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Osesp lança novo álbum da série ‘A Música do Brasil’

São Paulo, por Kleber Patricio

Capa do álbum Concertos and Concertinos. Foto: Isabella Matheus.

Está disponível em todas as plataformas digitais o novo lançamento da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp pela série A Música do Brasil, que faz parte do projeto Brasil em Concerto, uma parceria do Instituto Guimarães Rosa, órgão de cultura do Ministério das Relações Exteriores, com três orquestras brasileiras — além da Osesp, fazem parte as Filarmônicas de Minas Gerais e de Goiás —, com a Academia Brasileira de Música e com o selo Naxos.

Gravado na Sala São Paulo entre 2021 e 2022 e com produção, engenharia e edição de Ulrich Schneider, este é o vigésimo terceiro título da série A Música do Brasil. O álbum traz quatro obras emocionantes do compositor paulista Francisco Mignone, um dos maiores nomes da música sinfônica brasileira, interpretadas pela Osesp e pelos solistas Fabio Zanon (violão), Emmanuele Baldini (violino), Ovanir Buosi (clarinete) e Alexandre Silvério (fagote), sob regência dos maestros Giancarlo Guerrero e Neil Thomson: são elas o Concerto para violão, o Concertino para clarinete, o Concertino para fagote e o Concerto para violino e orquestra.

Sentimental, telúrico, exuberante, polivalente e extremamente eclético, Francisco Mignone (1897–1986) foi uma das principais figuras da música brasileira no século XX. Com extrema inteligência e inabalável bom humor, Mignone percorreu inúmeros estilos e gêneros composicionais, do serialismo ao politonalismo, do nacionalismo arraigado à música de sabor europeu. Seu catálogo de obras é extenso, incluindo todos os gêneros de música vocal e instrumental. Desse gigantesco painel criativo, é possível destacar obras de imagens fortes e orquestração brilhante, como a ópera O Chalaça e o balé Quincas Berro d’Água, além de Festa das Igrejas e o celebrado Maracatu de Chico-Rei, gravados e lançados em CD pela Osesp. É também possível apontar delicadas miniaturas, como os 12 Estudos para violão ou as inesquecíveis Valsas de esquina, para piano, reflexos de seu relacionamento intelectual com Mário de Andrade, que o influenciou definitivamente a abraçar, em perspectiva estética, a causa da música brasileira. Em sua juventude, Mignone estudou em São Paulo, no Conservatório Dramático e Musical, aperfeiçoando-se mais tarde em Milão, na Itália, com Vincenzo Ferroni. A partir de 1933, passou a residir no Rio de Janeiro, onde se tornou — em 1939 — professor de regência do Instituto Nacional de Música, hoje Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Contracapa do álbum Concertos and Concertinos. Foto: Isabella Matheus.

O álbum Concertos and Concertinos pode ser encontrado em edição física na Loja Clássicos, que está localizada dentro da Sala São Paulo (piso térreo), e em edição digital disponível nas mais diversas plataformas de streaming. [Capa: ‘Paisagem nº 94’ (acrílica e óleo sobre tela) de Lucia Laguna (1941), Coleção da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Doação dos Patronos de Arte Contemporânea da Pinacoteca de São Paulo, por meio da Associação Pinacoteca Arte e Cultura – APAC, 2017. Fotografia de Isabella Matheus].

Sobre a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp

A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp é um dos grupos sinfônicos mais expressivos da América Latina. Com 13 turnês internacionais e quatro turnês nacionais realizadas, mais de uma centena de álbuns gravados e uma média de 120 apresentações por temporada, a Osesp vem alterando a paisagem musical do país e pavimentando uma sólida trajetória dentro e fora do Brasil, obtendo o reconhecimento de revistas especializadas como Gramophone e Diapason e relevantes prêmios, como o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Clássica de 2007. A Orquestra se destacou ao participar de três dos mais importantes festivais de verão europeus, em 2016, ao se tornar a primeira orquestra profissional latino-americana a se apresentar em turnê pela China, em 2019, e ao estrear em 2022, no Carnegie Hall, em Nova York, apresentando um concerto na série oficial de assinatura da casa e o elogiado espetáculo Floresta Villa-Lobos. Desde 2020, Thierry Fischer ocupa os cargos de Diretor Musical e Regente Titular, antes ocupados por Marin Alsop (2012-19), Yan Pascal Tortelier (2010-11), John Neschling (1997-2009), Eleazar de Carvalho (1973-96), Bruno Roccella (1963-67) e Souza Lima (1953). Mais que uma orquestra, a Osesp é também uma iniciativa cultural original e tentacular que abrange diversos corpos artísticos e projetos sociais e de formação, como os Coros Sinfônico, Juvenil e Infantil, a Academia de Música, o Selo Digital, a Editora da Osesp e o Descubra a Orquestra. Fundada oficialmente em 1954, a Orquestra passou por radical reestruturação entre 1997 e 1999 e, desde 2005, é gerida pela Fundação Osesp.

