um futuro, mas permanece severamente confinada pelas restrições imaginativas do presente.

A sensação de ser observada [The feeling of being watched]

Assia Boundaoui, 87’, 2018, Estados Unidos | 12 anos

Quando a jornalista Assia Boundaoui investiga rumores de vigilância em seu bairro muçulmano-americano em Chicago, ela descobre uma das maiores investigações de terrorismo do FBI realizadas antes do 11 de setembro e revela o impacto duradouro dela em sua comunidade.

Adeus Tiberíades [Bye Bye Tiberias]

Lina Soualem, 82’, 2023, França, Palestina, Bélgica, Catar | 12 anos

Aos vinte e poucos anos, Hiam Abbass deixou para trás sua mãe, sua avó, suas sete irmãs e sua vila natal na Palestina para perseguir seu sonho de se tornar atriz na Europa. Trinta anos depois, sua filha cineasta volta com ela à vila e questiona as decisões ousadas da mãe.

Amanhã, de novo [Tomorrow, again]

Mona Benyamin, 11’, 2023, Palestina | 18 anos

Amanhã, de novo encena uma transmissão de notícias disfuncional composta por diferentes segmentos que recriam e reagem a várias catástrofes diárias proeminentes da Palestina. Em vez de uma narrativa falada, o filme recorre a exibições emocionais e físicas exageradas e utiliza testemunhos fragmentados e muitas vezes conflitantes, sósias e uma linguagem visual surrealista para apelar às noções de verdade e ficção e diferentes temporalidades. O elenco do filme vê dois protagonistas, os pais da artista, assumirem múltiplas identidades – de apresentadores a sujeitos de reportagem, a testemunhas oculares – resultando em uma fita de Möbius onde eles são os objetos, os espectadores e o meio, que narram e consomem suas próprias histórias em um ciclo infinito. Ele explora o fenômeno do mutismo resultante do trauma e as distorções cognitivas que vêm de viver em um constante estado de emergência; e o que acontece com a urgência quando ela se torna atemporal.

Canada Park [Canada Park]

Razan AlSalah, 8’, 2020, Canadá, Palestina | 14 anos

Eu ando na neve para cair no deserto. Eu me encontro em território indígena não cedido que chamam de Canadá – uma exilada incapaz de retornar à Palestina. Eu ultrapasso a fronteira colonial como um espectro digital que flutua pelo Parque Ayalon-Canadá, construído em cima de três aldeias palestinas arrasadas pelas Forças de Defesa de Israel em 1967.

Cante o seu conto, pequeno pássaro [Tell your tale little bird]

Arab Loutfi, 90’, 1990/2007, Egito, Líbano, Palestina | 18 anos

Sete mulheres militantes (fedaiyat) da geração revolucionária contam a história da resistência Palestina através dos relatos das suas próprias vidas. Corte de 35 horas de entrevista com líderes da luta armada.

Capital [Capital]

Basma al-Sharif, 17’, 2023, Egito, Alemanha, Itália | 14 anos

Um ventríloquo entra em um bar e pede uma bebida forte. O garçom pergunta: isso é tudo? O boneco responde: Parece que eu consigo falar com esta mão na bunda? À medida em que o Egito se afunda ainda mais na pobreza e é dominado por dívidas, novas cidades estão sendo erguidas em todo o país e as prisões se enchem de opiniões divergentes. Mas para quem são essas cidades e que desejo ou ambivalência elas inspiram – e a que custo. Como atualmente não é possível falar com segurança sobre isso, um ventríloquo, músicas e anúncios descrevem uma era de fascismo aparentemente passada.

Fazendo referência aos filmes da Telefoni Bianchi, precursora do cinema de propaganda sob o governo de Mussolini, o legado da construção de novas capitais fornece o material para expressar opiniões e esperança por meio da sátira.

Crianças de Shatila [Children of Shatila]

Mai Masri, 45’, 1998, Palestina, Líbano | 10 anos

Crianças palestinas, Issa (12) e Farah (11), do campo de Shatila, em Beirute, usam câmeras digitais para contar histórias sobre como é crescer em um campo de refugiados que sobreviveu à guerra e à desapropriação.

Fantasmas Familiares [Familiar Phantoms]

Larissa Sansour, Søren Lind, 40’, 2023, Reino Unido | 16 anos

Fantasmas Familiares é inspirado em anedotas da história da própria família de Sansour e de sua infância em Belém, o que o torna seu filme mais pessoal até o momento. Combinando cenas filmadas em uma mansão abandonada, filmagens em Super 8 e fotos particulares, a edição imita o funcionamento da memória, revisitando constantemente as mesmas imagens ao lado de novos fragmentos em busca de significado. Durante todo o filme, a mansão serve como sede da memória. Nos cômodos, os esquetes são encenados, acrescentando uma dimensão teatral, ampliando e exagerando os componentes narrativos, assim como a memória perpetuamente retrabalha, reforça, acrescenta e subtrai. Enquanto a maioria das cenas é representada por atores, outras cenas transformam objetos e lembranças em instalações esculturais, um espaço escuro decorado com dezenas de gaiolas de pássaros suspensas, um grupo de gaivotas empalhadas sentadas no chão ou uma pia independente cheia de limões até a borda.

Fronteiras entre Sonhos e Medos [Frontiers of Dreams and Fears]

Mai Masri, 56’, 2001, Palestina, Estados Unidos | 10 anos

Duas garotas, Mona e Manar, vivendo em campos de refugiados em Beirute e Belém, compartilham os sonhos e esperanças de uma geração de jovens palestinos. Filmado nos anos 2000, durante os resultados da libertação do sul do Líbano e o início da Segunda Intifada, Fronteiras entre Sonhos e Medos articula o crescente ativismo da juventude palestina no exílio.

Gaza Elétrica [Electrical Gaza]

Rosalind Nashashibi, 18’, 2015, Reino Unido | 16 anos

Em Electrical Gaza [Gaza Elétrica], Nashashibi combina as suas filmagens de Gaza às do faz-tudo, dos motoristas e do tradutor que a acompanharam até lá, com cenas animadas. Ela apresenta Gaza como um lugar do mito; isolado, suspenso no tempo, de difícil acesso e com a tensão no ar. Comissionado pelos curadores do Imperial War Museum.

