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Cia de Achadouros apresenta ‘Raízes, memórias e outras histórias’ em Taubaté, Valinhos e Vinhedo

Taubaté, por Kleber Patricio

Fotos: @pri_fiotti.

A Cia de Achadouros (@ciadeachadouros) está comemorando dez anos com uma série de ações especiais. No mês de agosto de 2024, o grupo realiza apresentações gratuitas da contação de histórias ‘Raízes, memórias e outras histórias’ em Taubaté, Valinhos e Vinhedo (SP).

No dia 17 de agosto (sábado), às 10h, com entrada gratuita, o espetáculo será apresentado no Espaço Cultural Projeto HAPET, em Taubaté. Em 18 de agosto (domingo), às 10h30, a apresentação será realizada na Feira Arte na Praça, na Praça Washington Luis, em Valinhos. E no dia 25 de agosto (domingo), às 10h30, a apresentação acontece no Memorial do Imigrante, em Vinhedo.

Além dos causos da vida real, que misturam histórias vividas e coletadas pelos próprios artistas da cena, Raízes, memórias e outras histórias traz o enredo de uma árvore que supera um grande desafio de vida, as aventuras de uma criança que desvenda um segredo da floresta e a experiência mágica vivida por uma família diante de um momento delicado e de grandes revelações.

O projeto busca expandir a experiência do público com a contação de histórias fazendo um convite para que cada pessoa aprecie os instantes do espetáculo nas mais distintas condições oferecidas pela cenografia criada por Clau Carmo. O público pode assistir à apresentação estando em pé, sentado, deitado ou em outras posições que despertem os sentidos e ampliem a experiência.

Com três artistas que se desdobram nas performances em cena: Emiliano Favacho, Felipe Michelini e Mariá Guedes, a montagem propõe um destaque sobre a fisicalidade da atuação e a vivacidade da palavra falada, transitando pela literatura através das histórias ‘A força da Palmeira’ (2014), livro de Anabella Lopéz adaptado de um conto popular do Magreb; ‘O segredo do Curumim’ (1982), de autoria da escritora brasileira Sônia Robatto; e ‘O filho do caçador e outras histórias-dilema da África’ (2014), de Andi Rubinstein e Madalena Monteiro, adaptado de histórias-dilema de África.

Com direção de Fabiano Lodi e direção musical de Felipe Gomes Moreira, o projeto, que foi criado em 2018, reestreia em 2024 em uma nova versão que melhor representa os anseios artísticos da Cia de Achadouros ao longo de todos esses anos de dedicação a esta pesquisa.

A busca por dialogar com narrativas orais das mais diversas referências fez com que este projeto, antes denominado ‘Origens do Brasil’, ganhasse duas versões, que foram apresentadas entre 2018 e 2022. A partir de 2023, já com um farto material de pesquisa levantado, o grupo se debruçou sobre seis histórias que ganharam cuidadosa revisão dramatúrgica para serem levadas à cena, numa proposta que contempla criação musical autoral e uma encenação que envolve o público em uma arena de histórias.

As ações são do projeto ‘Cia de Achadouros faz Dez Anos’, contemplado no Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023 de Grupos e Coletivos Artísticos, realizado em parceria com a Leneus Produtora de Arte.

A Cia de Achadouros surgiu em 2014, tendo como base de sua pesquisa a linguagem da palhaçaria, das máscaras e da comicidade popular. Seu repertório já foi visto por mais de 15 mil pessoas, com espetáculos que transitam pelo teatro para as infâncias e o teatro adulto, além de um projeto de contação de histórias. Informações: www.instagram.com/ciadeachadouros e www.facebook.com/ciadeachadouros.

Ficha Técnica – Atuação: Emiliano Favacho, Felipe Michelini e Mariá Guedes. Direção: Fabiano Lodi. Dramaturgia: Cia de Achadouros e Fabiano Lodi. Direção Musical: Felipe Gomes Moreira. Cenário e Figurinos: Clau Carmo. Costureira: Anísia Maria. Design Gráfico: Nathalia Ernesto. Gestão de mídias sociais: Rúbia Galera. Assessoria de Imprensa: Luciana Gandelini. Assistente de Produção: Samuel Paixão. Produção Local (Vinhedo e Valinhos): Renan Mozzer. Fotos: @pri_fiotti. Coordenação de Produção: Leneus Produtora de Arte.

