Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
Considerado um dos principais santuários ecológicos da Amazônia, o Parque Estadual Cristalino II, no norte de Mato Grosso, corre risco de desaparecer caso o governo estadual não entre com recurso contra a decisão recente do Tribunal de Justiça do estado (TJMT) de anular a criação do parque. Em carta publicada na revista ‘Science’ nesta quinta (25), especialistas alertam que essa decisão abre um precedente perigoso para a anulação de outros parques estaduais e pode agravar ainda mais a crise climática.
Segundo o texto, assinado por pesquisadores do Instituto Centro de Vida (ICV), do Observatório Socioambiental de Mato Grosso, da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), o estado de Mato Grosso está sob forte ameaça por ações do agronegócio que priorizam o lucro em detrimento da proteção ambiental.
A ação de anulação do Parque Estadual Cristalino II tramita na justiça estadual desde 2011 e é movida por uma empresa privada que contesta o processo formal de consulta pública para criação da unidade, alegando ter propriedades na região. O caso foi julgado a favor da empresa em abril de 2023. Para a Advocacia-Geral da União (AGU), a empresa detém títulos fraudulentos, supostamente emitidos pelo Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), órgão fundiário estadual.
O Parque Estadual Cristalino II foi criado pelo governo local em 30 de maio de 2001. A área, localizada a cerca de 800 quilômetros da capital Cuiabá, possui 118 mil hectares e é rica em fauna e flora típicas da região, abrigando árvores amazônicas e espécies de animais ameaçadas de extinção, como o macaco-aranha. Segundo a carta, o parque também desempenha um papel crucial na contenção do desmatamento no sudeste da Amazônia.
Mato Grosso lidera o desmatamento entre os estados da Amazônia Legal em 2024, de acordo com o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). O estado também detém recordes na produção do agronegócio nacional, sendo responsável, somente neste ano, por 18,9% das exportações do setor, segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária. Diante desses dados, entidades alertam para a necessidade urgente de medidas de proteção ambiental para a região.
Para um dos autores do artigo, Philip Fearnside, do INPA, a decisão de anular a criação do parque estadual beneficia uma empresa acusada de grilagem, considerada um dos principais vetores do desmatamento. “Decisões monocráticas, proferidas por um único juiz, podem desencadear outras similares, ameaçando não apenas o bioma amazônico em Mato Grosso, mas também outros, como o Cerrado, que é altamente cobiçado pelo agronegócio e possui relativamente pouca área protegida em unidades de conservação”.
De acordo com Marcondes Coelho, analista socioambiental do Instituto Centro de Vida (ICV) e autor principal do artigo, a decisão do TJMT é contrária a outras jurisprudências na justiça brasileira. “A suposta falta de consulta, que neste caso é contestada, não justifica a extinção de parques. Ainda mais em um processo com evidências sobre a legalidade de sua criação e as suspeitas de fraudes da parte autora que contesta a existência da área protegida”, complementa. O analista também lembra que essa decisão pode se tornar uma ameaça ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação, o SNUC, criado pela Lei n. 9.985, de 18 de julho de 2000.
O pesquisador da USP e UFAM Lucas Ferrante, também coautor do estudo, ressalta que a Amazônia está próxima do seu ponto de não retorno, em relação ao desmatamento tolerado. “Se cruzarmos essa linha, as consequências para o Brasil serão severas”. Ele cita como exemplos o avanço da crise climática, o colapso da agricultura e do abastecimento humano e a emergência de um ciclo de novas pandemias.
A carta ressalta a necessidade urgente de uma ação para barrar essa decisão. Os especialistas sugerem ao governo local e Ministério Público Estadual apelar ao Superior Tribunal de Justiça ou até mesmo ao Supremo Tribunal Federal. De acordo com o Ministério Público Estadual, o TJMT determinou que o processo seja enviado ao Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de 2º Grau para tentativa de conciliação entre as partes.
