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Repatriação de Manto Tupinambá reforça importância da preservação e a valorização da cultura indígena

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Foto: Museu Nacional da Dinamarca/Divulgação.

Com o propósito de preservar e valorizar a cultura indígena, o governo brasileiro intensificou as ações para repatriação de artefatos indígenas. Um dos primeiros objetos a integrar a lista foi um manto Tupinambá com mais de 350 anos. Doado pelo Museu Nacional da Dinamarca, o item simboliza a importância cultural e histórica dos povos originários. “A possibilidade de o manto ser levado ao Museu surgiu em 2022, quando o embaixador do Brasil estava na Dinamarca e perguntou se teríamos interesse em receber o manto Tupinambá. A partir desse momento, começamos a trabalhar juntamente com a embaixada brasileira na Dinamarca para que pudéssemos chegar ao dia de hoje”, afirma Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, ao explicar o processo de repatriação da peça.

Para facilitar a chegada do artefato, foi criado um Grupo de Trabalho de acolhimento formado por estudiosos e pesquisadores. “O Manto estava sob condições ambientais muito diferentes das nossas. Então, essa foi a primeira solicitação: que ele viesse bem do ponto de vista técnico”, complementa o diretor.

Segundo Alexander, a doação foi comunicada, primeiramente, às lideranças indígenas do povo Tupinambá. Era fundamental, ele explica, que a chegada do item fosse celebrada de acordo com os desejos deles. “Recebemos, inclusive, uma mensagem muito carinhosa por parte de uma das pessoas do povo Tupinambá. O manto só vai chegar para valer depois que os indígenas puderem fazer os seus rituais”, conta.

O diretor destaca ainda que entre os cuidados do Museu Nacional estão a segurança do manto e o respeito às necessidades do povo Tupinambá. Por essas razões, a expectativa é de que o item seja exibido ao público em 2026. “Até lá, ele ficará em proteção e só será aberto em momentos especiais do povo Tupinambá, respeitando a cultura e os rituais dos povos indígenas”, pontua.

A repatriação do Manto representa não apenas a recuperação de uma peça histórica, mas, também, o fortalecimento cultural e espiritual dos povos originários do Brasil. “O manto, para o nosso povo e para a nação Tupi, representa um ancestral e uma linguagem de comunicação; por meio dele, recebemos prosperidade, paz e uma boa mensagem. Ele vem para dar forças e ressaltar a importância do território para o nosso povo, para manter nossa cultura e nossos rituais vivos”, destaca a liderança indígena Glicéria Tupinambá, que participou desde o início do processo de repatriação. Glicéria completa: “[O Manto] mostra também que é um lugar de resistência e de garantia dos direitos, na luta contra os desmanches dos nossos direitos e contra o Marco Temporal. A importância do manto é imensurável”.

Para a secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do MinC, Márcia Rollemberg, é um momento histórico para o Brasil. “Sua devolução significa efetivar um direito cultural deste povo, o direito de preservar sua história, exercer sua cosmovisão, fortalecer sua identidade, de serem respeitados, e, principalmente, reconhecidos na contribuição vital à cultura nacional e a preservação de nossos biomas”, avalia.

Ela acrescenta que a repatriação do Manto Tupinambá reforça o compromisso na promoção das culturas indígenas, sendo um marco na valorização do patrimônio cultural brasileiro, ao reafirmar que os bens culturais não são meros objetos musealizados, mas elementos vivos da cultura. “Ao recebermos o Manto de volta, celebramos a relevância das culturas indígenas, inspirando inclusive futuras ações de repatriação, que ao final nos devolve a dignidade de sermos e termos essa imensa riqueza, nossa diversidade cultural brasileira”, finaliza.

O manto | A vestimenta sagrada foi produzida com penas de ave guará e fibras vegetais. Mede cerca de 1,80 metros e, tradicionalmente, era empregada em cerimônias e rituais. De acordo com os historiadores, o exemplar doado ao Museu tenha sido confeccionado no século 16.

Outros artefatos

Após duas décadas no Museu de História Natural de Lille (MHN), na França, 585 artefatos indígenas estão de volta ao Brasil. O conjunto de objetos, que representa mais de 40 povos diferentes, é formado por itens etnográficos que demonstram a variedade de manifestações culturais dessas populações. Entre eles, encontram-se diversos adornos Kayapó e Enawenê-Nawê, considerados raros ou inexistentes nas coleções brasileiras. Também há objetos Araweté, como chocalhos, arcos e raros brincos emplumados produzidos a partir das penas do anambé azul e da arara vermelha.

