Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
Em agosto, o Theatro Municipal de São Paulo realizará uma série de ações para celebrar os 70 anos da estreia pública do Ballet IV Centenário, companhia de dança criada em 1954 para as comemorações dos quatrocentos anos da cidade de São Paulo, que finalizou as suas atividades em 1955.
Entre os dias 9 a 18 de agosto, o palco do Theatro Municipal recebe a segunda Temporada do Balé da Cidade com a obra ‘Biogromerata’, do coreógrafo Cristian Duarte e concepção musical para teremim de Tom Monteiro, e a nova criação de Luis Garay com composição musical de Luciano Azzigotti, ambas com participação da Orquestra Sinfônica Municipal sob regência de Alessandro Sangiorgi. Os ingressos custam de R$12 a R$87 (inteira) e a apresentação tem duração aproximada de 150 minutos (com intervalo).
Entre os dias 9 e 17 de agosto, às 17h, será realizada, na escadaria externa do Theatro, a performance ‘Fantasias Brasileiras’, uma série inédita que se apresenta para a rua e que parte do histórico Ballet IV Centenário, que foi dirigido por Aurélio Milloss, importante bailarino e coreógrafo hungraro. Millos permaneceu na cidade até 1955. O evento será apresentado pelo núcleo de dança Pérfida Iguana, polo de produção de dança dirigido pelos artistas Carolina Callegaro e Renan Marcondes e produzido por Tetembua Dandara. A proposta levará à rua quatro releituras de danças do histórico Ballet IV Centenário que tematizaram o Brasil, reorganizando suas imagens e gestos através do corpo para criar pinturas vivas que refletem tanto a beleza das danças da companhia quanto a violência de seu desmanche.
Nos dias 28 e 29, acontece no Salão Nobre, o Ciclo de Encontros: Memórias, histórias e contextos: Ballet IV Centenário 70 anos, uma série de encontros com estudiosas e estudiosos de distintas áreas do conhecimento. O ciclo de encontros começa no dia 28, às 15h, com a mesa Intersecção entre memórias, gestos, danças e palavras, que propõe uma conversa com artistas que integraram o Ballet, a conversa será mediada por Helena Katz (professora-doutora da PUC-SP). No período da tarde, às 17h a segunda mesa do dia abordará o tema Ballet IV Centenário: histórias e contextos, com participação de Acácio Ribeiro Vallim Junior (professor e crítico de Dança), Karita Garcia Soares (doutora em Arte e Cultura Visual pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e com mediação de Fernanda Bueno (coordenadora artística do Balé da Cidade).
Já no dia 29, às 15h, a mesa abordará o tema Resistências artísticas nos anos 1950, com participação confirmada de Rosane Borges (jornalista, escritora e doutora em Ciências da Comunicação pela USP), Amailton Azevedo (professor e pesquisador da PUC-SP) e mediação de Felipe Campos (coordenador do Núcleo de Articulação e Extensão do Theatro Municipal). E o último encontro do ciclo será às 17h, com o tema Conversa sobre acervo do Ballet do IV Centenário e participação da equipe do Acervo do Theatro Municipal. Na ocasião, o Núcleo de Acervo e Pesquisa lançará uma publicação da série Índice de fontes, com o título Ballet IV Centenário, que após ações de mapeamento, identificação e pesquisa, produziu um amplo levantamento de documentos do Ballet IV Centenário no acervo do Complexo Theatro Municipal de São Paulo, reunindo cerca de 394 itens, entre trajes de cena, programas de espetáculos, fotografias e outros tipos documentais.
Como parte das celebrações, na semana de 26 a 30 de agosto será exibida a Mostra de Figurinos do Balé do IV Centenário que pertence ao Acervo do Theatro Municipal de São Paulo. Nela estarão reunidos figurinos de diferentes coreografias do Balé, além de outros documentos.