Serviço:

Espetáculo Raízes, memórias e outras histórias

Com Cia de Achadouros

Sinopse | Uma contação de histórias encenada, que reúne variadas narrativas e experiências de encontro mediadas pelas práticas da oralidade. Em cena, três artistas revisitam sabedorias afro-brasileiras e dos povos originários, misturadas a causos da vida real que alimentam imaginários do nosso cotidiano. O espetáculo convida o público a vivenciar ensinamentos valiosos que foram transmitidos entre gerações e a apreciar elementos da rica diversidade que compõem a cultura brasileira.

Duração: 50 minutos | Grátis | Classificação Livre | Capacidade: 50 pessoas

Quando: 17 de agosto de 2024 (sábado) – Horário: 10h – Onde: Espaço Cultural Projeto HAPET – Endereço: Estr. Mun. José Cândido de Oliveira, 3200 – São Gonçalo, Taubaté – SP

Quando: 18 de agosto de 2024 (domingo) – Horário: 10h30 – Onde: Feira Arte na Praça – Endereço: Praça Washington Luis – R. Washington Luiz de Castro Barros, 3 – Jardim das Figueiras, Valinhos – SP

Quando: 25 de agosto de 2024 (domingo) – Horário: 10h30 – Onde: Memorial do Imigrante – Endereço: Av. dos Imigrantes, 605 – Jardim Itália, Vinhedo – SP.
(Fonte: Com Luciana Gandelini Assessoria de Imprensa)

Pains, no Centro-Oeste de Minas, corre risco de perder cartão-postal de 60 milhões de anos

Pains, por Kleber Patricio

A Pedra do Cálice. Foto: Reprodução/Arquivo/Cedida pelo Espeleogrupo Pains.

Conhecida como a Capital Mundial do Calcário e por toda a riqueza arqueológica que abriga, Pains é uma pacata cidade, com pouco mais de 8 mil habitantes, situada no Centro Oeste de Minas, a cerca de 220 km de Belo Horizonte. A região, que conta com mais de 1600 cavernas catalogadas, chamou a atenção da equipe do Programa André Show para mostrar ao estado todas as belezas e curiosidades do município. Porém, durante as gravações, o jornalista e o cinegrafista foram impedidos de registrar a Pedra do Cálice, monumento natural tombado pelo município.

Pains oferece diversos atrativos interessantes para os visitantes. A Igreja de Nossa Senhora do Rosário, fundada em 1854, é um marco histórico do município. Sua arquitetura simples e charmosa reflete a tranquilidade e a tradição da cidade. Outro ponto turístico importante é o Parque Natural Municipal Dona Ziza, que serve como ponto de encontro dos moradores e oferece trilhas, áreas de lazer e esporte. Dentro do parque, destaca-se o Museu Arqueológico do Carste do Alto São Francisco, localizado em um casarão histórico que reúne achados arqueológicos encontrados em Pains e cidades ao redor, remontando a uma história de ocupação humana de mais de 11 mil anos.

Pinturas rupestres. Foto cedida por Bobby Teófilo.

A cidade está situada em uma região cárstica de grande valor geológico. O termo ‘carste’ refere-se a um tipo de relevo cuja paisagem rochosa apresenta um aspecto de ruína, esburacado, com drenagens subterrâneas. Esse relevo é formado por rochas solúveis pela água ácida, como o calcário.

Lucélio Nativo, biólogo e espeleólogo do Espeleogrupo Pains, explica que o carste é formado por fraturas na rocha, causadas pelos movimentos da crosta terrestre. “A água de chuva, ao entrar em contato com o CO2 da atmosfera e do solo, forma ácido carbônico, que dissolve o calcário, criando as formações cavernosas e os espeleotemas”, disse.

O município também guarda outras preciosidades históricas, como pinturas rupestres e diversas outras riquezas. Em 2022, fósseis de uma preguiça gigante foram encontrados pelo Espeleogrupo Pains na Gruta João Lemos e levados para o Museu de Ciências Naturais da PUC Minas, em Belo Horizonte.

Pedra do Cálice

Pedra do Cálice. Foto cedida pelo Espeleogrupo Pains.

A Pedra do Cálice, um dos monumentos naturais mais conhecidos da região e cartão postal de Pains, tem cerca de 60 milhões de anos. A formação rochosa, que é tombada pelo município, pode estar ameaçada. A mineradora Gecal, que atua na cidade desde 1985, pretende expandir suas atividades e iniciar a extração de calcário nas proximidades do monumento natural.