A ação foi resultado de uma complexa negociação entre o museu francês e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o Ministério Público Federal (MPF).

(Fonte: Ministério da Cultura – Governo Federal)

Peça ‘Por entre espaços’ estreia em São Paulo

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Paulo César Lima.

‘Por entre espaços’, trabalho que resulta da dramaturgia experimentada durante as vivências cênicas e pesquisas corporais entre Marcos Sobrinho e as performers Jussara Miller, Luciana Hoppe e Simone Mello, dentro do projeto Dramaturgias Paralelas, estreia no primeiro fim de semana de agosto (dias 2, 3 e 4/8) no Teatro Alfredo Mesquita, em Santana, zona Norte da capital. Durante todo o mês, o espetáculo seguirá em circulação por outros três teatros da cidade: Arthur Azevedo, na Mooca, Zona Leste (de 9 a 11/8); Paulo Eiró, em Santo Amaro, Zona Sul (de 23 a 25/8) e encerra temporada no Kasulo Espaço de Arte, na Barra Funda, região central (de 30/8 a 1/9). As apresentações em todos os espaços têm entrada gratuita.

Com pensamentos diversos sobre o corpo e a cena, mas tendo em comum transitarem num território estético onde as artes visuais se instauram como gesto criativo predominante e as complexidades do ato da criação acontecem na solidão de um artista-solista, os quatro experienciaram um intenso processo de compartilhamento de suas práticas, que se deu num largo período nos laboratórios de investigação, nos vários workshops e na mostra Arrastão dos Solos, realizada na Oficina Cultural Oswald de Andrade e indicada ao prêmio APCA na categoria Programa/Memória.

A estrutura da performance teve a improvisação como base para a coleta de novos vocabulários corporais e se chegar à questão do exílio e seus desdobramentos – tema bastante discutido durante o processo, não limitado às conotações existenciais e religiosas do termo, mas como um desafio à criatividade, trazendo rastros do que pode ser o exílio pra cada um a partir de suas experiências pessoais e da relação com seu fazer artístico.

Como inspiração natural, surgiu a obra do filósofo tcheco-brasileiro Vilem Flusser, que tem o exílio como um marco importante em sua vida. Nascido em 1920 na cidade de Praga, Flusser teve que deixar sua terra natal em função da Segunda Guerra Mundial e do avanço do regime nazista. Após passar por países da Europa, se estabeleceu no Brasil em 1941, onde encontrou um ambiente intelectualmente estimulante influenciado pela cultura brasileira e latino-americana. “No território de experimentações cênicas, temos a percepção de que o exílio é uma condição humana que traz consigo desafios, questionamentos e provocações. Portanto, trazer essas experiências de exílio, vividas em contextos e condições de existência diversas, nos serve para criarmos um campo de diálogo cênico onde se faz ecoar e reverberar tanto os desconfortos e incômodos, quanto os arrebatamentos e fascínios dentro e fora do processo de criação artística”, pondera Marcos Sobrinho, diretor do núcleo artístico que concebeu o projeto.

Para a criação de Por entre espaços, Ana Cristina Colla atuou como provocadora; Talita Vinagre responde pelas intervenções dramatúrgicas e Valquíria Rosa, pelas intervenções sonoras. A sonorização e a vídeo instalação são de Téo Ponciano, o desenho de luz é de Décio Filho e Warner Júnior assina o figurino.

As apresentações integram projeto realizado com apoio da 34ª Edição do Programa Municipal de Fomento à Dança para a Cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura.

Para saber mais: www.marcossobrinho.com.br | @dramaturgiasparalelas | @dionisioproducao.

Serviço:

Estreia Por entre espaços – Núcleo Marcos Sobrinho, com Marcos Sobrinho, Jussara Miller, Luciana Hoppe e Simone Mello

2 a 4/8 (sexta e sábado, às 21h, domingo, às 19h)

Teatro Alfredo Mesquita

Av. Santos Dumont, 1770 – Santana, São Paulo – SP

Ingresso:  Gratuito – Presencial

Acessibilidade: sim

9 a 11/8 (sexta e sábado, às 21h, domingo, às 19h)

Teatro Arthur Azevedo

Av. Paes de Barros, 955 – Alto da Mooca, São Paulo – SP

Ingresso:  Gratuito – Presencial

Acessibilidade: sim

23 a 25/8 (sexta e sábado, às 21h, domingo, às 19h)