(Fonte: Agência Bori)
* Por Ana Beatriz Prudente Alckmin — Hoje, fala-se muito sobre sustentabilidade e a incorporação do ESG nas instituições. Como ambientalista e pedagoga, percebo que o nosso diálogo tem avançado com os adultos. Apesar de a maioria chegar à fase adulta sem qualquer letramento sobre a questão ambiental e sobre a crise climática, eles são obrigados a se apropriar do tema rapidamente por motivos profissionais e/ou acadêmicos. Mas o que aconteceu na infância dessas pessoas que fez com que esse tema não fosse bem trabalhado?
A implementação da educação ambiental nas escolas tem sido um desafio muito grande porque há um desinteresse dos estudantes em relação ao tema. Observe que, entre os influencers famosos voltados para os jovens, crianças e adolescentes brasileiros, quase nenhum tem a pauta ambiental como prioridade. Por outro lado, há um problema na formação dos professores, o que faz com que muitos profissionais da educação tenham dificuldades de abordar as questões da crise climática em sala de aula. Ao mesmo tempo, esse jovem brasileiro consome conteúdos relacionados com as questões ambientais nas mídias tradicionais, como, por exemplo, telejornais. Então, ele tem algum contato com o tema, mas ainda sem grandes afinidades.
É importante esclarecer que esse é um cenário genuinamente brasileiro, porque, em outros países do mundo, adolescentes e jovens lideram as pautas climáticas, como, por exemplo, Suécia, Finlândia, África do Sul e outros. Todavia, dentro do ambiente escolar brasileiro, esse contato ainda deixa muito a desejar. O sistema educacional já está acostumado com as disciplinas de geografia e biologia, que vão tratar de fauna e flora, além de outras questões. Mas raramente observamos nos projetos pedagógicos o diálogo efetivo entre o ensino de biologia e geografia com as pautas ambientais. Esse elo ainda não está fortalecido como deveria.
E, curiosamente, quando a sociedade trata das questões ambientais no âmbito educacional, esse elo não é feito. Há uma impercepção da biologia e geografia ao tratar da educação ambiental, em especial a impercepção da botânica. E essa impercepção transborda a sala de aula; ela também chega na relação da academia com a imprensa. Se você ligar em qualquer canal de notícias no Brasil, terão muitas notícias que envolvem pautas ambientais: os incêndios no Pantanal, as enchentes no Rio Grande do Sul, as alterações constantes de temperatura por todo o país. Mas quase nenhuma visibilidade é dada para as pesquisas que vêm sendo feitas nas universidades públicas nas áreas de ciências biológicas e geografia. Então, mesmo quando há um tema que está intrinsecamente ligado a uma área que produz muitas pesquisas na academia, essas pesquisas tendem a não ter a visibilidade que deveriam. E isso é um problema histórico da relação das universidades tradicionais com a imprensa.
Muitas vezes, os pesquisadores tratam essa relação com a imprensa com certa desconfiança. E aqueles que ousam levar o conteúdo acadêmico para as mídias, que levam as suas pesquisas para os veículos de imprensa, que se dispõem a fazer esse movimento, muitas vezes são vistos com desconfiança pelos seus pares. Então, precisamos, em algum momento, debater essa relação entre pesquisadores e imprensa para que haja uma maior visibilidade das pesquisas nas mídias populares como televisão e rádio, principalmente porque o cenário de urgência climática pede essa relação.
Se eu, como pedagoga, e outros colegas estamos percebendo que há dificuldades na implementação da educação ambiental na educação básica e que isso, de alguma forma, está conectado com a impercepção da geografia e da biologia dentro da educação ambiental, em especial a impercepção da botânica, então essa discussão precisa começar pela impercepção da botânica. Porque há uma cegueira ao tratarmos da crise ambiental da botânica, uma vez que a botânica compõe a disciplina de biologia na educação dos adolescentes brasileiros. Onde mora a raiz dessa impercepção botânica?
