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Centro de Pesquisa e Formação do Sesc-SP promove série de encontros ‘Chico Buarque: História e amor na interpretação do Brasil’

São Paulo, por Kleber Patricio

Imagem David Drew Zingg/IMS: Chico Buarque e Gil na Passeata dos Cem Mil, 26 de junho de 1968.

Compositor, escritor e dramaturgo com uma carreira de quase 60 anos de trajetória, Chico Buarque de Holanda é tema da série de três encontros intitulada ‘Chico Buarque: História e amor na interpretação do Brasil’. Conduzidos pelo historiador Lindener Pareto e a musicista Flora Reyes, os encontros presenciais apresentam a conexão entre as narrativas poéticas do compositor e a História do Brasil. A série de encontros acontece no Centro de Pesquisa e Formação (CPF) em três sextas-feiras, de 12 a 26 de julho, das 19h30 às 21h30. As inscrições já estão abertas.
A poética inclinada aos aspectos da história e da formação do povo brasileiro são características do trabalho criativo de Chico Buarque. E das canções críticas ao regime civil-militar de 1964 àquelas que retratam a luta cotidiana do povo, os exemplos são muitos; podemos compreender o viés crítico do compositor partindo do início de carreira com ‘Pedro Pedreiro’ (1966) até a contemporaneidade de ‘As Caravanas’ (2017). Esse trabalho se amplia na dramaturgia com os trabalhos em ‘Morte Vida Severina’, ‘Roda Viva’ e ‘Ópera do Malandro’.
Chico Buarque é dono de um lirismo inconfundível, as canções de amor ou entorno das relações amorosas se tornaram emblemáticas. Eu-lírico de diferentes posições das intrigas e dramas é marca destacada de suas composições e segue em músicas como ‘Noites dos Mascarados’, ‘Retrato Em Branco e Preto’, ‘Tanto Amar’ e ‘Futuros Amantes’.
É entre análises crítica das composições e as apresentações musicais que a dupla Lindener Pareto (Professor e historiador) e Flora Reyes (Musicista, cantora e arte-educadora) percorre nos três encontros a trajetória criativa e poética de Chico Buarque.

O Centro de Pesquisa e Formação – CPF é um espaço do Sesc-SP que articula produção, formação e difusão de conhecimentos, por meio de cursos, palestras, encontros, estudos, pesquisas e publicações nas áreas de educação, esporte, cultura e artes.
Serviço:

Chico Buarque: História e amor na interpretação do Brasil – com Lindener Pareto e Flora Reyes

Dias 12, 19 e 26 de julho | sextas, das 19h30 às 21h30

Inscrições: sescsp.org.br/cpf

Vagas: 50

Valores: R$50 / R$25 / R$15

16 anos

Centro de Pesquisa e Formação – CPF Sesc
Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – 4º andar
Horário: De terça a sexta, das 10h às 21h. Sábados, das 10 às 18h30
Tel: 3254-5600

Transporte gratuito para os participantes das atividades, do CPF Sesc à estação metrô Trianon-Masp, de terça a sexta às 21h40, 21h55 e 22h05.

(Fonte: Sesc SP)

Sinfônica de Campinas realiza concerto com pianista italiano no próximo dia 6

Campinas, por Kleber Patricio

Pianista Maurizio Barboro completou a sua formação na Accademia Nazionale di Santa Cecilia, em Roma. Fotos: Divulgação.

No próximo sábado, 6 de julho, o Teatro Municipal Castro Mendes será palco para o concerto da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas com dois convidados especiais: o solista Maurizio Barboro, pianista italiano, e, na regência, o maestro Ricardo Calderoni. A apresentação será às 20h e os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do teatro ou pelo site.

O concerto será composto por duas partes: na primeira, serão interpretados o Medley de Naomi Shemer com arranjo de Shimon Cohen e o Concerto para Piano Op. 54 em Lá Menor de Robert Schumann. Já a segunda parte contará com ‘O Garatujá’ de Alberto Nepomuceno, ‘Bacchanale’, de Saint-Saens, ‘Corpo de Criança’, de Ricardo Calderoni, que terá como solista no violino Artur Huf e, para finalizar o concerto, ‘Tico-Tico no Fubá’ e ‘Aquarela do Brasil’ com arranjo de Jamberê.