Teatro Paulo Eiró

Av. Adolfo Pinheiro, 765 – Santo Amaro, São Paulo – SP

Ingresso:  Gratuito – Presencial

Acessibilidade: sim

30 e 31/8 e 1/9  (sexta e sábado, às 20h; domingo, às 19h)

Kasulo Espaço de Arte

Rua Sousa Lima, 300 – Barra Funda, São Paulo – SP

Ingresso:  Gratuito – Presencial

Acessibilidade: não

Duração: 40 minutos

Classificação Indicativa: 14 anos.

Núcleo de Dança e Performance Marcos Sobrinho | Marcos Sobrinho, cuja formação em dança passa por Maria Olenewa (RJ), pela Ècole de Danse du Marais (Paris-França), Folkwang Schule em Essen e Die Werkstatte Düsseldorf, ambas na Alemanha, e Zélia Monteiro, em São Paulo, fundou o Núcleo de Dança e Performance, que leva o seu nome, com a proposta de investigar o universo da dança em conjunto com as artes visuais, música e vídeo. Já foi contemplado pelo Fomento à Dança para a Cidade de São Paulo, Prêmio Funarte Klauss Vianna, Programa de Ação Cultural – ProAC e Rumos – Itaú Cultural. Em seus 26 anos, o grupo vem trabalhando de forma sistemática no campo da dança e performance, estabelecendo conexões entre o fazer/pensar arte contemporânea. Nas investigações cênicas, tem sempre abordado as artes visuais como estratégia para as modulações estéticas.

www.marcossobrinho.com.br | @dramaturgiasparalelas.

(Fonte: Elaine Calux Assessoria de Imprensa)

Janaína Torres Galeria apresenta ‘Arqueologias Migrantes’, da artista visual Liene Bosquê

São Paulo, por Kleber Patricio

Obra: Elevador Santa Justa. Foto: Massimo Failutti.

De 10 de agosto a 28 de setembro, a Galeria Janaina Torres, sediada em São Paulo, apresenta Arqueologias Migrantes, exposição individual inédita de Liene Bosquê, artista visual brasileira radicada nos EUA há 16 anos. A mostra celebra os 20 anos de carreira da artista com um panorama da produção de Bosquê, em um recorte de sua investigação sobre memórias, narrativas e pertencimento a partir do patrimônio arquitetônico das grandes cidades sob a perspectiva da condição de artista estrangeira.

Para a exposição, a curadora Cristiana Tejo, também brasileira e residente em Portugal, selecionou obras, produzidas de 2003 até este ano, que refletem memórias sobre metrópoles intimamente ligadas à história da artista. Fragmentos de cidades como São Paulo, Miami, Lisboa e Nova Iorque transmutam-se em 50 itens que compõem séries e obras, em uma ampla gama de suportes e materiais resultando em instalações têxteis, monotipias com ferrugem, cianotipias, gravuras em metal, peças em couro, cerâmicas, esculturas em tecido e papel, vídeo, além de site specific especialmente produzido para evidenciar o espaço fronteiriço entre a galeria e a rua. A pesquisa de Liene, que também é arquiteta, tem como pedra fundamental a busca por uma ancoragem territorial perpassada por sua vivência como artista migrante.

Foto: Philipp Muller.

Liene mudou-se para Portugal em 2005 e para os EUA em 2008, residindo em Chicago, Nova Iorque e estabelecendo-se, há seis anos, em Miami. Durante grande parte de sua carreira, voltou o olhar para extratos do patrimônio arquitetônico, localizando indícios de memórias em edifícios, construções, escombros, ruínas ou demolições. Sua investigação assemelha-se ao processo arqueológico quando busca desnudar camadas de significados em elementos que sintetizam a essência do lugar. O fazer de suas obras, ora de maneira individual (em ateliê ou fora dele), ora coletivamente (nas ruas de diferentes cidades conduzindo grupos em experiências artísticas participativas), busca captar o corpo em movimento refletido no patrimônio histórico urbano. Embora utilize formatos e materiais variados, o processo é quase sempre o mesmo: Liene utiliza o processo manual de impressão para gravar o volume, ornamentos de fachadas, fragmentos de grades ou portões, coleta de ferrugem das superfícies e outros elementos que apontem para a identidade do território. “A intenção é tangibilizar memórias individuais ou de grupos que habitaram ou habitam aquele ambiente, criando obras, a partir de detalhes negligenciados do cotidiano, transformando o mundano em monumental”, comenta Liene.