Programação efervescente
No dia 4 de agosto, domingo, às 11h, a Orquestra Experimental de Repertório apresenta o concerto Revoluções Harmônicas, sob regência do maestro Leonardo Labrada. No repertório, a obra La mer, de Claude Debussy, e Sinfonia n° 7 em Ré menor, Op. 70, de Antonín Dvořák. Realizado na Sala de Espetáculos do Theatro Municipal, os ingressos vão de R$12 a R$33 (inteira), com classificação livre para todos os públicos e duração de 60 minutos.
No mesmo dia, 4 de agosto, domingo, às 17h, a Sala de Espetáculos do Theatro Municipal recebe o concerto Réquiem de Mozart, com participação do Coro Lírico Municipal e da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas sob regência do maestro Carlos Prazeres. Considerada uma das obras mais famosas do repertório de Wolfgang Amadeus Mozart, o Réquiem K. 626 foi uma encomenda feita pelo Conde Franz von Walsegg, que desejava uma missa de réquiem para o memorial de sua falecida esposa. Entretanto, a obra nunca foi finalizada por Mozart, que faleceu em 1791. A classificação é livre, a duração aproximada é de 50 minutos e os ingressos variam de R$12 a R$43.
No dia 8, quinta-feira, às 20h, o Quarteto de Cordas da Cidade apresentará a série Grandes Quintetos na Sala do Conservatório, na Praça das Artes. O repertório apresenta obras de Claude Debussy, Quarteto em Sol menor, e César Franck Quinteto em Fá menor. A apresentação terá Betina Stegmann e Nelson Rios nos violinos, Marcelo Jaffé na viola, Rafael Cesario no violoncelo, com participação do pianista Ronaldo Rolim. A classificação é livre, os ingressos custam R$33 e a duração aproximada é de 60 minutos.
No dia 9/8, sexta-feira, às 18h30, o Vão da Praça das Artes recebe o Samba de Sexta, com o grupo As Sambixas. A abertura fica por conta do DJ Fred Lima, que atua há mais de 20 anos na arte da discotecagem. O grupo traz a força, os corpos e as vozes LGBTQIAPN+ para clamar também esse espaço e mostrar o samba-resistência LGBT+, com seu vasto repertório que passa por várias vertentes clássicas do samba, do samba dolente ao pagode 90. Os ingressos são gratuitos, a classificação livre e duração é de 180 minutos.
Nos dias 10, 11, 16 e 17 de agosto, o Theatro Municipal recebe o evento São Paulo Contemporary Composers Festival, um encontro internacional que proporciona experiências únicas nas vidas de compositores, maestros e instrumentistas especializados nas práticas da música contemporânea. O projeto tem como missão oferecer oportunidades de performance internacionais para artistas emergentes no século XXI. Acesse o site e saiba mais.
Já no dia 20, terça-feira, às 20h, o Coral Paulistano, sob as regências de Maíra Ferreira e Isabela Siscari, apresenta o concerto Renascença Italiana, no Salão Nobre do Theatro Municipal. O programa traz obras de Giovanni Pierluigi da Palestrina, Carlo Gesualdo, Claudio Monteverdi, Maddalena Casulana, entre outros. Os ingressos custam R$33, a classificação livre e duração é de 40 minutos.
Na quinta-feira, dia 22, às 20h, o Quarteto de Cordas da Cidade toca Mehmari com participação de Keila de Moraes, mezzosoprano, na Sala do Conservatório da Praça das Artes. No repertório o grupo apresenta a composição inédita ‘O sonho e a vida são dois galhos gêmeos sobre textos de Gonçalves Dias e Oswald de Andrade’. Os ingressos custam R$33, classificação é livre e duração é de aproximadamente 50 minutos.
Na sexta-feira, 23, às 20h, na Sala do Conservatório, na Praça das Artes acontece a apresentação da Camerata da Orquestra Experimental de Repertório, sob regência de Leonardo Labrada. No repertório será apresentado obras de Paul Dukas, Antonín Dvořák, Richard Strauss e Giovanni Gabrieli. Os ingressos são gratuitos, a classificação é livre e a duração total de aproximadamente 60 minutos, sem intervalo.