De acordo com informações obtidas pela equipe do Programa André Show, apenas 600 metros separariam as movimentações da empresa do famoso ponto turístico. Ambientalistas e pesquisadores demonstram preocupação com o impacto da mineração tão próximo à Pedra do Cálice. O repórter Heberton Lopes conversou com dezenas de pessoas enquanto estava na cidade e nenhuma tinha conhecimento de que o cartão-postal da cidade pode estar em risco.

O espeleólogo Lucélio Nativo alerta sobre os riscos da mineração a 600 metros do monumento natural. “Foi feito o licenciamento, mas não foram realizados estudos para saber o grau de influência da proximidade da cava”, disse.

Acesso impedido

O repórter Heberson Lopes. Foto: Jonathan Nunes.

Durante a gravação da reportagem, o jornalista Heberton Lopes e o cinegrafista Jonathan Nunes enfrentaram uma situação inusitada enquanto se dirigiam à Pedra do Cálice. Eles estavam transitando por uma estrada de terra a caminho do monumento natural quando começaram a ser perseguidos por um carro branco. O motorista do veículo acelerou, buzinou e ordenou que a equipe de reportagem desse meia volta imediatamente, impedindo o acesso ao monumento natural.

Recentemente, foi encaminhado um requerimento à Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável na Assembleia Legislativa de Minas Gerais solicitando informações sobre as atividades de mineração na região. O documento questiona a falta de monitoramento adequado e a ausência de estudos específicos e medidas para a proteção das cavernas e formações rochosas.

O Programa André Show procurou a Gecal por e-mail, telefone, mensagens e até mesmo presencialmente. Foi questionando o fato de a equipe ser impedida de gravar a Pedra do Cálice e perguntado se a empresa não acha arriscado realizar a extração de calcário em uma área tão próxima ao monumento natural. Até o fechamento desta reportagem, a mineradora não se manifestou.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Pains informou, por meio de nota, que cada licença emitida é precedida de uma avaliação criteriosa dos impactos ambientais potenciais do projeto proposto e que a Secretaria trabalha em estreita colaboração com todas as partes interessadas para garantir que todas as preocupações sejam adequadamente consideradas. Contudo, afirmou que não existe exploração mineral nas proximidades do monumento.

O Programa André Show vai continuar acompanhando a situação da Pedra do Cálice e vai iniciar uma série de reportagens sobre o carste e a sua importância para Minas Gerais.

Assista ao Programa André Show especial sobre Pains: https://www.andreshow.com.br/noticia/assista-agora-ao-programa-andre-show-deste-sabado-1625280611.

(Fonte: Grupo Balo)

[Artigo de opinião] Além do quadro de medalhas: investimento em esporte promove desenvolvimento humano e redução de custos de saúde

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Políticas públicas de incentivo ao esporte devem ter como objetivo melhorar qualidade de vida de toda a população. Foto: Fitsum Admasu/Unsplash.

Por Bruno Teixeira — A cada quatro anos, temos a oportunidade de acompanhar a maior celebração do esporte: os Jogos Olímpicos, que em 2024 aconteceram até ontem (11/8) em Paris. Junto com a inspiração e o entretenimento proporcionados pelos melhores atletas do mundo, vimo-nos mais uma vez debatendo o investimento no setor pela perspectiva quase exclusiva da performance internacional.

Da mesma forma que, enquanto torcedores, nos deparamos equivocadamente com o discurso da perda do ouro versus a conquista da prata, muitas vezes os quadros de medalhas têm sido posicionados como o principal indicador de sucesso de uma nação esportiva – outro equívoco. Limita-se o potencial da excelência esportiva, assim como se restringe a compreensão social do esporte.

Tendo como referência nosso arcabouço jurídico, essas reflexões deveriam considerar ao menos três dimensões: o esporte educacional, com foco no desenvolvimento integral do indivíduo e na sua formação para o exercício da cidadania e a prática do lazer; o esporte de participação, com a finalidade de contribuir com a plenitude da vida social e a promoção da saúde dos praticantes; e o esporte de rendimento, visando resultados e a integração do país com outras nações. É a partir dessa visão holística que o esporte ganha mais relevância e que se justifica a urgência de mais investimento público no setor, assim como privado, principalmente com um cenário cada vez mais alarmante de inatividade física no Brasil.