Na exposição é possível observar a recorrência de materiais que, por si, contam a história e espírito do tempo de uma época, como ferro, que forjou construções urbanas a partir do início do século XIX e ainda hoje dá o tom ao pensamento desenvolvimentista, sua velocidade, opulência e rigidez refletidas nas construções das grandes cidades. Em contraposição, Liene utiliza suportes delicados como tecido e papel, materiais que reafirmam a manualidade humana como protagonista da história. A artista também evidencia elementos naturais e suas fricções no contexto dos grandes aglomerados populacionais, quando, por exemplo, traz a argila para processos manuais de coleta de impressões pela cidade ou utiliza a luz do sol para revelar suas cianotipias ou, ainda, quando realiza a extração de ferrugem para séries de instalações têxteis. Liene instiga a reflexão sobre a correlação entre a cidade, a história, a memória, deslocamentos humanos e a conexão pessoal com os lugares. Seu trabalho reafirma a busca pelo pertencimento, inerente ao ser humano e agravada na condição de migrante que, muitas vezes, tende a vivenciar de maneira mais acentuada problemáticas das grandes cidades, como a especulação imobiliária, a gentrificação, o desemprego e a própria xenofobia.

Foto: Maritza Caneca.

Ainda no tocante à experiência migratória, o público poderá observar, na mostra, referências aos desafios impostos pelas fronteiras (territoriais ou não) refletidas nas estruturas limítrofes, como portões, grades ou janelas de edificações icônicas, que carregam significado histórico, de memória coletiva e de pertencimento (ou exclusão), como, por exemplo, o parapeito do elevador Santa Justa (Lisboa), as grades do presídio Carandiru (São Paulo) ou da 14th Street, em Manhattan. Por outro lado, poderá compartilhar de memórias individuais, pessoais e afetivas de cidadãos de diferentes origens nas peças expostas como resultado de proposições participativas, em formato de caminhadas coletivas realizadas por Liene em diversas cidades do mundo, incluindo as da performance Coletando Impressões, realizada no centro de São Paulo, em 2018.

Liene está, excepcionalmente, em residência artística na cidade de São Paulo para a produção das últimas peças da exposição, no Massapê Projetos (no bairro de Santa Cecília) – experiência viabilizada pelo prêmio Summer Artist Access Grant Award FUNDarte and Miami-Dade County Department of Cultural Affairs. As obras finais da exposição estão sendo produzidas a partir da vivência de Bosquê na região central da capital paulista e trazem agora a perspectiva do olhar quase que estrangeiro da artista sobre a cidade onde cresceu. A busca por indícios que devolvam a sensação de pertencimento a Liene estabelece um paralelo ao sentimento comum aos migrantes das diversas partes do mundo, que diariamente, desembarcam nas grandes metrópoles sendo obrigados a construir novas memórias, significados e a própria história.

Mais sobre Liene Bosquê

Convergindo artes visuais, performance e arquitetura, Liene Bosquê investiga a relação humana com as cidades a partir do contexto das migrações. Nas últimas duas décadas, desenvolveu uma sólida trajetória internacional com trabalhos apresentados em museus, galerias e espaços públicos dos EUA, como o MoMA, o Museum of Contemporary Photography in Chicago (2013), Museum of Contemporary Art of North Miami (2020), Frost Art Museum (2022), em Miami, New York Foundation for the Arts Gallery, em Nova York (2011), Socrates Sculpture Park (2017) e Museu de Arte Elmhurst em Illinois (2012), entre outros. A artista também circulou com suas instalações, esculturas e performances por diversos países, como Brasil, Itália, Portugal, Coréia do Sul e Turquia e, mais recentemente, representada pela galeria Janaina Torres, passou a marcar presença no circuito de arte de seu país de origem, com exposições de trabalhos na SP Arte, ArPa e outros espaços de prestígio. A artista é residente no Oolite Arts em Miami Beach 2023-24 e, recentemente, participou da residência no NowHere Lisboa. Em 2013, foi artista residente no Lower Manhattan Cultural Council, quando recebeu o prêmio Manhattan Community Arts. Bosquê fez parte do programa de mentoria para artistas imigrantes da New York Foundation for the Arts. Além disso, participou do Programa Lower East Side Studio 2012 e foi admitida no New York Art Residency and Studios Foundation (NARS) em 2011. No mesmo ano, conquistou o título de Mestre em Artes Visuais pelo School of the Art Institute of Chicago. Em 2003, concluiu o bacharelado em Artes pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), e em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Mackenzie, em 2004, em São Paulo. Liene também é docente em universidades nos Estados Unidos desde 2016, ministrando aulas de escultura, materiais alternativos e têxteis. Atualmente leciona na University of Miami.