Sobre Giancarlo Guerrero – regente

Seis vezes vencedor do Grammy e Diretor Musical da Sinfônica de Nashville e da Filarmônica de Wrocław (Polônia), Guerrero nasceu na Nicarágua, imigrando ainda na infância para a Costa Rica. Posteriormente, estudou Percussão e Regência na Baylor University e obteve seu mestrado em Regência na Northwestern, ambas nos Estados Unidos. Ao longo de sua carreira, apresentou-se junto a importantes orquestras norte-americanas, como as de Baltimore, Dallas, Los Angeles, Filadélfia, Seattle e a Sinfônica Nacional (Washington), além de atuar com diversos grupos europeus, como a Sinfônica da Rádio de Frankfurt e as Filarmônicas de Londres, da Rádio França e da Holanda. Em 2019, recebeu a honraria de ser orador na Conferência da Liga de Orquestras Americanas. Na temporada 2023-2024, Guerrero retorna à Sinfônica de Chicago, em concerto conjunto com Wynton Marsalis e The Jazz at Lincoln Center, às Sinfônicas da Nova Zelândia e de Bilbao, à Filarmônica de Bruxelas, à Orquestra Gulbenkian, à Orquestra Cívica de Chicago e à própria Osesp, da qual é convidado frequente.

Sobre Neil Thomson – regente

Diretor artístico e regente titular da Orquestra Filarmônica de Goiás desde 2014, o maestro inglês foi regente titular do Royal College of Music de 1992 a 2006, do qual é membro honorário. Já gravou com a Orquestra Sinfônica de Londres e regeu concertos com as Filarmônicas de Londres, de Tóquio, Nacional Russa, Sinfônicas da BBC e Yomiuri Nippon, além da Osesp. Lecionou no Mozarteum em Salzburgo, na Academia de Música de Cracóvia e em diversos festivais, incluindo o Festival de Inverno de Campos do Jordão.

Sobre Emmanuele Baldini – violino

Spalla da Osesp desde 2005 e primeiro violino do Quarteto Osesp desde 2008, o italiano Emmanuele Baldini se formou no Conservatório de Genebra, aperfeiçoando-se em Berlim e Salzburgo. Como solista, apresentou-se com diversos grupos, como a Orquestra Sinfônica da Rádio de Berlim, a Orchestre de la Suisse Romande, a Orquestra de Câmara de Viena e a própria Osesp, em diversas ocasiões. Paralelamente à sua carreira de violinista, Baldini atua como maestro. De 2017 a 2019, foi Diretor Musical da Orquestra de Câmara de Valdivia, no Chile, e atualmente é Regente Titular da Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí e Diretor Musical da Orquesta Sinfónica de Ñuble (Chile).

Sobre Alexandre Silvério – fagote

Alexandre Silvério é um dos únicos fagotistas no mundo que se dedicam ao jazz e à música clássica. Natural de Osasco (SP), começou a estudar música através do piano, aos sete anos de idade e incentivado por seu pai. Em 1990 começou a estudar fagote na Escola Municipal de Música de São Paulo, onde recebeu orientações de Gustav Busch e posteriormente de Francisco Formiga. Estudou Jazz e Improvisação com Roberto Sion e Hudson Nogueira. Venceu por quatro vezes consecutivas o Concurso Jovens Solistas da OER e uma vez o da Osesp, onde interpretou com a Orquestra o Concerto para fagote de C. M. von Weber, transmitido pela Rádio e TV Cultura. Em 1997 passou a integrar a Osesp e, dois anos mais tarde, recebeu bolsa de estudos da Fundação Vitae para estudar na Alemanha com o lendário fagotista Klaus Thunemann, na Hochschule für Musik Hanns Eisler, em Berlim. Após obter seu diploma com nota máxima, entrou novamente com o apoio da Fundação Vitae para a Academia da Filarmônica de Berlim (Karajan Akademie). Durante esse período na Alemanha, atuou com os mais destacados nomes da música erudita internacional, entre eles, a Orquestra Filarmônica de Berlim, Orquestra de Câmara Alemã e Orquestra Sinfônica de Berlim. Desde 2004 ocupa a cadeira de Primeiro Fagote Solista da Osesp. Além da atividade sinfônica, é professor da Academia de Música da Osesp e desenvolve intenso trabalho com seu grupo de jazz.

Sobre Ovanir Buosi – clarinete

Ovanir Buosi nasceu em Americana (SP) em 1975. Graduou-se pela Unesp na classe de Sérgio Burgani e continuou sua formação no Royal College of Music de Londres. Foi premiado nos concursos Jovens Solistas da Osesp e no X Prêmio Eldorado de Música. Como solista, atuou frente às orquestras Southbank Sinfonia, Filarmônica de Belo Horizonte e Osesp. Foi professor do Festival Internacional de Música de Santa Catarina, do XXI Seminário Internacional de Música de Salvador e do VII Curso de Férias de Tatuí. Desde 1997, é Primeiro Clarinete Solista da Osesp. É docente da Academia de Música da Osesp, do Instituto Bacarelli e do Conservatório de Tatuí.

Sobre a série A Música do Brasil

A série A Música do Brasil faz parte do projeto Brasil em Concerto, desenvolvido pelo Instituto Guimarães Rosa, órgão de cultura do Ministério das Relações Exteriores, com o intuito de promover a música de compositores brasileiros criada a partir do século XVIII. Cerca de 100 trabalhos orquestrais dos séculos XIX e XX serão gravados pela Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp e as Filarmônicas de Minas Gerais e de Goiás. Álbuns de música coral e de câmara serão gradualmente adicionados à coleção. Os trabalhos foram selecionados de acordo com sua importância histórica para a música brasileira e a pré-existência de gravações. A maior parte das obras registradas para a série nunca esteve disponível em fonogramas fora do Brasil; muitas outras terão sua estreia mundial em álbuns. Uma parte importante do projeto é a preparação de novas ou primeiras edições dos trabalhos que serão gravados, muitos dos quais, apesar de sua relevância, só estavam disponíveis no manuscrito do compositor. Este trabalho é feito pela Academia Brasileira de Música e por musicólogos trabalhando em parceria com as orquestras.