Dados do Ministério da Saúde de 2021 apontaram que 48% da população com 18 anos ou mais das capitais brasileiras não atendiam ao mínimo de atividade física recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela própria pasta. As mulheres (56%) e os idosos (73%) apresentaram os números mais críticos. Como consequência, calcula-se que 15% dos custos do SUS com internações são atribuíveis à inatividade física. Pesquisa realizada pela Universidade Federal Fluminense em 2021 constatou que o impacto econômico da inatividade física de brasileiros, em diferentes regiões do país, representou gastos de cerca de R$300 milhões em 2019, somente com internações.

No outro lado, os estudos são consensuais ao defender a promoção de vidas mais ativas, o que inclui o fortalecimento de agenda do esporte e da atividade física em suas diferentes dimensões. Pesquisa da Unesco sobre a necessidade do investimento em educação física de qualidade para recuperação dos efeitos negativos da pandemia destaca como potenciais benefícios: redução da obesidade em até 30%; aumento dos resultados acadêmicos em até 40% e colaboração para diminuição da depressão e ansiedade em até 30%, principalmente em meninas.

Nesta direção, projeções do Núcleo de Estudos da Saúde, da Previdência e da Assistência Social da Fundação Getulio Vargas estabelecem que para cada real investido em esporte no Brasil há um retorno de R$8,59 em melhorias sociais – saúde, educação, luta contra o crime e geração de empregos, entre outros indicadores. Portanto, assim como não devemos restringir os feitos dos nossos atletas a números – afinal, não é possível medir persistência, determinação e superação, entre tantos outros admiráveis valores e conquistas –, também não podemos pautar a visão de uma nação esportiva apenas a partir de suas posições (ou não) no pódio ou em quadro de medalhas. Nossa maior vitória precisa ser garantir acesso ao esporte como direito de cada cidadão.

Sobre o autor | Bruno Teixeira é mestre em Gestão e Políticas Públicas pela Fundação Getulio Vargas e atua como executivo de responsabilidade social corporativa e comunicação no mercado esportivo.

Os artigos de opinião publicados não refletem, necessariamente, a opinião do site.

(Fonte: Agência Bori)

Campinas Decor 2025 terá antigo convento como cenário

Campinas, por Kleber Patricio

27ª edição da principal mostra de arquitetura, decoração e paisagismo do interior paulista será realizada de 11 de abril a 1º de junho na Casa de Nossa Senhora. Fotos: Paulo Arantes.

A organização da Campinas Decor promoveu na última quarta-feira, 7 de agosto, o lançamento oficial da edição 2025 da principal mostra de arquitetura, decoração e paisagismo do interior paulista. Tendo como cenário a Casa de Nossa Senhora, prédio da década de 1940 conhecido por ter abrigado o antigo convento das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado, o evento será realizado de 11 de abril a 1º de junho e, mais uma vez, deixará como legado a recuperação de um edifício histórico do município.

Com mais de 6.200 metros quadrados de terreno e 3.600 metros quadrados de área construída, o imóvel, localizado na Rua Bernardo de Souza Campos, 42, Praça Dom Barreto, no Bairro Ponte Preta, irá abrigar cerca de 50 ambientes internos e externos que serão preparados por renomados profissionais do setor na cidade e região mostrando as tendências e novidades em artigos para decoração e construção, revestimentos, mobiliário, luminotécnica, automação residencial e tudo o que envolve esse universo.

Fachada da Casa de Nossa Senhora.

Os expositores poderão soltar a criatividade em diversas salas, suítes, lofts, corredores, varandas e banheiros, além de jardins e espaços comerciais e de uso dos visitantes, como brinquedoteca, restaurante, bar, café, casa de chá e loja, distribuídos em três pisos e com fácil acessibilidade.

O projeto trará alguns diferenciais, como um portal de entrada e um cinema. Assim como na edição 2024, concluída no dia 26 de maio no Prédio do Relógio, contará ainda com um amplo espaço para a realização de eventos paralelos, como coquetéis e exposições de arte. Outra peculiaridade é que, por possuir uma ampla área livre, alguns dos ambientes serão erguidos do zero, permitindo assim a utilização de métodos construtivos modernos e eficientes. A organização também reservou dois espaços da edição 2025 para o projeto Novos Talentos, visando valorizar os profissionais que estão há pouco tempo no mercado, com até três anos de formados.

Ambiente interno.