Hacker Beduína [Bedwin Hacker]

Nadia El Fani, 100’, 2006, Estados Unidos | 14 anos

De uma remota aldeia montanhosa na Tunísia, Kalt, uma hacker, toma as ondas de rádio no norte da África e na França para transmitir mensagens políticas. Quando Julia, uma oficial da inteligência francesa, entra no caso, ela voa da França para se infiltrar no mundo dos hackers e descobrir quem está por trás das interrupções. As coisas rapidamente se transformam em um jogo de gato e rato, em que Kalt e Julia jogam uma contra a outra para conseguir o que querem.

Impedimento em Cartum [Khartoum Offside]

Marwa Zein, 76’, 2019, Sudão, Noruega, Dinamarca, França | Livre

Um grupo de jovens mulheres excepcionais joga futebol em Cartum, Sudão, onde mulheres não são encorajadas a jogar devido à sociedade patriarcal e ao sistema religioso corrupto que governou o país por décadas. Embora venham de uma tribo ‘inferior’ e da classe desprivilegiada da sociedade nortenha de Cartum, elas são destemidas e se encontrarão rindo das suas lutas e, o mais importante, não aceitam um não como resposta. Então, encontram meios clandestinos de continuar jogando futebol, visto que desejam ser reconhecidas como a seleção nacional de futebol feminino do Sudão. A federação de futebol as negligencia, apesar dos fundos da FIFA para o desenvolvimento do futebol feminino no país. Como consequência, muitas jogadoras desistem, mas esse grupo marginalizado não perde a esperança. Quando as eleições federais chegam, elas esperam uma mudança. Uma mudança em todo o sistema.

Legendas para imagens roubadas [Subtitles for Stolen Pictures]

Rheim Alkadhi, 8’, 2007, Iraque, Estados Unidos | 12 anos

Estamos em 2007 no Iraque e a brutal ocupação militar dos EUA continua. Em meio à violência, uma narrativa legendada transmite o dia a dia de uma mulher iraquiana anônima, impregnando as imagens encontradas com uma estranha intimidade. Depois que o espaço interior da mulher é invadido pelos militares dos EUA, seu corpo é encontrado jogado no rio, mas, misteriosamente, as legendas continuam. Quando fiz esse vídeo, só havia mídia corporativa para notícias sobre a guerra dos EUA no Iraque. Eu olhava, coletava e arquivava obsessivamente imagens do Iraque, tentando chegar mais perto do que os pixels permitiam.

Mahdi Amel – O modo colonial de produção [Mahdi Amel – The Colonial Mode of Production]

Mary Jirmanus Saba, 14’, 2024, Sem país de produção | 16 anos

O intelectual libanês assassinado Mahdi Amel – muitas vezes apelidado de ‘o Gramsci árabe’ –  disse uma frase famosa: “Aquele que resiste nunca é derrotado”. Qual é a utilidade desse pensamento para nós hoje e qual é a nossa responsabilidade como criadores de imagens para Gaza?

Mar Roxo [Purple Sea]

Amel Alzakout, Khaled Abdulwahed, 67’, 2020, Alemanha | 16 anos

“Eu vejo tudo”, ela diz como se fosse uma maldição. Sol brilhante, céu completamente azul. O mar está calmo, cercado por uma grade. Um momento de paz, se não fosse pelo fato que o mar está de pé, na vertical, como uma cachoeira. Uma torrente de imagens, girando, de cabeça para baixo, sacudindo. Pessoas no barco, na água, gritos, coletes salva-vidas, apitos de emergência. Não há mais horizonte, nem céu, nem alto, nem baixo – apenas profundidade e nada em que se agarrar. Até mesmo o fluxo do tempo para, contraindo-se ao presente brutal. Ela está filmando e falando. Para vencer o cansaço, o frio, o fato que a ajuda não está vindo. Para vencer a morte, apenas para que alguma coisa permaneça.

Minha Pátria [Mawtini]

Tabarak Abbas, 12’, 2024, Suíça | 16 anos

Bagdá, início dos anos 90, em uma realidade na qual humanos deram lugar a ciborgues, um jovem casal e seu bebê recém-nascido tentam fugir de seu país onde uma guerra acabou de começar. Essa animação conta uma história verdadeira e imerge o espectador em um mundo futurista.

Nossos cantos estavam prontos para todas as guerras [Our Songs Were Ready for all Wars to Come]

Noor Abed, 22’, 2021, Palestina | 12 anos

Com cenas coreografadas baseadas em contos folclóricos documentados da Palestina, o filme tem como objetivo criar uma nova forma estética para reacender histórias latentes baseadas em poços de água e sua conexão com rituais comunitários em torno de noções de desaparecimento, luto e morte. O filme explora a posição crítica do ‘folclore’ como fonte de conhecimento e sua possível conexão com modelos sociais e de representação alternativos na Palestina. Como o ‘folclore’ pode se tornar uma ferramenta emancipatória comum para que as pessoas derrubem os discursos dominantes, retomem sua história e sua terra e reescrevam a realidade como a conhecem?

O jardim secreto [The Secret Garden]

Nour Ouayda, 27’, 2023, Líbano | 14 anos

Os habitantes de uma cidade acordam de manhã e descobrem que árvores, plantas e flores nunca antes vistas irromperam repentinamente pelas ruas e praças. Eventos estranhos e misteriosos começam a acontecer enquanto Camelia e Nahla investigam as origens dessas novas e peculiares criaturas.

O Protesto silencioso: Jerusalém 1929 [The Silent Protest: Jerusalem 1929]

Mahasen Nasser-Eldin, 20’, 2019, Palestina | 12 anos

No dia 26 de outubro de 1929, aproximadamente 300 mulheres palestinas de todo o país se reuniram em Jerusalém para inaugurar seu movimento feminino. Foi isso que aconteceu naquele dia.