FRANCISCO MIGNONE

Concertos and Concertinos (2024)

Concerto para violão (1975)

1 – Allegro moderato 12:39

2 – Lento e molto romântico 5:12

3 – III Allegro non tropo 4:31

Concertino para clarinete (1957)

4 – Lento – Moderato mosso 4:23

5 – Toada: Andantino non tropo 2:40

6 – Final: Allegro 3:07

Concertino para fagote (1957)

7 – Assai moderato 4:18

8 – Allegro 4:40

Concerto para violino (1960)

9 – Allegro moderato 9:55

10 – Lento 12:09

11 – Allegro com brio 7:45

[Textos de Ronaldo Miranda e João Vidal sobre o álbum]

Francisco Mignone (1897–1986)

Concerto para violão • Concertino para clarinete • Concertino para fagote • Concerto para violino e orquestra

Apreciar a música de Francisco Mignone requer compreender alguns fatos básicos – embora não de todo óbvios – acerca de sua origem, formação e trajetória artística. Esses esclarecem, com efeito, aspectos que permeiam toda a sua obra, como a sua relação com as tradições musicais europeias com o modernismo musical brasileiro, com tendências vanguardistas internacionais e, de maneira mais ampla, com o vasto panorama musical do país, com o qual colaborou ao longo de quase sete décadas como intérprete e compositor. Nascido em São Paulo em 3 de setembro de 1897, filho do flautista Alferio Mignone, imigrante italiano que chegara ao Brasil no ano anterior, Francisco Paulo Mignone desenvolveu seu talento musical em ambiente que pouco se distanciava da origem paterna. Ao contrário do Rio de Janeiro, dominado então pela influência francesa, em São Paulo prevalecia a estética italiana. Muito coerentemente, Mignone buscaria aperfeiçoamento como compositor no Conservatório de Milão, estudando por nove anos com Vincenzo Ferroni, antigo professor de Alexandre Levy e colega de Francisco Braga, em Paris.

Como então, nas palavras de Vasco Mariz, “um filho de italianos, de formação nitidamente italiana, de preparo técnico ítalo-francês, de um melodismo essencialmente mediterrâneo”, teria sido capaz de “captar tão eficazmente as constâncias folclóricas negras, aculturadas no Brasil”? Claramente, está em jogo nesse ponto a conversão de Mignone ao nacionalismo musical, relacionada por Mariz à influência de Mário de Andrade (1893–1945), que teria exigido deste, em comparação com o caso de Camargo Guarnieri, “um approach intelectual muito mais sofisticado e trabalhoso”. Entre os primeiros resultados deste frutífero intercâmbio contam-se as rapsódicas Fantasias Brasileiras para piano e orquestra compostas por Mignone entre 1929 e 1936, para Andrade, representativas de uma “orientação conceptiva em que a nacionalidade não se desvirtua pela preocupação do universal”, pela qual “Francisco Mignone poderá nos dar obras valiosas e fecundadas com a sua personalidade”. Podemos crer que a profecia de Mário de Andrade se concretizaria com especial nitidez no período de 1956 a 1960, quando Mignone volta-se novamente à composição para instrumentos solistas e orquestra. De fato, o que vemos nesta sua fase de criação — em obras como a Burlesca e Toccata para piano e orquestra, os concertinos para clarineta e para fagote e os concertos para piano e para violino — é uma ‘orientação conceptiva’ muito próxima àquela percebida décadas antes por Andrade.

[João Vidal, pianista e musicólogo]

Concerto para violão

Mignone compôs seu Concerto para violão em 1975, dedicando-o a Antônio Carlos Barbosa-Lima, que o estreou dois anos mais tarde, em Washington, D.C., nos Estados Unidos. Construída delicadamente em três movimentos, a peça tem instrumentação pequena, com orquestração cuidadosamente planejada para fazer brilhar o violão solista. O ‘Allegro Moderato’ inicial alterna baixos dramáticos com melancolia seresteira, estabelecendo vigorosos contrastes entre as massas sonoras. O segundo movimento — ‘Lento e Molto Romantico’ — flutua num Sol Maior sertanejo, estabelecendo um painel sonoro de variadas reminiscências, de George Gershwin a Béla Bartók. Vigorosamente rítmico, o terceiro tempo — ‘Allegro Non Troppo’ — caracteriza-se por sua contemporânea brasilidade, numa criativa mistura de choro, baião, xaxado e embolada que aparece revitalizada por um hábil manejo dos blocos sonoros.

