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Fotógrafo e ambientalista usa arte fotográfica para financiar ações socioambientais

São Paulo, por Kleber Patricio

Litoral brasileiro.

Para o fotógrafo e ambientalista Mário Barila, a fotografia é uma poderosa ferramenta em prol das causas socioambientais. É através de sua câmera que ele registra fotos impressionantes da natureza ameaçada pelo homem, espécies em extinção, a realidade das comunidades locais, assim como a luta pela preservação da vida e do planeta. Todas as fotos produzidas são comercializadas para levantar recursos destinados para realizar ações em parceria com ONGs, entidades ambientais e instituições de ensino e pesquisa.

Economista de profissão, Mário Barila começou a se dedicar à fotografia, sua paixão desde a adolescência, ao se aposentar. Se especializou na arte da fotografia com o renomado fotógrafo Araquém Alcântara, famoso por retratar a fauna e flora brasileira.

Onça Pintada no Pantanal.

Sensibilizado com pessoas em situação de extrema pobreza e as questões ambientais encontradas em suas viagens pelo Brasil e exterior, Barila resolveu usar a arte da fotografia para apoiar as causas ecológicas e sociais.

Há 10 anos, Barila, por meio do seu Projeto Água Vida, vem apoiando ações relevantes com os recursos arrecadados com a venda das fotografias e doações de parceiros. O Projeto Água Vida já financiou e participou de uma série de ações, como reflorestamento das áreas desmatadas Mariana e Brumadinho (MG), da região amazônica do Pará, Fernando de Noronha (PE), Ilha do Mel e Niterói (RJ) e litoral de São Sebastião (SP). Mais recentemente, apoiou ação de recuperação da Área de Proteção Ambiental do Sauim-de-Coleira, em Manaus (AM) e de reflorestamento da área de mangue e coleta de resíduos sólidos da Lagoa Mundaú, em Maceió (AL).

Os interessados em conhecer mais sobre as atividades do Projeto Água Vida e contribuir com as ações de Mário Barila podem acessar o blog do fotógrafo ou a página no Instagram.

Sauim-de-coleira da Amazônia.

Sobre Projeto Água Vida | Criado em 2014 pelo economista Mário Barila, a iniciativa tem como objetivo desenvolver e realizar ações em prol da preservação e educação ambiental, além de resgate de cidadania, destacando a importância vital da água para a vida do planeta. As ações são financiadas com a venda de suas fotos e doações de parceiros. Ao longo dos dez anos, Barila, por meio do Projeto Água Vida, já apoiou causas relevantes em parceria com ONGs, instituições e entidades conceituadas.

(Fonte: Lilás Comunicação)

Garimpo ilegal provoca aumento nos casos de malária na Amazônia em quatro anos, afirma estudo

Amazônia, por Kleber Patricio

Garimpo ilegal nas terras indígenas Munduruku e Yanomami colaborou para aumento de 108% nos casos de malária entre 2018 e 2021. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil.

A malária avança na região Amazônica principalmente devido ao garimpo ilegal associado ao desmatamento. Um estudo da Universidade de Brasília (UnB) reúne constatações científicas anteriores e aponta que a área de garimpo em terras indígenas aumentou 102% entre 2018 e 2021. Esse fato impactou, possivelmente, no aumento de casos de malária nas terras indígenas Yanomami, em Roraima, e Munduruku, e no Pará, de acordo com a análise publicada na segunda (24) na ‘Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical’.

O trabalho traça o cenário epidemiológico da malária em áreas de garimpo no Norte do país em um período maior de tempo, de 2011 a 2023, e propõe estratégias para o controle da incidência da doença na região a partir da revisão da literatura dos principais estudos sobre o tema. Foram usados dados de casos da doença registrados nestes 13 anos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica (Sivep-Malária) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde.

Segundo o pesquisador Pablo Sebastian Tavares Amaral, de 2018 a 2021, foi registrado um aumento de 108% nos casos de malária em pacientes das áreas de garimpo da região Amazônica. “Esses números podem ser subestimados, uma vez que, devido à atividade do garimpo ser ilegal, muitos omitem a informação de que são garimpeiros”, salienta Amaral, que é coautor do estudo e doutorando no Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical da UnB.

Em 13 anos, mais de 253 mil casos de malária foram registrados em áreas de garimpo. Os registros começam a subir, principalmente, a partir de 2020. Dentre as regiões mais afetadas, estão os estados do Mato Grosso e de Roraima, com aumento de casos entre 2017 e 2022, principalmente em áreas de garimpo ilegal. Em 2020, 59% dos garimpos brasileiros eram ilegais, segundo dados da pesquisa.