Fernando Penteado Filho, diretor da mostra, conta que as expectativas em relação ao evento do próximo ano são as melhores possíveis. “A Casa de Nossa Senhora é um prédio de beleza ímpar e que, apesar de estar em plena área urbana e a poucos minutos do centro da cidade, é pouco conhecido pelos moradores de Campinas. Estamos muito felizes com o cenário escolhido e confiantes de que entregaremos mais uma linda Campinas Decor”, afirma.

“O trabalho de revitalização desse edifício repleto de história é mais um desafio assumido pela Campinas Decor e respeitará a essência do imóvel, valorizando e preservando seus detalhes arquitetônicos únicos”, acrescenta a diretora Hebe Fontenele. Ela relembra que, durante as obras, organização e expositores irão recuperar pisos e revestimentos, consertar telhados, portas e janelas e modernizar redes hidráulica e elétrica da propriedade.

As obras serão iniciadas no final de janeiro e durarão cerca de dois meses. Assim como nas edições anteriores, o processo irá envolver um verdadeiro exército de profissionais – arquitetos, paisagistas, engenheiros, artistas plásticos, pedreiros, pintores, jardineiros, carpinteiros e entregadores. Durante os trabalhos de revitalização do imóvel e preparação da mostra, serão gerados cerca de 1.500 empregos diretos e indiretos, fora outros 150 após a abertura do evento para o público.

A estimativa é de que a edição 2025 reúna cerca de R$7 milhões em investimentos, cotizados entre organização, expositores, patrocinadores e fornecedores, e receba público similar aos de anos anteriores, entre 30 mil e 35 mil visitantes.

Inscrições | Além de lançar oficialmente a nova edição, no dia 7, a organização da Campinas Decor apresentou o cenário do evento para os profissionais interessados em participar como expositores. Depois de conhecer os ambientes disponíveis e os detalhes do projeto, os interessados se inscreveram para os três espaços que mais lhes agradaram. Após a realização das inscrições, as organizadoras irão iniciar o processo de seleção dos expositores seguindo critérios preestabelecidos. A partir deste momento, além de definir o time de expositores, a organização iniciará também as negociações com patrocinadores, fornecedores e apoiadores da edição 2025.

Sobre a Campinas Decor

Criada em 1996 para fortalecer o mercado da arquitetura e decoração da cidade, a Campinas Decor consolidou-se como a principal mostra de arquitetura, decoração e paisagismo do interior de São Paulo e ganhou projeção nacional.

Ao longo dos anos, tornou-se uma grande vitrine do trabalho realizado pelos expositores, além de uma oportunidade única para fornecedores e patrocinadores divulgarem sua marca e seus últimos lançamentos.

Ao assumir o legado deixado por Sueli Cardoso, que dirigiu a Campinas Decor com maestria por mais de duas décadas ao lado da sócia Stella Pastana Tozo, a gestão atual, composta por Fernando Penteado Filho, Hebe Fontenele e Arthur Penteado, segue comprometida em manter a excelência e representatividade do evento.

Os excelentes resultados obtidos ao longo dos anos trouxeram a parceria e a obtenção de patrocínio e apoio junto a grandes empresas. Os contratos de apoio e patrocínio já estão em andamento e os interessados podem entrar em contato com a organização pelo telefone (19) 99378-7008 (falar com Railanda).

(Fonte: Com Rosana Spinelli/Máquina Comunicação Empresarial)

ABERTO retorna a São Paulo em sua terceira edição

São Paulo, por Kleber Patricio

A Casa de Tomie Ohtake. Fotos: Ruy Teixeira.

A partir de agosto, a ABERTO retorna a São Paulo em sua terceira edição, maior e mais ambiciosa do que as edições anteriores. Após sua edição inaugural na única residência particular remanescente do lendário arquiteto Oscar Niemeyer em São Paulo e uma segunda edição em uma casa projetada por Villanova Artigas, figura seminal da Escola Paulista de Arquitetura, a excepcional mostra de arte e design deste ano ocupará, pela primeira vez, dois espaços distintos e será uma ode ao legado artístico e arquitetônico de duas extraordinárias mulheres asiático-brasileiras e suas notáveis casas brutalistas da década de 1970.

Mais que residências, são espaços onde se perpetuam a criatividade, o espírito e a memória dessas duas mulheres para as gerações futuras: uma delas, projetada pelo arquiteto brasileiro Ruy Ohtake para sua mãe, Tomie Ohtake, conceituada artista de origem japonesa, nascida em Kyoto e, a outra, projeto de residência familiar de Chu Ming Silveira, nascida em Xangai, China. Esta última, arquiteta e designer visionária criadora de um dos grandes símbolos do mobiliário urbano brasileiro: o orelhão.