Permanecer no que já não há [To Remain in the no Longer]

Joyce Joumaa, 37’, 2023, Canadá, Líbano | 14 anos

Em 1962, Oscar Niemeyer foi convidado a conceber um parque de diversões internacional na cidade de Trípoli, no Líbano, que nunca foi concluído. السراب في نغرق ال كیف/Permanecer no que já não há analisa como a arquitetura opera nesse estado falido. Ao examinar a precariedade do local do projeto que permanece até hoje, o filme reflete sobre a atual crise socioeconômica do país.

Quatro mulheres do Egito [Four Women of Egypt]

Tahani Rached, 90’, 1997, Canadá | 12 anos

Como nos damos bem uns com os outros quando nossos pontos de vista colidem? Uma pergunta oportuna e universal. Quatro Mulheres do Egito enfrenta esse desafio e o confronto entre elas redefine a tolerância. Essas quatro amigas têm os mesmos objetivos: dignidade humana e justiça social. Elas são inspiradas pelo amor ao país, mas cada uma adota uma abordagem radicalmente diferente da das outras. Muçulmanas, cristãs ou não religiosas, suas visões de sociedade variam desde o desejo de um estado secular ou socialista até um estado islâmico.

Recorrências Perpétuas [Perpetual Recurrences]

Reem Shilleh, 60’, 2016, Palestina, Dinamarca, Japão, França, Itália, Líbano, Bélgica, Países Baixos, Alemanha Ocidental | 18 anos

Recorrências Perpétuas é um exercício de curadoria. Ao invés de curar uma seleção de filmes completos, este exercício programa uma seleção de cenas. Apesar de serem editados, o cerne do exercício é olhar para padrões recorrentes no cinema palestino e no cinema sobre a Palestina. As cenas selecionadas se unem para formar sequências, ditadas por ocorrências repetitivas, sejam elas locações, discursos políticos, mise-en-scéne, um objeto, dentre outras. Quando alocadas em sequências, estes filmes são exibidos com o intuito de observar a canópia política da imagem em movimento produzida em e sobre a Palestina ao longo das últimas décadas.

Seu pai nasceu com 100 anos, assim como a Nakba [Your father was born 100 years old, and so was the Nakba]

Razan AlSalah, 7’, 2017, Palestina | 14 anos

Oum Ameen, uma avó palestina, retorna a Haifa, sua cidade natal, através do Google Street View, que atualmente é a única forma pela qual ela consegue ver a Palestina.

Uma pedra atirada [A Stone’s Throw]

Razan AlSalah, 40’, 2024, Canadá, Palestina, Líbano | 14 anos

Amine, um ancião palestino, é exilado duas vezes da terra e do trabalho. Ele é deslocado de sua cidade natal, Haifa, buscando refúgio em Beirute, e novamente para a ilha de Zirku, para trabalhar em uma plataforma de petróleo offshore e em um campo de trabalho no Golfo Árabe. Uma Pedra Atirada ultrapassa fronteiras para revelar uma proximidade emocional e material entre a extração de petróleo e o trabalho na região e a colonização sionista da Palestina. O filme ensaia uma história da resistência palestina quando, em 1936, os trabalhadores do petróleo de Haifa explodem um oleoduto da BP.

Uma vida suspensa [A Suspended Life]

Jocelyne Saab, 90’, 1985, França, Líbano | 12 anos

Samar é uma menina nascida na guerra. Sendo forçada a viver como nômade, ela cresceu entre combatentes, aprendendo a viver em um país em guerra. Os desafios diários que ela enfrenta contrastam com seu amor por comédias românticas egípcias, até que, um dia, a chance de encontrar com Karim aproxima essas duas partes da vida dela. Uma história de amor no coração de uma guerra.

Vibrações de Gaza [Vibrations from Gaza]

Rehab Nazzal, 16’, 2023, Palestina Canadá | 16 anos

Vibrações de Gaza traz um pequeno retrato das experiências de crianças surdas no território colonizado e confinado de Gaza, Palestina. Nascidas e crescidas sob o cerco israelense e frequentes ataques, estas crianças, incluindo Amani, Musa, Israa, entre outras, trazem histórias vívidas de seus encontros com bombardeios e a constante presença de drones no céu. As crianças descrevem suas percepções sobre ataques de mísseis através de vibrações no ar, tremores no chão, e a ressonância de prédios se colapsando. O filme também questiona se a surdez destas crianças são uma consequência do uso de armamento sônico por Israel, tais como estrondos sônicos.

Serviço:

4ª Mostra de Cinema Árabe Femino – Cinema de Viagem da América do Sul

17 de agosto a 25 de agosto 2024

Programação gratuita

Ingressos:

CCBB-RJ – retirada na bilheteria física ou pelo site bb.com.br/cultura a partir das 9h do dia da sessão

Cine Arte UFF – retirada na bilheteria

Gomeia Galpão Criativo – ocupação por ordem de chegada

FEBF Duque de Caxias – ocupação por ordem de chegada

Classificação indicativa: consultar programação

E-mail: m.c.arabe.f@gmail.com

Site: www.cinemaarabefeminino.com

Centro Cultural Banco do Brasil – Rio de Janeiro

Rua Primeiro de Março, 66 – térreo – Cinema I – Centro – Rio de Janeiro, RJ

Contato: (21) 3808-2020 | ccbbrio@bb.com.br

Funcionamento: de quarta a segunda, das 9h às 20h (fecha às terças)

Mais informações em bb.com.br/cultura

Siga o CCBB RJ nas redes sociais:

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Centro de Artes UFF – Cine Arte UFF / Niterói

Rua Miguel de Frias, 9 – Icaraí, Niterói

Tel: (21) 2629-5576

Gomeia – Galpão Criativo

Rua Dr. Lauro Neiva, 32 – Centro, Duque de Caxias

Tel: (21) 97202-8957

Faculdade de Educação da Baixada Fluminense – FEBF Duque de Caxias

Rua Gen. Manoel Rabelo, s/n – Vila São Luis, Duque de Caxias

Tel: (21) 3651-8410 e (21) 3651-8278

Redes sociais:

Instagram: www.instagram.com/cinema_arabefeminino

Facebook: https://www.facebook.com/cinemaarabefeminino

Programação Diária

Sábado, 17 de agosto – Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro – CCBB RJ