Ao mapear as áreas de garimpo impactadas pela malária, a pesquisa traz resultados que podem orientar ações de vigilância e de controle da doença na Amazônia. “Conhecer as áreas prioritárias e a dinâmica da doença é essencial para direcionar melhor as ações”, explica Amaral. Ele ressalta que, por serem ilegais, as áreas de garimpo têm pouca estrutura de saúde, o que dificulta o tratamento para a doença.

O grande número de garimpos ilegais impõe desafios para o seu monitoramento, segundo o trabalho. Essas áreas acabam virando criadouros de mosquitos que transmitem a malária. Por isso, como estratégia, o estudo identifica a necessidade de revisar a legislação para aumentar o controle sobre o desmatamento e as atividades de garimpo, principalmente em terras indígenas.

Além dela, outras estratégias citadas são expandir a vigilância da malária, por meio da ação de agentes comunitários, e de ações multissetoriais para fornecer assistência imediata às populações indígenas. Outra proposição do estudo é de conectar dados de desmatamento e malária, inserindo alertas sobre desmatamento no Programa Nacional de Prevenção e Controle da Malária. Essas ações podem ter impacto na melhoria do diagnóstico e do tratamento da malária nas terras indígenas e outras regiões mais afetadas pela doença.

O grupo de pesquisa continua a fazer estudos sobre malária na Amazônia, procurando entender o impacto das grandes obras hidrelétricas na dispersão da doença. “Esses empreendimentos passam por um processo de licenciamento ambiental que insere a malária em um plano específico, diferente dos garimpos ilegais”, explica Amaral. O pesquisador procura entender se essas ações direcionadas podem ter efeito no controle da doença na região.

(Fonte: Agência Bori)

Lugares e experiências em São Paulo para mergulhar na cultura japonesa

São Paulo, por Kleber Patricio

Roteiro do tour guiado inclui lugares icônicos do bairro, como a Igreja Santa Cruz das Almas dos Enforcados, Capela dos Aflitos, templo Lohan, Museu da Imigração Japonesa e Jardim Oriental. Fotos: Divulgação.

No dia 18 de junho de 1908, o navio Kasato Maru atracou no porto de Santos trazendo 165 famílias japonesas, totalizando 781 imigrantes que vieram ao Brasil para trabalhar nas plantações de café do interior paulista. Este ano, celebra-se o 116º aniversário da imigração japonesa no Brasil, que hoje abriga a maior comunidade japonesa fora do Japão, seguido pelos Estados Unidos e China. Em território brasileiro, a maior concentração de japoneses e seus descendentes está na cidade de São Paulo.

A cultura japonesa tem se tornado cada vez mais presente no cotidiano e no interesse dos brasileiros. O crescente número de restaurantes de comida japonesa, o consumo de músicas, novelas, filmes e animações japonesas, especialmente entre os jovens, e a efervescência do bairro da Liberdade, conhecido por ser um polo de produtos, serviços e estabelecimentos focados na cultura oriental, são prova disso. Em homenagem a esta data e aos fãs da cultura japonesa, a Civitatis, site e aplicativo de passeios em português no mundo todo, selecionou cinco lugares, eventos e experiências emblemáticos em São Paulo que farão você se sentir como se estivesse no Japão. Confira a lista:

1 – Tour pela Liberdade + Museu da Imigração Japonesa

O tour guiado começa na Praça da Liberdade e, durante o passeio, os participantes conhecem a história da construção e desenvolvimento do bairro. O roteiro inclui lugares icônicos do bairro, como a Igreja Santa Cruz das Almas dos Enforcados, Capela dos Aflitos, templo Lohan, Museu da Imigração Japonesa e Jardim Oriental. Para reservar, clique aqui.

2 – Pavilhão Japonês no Parque do Ibirapuera

O Pavilhão Japonês do Parque do Ibirapuera foi uma doação à cidade de São Paulo pelo governo japonês e pela comunidade nipo-brasileira. Construído com materiais e técnicas tradicionais japonesas, grande parte de sua estrutura foi trazida desmontada do Japão em um navio. As visitas ocorrem de quinta a domingo, das 10h às 17h, com entrada gratuita às quintas-feiras. Nos demais dias, o ingresso custa R$15 (inteira) e R$7 (meia, válida para crianças de 5 a 12 anos, estudantes e idosos). Crianças de até 4 anos não pagam.

