Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
A Cinemateca de São Paulo será palco no mês de julho da exposição ‘Sobre Nós – 60 anos de resistência democrática no Brasil’, organizada pelo Instituto Vladimir Herzog. A mostra celebra os 15 anos de atuação da entidade contando a trajetória da luta por justiça e democracia no País, de 1964 aos dias atuais.
A exposição conduzirá os visitantes a uma viagem pela história recente do Brasil, passando pelas jornadas de junho de 2013, a Comissão Nacional da Verdade e suas recomendações e a ocupação de escolas por alunos secundaristas em 2015, destacando também a coragem e a resiliência daqueles que resistiram ao regime militar e defenderam os direitos civis nos últimos 60 anos. Entre os destaques estão periódicos da imprensa de resistência ao regime militar e documentos que ilustram o enfrentamento de jornalistas e artistas à censura e manifestações artísticas e culturais na defesa dos direitos civis. Serão expostas bandeiras de movimentos sociais e trecho de obras videográficas, como a do diretor Eduardo Escorel, que exibe o cortejo e morte do secundarista Edson Luís, um símbolo da truculência militar no ano de 1968.
Com espaço especial dedicado ao cinema, a exposição exibirá de 11 a 14 de julho, a mostra ‘É preciso estar atento’, com quatro filmes que dialogam diretamente com as histórias contadas pelas obras. Serão exibidos 3 filmes documentários e um filme de ficção que abordam temas de resistência, como ‘Domingo no Golpe’, de Gisele Beiguelman e Lucas Bambozzi, sobre os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, ‘Torre das Donzelas’, de Susanna Lira sobre mulheres prisioneiras políticas na ditadura militar, ‘Memória Sufocada’, longa-metragem dirigido por Gabriel Di Giacomo, e ‘Espero tua (Re)Volta’, de Eliza Capai. As sessões serão seguidas de debate com presença dos diretores dos filmes e especialistas convidados.
A escolha da Cinemateca para abrigar a exposição não foi casual. Além de ser um símbolo da preservação da memória cultural e cinematográfica do País, a Cinemateca possui uma forte ligação com a história do Instituto Vladimir Herzog. Foi ali que, há 15 anos, foi realizado o evento de fundação da entidade. Herzog já havia se aproximado da Cinemateca no início da década de 1960, onde colaborou com figuras como Rudá de Andrade, Paulo Emílio Salles Gomes e Jean-Claude Bernardet, contribuindo para a difusão cinematográfica por meio de cineclubes, mostras e cursos. Em 1963, ao lado de Maurice Capovilla, participou de um estágio no Instituto de Cinematografia da Universidad del Litoral, na Argentina, onde produziu seu documentário ‘Marimbás’. Esse período fortaleceu suas conexões com a Cinemateca e o cinema.“A celebração dos 15 anos do Instituto Vladimir Herzog reafirma nosso compromisso com a defesa dos valores democráticos e dos direitos humanos”, diz Rogério Sotilli, diretor do Instituto Vladimir Herzog. “Desde a fundação, O IVH é considerado um farol na luta contra a violência, a desinformação e o esquecimento, dedicando esforços à educação em direitos humanos, à defesa da liberdade de expressão e em prol da memória brasileira, sobretudo dentro deste contexto recente que ainda carrega o legado nefasto do autoritarismo”.
A exposição é patrocinada pelo Itaú, através da Lei de Incentivo à Cultura, com realização do Ministério da Cultura e do Governo Federal e apoio institucional da OAK Foundation.
Serviço:
Exposição Sobre Nós – 60 anos de resistência democrática no Brasil
Onde: Cinemateca Brasileira (Largo Sen. Raul Cardoso, 207 – Vila Clementino, São Paulo)
Quando: de 2 a 22 de julho | das 10h às 18h.