Apesar do interesse prático das pessoas em cuidar de plantas e hortas, o desinteresse pela disciplina de botânica pode ser atribuído a vários fatores. O mesmo acontece com a citologia (ramo da biologia que estuda a célula e suas funções). Primeiro, esses campos são muitas vezes vistos como excessivamente acadêmicos, com terminologias e imagens que não fazem parte do cotidiano das pessoas, o que resulta em uma falta de motivação para o estudo. Quando os professores introduzem essas matérias com uma abordagem complexa desde o início, a dificuldade aumenta, afastando ainda mais os alunos.
Há também uma base neurofisiológica para essa falta de interesse. Estudos indicam que menos de 1% das informações processadas pelo cérebro humano estão relacionadas a estímulos que não envolvem movimento ou perigo imediato. Plantas, presentes constantemente no nosso dia a dia, geralmente não se movem, não captam nossa atenção da mesma forma que animais, por exemplo. Esse fenômeno, conhecido como ‘cegueira botânica’, pode explicar por que muitas pessoas não se interessam por aprender sobre plantas, mesmo que estas estejam constantemente presentes em suas vidas.
Além disso, o ciclo de ensino contribui para a perpetuação desse desinteresse. Professores que aprenderam botânica de maneira desmotivadora tendem a transmitir esse desinteresse para seus alunos. No entanto, é essencial reconhecer a importância das plantas para o equilíbrio ecológico, para a alimentação e para o desenvolvimento de medicamentos. Métodos de ensino mais práticos e estimulantes, como atividades de campo e laboratoriais, podem ajudar a quebrar esse ciclo e aumentar o interesse pela botânica, destacando sua relevância prática e científica.
A botânica desempenha um papel muito importante na compreensão do meio ambiente e no desenvolvimento de soluções para problemas contemporâneos. Plantas são essenciais para a produção de alimentos, remédios e para a manutenção dos ecossistemas. A falta de conhecimento sobre as espécies vegetais e seus processos biológicos, como a polinização e a dispersão de sementes, pode levar a consequências negativas para a biodiversidade e para a saúde humana. Por isso, é fundamental promover um ensino de botânica que seja mais conectado com a vida cotidiana e que ressalte sua importância para a sociedade.
Além das discussões teóricas, temos exemplos práticos que ilustram a importância da botânica no cotidiano e na educação. Por exemplo, é essencial reconhecer plantas venenosas, entender a montagem de um jardim ou uma horta vertical e saber plantar corretamente alimentos como cenouras. É importante reconhecer a importância das plantas na produção de vacinas e medicamentos para doenças como câncer, epilepsia e depressão. Essas aplicações práticas mostram como o conhecimento botânico é fundamental para a saúde e bem-estar humanos, pois, ao abordar a botânica de maneira mais prática e contextualizada, indo diretamente a campo e também tendo mais atividades laboratoriais, podemos aumentar a compreensão e a valorização das plantas, assegurando que futuras gerações reconheçam e preservem a biodiversidade vegetal essencial para a nossa sobrevivência e bem-estar.
Estive na II Jornada Rio/São Paulo de Botânica. Na ocasião, dividi com os meus pares um pouco sobre uma pesquisa que estou desenvolvendo, ainda em fase inicial, sobre inteligência artificial no ensino de botânica. Apresentei meu pôster para ser confrontada pelos meus pares. E foi uma experiência maravilhosa de troca com estudiosos das mais diversas áreas que fazem a interface com a botânica ou que são propriamente botânicos. Na ocasião, tive a oportunidade de interpelar alguns dos meus colegas sobre a percepção da botânica na educação e na sociedade. Conversei com Douglas Santos, doutorando do Instituto de Pesquisas Ambientais da USP, que trabalha com taxonomia de briófitas. Sobre o tema, disse Douglas: “Eu acho que sim, está em ascensão, está crescendo bastante, mas ainda outras áreas acabam se sobrepondo, até por causa dos animais, todo esse contato que a gente tem com os pets desde pequenos. As plantas-meio que ficam em segundo plano. Mas eu acho que tudo isso que está acontecendo, as mudanças climáticas que a gente vê no nosso cotidiano, estão trazendo as pessoas para se importarem um pouquinho mais e as plantas são fundamentais para isso, né? Então eu acho que popularizar a botânica desde cedo ajuda a gente a ter uma educação ambiental mais completa, né?”.