3 – Templo Busshinji

Localizado no bairro da Liberdade e inaugurado em 1955, o Templo Busshinji é o templo central da Escola Budista Soto Zenshu. O templo realiza diversos eventos e programações culturais abertos ao público, divulgados nas redes sociais (@templo_budista_busshinji). Os interessados podem, inclusive, participar do Zazen, a prática de meditação do Zen Budista, que ocorre semanalmente.

4 – Festival do Japão

Foto: Divulgação/Kenren.

O Festival do Japão é um evento anual realizado em julho no São Paulo Expo. Sendo um dos maiores eventos da cultura japonesa fora do Japão, oferece apresentações culturais, exposições, workshops e uma ampla variedade de comidas típicas. Este ano, a 25ª edição do festival acontecerá de 12 a 14 de julho.

5 – Templo Nikkyoji

Localizado no Ipiranga, o Templo Nikkyoji é um centro budista da vertente do Budismo Primordial que oferece atividades religiosas, culturais e educativas. Além dos cultos diários abertos ao público, a programação completa é divulgada nas redes sociais (@catedralbudistanikkyoji).

Sobre a Civitatis | A Civitatis é a principal plataforma online de visitas guiadas, excursões e atividades em português nos principais destinos do mundo, com mais de 90.000 atividades em 3.800 destinos de 160 países.

(Fonte: Civitatis)

Grupo americano de free jazz Amirtha Kidambi’s Elder Ones faz turnê pela primeira vez na América Latina

São Paulo, por Kleber Patricio

Elder Ones é um quarteto que tem à frente, como vocal, compositora e band leader, a americana Amirtha Kidambi. O grupo faz reverência à tradição do free jazz e navega também em ondas futuristas. A estética da banda, que se apresenta em data única, 10 de julho, quarta-feira, às 20h, no Sesc Avenida Paulista, transita entre meditação modal, expressionismo e improvisações.

Kidambi é diretora e compositora do grupo Elder Ones e figura com destaque na cena musical experimental de Nova York. A instrumentista traz na bagagem parcerias e trabalhos com Tyshawn Sorey, Matana Roberts, Ingrid Laubrock, Maria Grand, Brandon Lopez, Daniel Carter, Sam Newsome, Trevor Dunn, Ava Mendoza, Matteo Liberatore e William Parker.

A líder do grupo, cuja família é de origem do sul da Índia, canta e toca um harmônio de fole manual indiano, instrumento bastante utilizado no Bhajan, um tipo de cântico com função devocional, terapêutica e energética.

Kidambi estudou música clássica cantando obras de compositores experimentais, como Robert Ashley e Luigi Nono, mas sua atração pelo free jazz e Alice Coltrane a levou para outros caminhos. A influência de Alice e John Coltrane é evidente em seus trabalhos.

Confira a agenda do grupo:

7 de julho 2024, Festival Mulambo Jazz Agrario, Rio de Janeiro, Brasil

9 de julho 2024, Sesc, Jundiaí, Brasil

10 de julho 2024, Sesc Avenida Paulista, São Paulo, Brasil

11 de julho 2024, Teatro Variedades Ernesto Albán, Quito, Ecuador

12 de julho 2024, Sala Delia Zapata Olivella, Centro Nacional de las Artes, Bogotá, Colombia

13 de julho 2024, Patio Teatro Claustro Comfama, Medellín, Colombia.

Serviço: 

Show Amirtha Kidambi’s Elder Ones

Dia: 10 de julho de 2024 | quarta, às 20h.

Onde: Arte II (13º andar)

Duração: 90 minutos

Classificação indicativa: 14 anos

Ingressos: R$50 (inteira), R$25 (Meia) e R$15 (Credencial plena:). Venda de ingressos online a partir de 2/7, às 17h, e nas bilheterias das unidades a partir de 3/7, às 17h.

SESC AVENIDA PAULISTA

Avenida Paulista, 119, Bela Vista, São Paulo, SP

Fone: (11) 3170-0800

Transporte Público: Estação Brigadeiro do Metrô – 350m

Horário de funcionamento da unidade: terça a sexta, das 10h às 21h30; sábados, das 10h às 19h30, domingos e feriados, das 10h às 18h30.

(Fonte: Assessoria de Imprensa Sesc Avenida Paulista)

Lume Teatro estreia novo espetáculo em Campinas

Campinas, por Kleber Patricio

Fotos: João Maria da Silva.

O Lume Teatro estreia novo espetáculo em Campinas. Protagonizada por Yael Karavan (UK/PT) e Naomi Silman, do Lume Teatro (BR), a temporada de estreia do espetáculo ‘Homenagem’ acontece sábado (22/6) e domingo (23/6), às 20h, na sede do Lume Teatro (Rua Carlos Diniz leitão, 150, Vila Santa Isabel, Barão Geraldo, Campinas/SP). A entrada é franca.