14h – Sessão de aberturaAdeus Tiberíades [Bye Bye Tiberias]

Lina Soualem, 82’, 2023, França, Palestina, Bélgica, Catar | 12 anos

16h – Mesa Redonda com a Curadoria

com Analu Bambirra, Carol Almeida e Alia Ayman

18h – Cante o seu conto, pequeno pássaro [Tell your tale little bird]

Sessão comentada – com Badra El Cheikh e Juliana Muniz

Arab Loutfi, 90’, 1990/2007, Egito, Líbano, Palestina | 18 anos

Domingo, 18 de agosto – Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro – CCBB RJ

14h – Impedimento em Cartum [Khartoum Offside]

Sessão Comentada – com Alexandre dos Santos

Marwa Zein, 76’, 2019, Sudão, Noruega, Dinamarca, França | Livre

16h – Masterclass Imagens do mundo colonial e a Estética do Retorno à Palestina

com Razan AlSalah – transmissão ao vivo com a diretora, com intérprete de Libras

18h – A sensação de ser observada [The feeling of being watched]

Assia Boundaoui, 87’, 2018, Estados Unidos | 12 anos

Segunda-feira, 19 de agosto – Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro – CCBB RJ

17h – Sessão de curtas-metragens (61’) | 16 anos

2026 [2026]

Maha Maamoun, 9’, 2010, Egito

Minha Pátria [Mawtini]

Tabarak Abbas, 12’, 2024, Suíça

Fantasmas Familiares [Familiar Phantoms]

Larissa Sansour, Søren Lind, 40’, 2023, Reino Unido

18h30 – Hacker Beduína [Bedwin Hacker]

Nadia El Fani, 100’, 2006, Estados Unidos | 14 anos

Terça-feira, 20 de agosto – Centro de Artes UFF – Cine Arte UFF / Niterói

19h – Sessão de curtas-metragens (55’) | 14 anos

Sessão Comentada – com Razan AlSalah – com legenda descritiva e comentários em transmissão ao vivo com a diretora, com intérprete de Libras

Uma pedra atirada [A Stone’s Throw]

Razan AlSalah, 40’, 2024, Canadá, Palestina, Líbano

Canada Park [Canada Park]

Razan AlSalah, 8’, 2020, Canadá, Palestina

Seu pai nasceu com 100 anos, assim como a Nakba [Your father was born 100 years old, and so was the Nakba]

Razan AlSalah, 7’, 2017, Palestina

Quarta-feira, 21 de agosto – Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro – CCBB RJ

16h – Mesa Redonda Desapagamento dos arquivos palestinos

com Carol Almeida e Maria Ganem

18h – Sessão (71’) | 18 anos

Amanhã, de novo [Tomorrow, again]

Mona Benyamin, 11’, 2023, Palestina

Recorrências Perpétuas [Perpetual Recurrences]

Reem Shilleh, 60’, 2016, Palestina, Dinamarca, Japão, França, Itália, Líbano, Bélgica, Países Baixos, Alemanha Ocidental

Quarta-feira, 21 de agosto – Faculdade de Educação da Baixada Fluminense – FEBF Duque de Caxias

19h – A sensação de ser observada [The feeling of being watched]

Sessão Comentada – com Gyssele Mendes

Assia Boundaoui, 87’, 2018, Estados Unidos | 12 anos

Quinta-feira, 22 de agosto – Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro – CCBB RJ

15h – Crianças de Shatila [Children of Shatila]

Sessão com Audiodescrição

Mai Masri, 45’, 1998, Palestina, Líbano | 10 anos

16h30 – Sessão de curtas-metragens (48’) | 16 anos

Sessão comentada – com as curadoras Analu Bambirra e Carol Almeida

Sessão com audiodescrição, legenda descritiva e comentários com intérprete de Libras

Gaza Elétrica [Electrical Gaza]

Rosalind Nashashibi, 18’, 2015, Reino Unido

Mahdi Amel – O modo colonial de produção [Mahdi Amel – The Colonial Mode of Production]

Mary Jirmanus Saba, 14’, 2024, Sem país de produção

Vibrações de Gaza [Vibrations from Gaza]

Rehab Nazzal, 16’, 2023, Palestina Canadá

19h – Sessão de curtas-metragens (55’) | 14 anos

Sessão com legenda descritiva

Uma pedra atirada [A Stone’s Throw]

Razan AlSalah, 40’, 2024, Canadá, Palestina, Líbano

Canada Park [Canada Park]

Razan AlSalah, 8’, 2020, Canadá, Palestina

Seu pai nasceu com 100 anos, assim como a Nakba [Your father was born 100 years old, and so was the Nakba]

Razan AlSalah, 7’, 2017, Palestina

Sexta-feira, 23 de agosto – Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro – CCBB RJ

17h – Fronteiras entre Sonhos e Medos [Frontiers of Dreams and Fears]

Mai Masri, 56’, 2001, Palestina, Estados Unidos | 10 anos

18h – Quatro mulheres do Egito [Four Women of Egypt]

Tahani Rached, 90’, 1997, Canadá | 12 anos

Sexta-feira, 23 de agosto – Gomeia Galpão Criativo – Duque de Caxias

19h30 – Sessão de curtas-metragens (55’) | 14 anos

Sessão comentada – com Razan AlSalah – com legenda descritiva e comentários em transmissão ao vivo com a diretora com intérprete de Libras

Uma pedra atirada [A Stone’s Throw]

Razan AlSalah, 40’, 2024, Canadá, Palestina, Líbano

Canada Park [Canada Park]

Razan AlSalah, 8’, 2020, Canadá, Palestina

Seu pai nasceu com 100 anos, assim como a Nakba [Your father was born 100 years old, and so was the Nakba]

Razan AlSalah, 7’, 2017, Palestina

Sábado, 24 de agosto – Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro – CCBB RJ

14h30 – Sessão de curtas-metragens (50’) | 14 anos

Nossos cantos estavam prontos para todas as guerras [Our Songs Were Ready for all Wars to Come]