[Ronaldo Miranda, compositor e professor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo]

Concertino para clarinete • Concertino para fagote • Concerto para violino e orquestra

Estreados em São Paulo e no Rio de Janeiro em junho e julho de 1957, sempre sob regência do próprio compositor, o Concertino para clarinete e o Concertino para fagote têm em comum a linguagem nacionalista, uma orquestração reduzida (cordas e sopros apenas — estes limitados às madeiras, no segundo) e sua origem na relação direta do compositor com seus primeiros intérpretes, o clarinetista José Botelho e o fagotista Noel Devos. Outros paralelos revelam-se no tratamento do material musical em si: se no primeiro movimento do Concertino para fagote, ‘Assai moderato’, descrito à época da sua estreia como um “chorinho dolente e nostálgico”, encontramos um constante diálogo entre solista e orquestra, o mesmo princípio pode ser observado no segundo movimento do Concertino para clarinete, ‘Toada’, aplicado porém na forma de longas passagens em que a clarineta solista se lança em expressivo dueto com flauta e, depois, com o fagote. De forma semelhante, Mignone explora também um mesmo princípio tanto o ‘Final’ do Concertino para clarinete, quanto o segundo movimento do Concertino para fagote, ‘Allegro’, princípio derivado desta feita da “embolada” tal como descrita por Mário de Andrade em seu Dicionário Musical Brasileiro: “linha de andamento rápido, onde abundam as notas rebatidas, e construída num ‘perpetuum mobile’ […] em semicolcheias. O compasso no 2/4 usual”. O resultado é intensificado, nos dois casos, pelas possibilidades contrapontísticas encontradas pelo compositor, com abundante uso de cromatismo e constante diálogo dos naipes.

Já o Concerto para violino e orquestra, composto em 1960 como a última dessa série de composições, ilustra também um outro desenvolvimento na trajetória criativa de Mignone, marcado por uma preocupação menor com fontes nacionais em favor de um ecletismo estético que o aproximou de uma linguagem moderna internacional. Reorientação que ocorre, não raro, em negação daquilo que o próprio compositor definira, no final da década de 1940, como sendo sua ambição estética central: uma música “tecnicamente mais refinada, mas clara, honesta e facilmente compreensível para a maioria”. A tradicional cadência do solista, aqui, localiza-se não ao final do ‘Allegro Moderato’ inicial, como seria de se esperar, mas no segundo movimento, ‘Lento’. Um ‘Allegro con Brio’ encerra este que seria definido pelo crítico José da Veiga Oliveira, em 1982, como “o maior concerto na música brasileira nesse difícil gênero concertante”.

[João Vidal, pianista e musicólogo]

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(Fonte: Fundação Osesp)

Grupo Caleidoscópio estreia ‘O Pescador e a Mulher-Esqueleto’ nos teatros públicos em SP

São Paulo, por Kleber Patricio

Grupo Caleidoscópio utiliza a técnica japonesa de manipulação de bonecos Bunraku em montagem sem palavras para tratar de bullying, preconceito e padrões de beleza. Fotos: Arô Ribeiro.

A dificuldade em aceitar o que é ‘diferente’ é o ponto de partida do novo espetáculo infanto-juvenil do Grupo Caleidoscópio, O Pescador e a Mulher-Esqueleto, com dramaturgia e direção artística de João Bresser e elenco formado pelos atores-manipuladores Anderson Gangla, Cássia Carvalho, Juliana Fegoci e Liz Mantovani. O trabalho estreia em uma temporada gratuita por diversos teatros públicos na Grande São Paulo entre os dias 4 de agosto e 22 de setembro.

O espetáculo explora a linguagem do teatro de bonecos a partir da técnica japonesa milenar Bunraku, quando até três atores-manipuladores, com movimentos sincronizados, manuseiam bonecos construídos com articulações baseadas no corpo humano.

A turnê começa no dia 4 de agosto, domingo, às 16h, no Teatro Elis Regina (São Bernardo do Campo). Depois, segue no dia 10 de agosto, sábado, às 16h, no Espaço de Eventos Batuíra (Poá) e no dia 11 de agosto, domingo, às 16h, no Teatro Municipal de Mauá. No dia 13 de agosto, terça-feira, às 14h, a apresentação acontece na sede da Secretaria de Cultura de Itaquaquecetuba.

Na quarta-feira, dia 14 de agosto, às 14h, o espetáculo é exibido no Teatro Municipal Dr. Armando de Ré (Suzano). No dia 15 de agosto, quinta-feira, às 14h, é a vez do Centro Cultural Serraria (Diadema) ganhar uma apresentação. No dia 17 de agosto, sábado, às 16h, a peça ocupa o Centro Cultural Mestre Assis (Embu das Artes).

A temporada continua no dia 18 de agosto, domingo, às 16h, no Teatro Municipal de Itapevi. No dia 20 de agosto, às 14h, é o Centro de Exposições Maestro Sebastião de Mello Faria (Salesópolis) quem recebe o espetáculo.

Setembro

Após uma breve pausa, O Pescador e a Mulher Esqueleto volta em cartaz no dia 15 de setembro, domingo, às 16h, na Estação Cidadania e Cultura (Ferraz de Vasconcelos). No dia 17 de setembro, terça-feira, às 14h, o trabalho é exibido na Arena de Eventos (Santana de Parnaíba).

No dia 18 de setembro, quarta-feira, às 14h, a apresentação é na Praça dos Esportes e da Cultura Nelly Fadlo Daher (Itapecerica da Serra). Por fim, no dia 22 de setembro, domingo, às 16h, a peça ocupa o Teatro Padre Bento (Guarulhos).

Oficinas

A experiência fica ainda mais completa com as oficinas de Teatro de Bonecos Bunraku, que acontecem sempre nos dias das sessões em cada uma das cidades. Nos dias de semana, as atividades vão das 9h às 11h e, aos sábados e domingos, das 13h30 às 15h30. A única exceção é em Diadema: a oficina ocorre no dia 15 de agosto, das 19h às 21h. As inscrições são abertas para todos os públicos e devem ser feitas direto nos espaços culturais. Além disso, após as apresentações, o Grupo Caleidoscópio realiza bate-papos com elenco e direção do espetáculo.