Sobre o espetáculo

‘Homenagem’ traz ao público a temática da ecologia e reflete sobre a preocupação que nós, seres humanos, cidadãos e cidadãs do mundo, deveríamos ter diariamente. Nasce de um denso pensamento crítico e criativo ao mesmo tempo: na urgência de agir perante os números, toma as artes como bandeira numa abordagem criativa, sensível, inclusiva e participativa.

Uma das vertentes da crise climática é precisamente o tema deste trabalho: a extinção de espécies da flora e fauna e suas silenciosas – porém duras – repercussões para a vida no nosso planeta.

‘Homenagem’ é a segunda colaboração internacional entre Yael Karavan (UK/PT) e Naomi Silman, do Lume Teatro (BR). As duas artistas tiveram seu primeiro encontro há mais de 25 anos, quando estudavam na École Philippe Gaulier, em Londres. Seguiram diferentes caminhos pessoais e profissionais, mas sempre mantiveram contato devido a trajetórias e questionamentos comuns. Hoje, com suas carreiras consolidadas e quase 30 anos de pesquisa em teatro físico e visual, dança e palhaço, buscam nas suas colaborações artísticas fundir as suas linguagens para encontrar uma expressão simples e poética propondo um diálogo direto e íntimo com o público.

Sobre as atrizes:

YAEL KARAVAN: www.yaelkaravan.com

Premiada performer, bailarina e diretora israelense/britânica, hoje radicada em Lisboa-Portugal. Com especialização em dança Butoh, combina fortes elementos visuais com dança, mímica e teatro físico, frequentemente em contextos específicos ao local – site specific. Explora linguagens artísticas combinando diversas influências culturais, investigando maneiras de agir e reagir às questões sociopolíticas pertinentes atuais. Ao longo do seu percurso, criou diversas obras para palco, espaços não convencionais site specific, museus e galerias em diversos países.

NAOMI SILMAN: www.lumeteatro.com.br

É atriz, palhaça e diretora e atriz-pesquisadora colaboradora do Lume Teatro – grupo de referência mundial na pesquisa da arte de ator e vencedor do Prêmio Shell 2013 em pesquisa continuada. Em 25 anos celebrando o teatro como a arte do encontro, ela criou e apresentou espetáculos em diversas linguagens cênicas – teatro físico, palhaçaria, dança, teatro de rua e grandes intervenções ao ar livre – com a participação da comunidade, nos espaços mais diversos, convencionais e não convencionais, pelo Brasil e ao redor do mundo em mais de 20 países.

Sinopse | ‘Homenagem’ é um espetáculo criado por Naomi Silman (Lume Teatro/BR) e Yael Karavan (PT) que coloca em cena a problemática da extinção de espécies (flora e fauna), cuja ausência antevê silenciosas – porém, com duras repercussões para a vida do planeta. Emergindo da linha tênue entre o trágico e o cômico, revelará contradições do comportamento humano na sua interação com o planeta Terra. A investigação apesar de exaustiva será infinda, procurando sensibilizar para a existência de espécies que também aqui devem ter lugar.

Ficha Técnica

Concepção, criação e atuação: Naomi Silman e Yael Karavan

Objetos/Cenografia: João Ferro Martins

Trilha Sonora e sonoplastia: Diogo Alvim

Desenho de Luz: Luís Moreira

Figurino: Carlota Lagido

Assessoria artística: Ana Cristina Colla, Raquel Scotti Hirson e Ricardo Puccetti (Lume Teatro)

Apoio corporal: Vania Rovisco

Apoio a Dramaturgia: Andresa Soares

Operação de luz e som: Chico Barganian

Design gráfico: Arthur Amaral

Registro audiovisual: James Newitt e Alessandro Soave Poeta

Fotos: Alípio Padilha, Alessandro Poeta Soave e João Maria Junior

Música final: Canto tradicional do povo guarani Mbya, cedido e gravado na aldeia Kalipety Apoio administrativo: Giselle Bastos

Consultoria científica: Prof. Dr. Carlos Joly, Prof. André Lucci Freitas e Prof. Dr. Thomas Lewinsohn (Unicamp, BR)

Pesquisa de campo: Aldeias Guarani Itakupé e Kalipety (região metropolitana de São Paulo)

Produção: Anoné Produções Artísticas

Duração: 80 minutos

Classificação indicativa: 10 anos.

(Fonte: Tiago Gonçalves Assessoria de Imprensa)