(Fonte: Kubix)
O Museu da Imigração (MI) celebrará, em 25 de junho, 31 anos de existência promovendo o diálogo entre passado e presente a partir de diversas camadas da temática dos deslocamentos humanos. Em comemoração, os visitantes poderão participar de diferentes atividades no decorrer da semana.
Localizado no complexo da antiga Hospedaria de Imigrantes do Brás, o Museu resguarda a memória e a herança cultural dos primeiros migrantes que desembarcaram em São Paulo, criando um forte laço com as múltiplas comunidades migrantes e descendentes da capital e do interior paulista. Além da preservação da memória local, a instituição passou a priorizar as discussões sobre os processos migratórios atuais, como a questão do refúgio e dos deslocamentos por eventos climáticos extremos.
Olhando para a dicotomia entre memória e atualidade, a programação de aniversário do MI traz atividades que transitam entre os temas. Em 22 de junho (sábado), às 10h, as crianças poderão participar da ação Caça-Livros por meio de dicas escondidas no Museu. Além disso, o Núcleo Educativo promoverá duas visitas especiais, às 11h e às 15h, celebrando os 31 anos da instituição. Ele abordará a relação com a histórica Hospedaria e os processos migratórios na sociedade, trazendo uma perspectiva única que privilegia a preservação, a comunicação e a expressão do patrimônio cultural das várias nacionalidades e etnias que contribuem para a diversidade da formação social brasileira.
Pensando na preservação de memórias pessoais, o MI convida o público a trazer até cinco fotografias do acervo pessoal para realizar uma oficina de conservação de fotografias. A atividade propõe que o visitante aprenda, de maneira acessível, a conservar fotografias em casa, apresentando os princípios de preservação indicados para tal objeto e ensinando a forma correta de manuseio e higienização das fotografias, além das opções de acondicionamento e guarda – incluindo digitalização das fotos.
No jardim, um palco será montado para receber a apresentação do coletivo Forró das Minas, que destaca a pluralidade cultural do País, refletida nos processos migratórios entre Nordeste e Sudeste, com um repertório que exalta o forró pé de serra, a música e a cultura popular nordestina.
Já em 25 de junho (terça-feira), a visitação ao Museu será gratuita. A programação conta com as três exposições em cartaz: ‘Migrar: experiências, memórias e identidades’, ‘Mova-se! Clima e deslocamentos’ e ‘Pertencimentos transnacionais: movimentos e ritmos na música africana’. Na programação on-line, será promovido um bate-papo com a coordenação do MI sobre a história do Museu, destacando marcos importantes, desafios enfrentados e conquistas alcançadas. Além do debate em volta do impacto do Museu da Imigração na sociedade paulista, haverá uma discussão sobre seu papel na promoção da diversidade cultural, na educação histórica e na construção de pontes entre diferentes comunidades.
Serviço:
31 anos do Museu da Imigração | Caça-Livros
Data: 22 de junho
Local: Espaço de Leitura Infantil
Horário: 10h
Público: crianças a partir de 6 anos, acompanhadas de responsável
Vagas: 10 famílias
Inscrição: 10 minutos antes da atividade
31 anos do Museu da Imigração | Visita Educativa
Data: 22 de junho
Local: Sala da Maquete
Horários: 11h e 15h
Público: público espontâneo | crianças a partir de 12 anos, jovens e adultos
Vagas: 20 pessoas
Inscrição: 10 minutos antes da atividade
31 anos do Museu da Imigração | Oficina de Conservação de Fotografias
Data: 22 de junho
Local: Ateliê Educativo
Horário: 14h
Público: público espontâneo | crianças a partir de 12 anos, jovens e adultos
Vagas: 12 pessoas
Inscrição: 10 minutos antes da atividade
OBS.: o visitante deve trazer até 5 fotografias, preferencialmente no tamanho 10 × 15 cm ou menor, do acervo pessoal para realização da oficina.