Sobre a encenação

O Pescador e a Mulher-Esqueleto é baseado no conto milenar homônimo do povo Inuit, uma nação indígena esquimó que habita as regiões árticas do Canadá, do Alasca e da Groenlândia. A história está presente no livro Mulheres que correm com os lobos: Mitos e histórias do arquétipo da Mulher Selvagem, da psicóloga Junguiana norte-americana Clarissa Pinkola Estés.

Na trama, um pescador pesca acidentalmente do fundo do mar uma mulher-esqueleto e, após terem dificuldade para se aceitar, a dupla acaba enredada em uma história de amor. “No conto original, a mulher-esqueleto adquire carne e, em uma metáfora, arranca o coração do pescador, mas não era esse o ponto que me interessava. Eu tive a intuição de mantê-la como esqueleto para justamente unir dois seres completamente diferentes e fomentar uma discussão sobre preconceito, bullying e aceitação. Assim, o amor, que é o pilar da peça, transformará os dois personagens, mas somente em seus corações e não em suas aparências”, comenta João Bresser.

O cenário fica em cima de uma bancada de três metros de comprimento e reproduz uma casa com todos os móveis e utensílios de um pescador simples. Os espectadores veem uma cozinha com um forno à lenha, pia, mesa de madeira com duas cadeiras e alguns objetos. No quarto, há uma cama antiga de madeira, com um travesseiro e uma coberta. Ao lado da residência fica um quintal com plantas, uma árvore e um lago.

A vibrante trilha sonora de Ivan Garro contribui para a imersão da plateia. A peça também incorpora a linguagem audiovisual para garantir que o público acompanhe a história nos mínimos detalhes.

Todas as cenas no interior da casa são projetadas no varal localizado no quintal do pescador. Já as cenas no lago e no quintal são vistas sem a necessidade desse recurso. Dessa forma, os dramas dos personagens ganham mais profundidade. “Nós criamos uma sincronia tão perfeita entre os atores-manipuladores, as luzes e as cenas gravadas, que o público sempre fica em dúvida se as projeções são ao vivo. Acho isso bastante enriquecedor”, fala Bresser.

Confeccionados por Anderson Gangla e Thais Larizzatti, os dois bonecos em cena medem entre 50 e 60 centímetros e, para o Grupo Caleidoscópio, é um grande desafio dar movimentos realistas a eles. “Precisamos pensar muito bem em como o nosso corpo se comporta quando fazemos ações simples, como o levantar de uma cama. Ao utilizarmos a técnica Bunrako, temos que tornar os movimentos verossímeis como se fosse mesmo um ser humano. Inclusive, os atores-manipuladores vestem-se de preto para não terem nenhum destaque no espetáculo”, comenta o encenador.

Sobre o Grupo Caleidoscópio

O grupo paulistano dedica-se à pesquisa do Teatro de Animação desde 2003, quando começou o processo de sua primeira criação. O espetáculo O Fantástico Laboratório do Professor Percival estreou em 2004 e utiliza a técnica do Teatro de Objetos. Num segundo momento, inicia-se uma nova pesquisa, tendo como inspiração e ponto de partida a vida do curioso bicho-da-seda. Utilizando a técnica do Teatro de Bonecos com música ao vivo, nasce em 2006, o espetáculo A vida mudada de um bicho mutante. Já em 2011, estreia o terceiro espetáculo, Andersen sem Palavras, inspirado em cinco contos de Hans Christian Andersen, que são representados através do Teatro de Sombras, sem palavras, como um cinema mudo, onde imagens, figuras, silhuetas, luzes, sombras e músicas se unem para entreter e emocionar a plateia. A mais recente produção do Grupo é o espetáculo adulto Do Jeito Certo – Um ato sobre o amor, que aborda de uma maneira irreverente o machismo nas relações amorosas, utilizando a técnica do Teatro de Objetos. A montagem foi selecionada no Edital ProAC Expresso Lab 36/2020 – Produção de Teatro, com temporada online em abril de 2021.

Ficha técnica

Dramaturgia e Direção Artística: João Bresser

Elenco: Anderson Gangla, Cássia Carvalho, Juliana Fegoci, Liz Mantovani

Cenário e adereços: Valter Valverde e Lourenço Amaral

Confecção dos bonecos: Anderson Gangla e Thais Larizzatti

Trilha Sonora: Ivan Garro

Iluminação: Thatiana Moraes

Imagens: Capote Filmes

Assistente de iluminação: Danilo Mora e Marcelo Pessoa

Operação de som e imagens: Gylez Batista e Paulo Higa

Fotografia: Arô Ribeiro

Figurino: Rogério Romualdo

Assessoria de Imprensa: Canal Aberto

Programação Visual: Walmick de Holanda

Projeto audiodescrição: Gangorra

Oficina de Teatro de Bonecos: Grupo Caleidoscópio

Produção: Cássia Carvalho e Lucas Gonçalves

Administração: JB Produções

Coordenação: Grupo Caleidoscópio

Instagram: @opescadoreamulheresqueleto.