Noor Abed, 22’, 2021, Palestina

O Protesto silencioso: Jerusalém 1929 [The Silent Protest: Jerusalem 1929]

Mahasen Nasser-Eldin, 20’, 2019, Palestina

Legendas para imagens roubadas [Subtitles for Stolen Pictures]

Rheim Alkadhi, 8’, 2007, Iraque, Estados Unidos

16h – Mesa redonda A guerra normalizada: o dia a dia na Palestina e a midiatização da guerra

com Giovanna Monteiro-Macedo e Vinícius Pedreira Barbosa da Silva

18h – Sessão de curtas-metragens (81’) | 14 anos

Sessão comentada – com Nour Ouayda

Capital [Capital]

Basma al-Sharif, 17’, 2023, Egito, Alemanha, Itália

O jardim secreto [The Secret Garden]

Nour Ouayda, 27’, 2023, Líbano

Permanecer no que já não há [To Remain in the no Longer]

Joyce Joumaa, 37’, 2023, Canadá, Líbano

Sábado, 24 de agosto – Gomeia Galpão Criativo – Duque de Caxias

19h30 – Sessão de curtas-metragens (48’) | 16 anos

Sessão comentada – com Daniele Abilas – sessão com legenda descritiva e comentários com intérprete de Libras

Gaza Elétrica [Electrical Gaza]

Rosalind Nashashibi, 18’, 2015, Reino Unido

Mahdi Amel – O modo colonial de produção [Mahdi Amel – The Colonial Mode of Production]

Mary Jirmanus Saba, 14’, 2024, Sem país de produção

Vibrações de Gaza [Vibrations from Gaza]

Rehab Nazzal, 16’, 2023, Palestina Canadá

Domingo, 25 de agosto – Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro – CCBB RJ

16h30 – Mar Roxo [Purple Sea]

Amel Alzakout, Khaled Abdulwahed, 67’, 2020, Alemanha | 16 anos

18h – Sessão de encerramento – Uma vida suspensa [A Suspended Life]

Sessão com legenda descritiva

Jocelyne Saab, 90’, 1985, França, Líbano | 12 anos.

(Fonte: Com Paulo Almeida, Alexandre Aquino e Claudia Tisato)

Cinco Mil Anos de Arte Chinesa: Instituto CPFL expõe coleção Cerqueira Leite

Campinas, por Kleber Patricio

Exposição da coleção milenar do Professor Rogério Cezar de Cerqueira Leite sobre a China fica até outubro no Instituto CPFL. Fotos: Tatiana Ferro.

No ano em que se comemoram 50 anos das relações diplomáticas entre China e Brasil, o Instituto CPFL presenteia o público com a exposição Cinco Mil Anos de Arte Chinesa: coleção Cerqueira Leite. Com mais de 300 peças disponíveis para visitação gratuita – entre 13 de agosto e 12 de outubro – a mostra traz ao público um percurso histórico milenar com peças que vão desde o período neolítico (6500 a 1700 a.C.) até a época da República da China (1912 d.C.), passando por cinco dinastias (Han, Tang, Song, Ming e Qing). As obras fazem parte do acervo do professor emérito da Unicamp e presidente de honra do CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais) Rogério Cezar de Cerqueira Leite e é uma das mais completas coleções de peças chinesas na América do Sul.

“A exposição traz uma vasta coleção que percorre a história e a evolução da arte chinesa ao longo de milênios. Sem dúvida, as pessoas irão experenciar algo único ao entrar em contato com obras que ilustram a riqueza e a diversidade da cultura desse país. Apoiarmos uma exposição como essa no ano em que se celebra o aniversário de 50 anos das relações diplomáticas entre Brasil e a China é para nós algo de valor incomensurável”, comenta Daniela Ortolani Pagotto, head do Instituto CPFL.

Fruto das viagens de Cerqueira Leite à China e de seu constante interesse pela história cultural do país, o conjunto das obras que compõem Cinco Mil Anos de Arte Chinesa, como vasos, chaleiras e incensários, possui especial significado para o colecionador. “A China possui riquezas milenares que remontam a histórias de povos, dinastias, culturas e tradições capazes de nos ensinar, ainda nos dias de hoje, sobre valores filosóficos e culturais de uma das mais antigas civilizações do mundo”, explica Cerqueira Leite. “Há certos materiais elaborados pelos preciosos trabalhadores chineses que me encantam. Temos muitas obras em jade, pedra pela qual todo mundo se apaixona. Eu me sinto bem mais fascinado pela esteatita dadas às muitas caraterísticas que ela pode adquirir: pode ser transparente, de fundo amarelo, escura, até mesmo sem graça, mas, por outro lado, pode ter um belíssimo amalgamado de cores”, completa.

A curadoria é da arquiteta e historiadora da arte Renata Sunega. Tendo trabalhado anteriormente com outras coleções do acervo de Cerqueira Leite, ela destaca a riqueza e diversidade de peças e materiais expostos em Cinco Mil Anos de Arte Chinesa, com itens que vão desde um par de selos de pedra pertencentes ao imperador Qin Shi Huang (221 a.C.), passando por inúmeras estátuas em madeira e metal de divindades budistas e taoístas, até um conjunto multicolorido de frascos de rapé produzidos durante a dinastia Qing (1644 a 1912 d.C.). “A exposição que a CPFL Energia nos traz é uma oportunidade única de conhecer a vasta coleção de obras de artes chinesas que o professor Rogério reuniu ao longo de sua vida”, afirma Renata.

A peça favorita de Cerqueira Leite é um vaso em esteatita da dinastia Song do Norte (960 a 1127 d.C.), com corpo alongado de coloração avermelhada, mas ao mesmo tempo translúcida. “Meu fascínio pela China é muito parecido com o meu fascínio pela esteatita. A civilização de Confúcio, com suas múltiplas dimensões, evoca uma riqueza de variedade insuperável. Com essa exposição, reforço meu compromisso de tornar público esse fascínio e espero instigar nos jovens brasileiros a mesma admiração que eu sinto por este grandioso país de cinco mil anos de história”, pontua o professor.