31 anos do Museu da Imigração | Apresentação musical do grupo Forró das Minas
Data: 22 de junho
Local: Jardim do Museu
Horário: 16h
Público: público espontâneo
31 anos do Museu da Imigração | Bate-papo on-line com a equipe do Museu da Imigração
Data: 25 de junho
Local: Zoom (link disponível clicando aqui)
Horário: 11h
Público: público espontâneo
Obs.: os certificados serão emitidos em até 15 dias após a atividade.
A programação está sujeita a alterações sem aviso prévio.
Museu da Imigração
Rua Visconde de Parnaíba, 1.316 – Mooca – São Paulo/SP
Tel.: (11) 2692-1866
Funcionamento: de terça a sábado, das 9h às 17h, e aos domingos, das 10h às 17h
Acessibilidade no local – Bicicletário na calçada da instituição | Metrô Bresser-Mooca.
(Fonte: Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo)
A abertura da exposição coincide com a semana de uma data significativa: a Independência da Bahia, comemorada em 2 de julho. O episódio histórico, curiosamente, se inicia em Cachoeira, cidade natal de Gilberto Filho e pioneira na luta pela independência, e termina em Salvador, capital baiana onde Bauer Sá nasceu e que se tornou símbolo de resistência da população negra.
O texto crítico é assinado pelo artista e curador Ayrson Heráclito, reconhecido por seu trabalho que aborda a cultura afro-brasileira e suas conexões históricas, e pelo escritor e historiador Beto Heráclito. Eles destacam que os trabalhos de Bauer e Gilberto, de naturezas distintas, dão a ver diferentes facetas do conceito de afrofuturismo: “A exposição ‘Bahia Afrofuturista: Bauer Sá e Gilberto Filho’, ao promover o diálogo entre dois artistas negros com poéticas distintas, busca apresentar diferentes abordagens dessa nova estética, comprometida com o ativismo negro. As linguagens eleitas pelos artistas — a fotografia e a escultura — servem como estratégia para experimentação de conceitos como a corporeidade e a espacialidade em perspectiva afirmativa e afrocentrada”.Bauer Sá (1950) reforça a tradição dos negros baianos que se destacaram como fotógrafos ou fotojornalistas. O diferencial em sua obra é a inclusão de suas fotografias em um sofisticado circuito de instituições e coleções de artes visuais, que é predominantemente branco no Brasil. Explorando a as formas de representação do povo e do corpo negro, ele e Mário Cravo Neto, contemporâneos, integram uma geração que elevou a fotografia baiana ao status de arte, embora o racismo tenha interferido de maneiras diferentes na trajetória de cada um. Na nota biográfica que escreveu sobre o artista, Tomás Toledo, curador sócio fundador da Galatea, comenta: “As fotografias de Bauer Sá são composições conceituais e poéticas que articulam em imagens a ancestralidade e a cultura afro-brasileira, com grande enfoque para as divindades africanas e para temas sociais incontornáveis entre as populações negras, como o racismo. São imagens meticulosamente construídas e moldadas por meio de cenas ensaiadas e dirigidas em que ora um homem, ora uma mulher, sempre negros, interagem com objetos e elementos da natureza, comunicando-se com o espectador por meio de olhares e poses dramatizadas pela luz e sombra da fotografia analógica branca e preta.”