Serviço:

O Pescador e a Mulher-Esqueleto

Duração: 50 minutos

Classificação: livre (recomendado a partir de 7 anos)

Acessibilidade: haverá audiodescrição e intérpretes de Libras em todas as apresentações (para pessoas cegas ou deficientes visuais, a reserva de equipamento é feita pelo telefone (11) 99737-8785.

Teatro Elis Regina

Data: 4 de agosto, domingo, às 16h

Endereço: Av. João Firmino, 900 – Assunção – São Bernardo do Campo

Ingresso: gratuito – retirada de ingressos na bilheteria com uma hora de antecedência

*Haverá bate-papo após o espetáculo | *Oficina de Teatro de Bonecos Bunkaru das 13h30 às 15h30

Espaço de Eventos Batuíra

Data: 10 de agosto, sábado, às 16h

Endereço: Rua Porto Ferreira, 89 – Centro – Poá

Ingresso: gratuito – retirada de ingressos na bilheteria com uma hora de antecedência

*Haverá bate-papo após o espetáculo | *Oficina de Teatro de Bonecos Bunkaru das 13h30 às 15h30

Teatro Municipal de Mauá

Data: 11 de agosto, domingo, às 16h

Endereço: R. Gabriel Marques, nº 353 – Vila Noêmia – Mauá

Ingresso: gratuito – retirada de ingressos na bilheteria com uma hora de antecedência

*Haverá bate-papo após o espetáculo | *Oficina de Teatro de Bonecos Bunkaru das 13h30 às 15h30

Sede da Secretaria de Cultura de Itaquaquecetuba

Data: 13 de agosto, terça-feira, às 14h

Endereço: Av. Ver. João Fernandes da Silva, 53 – Vila Virgínia – Itaquaquecetuba

Ingresso: gratuito – retirada de ingressos na bilheteria com uma hora de antecedência

*Haverá bate-papo após o espetáculo | *Oficina de Teatro de Bonecos Bunkaru das 9h às 11h

Teatro Municipal Dr. Armando De Ré

Data: 14 de agosto, quarta-feira, às 14h

Endereço: R. General Francisco Glicério, 1354 – Centro, Suzano

Ingresso: gratuito – retirada de ingressos na bilheteria com uma hora de antecedência

*Haverá bate-papo após o espetáculo | *Oficina de Teatro de Bonecos Bunkaru das 9h às 11h

Centro Cultural Serraria

Data: 15 de agosto, quinta-feira, às 14h

Endereço: R. Guarani, 790 – Vila Conceição – Diadema

Ingresso: gratuito – retirada de ingressos na bilheteria com uma hora de antecedência

*Haverá bate-papo após o espetáculo | *Oficina de Teatro de Bonecos Bunkaru das 19h às 21h

Centro Cultural Mestre Assis

Data: 17 de agosto, sábado, às 16h

Endereço: Largo 21 de abril, 29 – Centro – Centro – Embu das Artes

Ingresso: gratuito – retirada de ingressos na bilheteria com uma hora de antecedência

*Haverá bate-papo após o espetáculo | *Oficina de Teatro de Bonecos Bunkaru das 13h30 às 15h30

Teatro Municipal de Itapevi

Data: 18 de agosto, domingo, às 16h

Endereço: R. Professor Irineu Chaluppe, 65 – Jardim Itapevi – Itapevi

Ingresso: gratuito – retirada de ingressos na bilheteria com uma hora de antecedência

*Haverá bate-papo após o espetáculo | *Oficina de Teatro de Bonecos Bunkaru das 13h30 às 15h30

Centro de Exposições Maestro Sebastião de Mello Faria

Data: 20 de agosto, terça-feira, às 14h

Endereço: R. Prefeito Antônio Camargo Primo, 150 – Salesópolis

Ingresso: gratuito – retirada de ingressos na bilheteria com uma hora de antecedência

*Haverá bate-papo após o espetáculo | *Oficina de Teatro de Bonecos Bunkaru das 9h às 11h

SETEMBRO

Estação Cidadania e Cultura

Data: 15 de setembro, domingo, às 16h

Endereço: Rua Francisco Sperandio, 200 – Cidade Kemel – Ferraz de Vasconcelos

Ingresso: gratuito – retirada de ingressos na bilheteria com uma hora de antecedência

*Haverá bate-papo após o espetáculo | *Oficina de Teatro de Bonecos Bunkaru das 13h30 às 15h30

Arena de Eventos

Data: 17 de setembro, terça-feira, às 14h

Endereço: Av. Esperança, 450 – Campo da Vila – Santana de Parnaíba

Ingresso: gratuito – retirada de ingressos na bilheteria com uma hora de antecedência

*Haverá bate-papo após o espetáculo | *Oficina de Teatro de Bonecos Bunkaru das 9h às 11h

PEC – Praça dos Esportes e da Cultura Nelly Fadlo Daher

Data: 18 de setembro, quarta-feira, às 14h

Endereço: Rua Álvaro de Almeida Leme, 499 – Itapecerica da Serra

Ingresso: gratuito – retirada de ingressos na bilheteria com uma hora de antecedência

*Haverá bate-papo após o espetáculo | *Oficina de Teatro de Bonecos Bunkaru das 9h às 11h

Teatro Padre Bento

Data: 22 de setembro, domingo, às 16h

Endereço: Rua Francisco Foot, 3 – Jardim Tranquilidade – Guarulhos

Ingresso: gratuito – retirada de ingressos na bilheteria com uma hora de antecedência

*Haverá bate-papo após o espetáculo | *Oficina de Teatro de Bonecos Bunkaru das 13h30 às 15h30.