Finalizando o roteiro de agosto, a Orquestra Sinfônica Municipal apresenta Rapsódia Para Novos Tempos, sob regência indiano Ankush Kumar Bahl. O programa traz obras de Michelle Agnes Magalhães, Ajítẹnà Marco Scarassatti, Johannes Brahms, entre outros. A apresentação acontece na Sala de Espetáculos no dia 30, sexta-feira, às 20h, e no sábado, 31, às 17h. Os ingressos variam de R$12 a R$66, com classificação livre para todos os públicos e duração de 115 minutos. Mais informações disponíveis no site.
(Fonte: Theatro Municipal de São Paulo)
A 42ª edição de Cirque du Soleil – Crystal, primeira experiência acrobática do grupo no gelo, passou pela cidade do Rio de Janeiro (Farmasi Arena) e acaba de chegar ao Parque Villa-Lobos (São Paulo), onde permanecerá até 6 de outubro. ‘Crystal’ combina acrobacias, patinação no gelo e experiência imersiva ao público. Como patrocinadora de Cirque, a Porto marca presença no evento para garantir conexão, cuidado e encantamento ao público.
Ações e ativações da Porto em Cirque
A presença da Porto no Cirque du Soleil vai além do cuidado com os espectadores ao garantir cuidado e conforto durante as apresentações. A companhia também está presente em diversas ativações durante o espetáculo, como o Caleidoscópio de espelhos – painel de LED no fundo projetando imagens que ganham movimentos e reflexos infinitos enquanto as pessoas fazem poses para garantir cliques, vídeos e até dancinhas para as redes sociais, e a Réplica do principal elemento cênico – para se sentir dentro do palco, os presentes contam com diversos pontos instagramáveis. Uma das principais atrações que conquistaram o público na edição do Rio de Janeiro está o espaço, em que é possível se caracterizar exatamente como a protagonista do espetáculo: a Crystal. No local, as pessoas podem calçar os patins e vestir o cachecol idênticos aos usados pela personagem. Cuidando dos mínimos detalhes, a Porto contará com promotores nos espaços de Cirque para auxiliar o público que busca por informações.
Parceria com a FOM | Para a 42ª edição de Cirque du Soleil, a Porto e a FOM, marca brasileira de acessórios de conforto e bem-estar, fazem parceria para a distribuição de manta exclusiva aos espectadores da área VIP Experience by Porto do espetáculo Crystal. A manta é confeccionada em fibra macia e personalizada com a logo da Porto, e visa proporcionar conforto e aconchego aos clientes durante o espetáculo, que tem como elemento principal do cenário o gelo.
SERVIÇO:
CIRQUE DU SOLEIL: CRYSTAL NO BRASIL
SÃO PAULO
Local: Parque Villa-Lobos
Endereço: Av. Queiroz Filho, 1.315 -Vila Leopoldina
Temporada: até 6 de outubro de 2024
Sessões e horários: quarta e quinta-feira, às 21h; sexta-feira, às 16h e às 20h; sábado às 13h*, 17h e 21h e domingo, às 16h e às 20h – *apenas em datas específicas
Abertura do local: 1h antes do show
Capacidade: 3.582 lugares
Duração: 2h, incluindo 25 minutos de intervalo
Classificação: Livre – menores de 12 anos de idade somente acompanhados dos pais ou responsáveis legais; sujeito a alteração por decisão judicial
Acesso para deficientes: Acesso e assentos disponíveis
PREÇOS REGULARES
SILVER: R$190,00 meia entrada e R$380,00 inteira
PLATINUM: R$245,00 meia entrada e R$490,00 inteira
GOLD: R$295,00 meia entrada e R$590,00 inteira
ROYAL: R$345,00 meia entrada e R$690,00 inteira
PREMIUM: R$410,00 meia entrada e R$820,00 inteira
VIP EXPERIENCE BY PORTO – nível 0 (*): R$410,00 meia entrada e R$820,00 inteira
VIP EXPERIENCE BY PORTO – nível 1 (*): R$410,00 meia entrada e R$820,00 inteira
(*) Neste setor, é necessário contratar o serviço adicional por R$450,00, além do valor do ingresso (meia-entrada ou inteira), para um número limitado de assentos de acordo com disponibilidade no ato da compra. O serviço não está sujeito à meia-entrada.
