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Instituto Moreira Salles promove a 12ª edição da Bolsa ZUM/IMS, voltada para projetos artísticos inéditos em foto e vídeo

São Paulo, por Kleber Patricio

Arte de divulgação da 12ª Bolsa ZUM/IMS de autoria de Namibia Chroma.

Com o intuito de incentivar a produção artística contemporânea, a ZUM, revista de fotografia do IMS, promove sua bolsa de fomento. O prêmio chega agora à 12ª edição. As inscrições abrem hoje (6 de junho) e vão até 21 de julho. O edital e o formulário de inscrição já estão disponíveis no site da revista.   ‎

Serão selecionados dois projetos inéditos elaborados por artistas ou coletivos brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil. As candidaturas escolhidas receberão bolsas no valor de R$80 mil para o desenvolvimento e a entrega das obras. Os projetos devem ser relacionados à fotografia ou vídeo, em suas mais diversas vertentes, sem restrição de tema, perfil ou suporte. Todo o processo de inscrição é digital.

As pessoas ou coletivos contemplados terão um prazo de oito meses para a entrega dos resultados finais, que serão incorporados à Coleção Contemporânea do IMS. A iniciativa se soma aos esforços realizados pelo IMS para ampliar seu acervo, estabelecer diálogos e valorizar as múltiplas vozes que compõem a diversidade cultural do país.

Nas edições passadas, foram contemplados projetos de artistas e coletivos como Musa Michelle Mattiuzzi (2023), Coletivo Lakapoy (2023), Igi Lola Ayedun (2022), Glicéria Tupinambá (2022), Tiago Sant’Ana (2021), Castiel Vitorino Brasileiro (2021), Val Souza (2020), Aleta Valente (2019), Aline Motta (2018), Dias & Riedweg (2018), Tatewaki Nio (2017) e Sofia Borges (2017), entre outros.

As candidaturas são avaliadas por uma comissão constituída por profissionais do IMS e pessoas convidadas com trabalho reconhecido na área. São consideradas a qualidade artística e a viabilidade do projeto. Os projetos vencedores deste ano serão divulgados em agosto no site da ZUM.

Mais sobre os projetos selecionados em 2023

Gente de verdade investiga a relação do povo Paiter Suruí com a imagem através da construção de um arquivo de fotografias guardadas pelos próprios Paiter, desde o momento em que começaram a utilizar câmeras, há pouco mais de 50 anos. O projeto também inclui a criação de retratos atuais feitos por Ubiratan Suruí, o primeiro fotógrafo profissional de seu povo, e a construção de um site que disponibilizará o acervo para os Paiter Suruí.

Corpo preta, composições com rosas vermelhas para um arquivo em preto e branco, de Musa Michelle Mattiuzzi, é um projeto de performance fotográfica que utiliza a ideia de fabulação crítica para construir novas imagens a partir do estudo de arquivos históricos coloniais de pessoas negras na Bahia. A fotoperformance é pensada como uma rota de fuga da violência colonial, orientada pelos debates propostos pela filosofia contemporânea e pelo pensamento radical negro no Brasil. Para saber mais sobre as edições anteriores, acesse aqui.

Serviço:

Inscrições da bolsa

Acesse o edital e o formulário de inscrição, já disponíveis no site da ZUM

Inscrições: de 6 de junho até 21 de julho

Arte: Namibia Chroma.

(Fonte: Instituto Moreira Salles)

MAM São Paulo e Sesc levam exposição ‘Sonhos Yanomami’, de Claudia Andujar, ao Sesc Ribeirão Preto

Ribeirão Preto, por Kleber Patricio

Claudia Andujar. ‘Desabamento do céu/O fim do mundo’, da série Sonhos Yanomami (2002). Cortesia Galeria Vermelho.

A partir de 12 de junho, a exposição ‘Sonhos Yanomami’, de Claudia Andujar, será exibida no Sesc Ribeirão Preto. Com realização do Sesc São Paulo em parceria com o MAM São Paulo, a itinerância leva ao interior do estado um conjunto de 20 imagens em que Andujar apresenta os rituais xamanísticos do povo Yanomami. “A parceria entre MAM e Sesc São Paulo nos ajuda a expandir o alcance das exposições do museu, indo a regiões diversas e enriquecendo a experiência do público”, comenta Elizabeth Machado, presidente do Museu de Arte Moderna de São Paulo.