Maestro Ricardo Calderoni

O maestro Ricardo Calderoni.

O maestro, compositor e violonista Ricardo Calderoni é diretor artístico e regente da Orquestra Sinfônica Humanitas e recebeu diversos prêmios, tais como Melhor Concerto Internacional 2015 – Maestro e Compositor – Folha de São Paulo e o International Prize USA/EU for Excellence in Composition from the National Academy of Music (USA). Foi o primeiro compositor da história da música a compor um Concerto Duplo para Violão, Clarineta e Orquestra. O coral Oratorio Society of New York, vencedor do Grammy, apresentou a estreia mundial de sua obra para Coral, Quatro Solistas e Orquestra. Atuou como Compositor em Residência da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, em Brasília (2018). Obteve o título de Master in Composition pela New York University e realizou estudos pós-graduados de regência na Juilliard School of Music, em Nova York, com cursos de bacharelado em São Paulo em Regência, Composição e Instrumento. Realiza turnês internacionais do Duo Calderoni-Haran com o violoncelista Micha Haran, principal violoncelista da Orquestra Filarmônica de Israel.

Pianista Maurizio Barboro

Maurizio Barboro completou a sua formação artística na Accademia Nazionale di Santa Cecilia em Roma, sob a orientação da famosa pianista italiana Lya De Barberiis. Vencedor de concursos italianos de piano, desde 1980 acumulou uma intensa carreira na Itália e nos principais centros culturais da Europa, Ásia e América, colaborando com renomados maestros (Ovidiu Balan, Karel Mark Chichon, Teodor Costin, Liviu Buiuc, Viktor Dubrovski, Francisco Noya, Paolo Peloso, Jeffry Rink e muitos outros) e orquestras de prestígio. Desde 1996, Barboro é artista residente e solista permanente da Orquestra Filarmônica Dumitrescu de Valcea (Romênia). É membro do júri de vários concursos internacionais de prestígio e Diretor de Arte do Concurso Internacional Franz Schubert, na Itália, Associação de Música ‘Alfredo Casella’ e Orquestra de Câmara ‘Ensemble Felice De Giardini’.

Serviço:

Data: 6/7 (sábado) | Horário: 20h

Local: Teatro Castro Mendes

Endereço: Rua Conselheiro Gomide, 62, Vila Industrial, Campinas, SP

Ingressos: Inteira R$ 20,00 | Meia R$ 10,00.

(Fonte: Prefeitura de Campinas)

Descubra o que fazer no Litoral Norte de São Paulo nas férias de julho

Litoral Norte de São Paulo, por Kleber Patricio

Ilha Anchieta, Ubatuba. Foto: Divulgação/Green Haven.

O Litoral Norte de São Paulo é um destino privilegiado para as férias de julho, oferecendo uma combinação diversificada de atividades turísticas que atendem a todos os perfis de visitantes. Durante a temporada, a região tem dias de sol e temperaturas amenas, criando o cenário ideal para explorar tanto as belezas naturais, quanto as opções de lazer que vão muito além das tradicionais praias.

As cidades de Bertioga, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba, que compõem o Circuito Litoral Norte, oferecem uma gama diversificada de atividades que incluem opções culturais, esportes, aventura e ecoturismo. Além disso, para os apreciadores da boa mesa, a gastronomia regional promove uma experiência rica, explorando tanto pratos tradicionais caiçaras quanto contemporâneos.

Portanto, de programas familiares a aventuras para grupos de amigos, a Região Turística garante uma experiência completa para casais, famílias com crianças e outros grupos que buscam curtir um período de descanso e entretenimento durante o mês de julho.

Para quem está procurando o que fazer no Litoral Norte de São Paulo nessas férias, o consórcio turístico reuniu abaixo um guia com as principais atrações e eventos que estão previstos para acontecer em julho. Confira:

Bertioga

Vila de Itatinga, Bertioga. Foto: Prefeitura de Bertioga.

