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O vencedor Gilson Brito recebendo a premiação do presidente da Fundação Pró-Memória, Antonio Reginaldo Geiss. Foto: Giuliano Miranda.
A Fundação Pró-Memória de Indaiatuba promoveu no último dia 27 a final do 17º Prêmio Nabor Pires Camargo Instrumentista. O vencedor foi o violonista Gilson Brito, de São José da Lapa, Minas Gerais.
O tradicional concurso recebeu 50 inscrições de diversos estados. A classificação dos cinco primeiros colocados ficou assim: Gilson Brito, Violão, São José da Lapa/MG; Wanessa Nunes Dourado, Violino, São Paulo/SP; Gustavo Aliandre de Almeida, Acordeom, Blumenau/SC; Manoel Messias Costa de Brito, Cavaquinho, São Paulo/SP e Jussan Cluxnei Canguçu, Clarone, São Paulo/SP.
Prêmio Nabor
Voltado à música popular brasileira, o prêmio visa divulgar as obras do clarinetista e compositor indaiatubano Nabor Pires Camargo, além de estimular e revelar o talento de novos criadores e intérpretes. Trata-se de um dos poucos concursos de música instrumental realizados no Brasil, sendo nacionalmente conhecido.
O prêmio para o melhor músico foi de R$8 mil; o segundo colocado receberá R$6 mil; o terceiro, R$5 mil; o quarto colocado receberá R$4 mil; o quinto, R$2 mil e, do 6º ao 10º colocados, um cachê de participação de R$500.
Comissão julgadora
Francisco Araújo: Seu pai, que foi seu primeiro professor, apesar de possuir um invejável domínio técnico do violão, não tinha conhecimento de teoria musical e, quando percebeu a manifestação espontânea do talento musical do filho, decidiu procurar o professor e violonista José Alves da Silva, conhecido nos meios artísticos e musicais com o pseudônimo artístico de Aimoré. Foi com este mestre do violão brasileiro que Francisco Araújo aprimorou os seus estudos técnicos pertinentes ao violão e estudou teoria musical. Mantendo uma sequência de estudos durante um período de quatro anos sobre a primorosa orientação do mestre Aimoré, Francisco Araújo matriculou-se no Conservatório Musical de São Caetano do Sul, graduando-se como professor de violão. Logo após, estudou harmonia tradicional com Osvaldo Lacerda e, em seguida, harmonia funcional com Marilena de Oliveira e J. Zula de Oliveira. Dando sequência a sua formação musical, estudou composição com Guido Santórsóla e J. J. Koelheuter. Participou dos festivais de inverno de Campos do Jordão. Realizou suas primeiras turnês contratado pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo e pelo projeto Barca da Cultura, patrocinado pelo MEC. Paralelamente, exerceu atividade didática, ministrando aulas no Conservatório Carlos de Campos em Tatuí. Francisco Araújo possui três CDs gravados e, como compositor, tem mais de 400 obras escritas para violão. Algumas composições suas para violão, fizeram parte de vinhetas e trilha sonora para o programa Globo Rural, apresentado pela Rede Globo de Televisão. No ano de 2010, a Unicamp (Universidade de Campinas), realizou e aprovou uma dissertação de mestrado dando um destaque especial para sua obra.
Tiago Morandi Roscani: Regente, pianista e cantor, é formado no curso técnico de piano no Conservatório Jauense de Música e bacharel em regência pela Unicamp. Como regente, já dirigiu o Coral Castelo Forte, de Cosmópolis, Orquestra Sinfônica da Unicamp, Orquestra Filarmônica de Valinhos e Banda Henrique Marques, de Limeira. Como cantor interpretou, em 2017 e 2018, o papel de Tamino na montagem da ópera A Flauta Mágica, de W. A. Mozart. Ainda em 2017, participou como solista da Missa In Angustiis, de J. Haydn. Desde 2014 atua na área de legendas de óperas e concertos, trabalhando nos principais teatros do estado de São Paulo. Em 2018, ingressou no programa de pós-graduação em música da Unicamp sob orientação do Prof. Dr. Ângelo Fernandes. Atualmente, é regente assistente da Corporação Musical Villa-Lobos, de Indaiatuba, regente do Coral N. Sra. Aparecida, de Campinas, pianista no Projeto Canarinhos da Terra, integrante do Coro Contemporâneo de Campinas, professor de composição e teoria na escola Pró Música e é aluno do curso de canto lírico, orientado pelo Prof. Dr. Ângelo Fernandes.