* Ana Beatriz Prudente Alckmin é ambientalista, entusiasta do empreendedorismo feminino e pedagoga pela USP, pesquisadora no Instituto de Biociências da USP no grupo de pesquisa BOTED.
(Fonte: Rural Press)
Abrindo oficialmente o período de comemorações dos 60 anos de Zélia Duncan, a cantora e compositora, atriz e escritora niteroiense apresenta o show ‘Sem Tirar os Olhos do Mundo’, basedo em seu álbum ‘Pelespírito’, criado durante o período da pandemia, e ‘Sortimento’ (lançado há 20 anos). As apresentações serão nos dias 3 e 4 de agosto no Sesc Pinheiros.
O espetáculo, que envolve outros gestos musicais, revisita grandes lançamentos da cantora que, acompanhada de backing vocals e banda, apresenta em seu repertório canções como ‘Onde É que Isso Vai Dar’, ‘Vou Gritar Seu Nome’ e ‘Pelespírito’, que vão desaguar nas veteranas ‘Flores’, ‘Me Revelar’, O Meu Lugar e ‘Por Que Que Eu Não Pensei Nisso Antes?’, juntando ‘Pelespírito’ com ‘Sortimento’, Itamar Assumpção e outras surpresas.
“A ideia é seguir comemorando os 43 anos de carreira e os 60 de vida que acontecerão em outubro, juntando ‘Pelespírito’ com ‘Sortimento’, Itamar Assumpção e outras surpresas. Comemorar também o livro que lancei, ‘Benditas Coisas Que Eu Não sei’ (indicado ao Prêmio Jabuti), que contém conversas e memórias musicais, bem como alguns dos meus clássicos, que cantamos juntos faz tempo”, afirma Zélia.
Ficha Técnica
Direção geral, roteiro e direção de arte: Zélia Duncan, Flávia Pedras e Simone Mina
Direção musical e baixo: Ézio Filho
Teclado e acordeon: Léo Brandão
Bateria: Christiano Galvão
Guitarra e violões: Webster Santos
Vocais: Luanah Jones e Senhorita Paola
Som: Pedro Sidor (P.A) e Adriana Viana (monitor)
Assistentes de palco: Sérgio Henrique e Iannaconi Júnior
Preparação vocal: Thays Vaiano
Cenografia: Simone Mina
Vídeografismo: Vic Von Poser
Iluminação: Christiano Desideri
Assistente de direção: Nika Santos
Assistente de cenografia: Vinícius Cardoso
Operação de vídeo projeção: Ana Lopes
Maquiagem: Silvana Gurgel
Coordenação de palco: Elisete Jeremias
Fotografia: Alê Catan e Cris Almeida
Coordenação geral: Patrícia Albuquerque
Produção executiva: Raquel Magalhães
Produção técnica: Mariano Barros.
Serviço:
Show Zélia Duncan – Sem Tirar Os Olhos do Mundo
Dias: 3 e 4 de agosto | sábado às 21h e domingo, às 18h
Duração: 60 minutos
Local: Teatro Paulo Autran
Classificação: 12 anos
Ingressos: R$70 (inteira); R$35 (meia) e R$21 (credencial plena)
Sesc Pinheiros – Rua Paes Leme, 195 - Pinheiros – São Paulo (SP)
Estacionamento com manobrista: terça a sexta, das 7h às 21h; sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h.
(Fonte: Assessoria de Imprensa Sesc Pinheiros)
São mais de 40 anos como artista plástica e, pela primeira vez, Elizabeth Titton expõe em conjunto com seu irmão, o pintor Paulo Dias. No dia 24 de agosto, os dois vão abrir a exposição ‘Prenúncio da Primavera’, que será inaugurada às 11h, na Galeria Artestil do Cabral.