Em Bertioga, os destaques ficam por conta da Vila de Itatinga, que abriga uma das usinas hidrelétricas mais antigas do Brasil e reaberta para visitação, podendo receber grupos guiados a partir do próximo dia 6 de julho. Além da canoagem do Rio Jaguareguava, com percurso calmo – e totalmente acessível em equipamentos adaptados –, passando por paisagem que integra Mata Atlântica, mangue e restinga, o rio Jaguareguava e do passeio de escuna, passando por diversas praias e atrações da cidade, incluindo o histórico Forte São João, o Canal de Bertioga e praias como Guará, Ilha Rasa e Praia do Iporanga.

“Além das praias, cachoeiras, trilhas e os atrativos náuticos Bertioga atualmente é a cidade mais segura do litoral paulista e com as praias mais apropriadas pra banho, atraindo cada vez mais turistas em família e grupos de amigos e, como novidade, acabamos de inaugurar um novo ponto turístico, a Vila do Itatinga, uma Usina Hidrelétrica de 1910 entranhada na mata atlântica com uma vila histórica toda harmonizada no estilo inglês e visitável através um charmoso bondinho”, afirma o diretor de Turismo de Bertioga, Filipe Sofiati.

Caraguatatuba

Morro Santo Antonio, Caraguatatuba. Foto: Rogério Cassimiro/MTUR.

A cidade terá eventos para todos os públicos, como: X-TERRA (5/7 a 7/7), 19° Festival da Tainha e Pescados (4/7 a 7/7), Festival Dançar a Vida (8/07 a 14/7) e 25° Festival do Camarão (12/7 a 21/7). Entre as atrações, destacam-se pontos turísticos como o Morro Santo Antônio, com 325 metros de altura, um destino conhecido pelos entusiastas do voo livre que oferece vista espetacular de Caraguatatuba, São Sebastião e Ilhabela; o novo Parque Natural do Juqueriquerê, localizado às margens do rio de mesmo nome, oferecendo torre de madeira para observação de aves, deck com vista e outras áreas verdes para atividades ao ar livre e o Mirante do Camaroeiro, que integra um complexo turístico com mirante, farol, centro comercial e píer, oferecendo uma vista de 360 graus da cidade que é ideal para apreciar o pôr do sol. “O mês de julho em Caraguatatuba geralmente é muito bom, com sol em grande parte dos dias e clima ameno. E, com grandes eventos que são realizados na cidade neste período, os turistas acabam vindo bastante”, afirma o secretário de Turismo de Caraguatatuba, Rodrigo Tavano.

Ilhabela

Cachoeira dos Três Tombos, Ilhabela. Foto: Lailson Santos/Sectur Ilhabela.

Em Ilhabela, os grandes atrativos para a temporada são a 51ª Semana Internacional de Vela de Ilhabela, que ocorre de 18 a 27 de julho; as trilhas, como a do Pico do Baepi, no Parque Estadual de Ilhabela, e cachoeiras, como a da Friagem e dos Três Tombos; e a temporada de observação de baleias e golfinhos, que começou em junho e, agora, conta até com um novo centro turístico dedicado aos cetáceos na cidade.

“Nossa expectativa para o mês de julho é muito boa, de acordo com dados do nosso Observatório de Turismo, Ilhabela deve receber cerca de 150 mil visitantes. Além de ser mês de férias, Ilhabela tem muito mais que praias a oferecer. As jubartes já chegaram e a procura por observação de baleias em nossas agências é altíssima. Segundo o Projeto Baleia à Vista, até 19 de junho foram contabilizados 75 registros de jubartes contra 38 no mesmo período do mês passado, elas chegaram com tudo. O clima ameno do inverno também é um convite para realizar diferentes atividades em nossas trilhas, como observação de aves, montanhismo, hiking e trekking. E, como todos já sabem, julho é o mês da Semana Internacional de Vela de Ilhabela; além das competições no mar, reservamos muitas atividades e shows no centro histórico para esse período. Definitivamente julho em Ilhabela está imperdível”, diz o secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Ilhabela, Harry Finger.

São Sebastião

Em São Sebastião, a agenda de eventos da temporada de férias inclui Festival do Camarão, de 4 a 9 de julho, Arraiá Caiçara, de 19 a 28 de julho e 12º Arraial Gastronômico do Projeto Buscapé, entre 26 e 28 de julho.