O gerente do Sesc Ribeirão Preto, Mauro César Jensen, destaca as leituras que podem ser criadas com essa parceria: “É uma honra reabrir nossa sala expositiva ao público apresentando obras do acervo do MAM. Trazer à discussão a sabedoria dos povos indígenas por meio de uma mediação consistente é importante para repensarmos o presente e sonhar com futuros melhores”.

Claudia Andujar. ‘Êxtase’ – da série Sonhos Yanomami 2002. Foto: cortesia Galeria Vermelho.

Artista e ativista, Claudia Andujar nasceu na Suíça, em 1931, e cresceu na Transilvânia em uma família de origem judaica e protestante. Sobrevivente do holocausto, chegou ao Brasil em 1955, onde começou sua carreira como fotojornalista e artista, e se estabeleceu no país. A fotografia era o meio usado por ela para conhecer as pessoas e aprender sobre o novo país. Em 1971, encontrou os Yanomami pela primeira vez e decidiu passar mais tempo com eles. ‘Sonhos Yanomami’ é um dos últimos trabalhos realizados por Andujar a partir de seu acervo de imagens sobre o povo Yanomami.

Desde o primeiro contato com os Yanomami, Claudia Andujar voltou várias vezes para a região e lá permaneceu por longos períodos, desenvolvendo laços estreitos com seus membros, os fotografando em suas casas coletivas – chamadas ‘yano’ – e os acompanhando na floresta para fotografar diversas atividades.

Claudia Andujar. ‘Floresta amazônica, Pará’ – da série Sonhos Yanomami 2002. Foto: cortesia Galeria Vermelho.

“Considero a série ‘Sonhos Yanomami’ um turning point em minha experiência com os Yanomami. As imagens que compõem a série revelam os rituais xamanísticos dos Yanomami, sua reunião com os espíritos. A partir de sua criação, eu comecei a conceber uma interpretação imagética acerca dos rituais, fato que me deu acesso à genealogia do povo, aglutinando aspectos da cultura e dissolvendo as fronteiras entre os seres humanos, seus deuses e a natureza, integrando todos em um fluxo contínuo”, contou a artista em entrevista publicada na ocasião da exposição ‘Identidade’, exibida em 2005 na Fondation Cartier, em Paris.

A série é composta por 20 imagens geradas por meio da sobreposição de cromos negativos fotografados a partir de 1971. “Trata-se de uma obra do período maduro da artista, que já possuía grande intimidade com a cultura do povo que a acolheu. As imagens revelam algo dos rituais dos líderes espirituais Yanomami e a importância do sonho em sua cosmologia”, comenta Cauê Alves, curador-chefe do museu, em texto que acompanha a mostra.

Claudia Andujar. ‘Guerreiro de Toototobi’ – da série Sonhos Yanomami 2002. Foto: cortesia Galeria Vermelho.

O conjunto de imagens exibidos na itinerância é, também, reflexo de um momento de respiro de Andujar e do povo Yanomami. Ao lado de outros ativistas, Andujar fundou em 1978 a Comissão pela Criação do Parque Yanomami (CCPY) – conhecida como Comissão Pró-Yanomami. A Comissão, coordenada por ela, organizou a campanha pela demarcação do território Yanomami, a fim de garantir a preservação e a sobrevivência desse povo originário da Amazônia. A Terra Indígena Yanomami foi reconhecida pelo governo brasileiro em 1992, entretanto ela continua sendo invadida pelo garimpo ilegal que tem provocado centenas de mortes. Andujar fez da luta pela preservação do povo, da cultura e da terra Yanomami o trabalho de sua vida. “A fotografia é minha forma de comunicação com o mundo. Um processo de mão dupla em que você recebe tanto quanto dá. Se o registro fotográfico de culturas pode ser considerado uma forma de compreensão do outro, eu acredito que com a série Sonhos eu consegui entender a essência do povo Yanomami”, afirmou Andujar na ocasião da mostra na Fondation Cartier.

Sobre o MAM São Paulo

Fundado em 1948, o Museu de Arte Moderna de São Paulo é uma sociedade civil de interesse público, sem fins lucrativos. Sua coleção conta com mais de 5 mil obras produzidas pelos mais representativos nomes da arte moderna e contemporânea, principalmente brasileira. Tanto o acervo quanto as exposições privilegiam o experimentalismo, abrindo-se para a pluralidade da produção artística mundial e a diversidade de interesses das sociedades contemporâneas.