Gilberto Filho (1953) iniciou sua carreira artística como aprendiz de marceneiro na oficina do pai em Cachoeira, no Recôncavo Baiano, cidade histórica que foi sede da primeira aristocracia rural das Américas e um ponto de encontro de populações africanas escravizadas. Esta grande concentração de afrodescendentes fez da região uma referência importante na cultura afro-brasileira, abrigando inúmeros artistas negros que esculpem em madeira e são prestigiados por obras que retratam santos, deidades do candomblé e temas populares. Entretanto, Gilberto Filho se destaca por fugir dessas temáticas, desafiando a concepção tradicional de temporalidade e suspendendo a ideia linear do tempo com uma imaginação disruptiva que cria cidades futuristas. Ele redefine o futuro com uma modernidade ancestral, mesclando saberes e crenças do passado. Na paisagem colonial de Cachoeira, Gilberto provoca um estranhamento poético ao esculpir megalópoles afro futuristas em madeiras nobres e de demolição, construindo o futuro sobre as ruínas do passado em obras que lembram cidades de ficção científica. Na nota biográfica que escreveu sobre o artista, Alana Silveira, diretora da Galatea Salvador, comenta: “Gilberto afirma que sempre teve a ‘tendência para fazer arte’, que seu pensamento movia um desejo de criação de algo que não existia. ‘Na realidade é como se fosse um sonho, eu já tinha as ideias, mas, para transformar em arte, precisou muito tempo’, conta Gilberto. Inicialmente inspirado pela arquitetura histórica e religiosa de Cachoeira e São Félix, fez suas primeiras obras esculpindo casarios em madeira quando tinha por volta de 27 anos. A partir desses primeiros experimentos foi desenvolvendo sua técnica para conseguir executar o que via ao fechar os olhos. (…) A partir da década de 1990, a obra de Gilberto Filho recria a ideia de arranha-céus, complexos urbanos e cidades do futuro.”Sobre Bauer Sá
(Salvador, 1950)
Por dez anos, Bauer Sá trabalhou como assistente do seu pai, o também fotógrafo Armando Sá, em Salvador. Frequentou o curso de Técnicas Avançadas de Laboratório e Conservação de Filmes e Papeis da Funarte do Rio de Janeiro (1983-1985). Trabalhou como fotógrafo e chefe do Setor Fotográfico do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia entre os anos de 1982 e 1992, tendo, durante esse período, participado de diversos projetos que marcaram a sua carreira. Ao longo da década de 1990, colaborou com a BBC de Londres, atuou na revista norte-americana Callaloo, organizada por professores negros da Universidade da Virgínia e expôs em diversas cidades no Brasil e no exterior.
Entre as exposições que participou, destacam-se: 17º Salão Nacional de Arte Contemporânea de Belo Horizonte (1985, Belo Horizonte); ‘Os Herdeiros da Noite: fragmentos do imaginário negro’ (Pinacoteca de São Paulo, São Paulo, 1994; Espaço Cultural 508 Sul, Brasília, 1995); ‘A Hidden View: Images of Bahia, Brazil’ (Concourse Gallery – Barbican Centre, Londres, 1994); ‘Novas Travessias: New Directions in Brazilian Photography’ (The Photographer’s Gallery, Londres, 1996); Brasil + 500 — Mostra do Redescobrimento. ‘Negro de Corpo e Alma’. (Fundação Bienal, São Paulo, 2000; Casa França-Brasil, Rio de Janeiro, 2000); ‘Réplica e Rebeldia: Artistas de Angola, Brasil, Cabo Verde e Moçambique’ (Museu Nacional de Arte de Maputo, Maputo, Moçambique, 2006; Centro Cultural Português, Luanda, Angola, 2006; Museu de Arte Moderna da Bahia – MAM Bahia, Salvador, 2006; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – Mam Rio, Rio de Janeiro, 2006; Centro Cultural Banco do Brasil — CCBB Brasília, Brasília, 2007; Palácio Cultura Ildo Lobo, Praia, Cabo Verde, 2007); Coleção Pirelli/MASP de Fotografia – 18ª edição (Museu de Arte de São Paulo – MASP, São Paulo, 2010), Axé Bahia: ‘The Power Of Art In An Afro-Brazilian Metropolis’ (The Fowler Museum, Los Angeles, USA, 2018), ‘Histórias afro-atlânticas’ (Museu de Arte de São Paulo – MASP, São Paulo, 2018), entre outras. Sua obra faz parte de diversas coleções permanentes, tais como: Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira – MUNCAB, Salvador; Museu de Arte Moderna da Bahia — MAM Bahia, Salvador; Museu Afro Brasil, São Paul; Coleção Pireli/MASP, São Paulo; Museu da Fotografia, Fortaleza.Sobre Gilberto Filho
(Cachoeira, 1953)
Nascido na cidade de Cachoeira, no Recôncavo da Bahia, em 12 de novembro de 1953, Gilberto Dias Barbosa Filho é filho de Elza Oliveira Barbosa e Gilberto Dias Barbosa. A sua mãe trabalhava na fabricação de charutos, enquanto seu pai era marceneiro. Ele é casado com Zilma Nascimento Pessoa, professora; a filha do casal, Jamile Pessoa Barbosa, também é professora.