Avistamento de baleias.

Já entre os atrativos locais para os visitantes, destacam-se o avistamento de baleias, que acontece principalmente no Canal de São Sebastião; o Espaço Vida Marinha, um centro de informações turísticas que promove o turismo sustentável com destaque para passeios de observação de cetáceos e uma exposição educativa sobre a vida marinha; e a gastronomia caiçara, com pratos típicos como peixe seco e bolinho de taioba.

“São Sebastião oferece muitos eventos e atividades para todos os gostos e idades durante o mês de julho, especialmente pensadas para tornar as férias inesquecíveis. É um destino que encanta por suas belezas naturais, cultura rica e hospitalidade. Para os amantes da natureza, nossas praias deslumbrantes, como Maresias, Juquehy e Barra do Una, são perfeitas para um dia de sol e mar. Já para os que buscam cultura e história, o Centro Histórico é um convite para uma viagem no tempo, além da gastronomia com o melhor da culinária caiçara. Além disso, promovemos eventos especiais em julho.Fiquem atentos à nossa programação, que está disponível no site da Secretaria de Turismo e nas redes sociais @turismosaosebastiao”, comenta a secretária de Turismo de São Sebastião, Adriana Augusto Balbo.

Ubatuba

Em julho, Ubatuba contará com um calendário recheado de atrações, como: a 156º Festa do Divino Espírito Santo, de 11 a 21/7, e o 28º Festival do Camarão, de 25 a 28/7.

Ilha Anchieta, Ubatuba. Foto: Divulgação/Green Haven.

A Ilha Anchieta, que faz parte da área de proteção ambiental do Parque Estadual da Ilha Anchieta,e é ideal para um passeio de escuna ou lancha ou um roteiro pelas ruínas e trilhas com mirantes e vistas imperdíveis, além de contar, desde outubro de 2023, com hostel e restaurante para ampliar a experiência; o Quilombo da Fazenda, que abriga cerca de 40 famílias em uma das áreas de Mata Atlântica mais preservadas do Estado de São Paulo, preservando sua cultura e memória quilombola por meio de rodas de conversas, trilhas agendadas e gastronomia típica; e a Trilha das 7 Praias, com 10 km de percurso, passando inclusive por uma comunidade tradicional caiçara.

“Ubatuba é um destino privilegiado com atrações para o ano todo. Agora no inverno, consideramos uma época ideal para quem procura férias em família, com clima bem agradável. Nosso município proporciona muitas atividades de ecoturismo em nossas trilhas, conviver e visitar nossas comunidades tradicionais, além dos nossos roteiros náuticos, eventos, entre muitas outras atrações, muita gastronomia, cultura, artesanato, meio ambiente etc. Ubatuba espera por vocês aproveitando e prestigiando todo esse cardápio variado de atividades”, completa o secretário Adjunto de Turismo de Ubatuba, Rodrigo Carlos Andrade Silva.

Para saber mais sobre os eventos que acontecem durante o mês todo, consulte os sites de cada município. Conheça as principais experiências para desfrutar o melhor do Litoral Norte de São Paulo e acesse maiores detalhes de cada município da região em https://circuitolitoralnorte.tur.br/.

É importante sempre consultar um receptivo ou guia local para aproveitar ao máximo as experiências com segurança e respeito ao meio ambiente. Para descobrir os passeios paradisíacos no Litoral Norte de São Paulo, acesse o guia de fornecedores: https://circuitolitoralnorte.tur.br/guiageral.

(Fonte: Assimptur)

Aumento da acidez do oceano Atlântico por causa das mudanças climáticas ameaça corais em mares brasileiros

Brasil, por Kleber Patricio

Em 20 anos, pH do Oceano Atlântico tropical reduziu em 0,4%; qualquer alteração pode representar grande impacto na química do mar. Foto: Divulgação.