Trazendo a temática da natureza, será possível ver duas abordagens distintas sobre o mesmo assunto, nas quais Paulo Dias retrata em quadros pintados à tinta acrílica a série ‘Vasos de Flores’. E Elizabeth Titton apresenta a sua exposição itinerante ‘Muirapiranga’, que mostra a força da natureza em chapas de aço oxidado e cortadas a laser pela artista que lembram a árvore amazônica muirapiranga.
“Essa é a oportunidade de conhecer dois renomados artistas que se destacaram nacional e internacionalmente com técnicas diferentes, mas com cuidados estéticos marcantes, seja na pintura ou na produção com metais”, disse a empresária Liliana Cabral, da Artestil.
Paulo Dias explica que essa é a primeira vez que apresenta um grupo de trabalhos com homogeneidade de técnica, estilo tema e composição. “A maior parte da minha obra é centrada na figura humana, mas também pintei muitas paisagens, naturezas mortas, flores e outros temas”, diz Dias, que se destaca também por ter uma série chamada ‘Paisagens Curitibanas’, mostrando cotidiano da cidade.
Com uma visão positiva da vida, Paulo explica que iniciou essa série de trabalhos com a intenção de ‘levar coisas positivas’ para o público. “Quero que as pessoas levem para suas casas, quadros que transmitam bons sentimentos de vida e beleza”, diz.
Muirapiranga
As esculturas fazem parte da exposição Muirapiranga e representam árvores fantásticas, uma forma de debater a maneira como os seres humanos só estão interessados em representações da natureza, não na natureza real. A árvore amazônica Muirapiranga, que possui madeira avermelhada utilizada na produção de instrumentos, inspirou o nome da mostra. A artista produziu também litogravuras de pinturas corporais e de mitologias dos indígenas do Xingu.
Apesar de a exposição ter sido feita em 21 esculturas de grande portes, que percorreram o Brasil, a amostra na Artestil terão algumas esculturas grandes e outras de tamanhos menores, que apresentam a mesma força da árvore amazônica.
Elizabeth acredita que expor sua arte não só contribui para a cultura, mas também funciona como uma retribuição a toda inspiração que ela já a proporcionou, inspirando assim outros artistas. Seu principal objetivo é encantar as pessoas e fazer elas pensarem, agregando à sua arte um sentido político, estético e cultural.
Paulo Dias
Nascido no Rio de Janeiro em 1956, Paulo Dias iniciou sua carreira profissional como pintor em 1982, embora seu talento para o desenho tenha se manifestado desde a infância. Com uma formação rica e diversificada, Dias estudou pintura na Escola de Música e Belas Artes do Paraná e aprofundou seus conhecimentos em desenho com Luiz Carlos de Andrade Lima, além de gravura em metal com mestres como Orlando da Silva, Uiara Bartira e Angela Baggenstoss.
Dias realiza exposições individuais em galerias e museus desde 1985. As mais recentes foram no Museu de Arte Contemporânea, em 2013, e na galeria Solar do Rosário, em 2014. Recebeu prêmios no Salão de Artes do Clube Graciosa e do Clube Curitibano. Desde 1991, ministra cursos de desenho e pintura utilizando o método de desenvolvimento do hemisfério direito do cérebro, no Pró-Criar Espaço Cultural, em seu ateliê. O pintor também faz acompanhamento técnico para artistas nos estilos realista, impressionista, abstracionista e expressionista em seu ateliê em Curitiba.
Elizabeth Titton
Elizabeth Titton nasceu em São Paulo (1949) e mudou-se para Curitiba em 1957. Mestre em educação, especialista em Sociologia e Economia, graduada em pintura pela Embap – Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Anunciou cedo a carreira promissora: ainda no início da faculdade, suas obras foram selecionadas para viajarem até Budapeste, para fazerem parte da V Bienal Internacional da Pequena Escultura.
Sua pesquisa passou por litogravuras, máscaras em bronze fundido, cerâmicas, esculturas em alumínio e madeira, chegando às grandes árvores feitas de aço e cortadas a laser. Desde 2007, quando apresentou o trabalho ‘In Natura’ no Museu Oscar Niemeyer, seu corpo de obra vem sendo dedicado à fauna e flora nesse material, simplificando forma e volume com chapas bidimensionais. Com essa proposta, contempla não apenas originalidade e estética, mas emprega também significado às criações.