SERVIÇO VIP EXPERIENCE BY PORTO – Na compra do ingresso para o Setor VIP EXPERIENCE BY PORTO está incluso um ingresso do Setor Premium + um adicional de serviços, onde o espectador terá uma experiência especial e diferenciada, reservada para aproximadamente 400 pessoas. O cliente assistirá ao espetáculo nos melhores assentos da arena. Além disso, irá usufruir de todos esses benefícios: estacionamento; serviço de coquetel com menu especialmente acompanhado de bebidas alcoólicas e não alcoólicas (servido uma hora antes do show e durante o intervalo); ambiente decorado; equipe exclusiva para atendê-lo; assentos privilegiados; credencial de acesso exclusiva; brindes; wi-fi e banheiros privativos.
BILHETERIA OFICIAL – SEM TAXA DE SERVIÇO
Bilheteria disponível de 19 de fevereiro a 30 de junho
Shopping Market Place (Av. Dr. Chucri Zaidan, 902 – Vila Cordeiro)
Horários de funcionamento: segunda-feira a sábado – das 10h às 22h/domingo – das 14h às 20h
Bilheteria disponível até 6 de outubro
Bilheteria Parque Villa-Lobos (Av. Queiroz Filho, 1315 – Vila Hamburguesa)
Horários de funcionamento: diariamente, das 12h às 20h; nos dias de evento, das 12h até 30 minutos após o início do espetáculo
VENDAS ONLINE – COM TAXA DE SERVIÇO
Através do site www.eventim.com.br/cirquecrystal
MEIA-ENTRADA
Em conformidade com a legislação vigente no Estado e Município específico onde o evento for realizado. Obrigatória apresentação do documento comprobatório da condição de beneficiário, no ato da compra e no acesso ao evento.
VENDA A GRUPOS
Atendimento para grupos em grupos-entretenimento@immbr.com.
(Fonte: Porto)
A devoção a Santo Antônio é uma das semelhanças entre o Recife e Lisboa. Padroeiro de Pernambuco, da capital pernambucana e da Arquidiocese de Olinda e Recife, o tão querido ‘santo casamenteiro’ é também padroeiro da capital portuguesa. Com essa forte conexão pela religiosidade, Recife foi escolhida para ser a primeira capital do Nordeste a receber a exposição ‘Tronos de Santo Antônio’, no Museu Cais do Sertão, no Bairro do Recife. Promovido pela Associação Turismo de Lisboa (ATL), o evento foi inaugurado no dia 11 com a presença de personalidades, autoridades e jornalistas convidados para, então, receber o público nos dias 12, 13 e 14 de julho.
A mostra conta a história da tradição centenária dos tronos feitos para o religioso, com destaque para o acervo do Museu de Lisboa – Santo Antônio, e imerge o visitante em outros diversos elementos da cultura lisboeta. Com visitas guiadas em tempo integral, será possível conhecer a história da herança cultural da região envolvendo o santo e seus altares, além de contemplar outros símbolos populares típicos e costumes regionais, tais como os bairros, as ruas, as calçadas, os azulejos, os manjericos, as sardinhas e os pães, bem como as louças de barro, o tostãozinho, as festas e, claro, os tradicionais casamentos.
“Dada a tamanha adoração dos brasileiros, em especial, da população pernambucana por Santo Antônio, nada mais justo que compartilhar uma arte que só existe em Lisboa, mas que também tem muito a ver com esta região”, afirma Vitor Costa, Diretor Geral da ATL. Segundo ele, todos os anos, os cidadãos, as paróquias e diversos grupos e comunidades confeccionam seus Tronos e os expõem em suas casas, portas ou nos arraiais das ruas. “Trata-se de uma tradição centenária, que valoriza a história dos bairros lisboetas, recuperando suas memórias antigas e valorizando a sua herança cultural”, complementa.