As casas servirão de pano de fundo para exibições de arte e design cuidadosamente selecionadas pelo trio de curadores Filipe Assis, Kiki Mazzucchelli e Claudia Moreira Salles em resposta ao ambiente arquitetônico; elementos como concreto aparente e linhas orgânicas serão perfeitamente integrados para aprimorar a experiência artística geral. “Estamos empolgados em revelar as histórias notáveis dessas mulheres extraordinárias e seu profundo impacto na arte, arquitetura e design brasileiros. A mostra não apenas celebra suas contribuições artísticas e arquitetônicas, mas também suas perspectivas imigrantes que moldaram o movimento modernista brasileiro”, explica Filipe Assis, empreendedor de arte e fundador da ABERTO em 2022.

Casa de Chu Ming Silveira.

Plataforma de exposição pioneira, a ABERTO celebra e promove o encontro da arquitetura, arte e design em espaços públicos e privados nunca vistos e reúne as principais instituições culturais, coleções, fundações e galerias para criar um panorama atraente de obras dos nomes mais proeminentes do Brasil e do mundo.

A curadoria de arte colocará em primeiro plano um conjunto cativante de arte moderna e contemporânea brasileira e internacional por meio de colaborações com galerias renomadas, como Fortes D’Aloia & Gabriel, Mendes Wood DM, Luisa Strina e Nara Roesler, além das galerias globais Lisson e Pace, enquanto a curadoria de design, de Claudia Moreira Salles, se concentrará em novas peças de mobiliário projetadas pelas famílias Ohtake e Chu especialmente editadas para o evento pela Galeria ETEL, sob a direção de Lissa Carmona.

“Essas casas oferecem uma intimidade inesperada inspirada em designs orientais com tetos baixos que aumentam o envolvimento com a arte promovendo a contemplação e a interação. Nossa curadoria usa cuidadosamente elementos arquitetônicos – aberturas, ângulos e luz natural – para colocar obras de arte, transformando cada casa em uma tela que combina forma e função para uma experiência imersiva além dos padrões típicos de exposição”, explica a curadora Claudia Moreira Salles.

AS CASAS

Residência de Chu Ming Silveira (início dos anos 1970)

Fotos: Ruy Teixeira.

Localizada no bairro do Real Parque, em São Paulo, a residência projetada por Chu Ming Silveira no início da década de 1970 destaca-se por sua estrutura arrojada de concreto e vidro.  Chu Ming deixou uma marca indelével na arquitetura residencial, especialmente com essa casa. Distinta do estilo arquitetônico convencional, a casa foi projetada para melhorar a convivência e priorizar a funcionalidade, destinada a ser experimentada e não apenas observada.

A casa receberá uma seleção de Masters e arte pré anos 2000 com trabalhos de Wanda Pimentel; Abraham Palatinik – de quem estará exposto um dos raros remanescentes dos emblemáticos cinecromáticos; as primeiras obras cinéticas produzidas no Brasil; Anna Maria Maiolino – homenageada com o Leão de Ouro pela Carreira na 60ª Bienal de Veneza; Kishio Suga; Lucio Fontana; Maria Martins e Sheila Hicks – além de obras históricas de artistas cedidas pela galeria internacional Lisson; entre elas; uma sala especial da artista Carmen Herrera e fotos da série Opticks – do fotógrafo Hiroshi Sugimoto – e  uma obra do renomado artista Anish Kapoor.

Por ocasião da ABERTO3, na mesma casa em que foi criado seu filho mais novo, Alan Chu, celebrará o legado de inovação e criatividade de sua mãe apresentando mobiliário de seu próprio design, editado pela Galeria ETEL, juntamente com reinterpretações do trabalho original de Chu para a residência.

Lista de obras Casa Chu Ming Silveira: https://privateviews.artlogic.net/2/6492f9444eac95103097e0.

A Casa Ateliê de Tomie Ohtake (1968)

Localizada no bairro do Campo Belo, em São Paulo, a casa-ateliê de 750 m² onde Tomie Ohtake viveu e trabalhou é um dos primeiros grandes projetos de seu filho, o arquiteto Ruy Ohtake. Um ícone da arquitetura brutalista de São Paulo, a casa incorpora cores vibrantes em seu design, um tributo ao rico legado artístico de Tomie.