OFICINAS

Em parceria com o Instituto Confúcio e a ProEC/Unicamp, a exposição oferecerá oficinas de Corte de papel e Nó Chinês. As oficinas têm capacidade para 40 participantes e o agendamento deve ser feito por e-mail ou telefone – agendamento@escolapandora.com.br | (19) 98720-5806.

Corte de papel | A arte chinesa de cortar papel (剪 纸, jiǎnzhǐ) é uma prática milenar desde que o papel foi inventado por Cai Lun, durante a dinastia Han. Tornou-se bastante difundida entre o povo chinês ao longo de milhares de anos. Apesar de ter se espalhado pelo mundo e adquirido assim características culturais de cada local, a China é reconhecida como sua criadora, sendo o único país no qual a técnica é validada pela Unesco como parte da cultura imaterial. Hoje em dia, os papéis recortados são utilizados durante os festivais tradicionais chineses, particularmente no Ano Novo Chinês.

Nó chinês | Os nós tradicionais chineses (中 国 结, zhōngguó jié), também conhecidos como nós decorativos tradicionais, são uma arte decorativa popular artesanal que começou na Dinastia Tang e Song (960-1279 d.C.). Nó – em chinês ‘jie’ – significa vigor, harmonia e unificação. Portanto, este tipo de arte tem sido um presente trocado em datas comemorativas há milhares de anos e representa os melhores desejos. ‘Alegria’, ‘Vida longa’, ‘Felicidade’ e ‘Boa sorte’ são algumas expressões em caracteres chineses agregadas aos nós enquanto votos e cumprimentos calorosos.

A exposição é patrocinada pela CPFL Energia, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura e Ministério da Cultura, com apoio da State Grid, Instituto CPFL e ProEC/Unicamp.

Serviço:

Exposição Cinco Mil Anos de Arte Chinesa: coleção Cerqueira Leite

Quando: de 13 de agosto a 12 de outubro

Horários: de segunda a sexta, das 9h às 18h; aos sábados, das 10h às 16h; fechada em feriados

Entrada: gratuita

Local: Instituto CPFL

Endereço: Rua Jorge Figueiredo Corrêa, nº 1632, Chácara Primavera, Campinas-SP

Oficinas de Corte de papel: dias 10/9 e 8/10, das 15h às 16h

Oficinas de Nó chinês: 27/8, 24/9 e 12/10, das 15h às 16h

Agendamentos para visitas mediadas e para oficinas

Agendamento para visitas mediadas, com interprete de Libras e oficinas: agendamento@escolapandora.com.br ou (19) 98720-5806.

Sobre o Instituto CPFL | O Instituto CPFL (ICPFL) é, há mais de 20 anos, a plataforma de investimento social privado do Grupo CPFL Energia. É responsável por coordenar as iniciativas de protagonismo social da companhia junto às comunidades onde as empresas do grupo atuam por meio das frentes: CPFL Jovem Geração, CPFL Intercâmbio Brasil-China, Circuito CPFL, CPFL nos Hospitais, Café Filosófico CPFL. Saiba mais em www.institutocpfl.org.br.

(Fonte: Com Raquel Lima, Tadeu Rover e Tiago Freitas/WGO Comunicação)

Sônia Mota celebra seus 76 anos no Instituto Tomie Ohtake

São Paulo, por Kleber Patricio

Sonia Mota – ‘Sem Fim’. Fotos: Silvia Machado.

Com ‘Sônia Mota: Arte da Presença/Presença na Arte1, proposta que une performance, lançamento de livro com sessão de autógrafos e projeção de videoaula, a bailarina, coreógrafa, professora e diretora artística Sônia Mota comemora seus 76 anos de vida, dentre os quais 68 dedicados à arte e à dança, no Instituto Tomie Ohtake, no sábado, dia 17 de agosto, a partir das 16h.

A programação abre com a apresentação do inédito ‘Sem fim’. Coreografado e dirigido pela portuguesa Carla Jordão, o solo revisita, de forma suave e gentil, o caminho percorrido pela artista, que foi uma das pioneiras da dança contemporânea e independente, que ocupava o emblemático Teatro Galpão, entre os anos de 1974 e 1981, integrou o Balé da Cidade de São Paulo, foi diretora artística da Cia de Dança Palácio das Artes, de Belo Horizonte, e, atualmente, realiza um trabalho de dança para mulheres refugiadas na Alemanha.

“A maneira de me expressar dançando está se mostrando agora mais calma e serena; a tendência de me mexer, sempre muito rapidamente, ralentou-se como minha alma, que vem se apaziguando e tornando minha dança mais íntima e essencial”, avalia Sônia Mota, que acredita que “assim se complementam e se renovam os ciclos da vida”.

Após a performance, com 45 minutos de duração, Mota lança ‘Arte da Presença/Presença na Arte’, escrito nos últimos 23 anos e que compila, em dois livros reunidos num único volume, sua biografia, recheada de dança e arte, e a construção do seu método, que não se preocupa em criar uma nova linguagem, mas em transformar, restaurar, readaptar e reorganizar os códigos clássicos e modernos da dança para acentuar a maneira individual de dançar de cada bailarino. Sônia Mota, que assina concepção, pesquisa, escrita e organização do livro, contou com a assessoria de Gabriel Küster e Letícia Tadros na construção do método Arte da Presença e de José Rubens Siqueira na escrita. Siqueira também assina o prefácio e Érico Peretta, a capa e o projeto gráfico. “O livro traz a dança como necessidade, percurso de vida e possibilidade de novas delicadezas e, tomara, sirva de legado para as próximas gerações”, almeja a artista-escritora.

Durante a sessão de autógrafos, será projetado em looping o vídeo ‘Arte da Presença’, gravado pelo videoartista Osmar Zampieri, que, desafiando a efemeridade da dança – que desaparece praticamente no mesmo instante da sua manifestação –, fez o registro dessa aula realizada em 2022, no Estúdio Oito Nova Dança, da parceira de longa data Lu Favoreto, para que não ficasse apenas na memória físico/corporal dos 22 participantes. O vídeo tem audiodescrição de AD Adamy.