Sobre os Tronos de Santo Antônio
A tradição dos Tronos de Santo Antônio remete à resposta da população ao grande terremoto, em 1755, que abalou Lisboa e danificou sua igreja, provocando uma grande mobilização em torno de sua reconstrução. Enquanto os decretos reais ampliavam o recolhimento de esmolas em todo o reino, as crianças locais erguiam pequenos altares nas soleiras das casas durante o período das festas dos santos populares, pedindo “uma moeda para o Santo Antônio”. Assim, a tradição enraizou-se, tornando-se parte das atrações das famosas ‘Festas de Junho’.
No século XIX, os pequenos passaram a pedir “cinco milreizinhos para a cera do Santo Antônio” para gastar em guloseimas e fogos de artifício, juntando-se à folia das festas, que incluía os arraiais, os balões de cores e as guitarradas. Assim, toda a cidade enfeitava-se para receber seu Santo mais querido, seguido agora pelos pedidos do “tostão para o Sant’Antônio”, estendido por todo o mês de junho.
Feitos com caixas de cartão ou bancos baixos, os Tronos eram decorados com velas, vasos, cruzes e sacrários, entre outros objetos de chumbo ou de madeira. Já as imagens do religioso eram feitas em barro e, nas casas mais humildes, eram substituídas por estampas de papel. O século XX veio consolidar a presença dessas peças na cidade e, ainda hoje, todos os anos no mês de junho os bairros da capital portuguesa são decorados com Tronos em homenagem a Santo Antônio, o padroeiro preferido dos lisboetas.
Sobre a Associação Turismo de Lisboa (ATL)
Fundada em 1998, a ATL é uma organização sem fins lucrativos constituída através de uma aliança entre entidades públicas e privadas que operam no setor do turismo. Atualmente conta com cerca de 900 associados, tendo como principal objetivo melhorar e incrementar a promoção de Lisboa como destino turístico e, consequentemente, aprimorar a qualidade e competitividade. Informações:
https://www.instagram.com/visit_lisboa/
https://www.facebook.com/visitlisboa.
Serviço:
Exposição ‘Tronos de Santo Antônio’
Quando: 12 a 14 de julho
Onde: Museu Cais do Sertão
Armazém 10, Av. Alfredo Lisboa, s/nº – Bairro do Recife
Horários: sexta – 10h às 16h | sábado e domingo – 11h às 17h
Quanto: R$10 (inteira) e R$ 5 (meia).
(Fonte: Mestieri PR)
A Fundação Biblioteca Nacional (FBN), entidade vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), celebra os 150 anos da imigração italiana no Brasil, iniciada na grande leva de 1874. As ações da instituição incluem o lançamento de dossiê digital sobre a imprensa italiana escrita e publicada no Brasil e a iluminação da fachada da Biblioteca Nacional, no Centro do Rio, com as cores da bandeira da Itália.
A iluminação especial foi inaugurada na última quinta-feira (4) e acionada de modo remoto da Itália pela princesa Elettra Marconi – filha de Guglielmo Marconi, físico e inventor italiano, tido como o criador da telegrafia sem fio, que acendeu as luzes do Cristo Redentor diretamente de Roma, em 1931, por meio de um impulso elétrico que atravessou o Oceano Atlântico. Elettra Marconi acionou as luzes na fachada da Biblioteca Nacional diretamente de sua residência em Roma – na mesma sala em que Marconi acionou a iluminação do Cristo – onde estava acompanhada pelo embaixador brasileiro, Renato Mosca de Souza. “Eu adoro o Brasil, as belezas naturais e as pessoas. Falo sempre da humanidade dos brasileiros, me sinto com eles como se estivesse em família. Tenho sempre a esperança de retornar ao Brasil. Falo para que todos conheçam o Brasil, o país mais belo da América do Sul”, afirmou a princesa Elettra Marconi.
“Estamos emocionados, porque a princesa Elettra é uma referência dessa amizade entre o Brasil e a Itália, tanto cultivada e tão importante para as nossas culturas. Uma família para qual a humanidade deve prestar reverência e reconhecimento pelas grandes contribuições que nos legaram”, afirmou o embaixador Renato Mosca de Souza. Clique aqui para conferir o vídeo.