Claudia Andujar. ‘Hélio para os brancos’ – da série Sonhos Yanomami 2002. Foto: cortesia Galeria Vermelho.

O Museu mantém uma ampla grade de atividades que inclui cursos, seminários, palestras, performances, espetáculos musicais, sessões de vídeo e práticas artísticas. O conteúdo das exposições e das atividades é acessível a todos os públicos por meio de visitas mediadas em libras, audiodescrição das obras e videoguias em Libras. O acervo de livros, periódicos, documentos e material audiovisual é formado por 65 mil títulos. O intercâmbio com bibliotecas de museus de vários países mantém o acervo vivo.

Localizado no Parque Ibirapuera, a mais importante área verde de São Paulo, o edifício do MAM foi adaptado por Lina Bo Bardi e conta, além das salas de exposição, com ateliê, biblioteca, auditório, restaurante e uma loja onde os visitantes encontram produtos de design, livros de arte e uma linha de objetos com a marca MAM. Os espaços do Museu se integram visualmente ao Jardim de Esculturas, projetado por Roberto Burle Marx para abrigar obras da coleção. Todas as dependências são acessíveis a visitantes com necessidades especiais.

Sobre o Sesc

Claudia Andujar. ‘Jovem em transe’ – da série Sonhos Yanomami 2002. Foto: cortesia Galeria Vermelho.

Serviço Social do Comércio é uma instituição privada, sem fins lucrativos, criada em 1946 pelos empresários do comércio e de serviços em todo o Brasil. No estado de São Paulo, o Sesc conta com 42 unidades que congregam suas áreas de atuação nos campos de cultura, educação, esportes, lazer e saúde. As ações do Sesc São Paulo se norteiam por seu caráter educativo e pela busca do bem-estar social com base em uma compreensão ampla do termo cultura. Nesse sentido, a acessibilidade plena aos espaços e conteúdos oferecidos pela instituição tem em vista a democratização dos bens culturais como forma de autonomia do indivíduo.

No campo das artes visuais, a instituição cumpre o papel de difusora da produção artística contemporânea e dos demais períodos históricos, bem como das intersecções com outras linguagens artísticas, tendo como diretriz a realização de exposições para todos os públicos. São realizados, ainda, projetos com instalações, intervenções e performances, bem como atividades de ação educativa e mediação em formatos variados, tendo como foco o atendimento qualificado tanto a grupos agendados quanto ao público espontâneo, buscando, sobretudo, o alcance de uma formação sensível e o estímulo à autonomia e à liberdade de escolha.

Claudia Andujar. ‘Jovem grávida’ – da série Sonhos Yanomami 2002. Foto: cortesia Galeria Vermelho.

O Sesc desenvolve, assim, uma ação de educação informal e permanente com intuito de valorizar as pessoas ao estimular a autonomia, a interação e o contato com expressões e modos diversos de pensar, agir e sentir.

Serviço:

Sonhos Yanomami, de Claudia Andujar

Abertura: 12 de junho de 2024, quarta-feira, às 19h

Período expositivo: 13 de junho a 22 de setembro de 2024

Local: Sesc Ribeirão Preto | Sala de Exposições

Endereço: R. Tibiriçá, 50 – Centro, Ribeirão Preto

Horários: Aberto de ter a sex, 13h às 22h, sábado e domingo, das 9h30 às 18h30

Entrada gratuita

Sesc Ribeirão Preto

www.instagram.com/sescribeiraopreto/

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MAM São Paulo

www.instagram.com/mamsaopaulo/

https://www.facebook.com/mamsaopaulo/

www.youtube.com/@mamsaopaulo/.

(Fonte: A4&Holofote Comunicação)

Monte Roraima: o que você precisa saber antes de visitar o gigante da tríplice fronteira

Roraima, por Kleber Patricio

Fotos: Divulgação.

“Quando dizem que o Monte Roraima (RR) é um lugar único no mundo, sim, é verdade” – esse é o relato da viajante Pricilla Tatagiba, que realizou uma expedição ao local. “Não existe vídeo ou imagem que consiga captar aquela imensidão. Existe muito ali que foge do nosso entendimento. Saber ouvir os guias, que têm intimidade real com esse lugar, me fez perceber que eu não conseguiria descobrir tudo numa única visita”, conta.