Janaina Torres Galeria

Foto: Bianca Reis Verderosi.

Fundada em 2016, a Janaina Torres Galeria aposta em um programa curatorial que reflete um contexto cultural amplo, em que a experiência estética se alinha a questões geográficas, políticas e sociais. A galeria difunde seus artistas com responsabilidade e comprometimento para que eles tenham seu legado reconhecido e respaldado pelas mais respeitadas instituições. A partir de sua missão de educar, aproximar e conectar artistas, curadores, colecionadores e amantes da arte, busca garantir um acesso verdadeiro dos mais diversos públicos a uma produção artística brasileira contundente e vibrante. São representados pela Galeria os artistas Andrey Guaianá Zignnatto, Antonio Oloxedê, Daniel Jablonski, Feco Hamburger, Guilherme Santos da Silva, Helena Martins-Costa, Heleno Bernardi, Jeane Terra, Kika Levy, Kitty Paranaguá, Laíza Ferreira, Liene Bosquê, Luciana Magno, Marga Ledora, Marina Caverzan, Osvaldo Carvalho, Paula Juchem, Pedro David, Pedro Moraleida e Sandra Mazzini.

Serviço:

Exposição individual Arqueologias Migrantes, de Liene Bosquê

Vernissage: 10 de agosto, das 12 às 16h

Período de visitação: de 10 de agosto a 28 de setembro

Dias e horários de visitação: terça a sexta, das 10h às 18h e sábados, das 10h às 16h

Local: Janaina Torres Galeria

Endereço: R. Vitorino Carmilo, 427 – Barra Funda, São Paulo – SP

Grátis

Faixa etária: livre

Possui acessibilidade para cadeirantes.

(Fonte: Locomotiva Cultural)

Paraibuna recebe temporada de 10 anos da Cia de Achadouros com apresentação de ‘Os Lavadores de Histórias’

Paraibuna, por Kleber Patricio

Fotos: Giuliana Cerchiari.

Celebrando os dez anos de trajetória, a Cia de Achadouros (@ciadeachadouros) está realizando uma temporada do espetáculo infantil ‘Os Lavadores de Histórias’, com apresentações gratuitas em diversas cidades da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte de São Paulo. No dia 27 de julho de 2024 (sábado), às 16h, com entrada gratuita e tradução em Libras, o grupo apresenta ‘Os Lavadores de Histórias’ no Teatro Oficina Ana Zito, que fica na Rua Dr. João Fonseca, 61, em Paraibuna (SP).

O espetáculo tem direção de Tereza Gontijo e apresenta Urucum, Tomtom e Jatobá, os lavadores de histórias. Eles carregam consigo o ‘rio da memória’, no qual vão lavando objetos esquecidos que encontram em quintais abandonados, revelando assim memórias de outros tempos, histórias divertidas e momentos emocionantes vividos em cada um desses lugares.

Por meio de cenas cômicas, circenses, teatro de sombras e objetos, o espetáculo faz uma sensível reflexão sobre a relação da criança com o mundo real e da imaginação, e lança sobre a infância o olhar lúdico contido na poesia.

O trabalho, assim como a poesia de Manoel de Barros, trata da importância de se valorizar pequenas coisas na vida, a beleza escondida nas sutilezas, a graça da imaginação, a importância das relações, as brincadeiras espontâneas e colaborativas e o contato com a natureza. Entre os poemas que representam a peça, está ‘Desobjeto’, no qual o poeta fala sobre como a imaginação é capaz de ressignificar objetos.

A partir de uma imersão na obra do poeta, a Cia de Achadouros realizou um processo de pesquisa por ruas do bairro de São Mateus, na Zona Leste de São Paulo (SP), em busca de histórias reais da memória afetiva de pessoas comuns (moradores antigos do bairro e crianças) que foram abordadas em cenas da peça.