Em homenagem a Tomie, Paulo Miyada, curador do Instituto Tomie Ohtake, apresentará uma exposição sobre a vida e a obra da artista, que incluirá itens pessoais, materiais de arquivo e obras de arte. A ABERTO3 convidou também alguns artistas brasileiros contemporâneos para criarem obras que remetam ao estilo arquitetônico de Ruy Ohtake, ao ambiente e às histórias da família que ali viveu; entre eles, Fabio Miguez, que produzirá uma grande pintura que dialoga diretamente com o espaço da casa; Daniel Senise, que produzirá uma pintura cujo tema é a casa; Fernanda Galvão e Laura Vinci desenvolverão site-specifics; Arthur Lescher apresentará uma escultura que leva, em homenagem, o nome de Tomie; Sandra Cinto apresentará duas pinturas que, além de dialogarem diretamente com o espaço, trazem referências de pinturas japonesas; Maria Klabin criará retratos de Tomie e Chu Ming, e Luiz Roque, que está gravando um filme sobre a arquitetura de Ruy Ohtake; além de Marcius Galan, Luísa Matsushita e Allan Weber, que estão produzindo obras especialmente para a casa-ateliê.

Entre outras quase duas dezenas de artistas contemporâneos brasileiros que apresentarão seus trabalhos na casa-ateliê Tomie Ohtake, destacam-se Adriana Varejão, Beatriz Milhazes, Solange Pessoa, Luiz Zerbini, Laura Lima e Barrão.

O público encontrará ali também obras de Torkwase Dyson, artista representada pela Pace que participou da 35ª Bienal de São Paulo com uma mega instalação. Examinando a geografia humana e a história das estratégias de libertação espacial negra, as obras abstratas de Dyson lidam com as maneiras pelas quais o espaço é percebido, imaginado e negociado, especialmente pelos corpos negros e pardos. O espaço reunirá ainda trabalhos de Arlene Shechet – artista atualmente em cartaz no museu a céu aberto Storm King, a 50 milhas de Nova York, que produzirá esculturas especialmente para a ABERTO3.

Rodrigo Ohtake, neto de Tomie, também apresentará uma edição especial limitada de peças de design editadas pela Galeria ETEL. Essa coleção contará com duas peças de Ruy Ohtake e duas criações originais do próprio Rodrigo.

Lista de obras Casa Tomie Ohtake: https://privateviews.artlogic.net/2/89bb695641264698b843ff.

Sobre a ABERTO

Fundada por Filipe Assis, a ABERTO é uma plataforma de exposição inovadora que celebra a arte e o design brasileiros dentro de casas e marcos modernistas icônicos – todos projetados por eminentes arquitetos brasileiros.

A edição inaugural, em 2022, foi realizada na única residência particular de São Paulo projetada pelo lendário arquiteto Oscar Niemeyer. Com o apoio da Fundação Niemeyer, esse evento apresentou uma coleção de móveis projetados pelo arquiteto com sua filha, Anna Maria, e foi eleita pelos jornais Folha de S. Paulo e Estado de São Paulo entre as melhores exposições do ano.

Em 2023, a segunda edição foi realizada em uma casa projetada por Villanova Artigas, uma das principais figuras da Escola Paulista de Arquitetura. A edição ainda contou com obras como However, de Maria Martins, e Crianças Kanelas, de Djanira, ambas hoje na 60ª Bienal de Veneza. Destaque especial para uma estante sob medida projetada por Artigas para sua filha Rosa, que encapsulava seus princípios arquitetônicos aprofundando o diálogo entre a influência histórica e o design moderno – aliás, entre os legados de um evento tão jovem destaca-se o resgate e reedição de peças de design icônicas de grandes arquitetos modernistas.

Esses eventos ressaltaram a dedicação da ABERTO em explorar e mostrar a vibrante interação entre a arte, o design e a arquitetura brasileiros, afirmando seu papel como um importante promotor do patrimônio cultural do Brasil, tanto nacional quanto internacionalmente. “O conceito da ABERTO”, afirma Filipe, “tem raízes na Semana de Arte Moderna de 1922, um movimento fundamental que reuniu artistas, arquitetos e escritores e estabeleceu as bases para a intersecção criativa entre as disciplinas. Esse evento inspirou nossa exploração contínua do modernismo brasileiro e sua relevância na cultura contemporânea, onde a arte, design e arquitetura moderna se unem”, ressalta o idealizador da plataforma.