Exposição Prenúncio da Primavera
Artestil Cabral – Av. Nossa Senhora da Luz, 850 – Cabral – Curitiba/PR
Inauguração: 24/8, 11h.
(Fonte: Isabela França Comunicação)
O cantor, compositor, músico e produtor Nando Reis, com 42 anos de trajetória, já escreveu mais de 600 composições, ultrapassou a marca de 1.200 músicas gravadas, possui mais de dez discos lançados em sua carreira solo e outros 13 como integrante da banda Titãs, venceu três prêmios Grammy Latino e segue realizando mais de 100 shows por ano. Com toda essa bagagem, o artista chega em Campinas, no dia 22 de dezembro, no Royal Palm Hall, para apresentar um show memorável. A realização é da Oceania Eventos.
Estão disponíveis para o público quatro tipos de ingressos: Cadeira Mesa Diamante, Cadeira Mesa Ouro, Cadeira Mesa Prata e Cadeira Mesa Bronze. Os ingressos podem ser adquiridos pelo site da Ícones: https://www.icones.com.br/evento/977837-nando-reis-lancamento-da-turne-uma-estrela-misteriosa, na Livraria Leitura do Parque Dom Pedro Shopping ou na bilheteria do local.
Nando Reis
É seguro afirmar que Nando se consolidou como um dos maiores nomes da música brasileira e está em sua melhor fase. Oito anos depois de ‘Jardim-Pomar’ (2016), seu oitavo trabalho de estúdio solo, ele anuncia o lançamento de um álbum triplo – ‘Uma, Estrela e Misteriosa’ – com mais um de bônus, ‘Revelará o Segredo’, ou seja, quádruplo, com 26 músicas inéditas e quatro regravações no total. O disco bônus estará disponível apenas como extra de um box especial em vinil. Numa inversão do que se tem visto no mercado fonográfico, quem comprar o box físico, em LPs, terá acesso a todas as músicas no mesmo momento. Já quem optar por ouvir os trabalhos nas plataformas de áudio terá de esperar um pouco mais. A divulgação no formato digital será feita em etapas, ao longo de dois meses, com liberações semanais a partir de 23 de julho. A venda do box com os quatro álbuns se inicia no dia 27 de julho no site do artista. O lançamento dos LPs individuais também será feito em fases.
“Sou da década de 1980, quando todo mundo lançava um álbum novo por ano. O mundo mudou e eu, obviamente, passei a ter um ritmo de lançamentos distinto do que estava acostumado, obedecendo ao mercado. Mas, no fundo, eu sou um compositor de grande produtividade. Hoje, com 61 anos, me sinto muito melhor e mais lúcido. Estou sóbrio, ativo e disposto”, afirma. “Eu sou ligado nessa coisa da quantidade, da série, do agrupamento de itens semelhantes, mas distintos ao mesmo tempo. Esse é o raciocínio que eu tenho não só para músicas, mas para minha própria carreira. Fazer um disco é como organizar vasos, reunindo e agrupando diferentes espécies. Tudo é análogo”, completa ele.
Produzido por Barrett Martin, com coprodução de Felipe Cambraia, produção executiva de Diogo Damascena e mixado por Jack Endino, os álbuns contam com Nando na voz e violão, junto de Barrett (bateria), Cambraia (baixo), Walter Villaça (guitarra), Peter Buck (guitarra) e Alex Veley (teclados), além de participações de outros músicos ao longo das faixas, como Mike McCready (guitarra) e Matt Cameron (bateria), ambos integrantes do Pearl Jam; Duff McKagan (baixo), do Guns N’ Roses; Sebastião Reis (violão de 12 cordas), da banda Colomy; e Krist Novoselic (baixo), ex-integrante do Nirvana. “Esse trabalho é realmente uma obra-prima em termos de composição e experimentação musical, com 30 músicas que transitam por diversos gêneros, como rock, soul, R&B, samba e música clássica. Ironicamente, as origens desse álbum gigante são bastante humildes”, afirma Barrett.