(Fonte: Canal Aberto Assessoria de Imprensa)

Simões de Assis apresenta exposição individual do artista venezuelano Carlos Cruz-Diez

São Paulo, por Kleber Patricio

 

Carlos Cruz-Diez. Foto: Atelier Cruz-Diez Paris/©Carlos Cruz-Diez.

Entre os dias 24 de agosto e 5 de outubro, a Simões de Assis – que completa 40 anos em 2024 – apresentará, em seu espaço na capital paulista, uma individual inédita que celebra o centenário de Carlos Cruz-Diez (1923–2019), marcado neste último ano. Considerado um dos principais precursores da arte contemporânea, principalmente da arte cinética, Cruz-Diez realizou sua pesquisa junto ao movimento cinético desde as décadas de 50 e 60 estudando a relação entre a cor, as formas geométricas e o observador no espaço – que criam ilusões de ótica e movimento em pinturas, fotografias, esculturas e instalações.

Com texto de Mariane Beline, a exposição reúne trabalhos do artista, focados na série Physiocromias, com destaque para a obra Laberinto de Transcromía (1965-2017), uma instalação em grande porte com estruturas coloridas e translúcidas presas ao teto que formam novas cores e efeitos conforme o visitante caminha entre elas.

Carlos Cruz-Diez, Physichromie No 338, 1967. Foto: Atelier Cruz-Diez Paris/©Carlos Cruz-Diez

Nascido em Caracas, na Venezuela, Cruz-Diez começou a se interessar pela cor ainda na infância ao admirar o jogo de luz e cores das garrafas que seu pai produzia artesanalmente. Iniciou seus estudos na Escuela de Bellas Artes de Caracas, na década de 1940, onde se formou professor. Também atuou como ilustrador de publicações e diretor artístico de publicidade, mas foi na década de 50 que Cruz-Diez começou suas experimentações com a cor, o movimento e a luz.

Em 1955, com 32 anos, viajou pela primeira vez para Paris e reencontrou Jesús Rafael Soto (1923–2005), além de ter visitado a mostra Le Mouvement – histórica exposição de um grupo de artistas que consagrou a expressão da arte cinética mundialmente. Dali em diante, Carlos Cruz-Diez produziu incessantemente até seu falecimento, em 2019, na Cidade Luz.

Carlos Cruz-Diez, Physichromie Panam 90, 2012. Foto: Atelier Cruz-Diez Paris/©Carlos Cruz-Diez.

Carlos Cruz-Diez foi um dos expoentes da arte cinética, mas seu trabalho foi além desse movimento. Ele tinha como centro de sua pesquisa o comportamento da cor ao lado da percepção visual do espectador e da linha como elemento essencial de composição. Em suas pinturas, o artista dizia que era a cor que estruturava o espaço – o que ele denominou posteriormente de cromoestruturas. Passou a materializar suas investigações e classificá-las de acordo com o tipo de fenômeno, dando origem à oito séries, dentre elas Physiocromias, cujos desdobramentos poderão ser vistos na primeira individual do artista na Simões de Assis.

Sobre a Simões de Assis

Desde a sua abertura, em 1984, a Simões de Assis dirige o seu olhar para a arte moderna e contemporânea, especialmente para a produção latino-americana. Ao longo de décadas de trabalho, a galeria se especializou na preservação e na difusão do espólio de importantes artistas como Emanoel Araújo, Ione Saldanha, Carmelo Arden Quin, Cícero Dias e Miguel Bakin, contando com a parceria de famílias e fundações responsáveis.

Carlos Cruz-Diez, Physichromie Panam 247, 2015. Foto: Atelier Cruz-Diez Paris/©Carlos Cruz-Diez.

A partir do contato estreito com pesquisadores e curadores, a Simões de Assis conseguiu a articulação necessária para difundir e representar seus artistas no Brasil e no exterior. Ampliando o alcance no mercado de arte do Brasil, atualmente, a Simões de Assis conta com três espaços: em São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Balneário Camboriú (SC), estimulando trocas e debates, além de fomentar o talento e a carreira de seus artistas.

Serviço:

Individual de Carlos Cruz-Diez

Abertura: 24 de agosto de 2024

Período expositivo: 24 de agosto a 5 de outubro de 2024

Horário de Funcionamento: segunda a sexta, das 10h às 19h | sábados, das 10h às 15h

Local: Simões de Assis | Alameda Lorena, 2050 – Jardins – São Paulo/SP

Entrada gratuita

@simoesdeassis_ | simoesdeassis.com.

(Fonte: Marrese Assessoria)

Unicamp recebe I Festival de Ópera CIDDIC/GGBS com palestras, workshop e 2 récita

Campinas, por Kleber Patricio

Entre os dias 1º de agosto e 13 de setembro acontece o I Festival Unicamp de Ópera, evento gratuito que oferece 10 atividades sobre o universo da ópera. O Festival, que nasce da parceria entre o CIDDIC (Centro de Integração, Documentação e Difusão Cultural) e o GGBS (Grupo Gestor de Benefícios Sociais), visa aproximar o tema junto a servidores da Universidade e comunidade externa, trazendo as complexas nuances dessas apresentações. Entre as atividades, destacam-se palestras, ensaios didáticos com a Orquestra Sinfônica da Unicamp (OSU), um workshop sobre classificação vocal e duas récitas distintas: ‘Gianni Schicchi’, de Giacomo Puccini, e ‘Dido e Enéas’, de Henry Purcell.