Paisagens diferentes de tudo que os olhos já viram e sensações diferentes de tudo que o corpo já experimentou. Apesar das palavras serem distintas, a descrição de quem conhece o Monte são as mesmas. Pricilla chegou no destino sem pesquisar ou saber muito; foi aprendendo e entendendo a grandiosidade das formações rochosas, lá mesmo. “Fui sem expectativas e aprendi sobre o lugar in loco, mas me despedir do paredão foi doloroso demais. Caminhar e me distanciar do Monte era muito visceral. É dizer adeus para um grande amor sem a certeza de poder estar ali novamente”.

Quem busca o gigante normalmente não possui metade da consciência do que o espera. Formado há mais de 2 bilhões de anos no período pré-cambriano, numa altitude de 2.875m com a paisagem repleta por rios, cascatas e formações rochosas, cercado de diversos aspectos da espiritualidade de seus anfitriões e protetores indígenas Taurepang, guardado pelo Parque Nacional Monte Roraima (RR), na fronteira do Brasil com a Venezuela e Guiana, o Monte Roraima é uma das montanhas mais antigas do mundo e possui o cume mais extenso do planeta, com 34 km².

É considerado um verdadeiro santuário e meta de ascensão por um número cada vez maior de praticantes de caminhada, o trekking em inglês. De acordo com um relatório da Future Market Insights (FMI), a busca global por turismo de aventura entre os anos de 2023 e 2033 deve aumentar 16,2% ao ano. Além dos viajantes brasileiros, que em sua grande maioria são do sul e sudeste do país e escolhem o Monte como seu destino, estrangeiros também estão na lista. Roraima recebeu turistas, principalmente, do Chile, Argentina e Estados Unidos entre 2022 e 2023, que chegaram pelos aeroportos de Brasília (42,5%) e Guarulhos (22,1%).

Espiritualidade e cosmovisões

Ir até o Monte Roraima para conhecê-lo é, além de uma grande aventura, uma experiência que coloca o viajante frente a frente com a história da Terra. As lendas que o cercam remetem ao seu surgimento, como a que diz que os indígenas Macuxi, que então viviam na área, certo dia notaram uma bananeira no local, seguida de um aviso divino que dizia não ser permitido cortá-la ou comer seus frutos. Após não respeitarem o recado e terem cortado a planta na raiz, a natureza se revoltou e, com raios e trovoadas, fez surgir o paredão.

Mais do que as lendas contadas há séculos, estar no local já é uma verdadeira experiência de um lugar mágico e diferente de todo o resto. “Há aqueles que se aventuram para o Monte para superar desafios físicos; porém, o real sentido dessa expedição está na compreensão dos aspectos sagrados da sabedoria ancestral de indígenas de diferentes etnias, que reverenciam, respeitam e compreendem este espaço único do planeta Terra como fonte de vida, de espiritualidade e, sobretudo, de transformação. O intercâmbio que tive com os Taurepang me transformou completamente e foi um divisor de águas na minha concepção de mundo”, destaca Alberto Rabelo, produtor de experiências Vivalá e do roteiro ao Monte Roraima.

Seus atuais protetores são os indígenas Taurepang, que também são guias e levam os grupos de viajantes pelas trilhas, que devem ser feitas sempre com um local. O roteiro oferece uma imersão na cultura e no folclore Makunaima. “A experiência com os indígenas e venezuelanos da equipe é maravilhosa. Pessoas incríveis, com histórias incríveis e super poderes de transportar todo o equipamento e nos cuidar de forma tão respeitosa, acolhedora, calorosa e carinhosa”, cita Pricilla.

A viajante também relembra o primeiro momento de contato visual com o Monte Roraima, que, apesar de simples, tem um significado especial para quem estava presente. “Lembro que até chegarmos no acampamento base, ele (o Monte Roraima) estava sempre coberto por nuvens, como se não quisesse se mostrar. Mas ali na base, aos poucos, as nuvens foram se dissipando até ele se mostrar por completo. Foi um momento de muita euforia e felicidade para o grupo. O primeiro contato com o paredão foi muito emocionante. Estar lá em cima e ver o tempo mudar em questão de segundos era lindo. Me permitir sentir a energia do lugar, sentir o frio, o vento, o sol, as águas… é tudo mágico se a gente se abrir para a experiência”.