Uma Estrela Misteriosa realmente surgiu de forma despretensiosa. A princípio, Nando e sua banda se reuniram no estúdio Da Pá Virada, em São Paulo, para a gravação de duas músicas inéditas para o programa ‘Singing Earth’, idealizado por Barrett. “Fomos tão bem que acabamos gravando dez músicas. Nesse meio tempo, ele escreveu outras dez. Apesar de não termos planejado, quando nos demos conta, estávamos gravando um álbum. Foi tudo muito rápido e natural”, lembra Barrett. “Se me perguntam qual é a minha profissão, eu respondo ‘sou um fazedor de discos’. É o que eu mais gosto de fazer, porque reúne tudo: a criação em forma de composição e arranjo, a aplicação do que me formou e a semente para o que virá”, afirma Nando. O registro do processo de criação e gravação das canções se transformou em um documentário homônimo com direção de Raimo Benedetti.
Além do lançamento audacioso (um feito impressionante, ainda mais se tratando de um artista independente), ele se prepara para viajar pelo país apresentando o novo trabalho. A série de shows terá início pela região Amazônica, em 20 de setembro, em Macapá, para celebrar o Equinócio de Primavera, e a turnê Uma Estrela Misteriosa também tem passagem confirmada por Belém, Manaus, Belo Horizonte, Fortaleza, Teresina, São Paulo, Natal, Salvador, Recife, Aracaju, Ribeirão Preto, Vitória, Curitiba, Rio de Janeiro, Caxias do Sul, Novo Hamburgo, Pelotas, Porto Alegre, Chapecó, Passo Fundo, Brasília, Goiânia e Campinas. Peter (cofundador da banda R.E.M) e Barrett (da Screaming Trees) participarão de todos os shows confirmados.
Nando sempre deixou clara a sua preocupação com causas sociais e fez questão de fundamentar a nova turnê em quatro pilares centrais: inclusão, superação, sustentabilidade e autenticidade. O projeto terá intérprete de libras em todas as apresentações, buscará fornecedores locais para produção de itens exclusivos por onde a turnê passar e selecionará artistas regionais para gravarem uma música de sua escolha do álbum Uma Estrela Misteriosa em colaboração com o Nando Reis.
“Queremos que as músicas deste álbum ultrapassem os nossos nichos. Contamos com os artistas regionais para criarem uma versão exclusiva, ao seu modo, e mostrar suas particularidades para todo o Brasil”, explica Diogo Damascena. Já o viés de superação diz respeito à luta do cantor durante anos contra o alcoolismo e as drogas. Uma Estrela Misteriosa é o primeiro projeto feito pelo artista completamente sóbrio. A preocupação com o meio ambiente é uma das principais bandeiras levantadas pelo músico e, por isso, a turnê respeitará protocolos e indicadores alinhados aos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. “Queremos seguir pelo menos cinco objetivos, dentre os 17 ODS da ONU, em cada cidade pelas quais passarmos”, conta. O último pilar, da autenticidade, leva em conta o fato de que há mais de 40 anos ele percorre o mundo com seus shows e continua a compor canções repletas de subjetividade e características marcantes.
Onerpm, Rádio MIX, Popline, Audiency, Eletromidia e Oceania Eventos são parceiros da turnê Uma Estrela Misteriosa, realizada pela Relicário Produções.
Serviço:
Show Nando Reis
Data: 22 de dezembro | Horário de abertura: 19h | Horário previsto do show: 20h
Local: Royal Palm Hall – Rua Monsenhor Luís Fernandes de Abreu, 311 – Jardim do Lago Continuação – Campinas/SP
Mais informações: https://www.icones.com.br/evento/977837-nando-reis-lancamento-da-turne-uma-estrela-misteriosa.
(Fonte: Estrategic Assessoria e Comunicação)