O espetáculo estreou em 2018 e, desde então, realizou dezenas de apresentações por todo o estado de São Paulo, sendo indicado ao Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem (antigo Prêmio FEMSA e um dos principais prêmios de teatro infantil e jovem da América Latina) nas categorias Direção Revelação e Trilha Musical Adaptada, além de receber 4 estrelas pela revista Veja São Paulo e ótima avaliação pela crítica especializada, como Dib Carneiro Neto, do site Pecinha é a Vovozinha.

A ação faz parte do projeto ‘Cia de Achadouros faz Dez Anos’, contemplado no Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023 de Grupos e Coletivos Artísticos, realizado em parceria com a Leneus Produtora de Arte. A Cia de Achadouros surgiu em 2014, tendo como base de sua pesquisa a linguagem da palhaçaria, das máscaras e da comicidade popular. O grupo possui um repertório que já foi visto por mais de 15 mil pessoas, que transita pelo teatro para as infâncias e o teatro adulto, além de um projeto de contação de histórias que aborda a diversidade dos causos e contos da cultura popular brasileira herdada dos nossos antepassados e investiga a participação do público com deslocamento pelos espaços cênicos.

Ficha Técnica: Dramaturgia: Silvia Camossa. Direção: Tereza Gontijo. Elenco: Emiliano Favacho, Felipe Michelini e Mariá Guedes. Cenografia: Alício Silva e Bira Nogueira. Figurino: Cleuber Gonçalves. Iluminação: Giuliana Cerchiari. Adereços: Clau Carmo e Cia. de Achadouros. Pesquisa Musical: Emiliano B. Favacho e Tereza Gontijo. Músicas: Kevin Macleod. Edição de som: Emiliano Favacho e Rodrigo Régis. Voz em off: Evandro Favacho. Grafite/painel: Celso Albino. Operação de som: José Olegário Neto. Operação de luz: Francisco Renner. Preparação corporal: Ana Maíra Favacho e Erickson Almeida. Assessoria de imprensa: Luciana Gandelini. Gestão de mídias sociais: Rúbia Galera. Assistente de Produção: Samuel Paixão. Coordenação de Produção: Fabiano Lodi. Produção Geral: Leneus Produtora de Arte.

Informações: www.instagram.com/ciadeachadouros e www.facebook.com/ciadeachadouros.

Teaser do espetáculo ‘Os Lavadores de Histórias’: https://www.youtube.com/watch?v=6KRIa-Y-YKg.

Serviço:

Espetáculo ‘Os Lavadores de Histórias’, com Cia de Achadouros

Sinopse: Urucum, Tom Tom e Jatobá são lavadores de histórias que, todas as noites, visitam quintais da infância para lavar o que ali fora esquecido e revelar memórias. Eles ficam tocados e se divertem com as personagens e segredos de cada história revelada. Combinando o encanto do teatro de sombras, do circo e do teatro narrativo, o espetáculo convida o público a reviver as próprias memórias e relembrar a infância, com o intuito de que não se perca o que foi vivido em cada lugar.

Duração: 50 minutos

Grátis – Classificação Livre

Acessibilidade: Tradução em Libras

Quando: 27 de julho de 2024 (sábado) | Horário: 16h

Onde: Teatro Oficina Ana Zito – Endereço: R. Dr. João Fonseca, 61, Paraibuna – SP.

(Fonte: Luciana Gandelini Assessoria de Imprensa)

Cinco motivos para visitar a praia de Torres no inverno

Torres, por Kleber Patricio

O Morro das Furnas – Torres, Rio Grande do Sul. Foto: Divulgação.

Dentre as praias preferidas dos gaúchos durante a alta temporada de verão, Torres também possui diversos atrativos para quem viaja durante o outono e o inverno. Além de delícias gastronômicas, os pontos turísticos do município do Litoral Norte são um convite para se conectar com a natureza em meio a belas paisagens. No ramo de acomodações, os turistas podem contar com a excelência e a confiabilidade do Hotel Sesc Torres, localizado próximo à Praia dos Molhes e ao Rio Mampituba. Recentemente premiado com o Travellers Choice 2024, do TripAdvisor, o local oferece pensão completa, com café da manhã, almoço e jantar incluídos aos hóspedes, além de ampla estrutura com piscina térmica, sauna, quadra poliesportiva e outros destaques que podem ser conferidos no site www.sesc.com.br/unidade/hotel-sesc-torres/. Abaixo, elencamos alguns dos principais motivos para escolher Torres como destino de viagem nestes próximos meses.