A abertura do Festival, que acontece dia 1º de agosto às 12h no Espaço Cultural Casa do Lago, traz um pequeno recital de árias de canto com solistas do Coro Contemporâneo de Campinas (CCC), com acompanhamento ao piano com o Professor Dr. Angelo J. Fernandes, diretor-geral do Festival.

As duas primeiras palestras, 16 e 23 de agosto, visam tratar do universo da ópera por meio de informações sobre a sua concepção, os recursos dramáticos e musicais e as diferentes interpretações na história de sua execução. A primeira, dia 16, o Prof. Dr. Paulo Kühl irá abordar a obra ‘Gianni Schicchi’, de Giacomo Puccini. A segunda, dia 23, será a vez da ópera ‘Dido e Enéas’, de Henry Purcell, ser discutida pelo Prof. Dr. Marcus Held.

A palestra do dia 2 de setembro será ministrada pela Professora Drª Lenia Waldige Mendes Nogueira e traz como tema principal ‘A noite do castelo’, primeira ópera do compositor Carlos Gomes. A palestra traz, ainda, um curto recital com árias do compositor. Todas as palestras acontecem no Auditório do GGBS, sempre às 12h30.

Já os ensaios didáticos com a Orquestra Sinfônica da Unicamp, que acontecem nos dias 2 e 30 de agosto na Sala Almeida Prado, sede da Sinfônica, a OSU abre suas portas para demonstrar como funcionam os instrumentos da Sinfônica a partir de exemplos dos números instrumentais de aberturas e óperas.

Fechando o rol de atividades do I Festival Unicamp de Ópera, o Prof. Dr. Angelo J. Fernandes coordena o Workshop sobre classificação vocal na ópera, atividade que tem como objetivo demonstrar como as vozes são classificadas nas óperas conforme o papel e as características vocais da pessoa.

Há, também, uma oficina didática para apresentação de instrumentos musicais destinada ao público infantil. A oficina, coordenada pelo violinista e luthier Acauan Normaton, terá como enfoque a apresentação das características físicas e sonoras de instrumentos musicais.

Todas as palestras, ensaios didáticos e o workshop oferecem certificado de participação mediante inscrição via formulário disponibilizado na grade de programação a seguir.

Programação das atividades (sujeita a alteração)

1/8 – 12h | Abertura oficial e Recital | Casa do Lago

A cerimônia de abertura contará com a apresentação oficial da programação do festival seguida de um concerto especial e um coquetel de boas-vindas.

2/8 – 14h e 15h | Ensaio Didático sobre os Instrumentos da Orquestra | Sala Almeida Prado

A Orquestra abre suas portas para demonstrar aos servidores o funcionamento dos instrumentos, com exemplos práticos de números instrumentais de concertos e óperas. Faça sua inscrição para esta atividade aqui.

9/8 – 9h e 15h | Oficina com Crianças | Auditório do GGBS

Uma atividade lúdica para apresentar às crianças as características físicas e sonoras dos instrumentos musicais. Faça sua inscrição para esta atividade aqui.

16/8 – 12h30 | Palestra sobre a Ópera Gianni Schicchi | Auditório do GGBS

Uma palestra detalhada sobre a concepção, recursos dramáticos e musicais, e as diferentes interpretações da ópera Gianni Schicchi. Faça sua inscrição para esta atividade aqui.

23/8 – 12h30 | Palestra sobre a Ópera Dido e Enéas | Auditório do GGBS

Exploração do universo da ópera Dido e Enéas, abordando sua concepção, recursos dramáticos e musicais e suas interpretações históricas. Faça sua inscrição para esta atividade aqui.

30/8 – 14h e 15h | Ensaio Didático sobre a Ópera para Servidores e Aposentados | Sala Almeida Prado

A Orquestra apresenta uma introdução à ópera Gianni Schicchi com uma conversa e performance de músicas selecionadas especialmente para funcionários e aposentados. Faça sua inscrição para esta atividade aqui.

2/9 – 12h30 | Palestra sobre Carlos Gomes e Mostra Musical | Auditório do GGBS

Uma palestra sobre A Noite do Castelo, a primeira ópera de Carlos Gomes, seguida de um recital com árias do compositor. Faça sua inscrição para esta atividade aqui.

9/9 – 12h30 | Workshop sobre Classificação Vocal na Ópera

Um workshop que demonstrará como as vozes são classificadas nas óperas, de acordo com o papel e as características vocais. Faça sua inscrição para esta atividade aqui.

Programação das récitas

5/9 – 20h | Apresentação da Ópera Gianni Schicchi | Teatro Municipal Castro Mendes

Uma performance musical e encenada da ópera Gianni Schicchi realizada pela Orquestra Sinfônica da Unicamp, o Coral Unicamp Zíper na Boca, o Coro Contemporâneo de Campinas e o Ópera Estúdio Unicamp.

13/9 – 20h | Apresentação da Ópera Dido e Enéas | Auditório da FCM

Encenação musical da ópera Dido e Enéas, com a participação da Orquestra Sinfônica da Unicamp, Coro Contemporâneo de Campinas e o Ópera Estúdio Unicamp.

(Fonte: Ciddic/Unicamp)