Expedição de dez dias põe o viajante em reencontro com si mesmo

Uma das formas de conhecer o Monte Roraima é por meio de uma Expedição de Aventura, como a collab entre a Vivalá, referência em Turismo Sustentável no Brasil e a Roraima Adventures (RRAdv), especialista na região há 22 anos e pioneira nas expedições ao Monte Roraima. “A Amazônia é o berço da Vivalá e ficamos extremamente felizes de expandir nossa operação para o sétimo dos nove estados da Amazônia Legal, especialmente para um local realmente inacreditável como a experiência no Monte Roraima, que vai oferecer uma experiência incrível e transformadora para nossos viajantes”, afirma Daniel Cabrera, cofundador e diretor executivo da Vivalá.

De acordo com o diretor-geral da RRAdv, Joaquim Magno, a parceria no roteiro se dá pelos objetivos em comum dos negócios sociais. “A contribuição é recíproca, pois as duas empresas proporcionam uma experiência que tem um objetivo comum, que é levar os viajantes a viver uma experiência no destino, mas com qualidade, segurança, impacto positivo e sonho realizado”.

Magno ainda destaca o quão único é o destino. “Datado de 2 bilhões de anos, com formações geológicas pré-cambriana onde a vida pouco evoluiu, com um endemismo de flora e fauna muito específico, com formas rochosas curiosas e pitorescas, o lugar é dotado de uma energia indescritível, com o topo forrado de cristais de quartzo. Isso atrai a atenção de turistas, aventureiros, cientistas, biólogos, antropólogos, esotéricos, místicos e todos aqueles que buscam nesta fascinante aventura o reencontro consigo mesmo e com a origem da vida, levando a todos a repensarem sobre o verdadeiro sentido da vida”.

O roteiro foi criado não somente para oferecer ao viajante uma linda e inesquecível experiência, mas também para impactar positivamente o lugar que irá ser palco da aventura. Esse impacto é fruto do turismo sustentável, que busca contribuir com a preservação ambiental do local, as comunidades participantes e a experiência dos viajantes. “Desde o primeiro contato com nosso material de marketing e equipe de vendas até o retorno da Expedição, nosso viajante recebe todo o suporte e orientação para que sua experiência seja a mais agradável possível, o que inclui boas práticas relacionadas à sustentabilidade e segurança”, destaca Daniel Cabrera que, além de estar à frente da Vivalá, integra o conselho da Abeta – Associação Brasileira de Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura.

“O melhor impacto que o turismo sustentável pode proporcionar ao meio ambiente, se bem conduzido, começa no aspecto social, gerando emprego e renda em comunidades que não têm muitas oportunidades. Mas também avança no aspecto da preservação ambiental, porque a atividade se desenvolve em espaços naturais e isso agrega valor ao conservacionismo. O turismo tem uma responsabilidade de impacto positivo, mas claro, se feito de forma responsável e sustentável”, afirma o diretor-executivo da Associação Brasileira de Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta), órgão responsável pela elaboração de normas técnicas adotadas no mundo inteiro, Luiz Del Vigna.

A expedição

O impacto social da expedição ao Monte Roraima inicia na condução do roteiro e durante a subida, guiada por indígenas locais, que conhecem e possuem contato direto com a região. A expedição tem duração de dez dias e é indicada para pessoas que já possuem um preparo físico, pois são 100 km de caminhada.

O dia um é apenas de embarque para Boa Vista (RR), onde no segundo dia de roteiro, todos os viajantes do grupo irão se encontrar e receber as últimas orientações da equipe, principalmente para questões de logística, segurança e desenvolvimento da parte operacional. Após o almoço, o grupo segue viagem até a fronteira com a Venezuela e realiza os procedimentos de aduanas para, então, pernoitar em Santa Elena de Uairén, na Venezuela.

No terceiro dia a grande jornada começa. Após o café é hora de partir até a Comunidade de Paraitepuy, onde será o acampamento da primeira noite, às margens do rio Tek ou Kukenan. Na manhã seguinte o trekking continua até a base para mais uma noite frente ao paredão. O quinto dia possui um dos caminhos com o cenário mais bonito, com paradas para contemplação da paisagem e fotos com os jardins de bromélias, orquídeas e pequenos pássaros. Neste dia, o grupo se aproxima do topo e é possível observar o Monumento de Makunaima, além de ser recepcionado pelos ‘Guardiões da Montanha’, três imensos blocos com formato de observadores.