Chamada de Amazônia Azul, a área marítima sob jurisdição brasileira no oceano Atlântico tropical tem se tornado mais ácida ao longo de 20 anos, colocando em risco ecossistemas marinhos. O aumento da acidez prejudica sobretudo os corais, um tipo de oásis de biodiversidade no oceano, que serve de habitat para outras espécies, como os peixes. A observação, publicada na segunda (1) em artigo na revista ‘Frontiers in Marine Science’, é de pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e do instituto de pesquisa alemão GEOMAR.

A acidificação do oceano está relacionada a um aumento na concentração de gás carbônico (CO₂) no mar. Capturado da atmosfera, esse gás é um dos principais causadores das mudanças climáticas e é emitido por atividades como desmatamento e queima de combustíveis fósseis.

Segundo o estudo, em 20 anos a concentração de gás carbônico do Atlântico tropical cresceu uma média de 10%. Já o pH diminuiu em aproximadamente 0,001 unidades por ano, o que representa uma queda de cerca de 0,4%. O pH é classificado de acordo com uma escala logarítmica – quanto menor a posição na escala, maior a acidez. Por isso, qualquer alteração pode representar grande impacto na química do mar. As espécies mais afetadas pela diminuição do pH são aquelas com estruturas de carbonato de cálcio, como os corais.

A análise levou em conta dados relativos à temperatura e à salinidade da superfície do mar, coletados entre os anos de 1998 e 2018 por uma boia localizada ao largo da porção norte do território brasileiro. A boia pertence ao projeto Prediction and Moored Array in the Tropical Atlantic (PIRATA), que existe desde 1997 e é fruto de cooperação entre Brasil, França e Estados Unidos para observar variáveis meteorológicas e oceanográficas no oceano Atlântico tropical – que inclui a área marítima brasileira, conhecida como Amazônia Azul. A partir dos dados coletados, os pesquisadores utilizaram modelos experimentais para reconstruir o comportamento do carbono na superfície marítima, o que possibilitou estimar o pH e os níveis de gás carbônico da água.

Embora a acidificação do oceano por conta da absorção de gás carbônico seja um processo já conhecido pela ciência, o aumento da concentração de CO₂ em uma região tropical chamou a atenção dos pesquisadores. “O oceano Atlântico tropical, por ser uma região com temperaturas mais altas, tende a não absorver o CO₂ atmosférico tão efetivamente”, conta Carlos Musetti, coautor do artigo e pesquisador do instituto alemão GEOMAR Helmholtz Centre for Ocean Research Kiel. “O aumento significativo nas concentrações de CO₂ na água em uma região tropical nos alertou de que as nossas emissões estão realmente afetando regiões em que esperávamos impactos menores, como é o caso dos trópicos”, completa.

O estudo preenche uma lacuna importante de dados sobre o oceano Atlântico tropical oeste e evidencia a necessidade de medidas para minimizar os impactos das mudanças climáticas globais. Musetti explica que o estudo utilizou dados de apenas uma das boias PIRATA e que o próximo passo pode ser a ampliação da coleta de dados sobre a acidificação. “O uso das demais boias na região poderia trazer uma visão mais ampla de como o Atlântico tropical oeste está respondendo tanto às alterações humanas quanto às emissões de CO₂”, conclui o autor.

(Fonte: Agência Bori)

Dia da Saúde Ocular: a importância da prevenção e do diagnóstico precoce

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Divulgação/Fundação Dorina Nowill.

Cerca de 253 milhões de pessoas ao redor do mundo convivem, atualmente, com algum tipo de deficiência visual. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 60% e 80% dos casos de cegueira poderiam ser evitados com ações eficazes de prevenção e tratamento. Pensando nisso, a Fundação Dorina Nowill para Cegos, referência em inclusão social de pessoas cegas e com baixa visão, destaca a importância dessas medidas para evitar a perda de visão.

Doenças como diabetes, catarata e glaucoma, se não tratadas, podem levar à cegueira. Recentemente, a cirurgia de emergência do cantor Marrone, da dupla com Bruno, chamou a atenção para a seriedade do glaucoma. Marrone sofreu uma perda de campo visual devido ao avanço da doença, mas a situação poderia ter sido muito pior se ele não tivesse procurado ajuda a tempo. Este incidente serve como um alerta sobre a rapidez e a sutileza com que as doenças oculares podem se desenvolver.