Sobre Filipe Assis

Filipe Assis, nascido em São Paulo em 1987, é consultor de arte e fundador da ABERTO. Dividindo seu tempo entre Londres e São Paulo, ele se dedica a promover a arte e o design brasileiros internacionalmente. Assis tem mestrado pelo Sotheby’s Institute of Art, em Londres, e MBA pela SDA Bocconi, em Milão. Com formação em finanças e incorporação, incluindo nove anos na empresa de imóveis de luxo JHSF e experiência na gestão de fundos Kinea Investimentos do Banco Itaú e em Milão, Assis traz uma perspectiva comercial única para o mundo da arte. Desde que fundou a ABERTO, tem trabalhado de perto com a renomada curadora Kiki Mazzuchelli e a designer Claudia Moreira Salles para consolidá-la como uma plataforma líder nas artes brasileiras, combinando sua habilidade empreendedora e sua expertise no campo das artes.

Sobre Claudia Moreira Salles

Claudia Moreira Salles, uma designer de destaque, formou-se na Escola Superior de Desenho Industrial do Rio de Janeiro em 1978. Sua carreira começou no Instituto de Desenho Industrial do Museu de Arte Moderna do Rio, onde trabalhou em um projeto de mobiliário para escolas públicas. Mudando-se para São Paulo, Salles passou a integrar a equipe de design da Escriba, uma fábrica de móveis, desenvolvendo projetos mais autorais e mergulhando no trabalho com madeira e no artesanato. Suas primeiras peças foram comercializadas pela Nanni Movelaria, pioneira na promoção de designers independentes durante a década de 1980. Na década de 1990, Salles cruzou com Etel Carmona, que havia estabelecido uma fábrica dedicada a reviver as técnicas tradicionais de trabalho com madeira. Juntas, eles exploraram a linguagem simples, porém rica, do design de móveis padrão, com foco em madeiras nativas. Com o tempo, Salles expandiu suas colaborações para incluir marcas como Firma Casa e Dpot, diversificando sua prática para abranger objetos e luminárias para vários clientes. Internacionalmente, ela é representada pela Galeria Espasso em Nova York, Miami e Londres, bem como pela ETEL em Milão.

Sobre Kiki Mazzucchelli

Kiki Mazzucchelli, nascida em São Paulo em 1972, tem sido uma curadora ativa desde o início dos anos 2000. Nos últimos anos, sua pesquisa tem se dedicado a expandir e enriquecer as narrativas históricas da arte, com foco especial nos artistas latino-americanos. Ela é autora e editora de várias publicações que destacam a arte latino-americana, incluindo as monografias de Tonico Lemos Auad (Koenig, 2018) e Marcelo Cidade (Cobogó, 2016). Mazzucchelli também é conhecida por suas funções como cofundadora do espaço independente Kupfer, em Londres, (2017) e pela residência para artistas brasileiros na Gasworks, também em Londres (2017). Desde o início de 2022, ela atua como diretora artística da Galeria Luisa Strina, solidificando ainda mais seu compromisso com a promoção da arte e dos artistas contemporâneos.

Patrocínio Master: Itaú e Goya

Patrocínio: HStern e ONET

Apoio: Docol, ETEL, Granado, Idea!Zarvos, LAPIMA, Mitsubishi Motors.

Agradecimentos: Cau Chocolates, Le Creuset, ON Running.

Apoio de Mídia: JCDecaux

Apoio Institucional: Instituto Tomie Ohtake.

Serviço:

ABERTO3

11 de agosto a 15 de setembro

Ingressos: https://aberto03.byinti.com/#/ticket/

De quarta a sexta, R$60,00 (inteira) R$30,00 (meia entrada)

De sábado e domingo, R$80,00 (inteira) R$40,00 (meia entrada)

Duas casas no mesmo dia: 20% desconto

Residência de Chu Ming Silveira  

Endereço: Rua República Dominicana, 327 – Real Parque, São Paulo (SP)

Horário de visitação: quarta-feira a domingo, das 10h às 18h – última entrada 17h.

A Casa Ateliê de Tomie Ohtake

Endereço: Rua Antonio de Macedo Soares, 1,800 – Campo Belo, São Paulo (SP)

Horário de visitação: quarta-feira a domingo, das 10h às 18h – última entrada: 17h.

(Fonte: Com Mariana Ribeiro/A4&Holofote Comunicação)