O dia seis é de imersão total no topo, com destaque para o Vale dos Cristais. “O lugar por si só traz a sensação do Macro e do Micro, dos extremos, do surreal, do cósmico, do inexplicável. A energia desse lugar não se traduz em palavras, mas em suspiros, sons, silêncios, reflexões e observações caladas. Após passar pelo Ponto Triplo, a parada final do dia é o El Fosso”, explica Alberto.

No sétimo dia de expedição, é hora dos viajantes se deslumbrarem com as Piscinas Jacuzzis e com o Mirante La Ventana, sendo possível admirar as quedas d’água e o vale de florestas do Monte Kukenan (Pai dos Ventos). Além de contemplar e se reconectar consigo mesmo, o grupo alcança o ponto mais alto do Monte e avista a Gran Sabana e a trilha que cruzaram até chegar à base. Para finalizar o dia e se sentir dentro de um santuário, é possível visitar o Salto Catedral, antes de ir até o Paso de Los Cristales e repor as energias.

O oitavo dia do roteiro é um momento de despedida da Casa de Makunaina, onde começa a descida até a base, com direito a pernoite com o céu mais estrelado da viagem. No dia seguinte, o grupo realiza os últimos 15 Km de caminhada até a Comunidade de Paraitepuy para embarcar em veículos 4×4 que os levarão até a fronteira para procedimentos de aduanas e pernoite em hotel na capital. O último dia é reservado para check-out e retorno para casa.

Os roteiros têm saídas previstas de uma a duas vezes no mês e incluem o transporte terrestre a partir de Boa Vista até a Comunidade Indígena Paraitepuy, onde o grupo passa tanto na ida, quanto na volta. Com um investimento é de R$5.500, que pode ser feito em 5x no cartão de crédito, PIX ou boleto, a expedição inclui treinamentos antes da viagem, hospedagem em Boa Vista e em Santa Elena de Uairén, transporte, todo o apoio de camping, incluindo equipamentos coletivos de acampamento, alimentação, taxa de entrada nas comunidades e uma equipe capacitada para guiar a expedição. Para mais detalhes sobre o roteiro e reservas em junho ou outras datas, acesse https://www.vivala.com.br/expedicoes/monte-roraima.

Sobre a Vivalá

A Vivalá atua no desenvolvimento do Turismo Sustentável no Brasil, promovendo experiências que buscam ressignificar a relação que as pessoas têm com o Brasil, sua biodiversidade e comunidades tradicionais. Atualmente, a Vivalá atua em 24 unidades de conservação do país, contemplando os biomas da Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga, e trabalha em conjunto com mais de 700 pessoas de populações indígenas, ribeirinhas, quilombolas, sertanejas e caiçaras.

Com 15 prêmios e reconhecimentos nacionais e internacionais, a Vivalá tem a confiança da Organização Mundial do Turismo, ONU Meio Ambiente, Braztoa, Embratur, Aberta, Fundação do Grupo Boticário, Yunus & Youth, além de ter uma operação 100% carbono neutro e ser uma empresa B certificada, tendo a maior nota no turismo do Brasil e a 7ª maior em todo o setor de turismo no mundo. Até maio de 2024, a Vivalá já embarcou mais de 3 mil viajantes, além de ter injetado mais de R$ 4 milhões em economias locais através da compra de serviços de base comunitária e consumo direto dos viajantes. Para mais informações, acesse https://www.vivala.com.br/.

(Fonte: DePropósito Comunicação de Causas)

Diversão em Cena retorna a Piracicaba com ‘Estórias Brincantes de Muitos Paizinhos’

Piracicaba, por Kleber Patricio

Foto: Isabele Neri.

O Diversão em Cena leva a Piracicaba o espetáculo ‘Estórias Brincantes de Muitos Paizinhos’, que tem como tema principal a relação entre pais e filhos e o respeito que devemos ter pelas diferenças individuais de cada ser humano, seja ele pai ou filho. O Teatro Erotídes de Campos recebe a apresentação gratuita no dia 16 de junho, às 16h. Promovido pela Fundação ArcelorMittal há 14 anos, o Diversão em Cena é o maior programa de formação de público de teatro infantil do país.

A obra, que é uma continuação da pesquisa da Companhia do Abração, sobre as primeiras relações do ser humano, tem os ‘Tingas’, três personagens simpáticos e oníricos que estão em busca de um Pai, um norte que oriente para a escolha de caminhos e ‘dê um jeito’ no mundo, que todos temos o dever de cuidar. Uma história de afeto e respeito à diversidade de um mundo ‘bagunçado’, em que são apresentadas várias figuras paternas desde o pai biológico ao adotivo, aquele que educa em casa e na escola, o pai escolhido por afinidade e até mesmo a própria ‘mãe-pai’, entre outras diversas formas de afeto paternalista.