Nos anos 1960, Gilberto (pai) inaugurou uma marcenaria na cidade de São Félix, posteriormente, a transferiu para Cachoeira. Aí trabalham Gilberto Filho e seus irmãos. Além de carpintaria e marcenaria de esquadrias, a família se especializou em móveis rústicos. Gilberto Filho é quem, normalmente, faz o design dos móveis.Gilberto Filho lembra que, aos 27 anos de idade, começou a fazer esculturas, usando madeira e prego, representando edifícios arquitetônicos, sobretudo prédios religiosos. Nos anos 1990, Gilberto Filho foi experimentando composições com caixas de fósforo, cubos e paralelepípedos de madeira, o que resultou em formas da arquitetura moderna, que chamam a atenção pelo caráter experimental. Foi na mesma década que ele começou a mostrar as suas esculturas em exposições de arte locais.
Gilberto comumente utiliza em suas esculturas madeiras como pau d’arco, sucupira, angelim e louro, que são cortadas, entalhadas e montadas, com o auxílio de formões, serrotes e martelos. Os blocos resultantes harmonizam formas, cores e tamanhos que chegam a 2,5 m de altura.Para o escultor, “a madeira conduz o processo de criação, ela revela como a obra será realizada, é um gatilho para desenvolver a criatividade”. Ele faz questão de enfatizar o papel da imaginação na construção de sua arte: “Não faço cópias de prédios, mas utilizo a imaginação e a beleza da madeira para esculpir as minhas peças”. Diz também que seu processo é lento, dura meses até finalizar uma escultura (Entrevista, 9 mar. 2022).
Gilberto Filho compreende que a marcenaria abriu espaço para a sua prática artística (Entrevista, 9 mar. 2022). Ele traz uma contribuição significativa às artes visuais, por seu processo de ideação das estruturas e volumes a partir de seu olhar sobre o imaginário das grandes cidades, o que resulta em arte construtivista de qualidade. Assim, procede à metalinguagem, ao empregar a linguagem escultórica para evocar a estética futurista na arquitetura.
O escultor participou de várias mostras locais, algumas bienais do Recôncavo na cidade de São Félix, assim como das recentes coletivas ‘Dos Brasis – Arte e Pensamento Negro’ (Sesc Belenzinho, São Paulo, 2023; Sesc Quitandinha, Petrópolis, RJ, 2024) e Cais (Galatea, Salvador, 2024).
Sobre a Galatea
A Galatea é uma galeria que surge a partir das diferentes e complementares trajetórias e vivências de seus sócios-fundadores: Antonia Bergamin esteve à frente por quase uma década como sócia-diretora de uma galeria de grande porte em São Paulo; Conrado Mesquita é marchand e colecionador, especializado em descobrir grandes obras em lugares improváveis; e Tomás Toledo é curador e contribuiu ativamente para a histórica renovação institucional do MASP, de onde saiu em 2022 como curador-chefe.