1 – Trilhas e áreas de preservação

Torres, o nome do município, tem origem nas formações rochosas, a maioria delas protegidas pelo Parque Estadual da Guarita. Trata-se de um importante sítio geológico que integra o Projeto Geoparque Caminhos dos Cânions do Sul, com grande valor ecológico e com uma paisagem de tirar o fôlego. O parque não tem grades ou cercas e há diversas formas de acessá-lo. De carro, moto ou van, é preciso pagar uma taxa para o estacionamento. Porém, é possível utilizar as trilhas da Praia do Cal ou de Itapeva, essa também considerada uma unidade de preservação. O Parque Estadual de Itapeva é menos conhecido e possui uma biodiversidade conservada que serve como campo de pesquisa, com um ecossistema que abrange a Mata Atlântica, onde encontra-se um mar de dunas, mata restinga, áreas alagáveis e a Mata Paludosa.

Situada a cerca de 1,8km, a Reserva Ecológica Ilha dos Lobos é a única ilha marítima do litoral gaúcho. É um refúgio de lobos e leões marinhos, que utilizam o lugar como descanso em suas rotas migratórias. As belezas da ilha e da fauna marinha que vive nela podem ser vistas com passeios de barco, porém a aproximação é limitada a uma distância de 500m, afinal, a pesca e o desembarque na ilha são proibidos.

2 – Tranquilidade

A conexão com a natureza e as belezas de Torres por meio de caminhadas, pedaladas ou de um tempo sentado na companhia da família e de um bom chimarrão, também é encontrada em outros pontos do município. A orla do Rio Mampituba que, assim como o calçadão e a região central, conta com diversas opções gastronômicas, é uma ótima opção para relaxar. Lá fica a icônica Ponte Pênsil, que permite passar a pé para o município de Passo de Torres, na prática, cruzando o limite entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Outras opções são visitar os molhes, passarela mar adentro que passou por uma recente revitalização, ou a Lagoa do Violão. No interior da cidade, um dos destaques é a Praça Borges de Medeiros, onde está o mais antigo monumento de Torres, erguido em 1940.

3 – Morro do Farol

Também chamado de Torre Norte, o Morro do Farol é um local muito apreciado pelos turistas devido à paisagem, com a imensidão do mar e a vista de todas as praias do município. Entre os morros à beira-mar, é o único que tem acesso de carro e é também um local muito usado para voos de paraglider e parapente. Ao todo, três faróis já foram construídos no local, o primeiro foi inaugurado em 1912. O Morro do Farol é um observatório perfeito das baleias francas que fazem seu trajeto no período de agosto a novembro, em busca de águas mais quentes para procriar e ter filhotes.

4 – Religiosidade

Alguns pontos da cidade também são procurados por fieis. É o caso do Oratório Nossa Senhora dos Navegantes, mais conhecido como Santinha, localizado entre a Prainha e a Praia da Cal. No local, há uma vertente de água cristalina, que sai da rocha do Morro do Farol, e a imagem de uma santa, onde são feitos agradecimentos e preces dos devotos. O caminho até lá é pelo calçadão da beira mar, aos pés do Morro do Farol. Próximo dali, está a Igreja Matriz de São Domingos, inaugurada em 1824. Um dos marcos da povoação local e que foi expandindo gradualmente junto com o crescimento da cidade.

5 – Balonismo

Conhecida como a Capital Nacional do Balonismo, Torres tem como particularidade as cores enfeitando seu céu. É comum ver balões entre dezembro e janeiro, geralmente no início da manhã e no final da tarde. É possível sobrevoar a região em passeios pagos para apreciar a paisagem e a diversidade natural. Anualmente acontece na cidade o Festival Internacional de Balonismo de Torres, que une praticantes de diversas partes do mundo em um grande evento. A edição de 2024 precisou ser cancelada em razão da recente tragédia climática, mas os adeptos da prática ainda podem ser avistados na cidade.

Turismo Sesc | Para proporcionar descanso, lazer e estimular o conhecimento histórico, cultural e social, o Sesc/RS conta com três hotéis – Gramado, Torres e Porto Alegre – com ampla infraestrutura, além de diversos conveniados em todo o Estado e no Brasil, para os viajantes curtirem a família, os amigos e aproveitarem a vida. Também oferece pacotes turísticos com saídas de diferentes regiões do Estado, com destinos variados e condições de pagamento facilitadas.

(Fonte: Moglia Comunicação Empresarial)