“As doenças oculares podem afetar qualquer pessoa, independentemente de idade, gênero ou condição social. Fatores como predisposição genética, envelhecimento, traumas, infecções, estilo de vida e exposição ambiental podem contribuir para o surgimento dessas condições. Por isso, a detecção precoce e o tratamento adequado são fundamentais para preservar a visão”, explica a Dra. Ana Carolina Fava Salata, da Fundação Dorina Nowill para Cegos.

No Brasil, de acordo com o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 6,5 milhões de pessoas têm deficiência visual, sendo aproximadamente 500 mil cegas e 6 milhões com baixa visão. O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) estima que existam cerca de 1,2 milhão de brasileiros cegos.

De acordo com a Dra. Ana, entre adultos e idosos, as principais causas de cegueira e baixa visão estão associadas ao envelhecimento. Condições como glaucoma, retinopatia diabética e degeneração macular relacionada à idade podem causar baixa visão e cegueira irreversível. “Para casos irreversíveis, é essencial buscar apoio de entidades e profissionais capacitados para a habilitação e reabilitação, visando à autonomia, independência e inclusão social da pessoa com baixa visão ou cega. É necessário conscientizar sobre os sintomas de problemas visuais, como visão turva, perda de campo visual, distorção de formas e dificuldade de visão em baixa luminosidade”, reforça a doutora.

Adotar hábitos saudáveis ainda é a melhor estratégia para prevenir a cegueira, além da consulta anual com seu oftalmologista. Proteger os olhos, manter uma alimentação equilibrada, reduzir o tempo de exposição a dispositivos eletrônicos, evitar o tabagismo, praticar exercícios físicos e realizar consultas regulares com o oftalmologista são medidas essenciais para preservar a saúde ocular.

A Fundação Dorina Nowill para Cegos promove diversas ações de prevenção e conscientização. Durante o Abril Marrom deste ano, por exemplo, a entidade realizou uma parceria com a concessionária Arteris utilizando os painéis de mensagens variáveis (PMVs) para disseminar informações sobre saúde ocular para mais de 334 milhões de veículos por ano.

Outra iniciativa importante da Fundação foi a parceria com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A campanha foi projetada na fachada do icônico prédio da Federação, localizado na Avenida Paulista, e incluiu atividades como sessões de auriculoterapia e massagem realizadas por pessoas cegas e com baixa visão, testes de glicemia e oficinas de leitura em braille, impactando mais de mil pessoas em um único dia.

Ao promover a saúde visual e contribuir para uma sociedade mais consciente e solidária, empresas e entidades cumprem um importante papel social. “Neste Dia da Saúde Ocular, reforçamos a importância de cuidar da visão e apoiar iniciativas que visam prevenir a cegueira e a baixa visão”, destaca Ana Carolina.

Sobre a Fundação Dorina Nowill para Cegos

A Fundação Dorina Nowill para Cegos é uma organização sem fins lucrativos e de caráter filantrópico. Há 78 anos se dedica à inclusão social de crianças, jovens, adultos e idosos cegos e com baixa visão. A instituição oferece serviços gratuitos e especializados de habilitação e reabilitação, dentre eles orientação e mobilidade e clínica de visão subnormal, além de programas de inclusão educacional e profissional.

Responsável por um dos maiores parques gráficos braille em capacidade produtiva da América Latina, a Fundação Dorina Nowill para Cegos é referência na produção e distribuição de materiais nos formatos acessíveis braille, áudio, impressão em fonte ampliada e digital acessível, incluindo o envio gratuito de livros para milhares de escolas, bibliotecas e organizações de todo o Brasil.

A instituição também oferece uma gama de serviços em acessibilidade, como cursos, capacitações customizadas, audiodescrição e consultorias especializadas como acessibilidade arquitetônica e web. Com o apoio fundamental de colaboradores, conselheiros, parceiros, patrocinadores e voluntários, a Fundação Dorina Nowill para Cegos é reconhecida e respeitada pela seriedade de um trabalho que atravessa décadas e busca conferir independência, autonomia e dignidade às pessoas com deficiência visual. Mais detalhes no site.

(Fonte: Fundação Dorina Nowill para Cegos)