Tendo a arte brasileira moderna e contemporânea como foco principal, a Galatea trabalha e comercializa tanto nomes já consagrados do cenário artístico nacional quanto novos talentos da arte contemporânea, além de promover o resgate de artistas históricos. Tal amplitude temporal reflete e articula os pilares conceituais do programa da galeria: ser um ponto de fomento e convergência entre culturas, temporalidades, estilos e gêneros distintos, gerando uma rica fricção entre o antigo e o novo, o canônico e o não-canônico, o erudito e o informal.
Além dessas conexões propostas, a galeria também aposta na relação entre artistas, colecionadores, instituições e galeristas. De um lado, o cuidado no processo de pesquisa, o respeito ao tempo criativo e o incentivo do desenvolvimento profissional do artista com acompanhamento curatorial. Do outro, a escuta e a transparência constante nas relações comerciais. Ao estreitar laços, com um olhar sensível ao que é importante para cada um, Galatea enaltece as relações que se criam em torno da arte — porque acredita que fazer isso também é enaltecer a arte em si.
Nesse sentido, partindo da ideia de relação é que surge o nome da galeria, tomado emprestado do mito grego de Pigmaleão e Galatea. Este mito narra a história do artista Pigmaleão, que ao esculpir em marfim Galatea, uma figura feminina, apaixona-se por sua própria obra e passa a adorá-la. A deusa Afrodite, comovida por tal devoção, transforma a estátua em uma mulher de carne e osso para que criador e criatura possam, enfim, viver uma relação verdadeira.
Serviço:
Exposição Bahia Afrofuturista: Bauer Sá e Gilberto Filho
Local: Galatea Salvador
Endereço: R. Chile, 22 – Centro, Salvador – BA
Abertura: 4 de julho
Período expositivo: 4 de julho a 28 de setembro
Mais informações: https://www.galatea.art/.
(Fonte: A4&Holofote Comunicação)
O Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP), unidade especial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), no Rio de Janeiro, divulgou na quarta-feira (19) o edital do Concurso Sílvio Romero de Monografias sobre Folclore e Cultura Popular – edição 2024. As inscrições podem ser feitas até o dia 19 de julho por e-mail.
Diferentemente dos últimos anos, esta edição conta com uma premiação para o 3º lugar, no valor de R$15 mil. Aqueles que ficarem em 1º e 2º lugar receberão prêmios de R$25 mil e R$20 mil, respectivamente. Serão concedidas, ainda, três menções honrosas. A edição deste ano presta homenagem à artista mineira Noemisa Batista Santos, mestra na arte do barro. Imagens dela e de suas peças serão utilizadas na divulgação do edital.
As monografias concorrentes devem ser inéditas; isto é, inseridas em documentos de circulação restrita de universidades, congressos, encontros e centros de pesquisa. A autoria das publicações pode ser individual ou de equipe, e todos os textos devem ser escritos em português. Para a avaliação dos trabalhos, serão considerados os seguintes itens: a contribuição ao aprofundamento e à renovação dos estudos de folclore e cultura popular; a originalidade do tema e/ou abordagem; a fundamentação teórica, o quadro de referência conceitual e a metodologia empregada, e o desenvolvimento do trabalho com base em pesquisa de campo e/ou bibliográfica.
Podem participar brasileiros natos, naturalizados ou estrangeiros residentes no Brasil. Para se inscrever, o autor poderá concorrer com apenas uma monografia e deverá seguir as regras sobre utilização de pseudônimo descritas no edital. A inscrição será efetivada com a confirmação, via e-mail, do recebimento dos arquivos digitais.
O resultado preliminar será divulgado até o dia 21 de novembro nos sites oficiais do Iphan e do CNFCP/Iphan. A divulgação final será feita até o dia 29 de novembro.
Sobre o Concurso Sílvio Romero | Instituído em 1959, a premiação é oferecida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), por meio do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP/Iphan), com o fim de fomentar a pesquisa voltada à cultura popular, estimulando a diversidade e a atualização da produção de conhecimento sobre esse campo de estudo no Brasil. O chamamento público, na modalidade concessão de premiação cultural, é regido pelo Decreto nº 11.453/ 2023.