Dossiê | A FBN lançou na sexta-feira (5) o dossiê digital ‘150 anos da imigração italiana nos periódicos’, disponível na BNDigital. O dossiê inclui artigos de pesquisadores da instituição sobre a imigração italiana no Brasil, a origem da imprensa italiana no país e uma listagem completa dos jornais em italiano produzidos aqui – ao todo 90 títulos, dos quais 42 estão disponíveis para consulta em formato digital, entre outros conteúdos.
(Fonte: Ministério da Cultura – Governo do Brasil)
O mercado voluntário de carbono é um mecanismo importante para conter o aquecimento global ao estimular países e empresas a diminuírem suas emissões de carbono por meio de sua precificação. Em relatório lançado no último dia 26, o Grupo Consultivo para a Crise Climática (CCAG) alerta que princípios científicos e transparência devem embasar as definições do que deve ser considerado no crédito de carbono — e podem servir para orientar a discussão sobre o tema. Essa é uma das pautas prioritárias do Senado neste ano.
O relatório faz parte de uma série de análises feitas de forma independente pelo CCAG – e divulgadas, em primeira mão para jornalistas brasileiros, pela Agência Bori. O grupo reúne 15 especialistas do clima de dez países diferentes com a missão de impactar na tomada de decisão sobre a crise climática.
A ideia do relatório é construir confiança no mercado voluntário de carbono que, segundo os especialistas, atualmente tem limites de ação na redução de emissões de carbono. Para isso, o texto aponta sete recomendações principais que vão além dos princípios de compensação de carbono estabelecidos pela Universidade de Oxford (Reino Unido) e descreve um roteiro para o mercado voluntário de carbono superar críticas recentes e reconstruir sua confiança por meio da ciência.
Algumas ideias envolvem apoiar projetos que proporcionem reduções reais de emissões de carbono e redistribuir financiamento e benefícios para comunidades locais onde os projetos estão baseados. “O mercado voluntário de carbono tem o potencial de fornecer cobenefícios para comunidades locais no Sul Global, criando riqueza para áreas que mais precisam de recursos na transição para o zero líquido”, ressalta a pesquisadora da UnB Mercedes Bustamante, membro do CCAG. “Mas cabe a nós garantir que o sistema seja mais rigoroso e capaz de fornecer os resultados prometidos e financiar a transição para energia limpa de forma equitativa.”
O relatório enfatiza a necessidade de regulamentação internacional e estadual para garantir a qualidade dos créditos e, também, para assegurar que as organizações tomem todas as medidas viáveis para reduzir as emissões de gases de efeito estufa antes de entrarem no mercado voluntário de carbono.
O CCAG sugere aplicar princípios científicos rigorosos em medições, monitoramento e relatórios para reformar o atual mercado voluntário de carbono, para assim aproveitar todo o potencial do instrumento para fazer uma contribuição aos esforços climáticos. No relatório, também estão definidos limites para o uso legítimo de créditos de carbono — que, segundo os especialistas, não podem ser usados para deixar a remoção de carbono e a preservação do sumidouro de carbono, que são depósitos naturais que capturam e absorvem o carbono, sob responsabilidade do mercado. Da mesma forma, os sumidouros de carbono, ou seja, o carbono ‘verde’, não podem compensar significativamente as emissões de carbono ‘preto’ (ou seja, gases de efeito estufa).
O grupo consultivo também recomenda o estabelecimento de órgãos de supervisão independentes em nível nacional, regional e global para regular e padronizar créditos de carbono com base na qualidade e desempenho, em vez da quantidade de compensações. “Não podemos nos dar ao luxo de jogar dinheiro em iniciativas que não funcionam”, ressalta Bustamante. “É um objetivo nobre fornecer aos países mais fundos para proteger a natureza, mas eles não podem ser usados como uma forma de concentrar riqueza nas mãos de poucos novamente.”
(Fonte: Agência Bori)