Realizado com apoio do Programa Funarte Retomada/Dança, depois de São Paulo, ‘Sônia Mota: Arte da Presença/Presença na Arte’ segue em itinerância para Campo Grande, Salvador e Belo Horizonte.

Para saber mais: https://linktr.ee/soniamota2024.

Um pouco de Sônia Mota

Figura atuante no cenário da Dança, Sônia Mota fez parte da geração pioneira da dança contemporânea e independente, que ocupava o Teatro Galpão, espaço emblemático entre os anos de 1974 e 1981, caracterizado pelo caráter experimental, vanguardista e multidisciplinar na formação e criação artísticas. Nesse mesmo período, Sônia Mota viajava com frequência aos EUA para treinar na Cia de Dança de Louis Falco, discípulo de José Limón. Artista inquieta e inovadora, Sônia integrou o Balé da Cidade de São Paulo, foi diretora artística da Cia de Dança Palácio das Artes, de Belo Horizonte, e coleciona prêmios como bailarina e coreógrafa. É autora do método de dança Arte da Presença, que, a partir de questionamentos pessoais referentes a posturas das técnicas clássica e moderna, utiliza conceitos individuais de dinâmicas, texturas e tons do movimento para extrair de cada aprendiz a essência necessária para sua expressão artística. Sempre transitando entre o Brasil e a Alemanha, Sonia Mota segue ministrando oficinas e, atualmente, realiza um trabalho de dança para mulheres refugiadas na Alemanha.

Ficha técnica Sem Fim

Concepção: Sônia Mota | Direção artística e Coreografia: Carla Jordão | Performer: Sônia Mota| Trilha: Carla Jordão | Músicas: Helen Bledsoe, The Beatles e Jean-Baptiste Barrière- Cello Sonata #1 In B Minor | Desenho de Luz: Wolfgang Pütz | Figurino: Carla Jordão e Sônia Mota | Operação de Som: Letícia Tadros | Fotos: Luise Flüge  e Agata Stolltman | Produção: Zé Renato – Cais Produção | Assistente de Produção: Beto de Faria | Comunicação e Mídias Sociais: Talita Bretas – Portal MUD | Assessoria de Imprensa: Elaine Calux.

Apoio: Programa Funarte Retomada 2023 – Dança, André Boll, João Andreazzi, Lu Favoreto.

Classificação indicativa: livre | Duração: 45 minutos.

Serviço:

Sônia Mota: Arte da Presença/Presença na Arte – projeto em comemoração aos 76 anos da artista da Dança Sonia Mota

Dia 17/8 (sábado), 16h – Solo Sem fim, lançamento/sessão de autógrafos do livro Arte da Presença/Presença na Arte, videoprojeção da aula master A Arte da Presença.

Instituto Tomie Ohtake

Rua Coropé, 88 – Pinheiros, São Paulo – SP

Ingressos: Grátis – Reservas: https://linktr.ee/soniamota2024

*Os ingressos também serão distribuídos na bilheteria com uma hora de antecedência.

(Fonte: Com Elaine Calux Assessoria de Imprensa)

Em outubro, Dionne Warwick leva sua turnê de despedida ao BeFly Minascentro

Belo Horizonte, por Kleber Patricio

Foto: David Vance.

No dia 25 de outubro, o BeFly Minascentro será palco da última turnê de uma das maiores divas da música mundial. Com o espetáculo ‘One Last Time’, Dionne Warwick desembarca na capital mineira para uma das três datas que fará no Brasil. O show será a primeira apresentação da artista após homenagem no Rock & Roll Hall Of Fame, com cerimônia marcada para o dia 19 de outubro, onde ela será condecorada por sua influência e contribuição na música.

Cinco vezes vencedora do Grammy, Dionne Warwick tem 83 anos de vida e mais de seis décadas de carreira. Dona de uma voz única e marcante, é considerada por muitos a cantora que preencheu a lacuna entre o soul e o pop, tornando-se um dos pilares da cultura e música americana, com mais de 100 milhões de discos vendidos. Além disso, foi a primeira artista feminina a ganhar o prêmio Grammy de Melhor Performance Feminina de Pop e Melhor Performance Feminina de R&B.

Com sua aposentadoria anunciada, a artista vem se despedindo dos palcos em grande estilo, em apresentações onde seus milhares de fãs têm a chance de ouvir, ao vivo, um repertório histórico e icônico, repleto de sucessos que alcançaram o topo da lista das músicas mais tocadas no mundo. Dentre as músicas selecionadas, ‘I’ll Never Love This Way Again’, ‘Walk On By’ e ‘I Say a Little Prayer’ não ficam de fora do espetáculo. “É um orgulho tamanho fazer parte de um momento tão especial quanto esse. Dionne foi a trilha sonora de tantas gerações e trazer a sua despedida aos palcos para Belo Horizonte é um sonho que se torna realidade. Em nome do BeFly Minascentro, posso dizer que estamos aguardando ansiosamente a sua chegada e preparando uma noite que ficará marcada nos corações de todos que estiverem presentes”, conta Ana Cristina Pimenta, head de marketing do centro de experiências.

Os ingressos para a data já começaram a ser vendidos e podem ser adquiridos por meio deste link. A apresentação acontece às 21 horas, no Grande Teatro, com classificação etária livre.

Serviço:

Dionne Warwick – One Last Time

Data: 25 de outubro, sexta-feira | Horário: 21h

Espaço: Grande Teatro

Ingressos: na bilheteria virtual

Sobre o BeFly Minascentro

O BeFly Minascentro é um emblemático cartão postal e um dos espaços mais icônicos de Belo Horizonte, reconhecido nacionalmente como player de relevantes experiências culturais, turísticas e de negócios. Nele, estão reunidas possibilidades que vão do entretenimento às agendas corporativas, tornando o centro de experiências um concorrido cenário para turnês de artistas consagrados, peças teatrais, feiras de comércio e turismo, convenções e eventos corporativos.

Com localização privilegiada – em perímetro de forte impacto turístico, histórico e cultural – a história do Minascentro se confunde em alguns pontos com a da capital mineira, a começar pela edificação: um exemplar da arquitetura neoclássica projetada no início do século XX. Seus ambientes multiusos, modulares e flexíveis, preparados para abrigar eventos de diferentes formatos e dimensões, estão distribuídos em três andares e uma área de mais de 23 mil m². De forma concomitante, o complexo inteiro é capaz de comportar mais de 8000 pessoas por evento.