Serviço:
Inscrições: de 19 de junho a 19 de julho de 2024, pelo e-mail concurso.cnfcp@iphan.gov.br
Divulgação do resultado preliminar: até 21 de novembro de 2024
Divulgação do resultado final: até 29 de novembro de 2024
Confira o edital completo.
(Fonte: Ministério da Cultura/Governo do Brasil)
Na contagem regressiva para sua terceira edição, o festival TURÁ São Paulo, que acontecerá nos dias 29 e 30 de junho, no Parque Ibirapuera, receberá os fãs de música brasileira com uma grande diversidade de sabores. Além de uma curadoria musical que abrange os mais diversos sotaques e sonoridades do Brasil, o festival também abraça a riqueza gastronômica do país, oferecendo opções para todos os paladares, incluindo alternativas vegetarianas e veganas.
Assim como na programação dos shows, o TURÁ São Paulo 2024 carrega a bandeira da brasilidade com pratos típicos de várias regiões, passando pelas cozinhas mineira, paraense, gaúcha e baiana. A Pracinha, espaço gastronômico apresentado por Ourocard e Elo, reunirá mais de 10 operações gastronômicas, oferecendo mais de 100 opções de lanches, refeições e bebidas, com preços variando entre R$16,00 e R$68,00.
Um banquete de sabores brasileiros
A Pracinha Ourocard Elo será um ponto de encontro para os amantes da boa comida. Situada no coração do festival, o espaço gastronômico foi pensado para proporcionar uma experiência completa ao público, com uma seleção de pratos que celebram a diversidade e a riqueza das cozinhas regionais do Brasil. Os participantes poderão degustar desde o sabor único do tacacá amazônico até o tradicional feijão tropeiro mineiro, passando pelas delícias da cozinha baiana.
Confira algumas opções gastronômicas que estarão no TURÁ São Paulo 2024:
Casa Tucupi
A Casa Tucupi traz a essência da culinária paraense com pratos autênticos que destacam ingredientes locais, como o jambu e o pirarucu, proporcionando uma experiência única aos visitantes.
Fazenda Futuro
Para os adeptos de uma alimentação plant-based, a Fazenda Futuro oferece opções deliciosas, garantindo que todos possam desfrutar de refeições saborosas e sustentáveis.
Rota do Acarajé
A Rota do Acarajé traz os sabores marcantes da Bahia, com pratos que são um verdadeiro convite para uma viagem culinária ao Nordeste brasileiro.
Consulado Mineiro
O Consulado Mineiro apresenta o melhor da culinária de Minas Gerais, com pratos reconfortantes e cheios de sabor, perfeitos para acompanhar os shows do festival.
Nash
Para os amantes das cozinhas gaúcha germânica, Nash oferece delícias típicas que vão desde o tradicional Xis Coração até o Schnitzel, acompanhados pela refrescante salada de batatas (Kartoffelsalat).
Papila Deli
Com opções mais rápidas, Papila Deli promete conquistar os paladares com seus wraps e batatas trufadas, ideais para um lanche entre os shows.
Box da Fruta
Para aqueles que buscam opções refrescantes e nutritivas, o Box da Fruta oferece uma variedade de sucos e smoothies, além da tradicional tapioca.
O Festival: diversidade gastronômica e musical
A diversidade do TURÁ São Paulo 2024 não se limita apenas à gastronomia. A programação musical do festival conta com uma seleção de artistas que representam a riqueza cultural do Brasil. No dia 29 de junho, sábado, o público poderá conferir atrações como Chitãozinho & Xororó, Fresno convida Pabllo Vittar, Chico César e Zeca Baleiro, Nação Zumbi, Banda UÓ, Filipe Catto, Os Garotin, entre outros. Já no domingo, dia 30, se apresentam nomes como Djavan, Alcione, Armandinho, Adriana Calcanhotto convida Rubel, MC Cabelinho, Assucena e Mãeana, totalizando mais de 20 shows.