Guilherme Ribeiro: Pianista, tecladista, acordeonista, arranjador, compositor e produtor, Guilherme Ribeiro, natural de Santos/SP, é mestre em Performance Musical pela UFMG e bacharel em Música Popular pela Unicamp. Atuou ao lado de Paulo Moura, Raul de Souza, Maurício Einhorn, Gabriel Grossi, Jamil Maluf/OER, Isaac Karabtchevsky/Osesp, Vanessa da Mata, Fabiana Cozza, Dominguinhos, João Donato, Mariana Aydar, Céu, Luiz Tatit e O Teatro Mágico, dentre outros. Tocou em festivais internacionais como Montreal Jazz Festival, no Canadá, North Sea Jazz Festival, na Holanda, JVC Jazz Festival, na França, Sfinks, na Bélgica, Coachella, nos Estados Unidos e South Africa Association for Jazz Education, na África do Sul. Possui quatro discos de carreira: Calmaria (2010), Que se deseja rever (2012), A Deep Surface, lançado em 2013 na Europa e o recente Tempo, lançado em 2015. Na área da educação musical, leciona piano, acordeom e prática de bandas junto à Faculdade Souza Lima e à Emesp Tom Jobim, em São Paulo. Desde 2012 trabalha como professor convidado no Arcevia Jazz Feast, na Itália.
Marco Antônio Bernardo: Músico eclético, respeitado e reconhecido por seu livre e fluente trânsito pelos mais variados meios de expressão musicais, tanto na música erudita como na popular, graças à sua atuação como pianista solista, cuja extensa discografia destaca o álbum duplo Radamés Gnattali: Integral dos Choros para Piano Solo, de 2011, pela CPC-Umes; pianista arranjador e acompanhador de destacados cantores do cenário lírico e popular nacional e internacional em recitais, shows e gravações e pesquisador da música popular brasileira premiado pela Fundação Vitae em 1993, com obras editadas pela Irmãos Vitale (o álbum de partituras Homenagem a Canhotinho (2000) e os livros Nabor Pires Camargo, Uma Biografia Musical (2002) e Waldir Azevedo, Um Cavaquinho na História (2004).
Valgério Adriani Gianotto: Contrabaixista, estudou no Conservatório de Tatuí e na Escola Municipal de Música de São Paulo. Trabalhou nas Orquestras Sinfônicas do Estado de São Paulo e Experimental de Repertório da Cidade de São Paulo, entre outras. Como professor, atuou na implantação do Projeto Guri na cidade de Indaiatuba. Participou da Turnê 2006 junto à Orquestra Sinfônica Brasileira e, em 2012, da gravação do CD Luas do Gonzaga, de Gereba Barreto, em comemoração ao centenário de Luiz Gonzaga, destaque entre as dezenas de produções realizadas. Desde 1995 é contrabaixista da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, com a qual realizou turnê para a Áustria e gravou os CDs Suíte Tropical, Fantasia Amazônica, Fantasia Latina e Maxixe Urbano. No Festival Internacional de Música de Belém/PA 2013 e 2014 atuou como professor de contrabaixo e realizou apresentações com a Banda Sinfônica. Vencedor do Prêmio FICC 2009 (Fundo de Incentivo Cultural de Campinas) para a gravação do CD de música instrumental brasileira Mercado Paulistano com o Quarteto Ipê Amarelo. Como produtor musical e contrabaixista do Quarteto Ipê Amarelo, em 2013, realizou o projeto Flauta, Piano & Cia. na turnê SESI-SP e apresentou-se no Festival Internacional Brasil Instrumental Andradas/MG.