(Fonte: Com Vinicius Santiago/Rede Comunicação)

Espetáculo de circo tradicional, Entre Risos faz apresentação em Fábricas de Cultura de São Paulo

São Paulo, por Kleber Patricio

Crédito das fotos: Cris Belier.

‘Entre Risos’ é um solo idealizado e encenado por Nico Serrano para homenagear os circos tradicionais e os comediantes que trabalham com humor físico. Em cena, o público acompanha o palhaço Picuinha, que aguarda nos bastidores de um espetáculo circense a vez para apresentar seu número. Muito curioso e sozinho no camarim, aproveita a oportunidade para brincar com os apetrechos dos seus colegas e transforma a espera em momentos divertidos para o público usando diversas linguagens: palhaçaria, mágica, sapateado, equilibrismo e manipulação de bonecos. O trabalho faz agora apresentações nas Fábricas de Cultura Vila Curuça (dia 15/8), Itaim Paulista (dia 16/8) e Sapopemba (dia 28/8). Veja a programação completa abaixo.

A proposta de encenação é centrada no trabalho físico do ator. Por isso, há pouca utilização da fala – quando acontece é por meio de risos do personagem e de ‘grommelots’ (linguagem vocal ligada à onomatopeia muito utilizada no teatro satírico). “Juntei tudo aquilo que aprendi ao longo da minha carreira para desenvolver um espetáculo alegre e emocionante. Eu queria resgatar aquele circo clássico e entreter toda a família”, conta Nico.

Movido por uma curiosidade gigantesca, o palhaço usa seu tempo ‘ocioso’ para fazer truques de mágica, sapatear, se aventurar no universo do equilibrismo e até interagir com um boneco. “Cada olhada para o lado é muito provocante para o nosso protagonista. E a plateia vai acompanhando toda essa jornada atrapalhada”, completa.

A sonoplastia liga-se diretamente às ações, contribuindo para a construção do clima do espetáculo. Ao fundo e em alguns momentos específicos, um locutor vai chamando as próximas atrações do circo. “Com este trabalho, consegui explorar bastante o gesto e as expressões faciais. E, ao mesmo tempo, inseri um número de equilíbrio com bola, que eu adoro e é tão importante para a história do circo, mas vejo poucos artistas fazerem hoje”, afirma Nico.

Entre Risos estreou nacionalmente em 2015, no Sesc Rondonópolis (Mato Grosso). De lá para cá, foram mais de 90 apresentações pela América Latina, incluindo no Sesc Belenzinho, no FENATA (Festival Nacional de Ponta Grossa/PR; no Festival ‘Em Janeiro Teatro para Criança é um Barato’, em São José do Rio Preto/SP; no Itaú Cultural e em outros eventos no México e no Peru.

Programação

Nos dias 15 e 16 de agosto, o espetáculo circula pelas Fábricas de Cultura de Vila Curuça (dia 15), Itaim Paulista (dia 16) e, Sapopemba, (dia 28). Os ingressos são gratuitos, distribuídos uma hora antes do espetáculo. As apresentações têm apoio do ProAC de Circo/Circulação.

Sinopse | Inspirado em palhaços de circos tradicionais e comediantes que trabalham com humor físico, o enredo de Entre Risos acontece nos bastidores de um circo e mostra a trajetória de um palhaço e o que ele faz enquanto aguarda a sua próxima entrada. Cada olhar para o lado é muito provocante para um palhaço ‘quase’ ocioso. Ele mexe em tudo o que vê, inclusive dos outros artistas, como nos truques do mágico, no sapato de sapateado da bailarina, na bola do equilibrista – até uma surpresa acontece quando um boneco ganha vida, mas nem sempre isso tudo pode dar muito certo.

Nico Serrano | Multiartista, é um ator cômico, circense e músico. Em 2001 fundou a Cia. BuBiÔ, FicÔ LÔ!, atuou nos espetáculos do grupo e como convidado em companhias importantes como La Mínima, a Cia do Polvo, Os Fofos Encenam e Trans-Express (França). Estudou com muitos mestres: Leris Colombaioni (ITA), Chacovachi (ARG), Christine/Watson (Ringling Bros./EUA), Avner Eisenberg (EUA), Philippe Gaulier (FRA), Domingos Montagner, Fernando Sampaio, Fernando Neves e Beth Dorgam, entre diversos outros. No teatro, foi indicado aos Prêmios Femsa Coca-Cola e SP de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem de SP. Já atuou em programas de TV, séries, curta metragens e videoclipes.

Ficha técnica

Com a Cia. BuBiÔ, FicÔ LÔ!

Elenco: Nico Serrano

Ensaiadora: Katia Daher

Locução ao vivo: Deni Montserrat

Sonoplasta: Denão

Orientador de circo: Adriano Bitú

Produtora administrativa: Andrea Mello

Assessoria de Imprensa: Canal Aberto.

Serviço – Entre Risos | Duração: 50 minutos | Classificação: Livre.

Agosto

Fábrica de Cultura Vila Curuçá

Data: 15 de agosto, às 14h30

Endereço: R. Pedra Dourada, 65 – Jardim Robru – São Paulo

Ingresso: gratuito | Retirada na bilheteria 1 hora antes do espetáculo começar.

Fábrica de Cultura Itaim Paulista

Data: 16 de agosto, às 10h e 14h30

Endereço: R. Estudantes da China, 500 – Itaim Paulista – São Paulo

Ingresso: gratuito | Retirada na bilheteria 1 hora antes do espetáculo começar.

Fábrica de Cultura de Sapopemba

Data: 28 de agosto, às 14h30

Endereço: R. Augustin Luberti, 300 – Fazenda da Juta – São Paulo

Ingresso: gratuito | Retirada na bilheteria 1 hora antes do espetáculo começar.

(Fonte: Com Márcia Marques, Flávia Fontes e Daniele Valério/Canal Aberto Assessoria de Imprensa)