Confira o as atrações e horários dos shows:
29 de junho (sábado):
Palco BB
Cortejo
Palco Hering
30 de junho (domingo):
Palco BB
Cortejo
Palco Hering
Como chegar ao TURÁ São Paulo 2024
O acesso do público ao festival será através do portão 10 do Parque do Ibirapuera, localizado em frente à Assembleia Legislativa.
Metrô: A estação de metrô mais próxima à Bienal é a estação AACD – Servidor, da Linha 5 – Lilás, a cerca de 1 km do parque. Outras estações próximas são Ana Rosa (Linha 1-Azul), Paraíso (Linha 1-Azul) e Brigadeiro (Linha 2-Verde).
Ônibus: A região é atendida por diversas linhas de ônibus, provenientes de diferentes áreas da cidade. Consulte a SPTrans para saber qual funciona melhor para você.
Ingressos para o TURÁ São Paulo 2024:
A venda de ingressos ainda está disponível no site oficial do evento, tanto para dias individuais quanto na modalidade passaporte para os dois dias. Os valores são a partir de R$195 (meia-entrada). Portadores de cartões Ourocard Elo têm 20% de desconto e possibilidade de parcelamento em 4 vezes sem juros.
Também é possível comprar ingressos na bilheteria oficial, localizada na Av. Brigadeiro Luís Antônio, 411, República, de terça a domingo, das 12h às 20h.
O TURÁ São Paulo 2024 é apresentado pela Hering, com o Ourocard Elo sendo o meio de pagamento oficial. O festival tem Corona como cerveja oficial; patrocínios Banco do Brasil, Chevrolet e Beefeater e apoios de Schweppes, Uol, Jameson e Mike’s e Red Bull como parceiro oficial. A Eletromídia, Rádio Nova Brasil FM, Rádio Alpha FM e Tenho Mais Discos que Amigos são parceiros de mídia.
Serviço:
TURÁ São Paulo 2024
Apresentado por: Hering
Datas: 29 e 30 de junho
Local: Parque do Ibirapuera
Vendas: Tickets For Fun
Ingressos por dia: a partir de R$195 (meia-entrada)
Passaporte TURÁ com acesso aos 2 dias de festival: R$300 (meia-entrada)
Apresentação: Hering
Meio de Pagamento Oficial: Banco do Brasil Ourocard Elo
Cerveja oficial: Corona
Patrocínio: Chevrolet e Beefeater
Apoio: Schweppes, Mike’s, UOL e Jameson
Parceiro Oficial: Red Bull
Media Partners: Eletromidia, Rádio Nova Brasil FM, Rádio Alpha FM e Tenho Mais Discos que Amigos
Clientes Banco do Brasil Ourocard Elo
Clientes Banco do Brasil com Ourocard Elo têm desconto exclusivo de 20%, limitado a 4 ingressos por CPF, válido para ingressos tipo inteiro, meia-entrada e meia-entrada social.
Classificação etária: 15 anos desacompanhados. De 10 a 14 anos acompanhados dos pais ou responsáveis legais. Não será permitida a entrada de menores de 10 anos.
Site de vendas – com taxa de conveniência:
Sobre o TURÁ | Realizado pela T4F desde 2022, o Festival TURÁ celebra a rica diversidade cultural brasileira, abrangendo desde música até gastronomia, e retorna a São Paulo após edições bem-sucedidas em 2022 e 2023. O festival teve edição realizada em Porto Alegre em 2023, com nova programação para maio de 2024. Estabelecido como destino essencial para fãs da música brasileira, o TURÁ é reconhecido por promover a integração cultural e atrair um público diverso, consolidando-se como um dos principais eventos do calendário cultural do país.
(Fonte: Lupa Comunicação)