Acesso e formação de público | Para contribuir com a democratização do acesso à cultura, a Fundação ArcelorMittal atua com a formação de público e a formação de profissionais para atuarem na área cultural. Neste contexto, destaca-se o Diversão em Cena. Realizado em parceria com grupos e produtores culturais, que contam com patrocínio da ArcelorMittal e Belgo Arames por meio das Leis Federal, Estaduais e Municipais de Incentivo à Cultura, a iniciativa leva apresentações teatrais gratuitas ou a preços populares a teatros, escolas e praças públicas de todo o Brasil. Em 14 anos de programa, o Diversão em Cena já ultrapassou 3 mil espetáculos pelo país e alcançou um público de cerca de 1,3 milhão de pessoas.

Sobre a Fundação ArcelorMittal | A Fundação ArcelorMittal é o núcleo de investimento e transformação social do Grupo ArcelorMittal, e sua estratégia principal se divide em três eixos de atuação: educação, cultura e esporte. Por meio de projetos e iniciativas nessas áreas, se propõe a transformar a vida de crianças e jovens de forma coletiva e participativa, compartilhando conhecimento e inovação, contribuindo para a inclusão e a formação de cidadãos para um futuro melhor. Saiba mais em www.famb.org.br.

Serviço:

Diversão Em Cena – Estórias Brincantes de Muitos Paizinhos, com a Companhia do Abração

Piracicaba – 16 de junho | domingo, às 16h

Local: Teatro Erotídes de Campos (Parque do Engenho: Av. Dr. Maurice Allain, 454, Vila Rezende)

Classificação indicativa: a partir de 5 anos

Entrada gratuita | Ingressos distribuídos no teatro 1 hora antes do início do evento, por ordem de chegada.

(Fonte: Locomotiva Cultural)

AperiOpera: um encontro entre música, história e cultura

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Divulgação/AperiOpera.

O AperiOpera é um projeto cultural que tem como objetivo proporcionar ao público brasileiro uma experiência profunda e significativa da ópera. Criado com a intenção de desmistificar e tornar a ópera mais próxima, as apresentações proporcionam uma imersão completa na história, iniciando pela explicação da vida e costumes do autor, suas experiências, inspirações e desafios para compor os atos.

A experiência conta com uma apresentação de 75 minutos conduzida por um narrador especializado que introduz o que será assistido, tornando a ópera mais simples, mais emotiva e mais próxima. Todas as inserções contam com recursos visuais trazendo proximidade com a plateia, que consegue absorver de forma mais simples, criando o desejo de conhecer outras obras.

Claudio Scaramella.

O projeto nasceu há pouco mais de um ano e já é um grande sucesso tanto entre os apreciadores quanto entre as mais importantes instituições culturais italianas e brasileiras. Seu conceito flexível permite sua aplicação em diferentes locais, desde parques até empresas, adaptando-se às necessidades e preferências do público. No entanto, sua singularidade é proporcionada com a presença do ator/narrador, que adiciona um componente humano essencial à experiência.

Para Kátia Prado, responsável do projeto no Brasil, o AperiOpera é uma forma inovadora que aproxima as pessoas da ópera, emociona e enriquece na interação com as narrações. “Aperiopera existe na Itália há mais de 5 anos, as apresentações acontecem através da história da ópera narrada. Nosso objetivo é educar e despertar o interesse pelo patrimônio histórico, artístico italiano”, explica a empreendedora.

“Nossa missão é ultrapassar as fronteiras de São Paulo e levar o AperiOpera para todo o Brasil, conscientizando o público sobre a beleza da ópera como patrimônio artístico e cultural da humanidade que deve ser acessível a todos”, conclui Cláudio Scaramella, idealizador do projeto.

Sobre AperiOpera | AperiOpera é uma iniciativa cultural que combina música, narrativa e experiência para oferecer sensações únicas e inéditas aos seus participantes. Com eventos realizados em diversos países, seu objetivo é promover a apreciação da ópera de forma acessível e envolvente, ultrapassando as fronteiras do teatro convencional.

(Fonte: A Fonte Comunicação)