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Tronos de Santo Antônio de Lisboa em exposição inédita no Recife

Recife, por Kleber Patricio

Tronos de Santo António. Fotos: Museu de Lisboa – Santo António.

A devoção a Santo Antônio é uma das semelhanças entre o Recife e Lisboa. Padroeiro de Pernambuco, da capital pernambucana e da Arquidiocese de Olinda e Recife, o tão querido ‘santo casamenteiro’ é também padroeiro da capital portuguesa. Com essa forte conexão pela religiosidade, Recife foi escolhida para ser a primeira capital do Nordeste a receber a exposição ‘Tronos de Santo Antônio’, no Museu Cais do Sertão, no Bairro do Recife. Promovido pela Associação Turismo de Lisboa (ATL), o evento foi inaugurado no dia 11 com a presença de personalidades, autoridades e jornalistas convidados para, então, receber o público nos dias 12, 13 e 14 de julho.

A mostra conta a história da tradição centenária dos tronos feitos para o religioso, com destaque para o acervo do Museu de Lisboa – Santo Antônio, e imerge o visitante em outros diversos elementos da cultura lisboeta. Com visitas guiadas em tempo integral, será possível conhecer a história da herança cultural da região envolvendo o santo e seus altares, além de contemplar outros símbolos populares típicos e costumes regionais, tais como os bairros, as ruas, as calçadas, os azulejos, os manjericos, as sardinhas e os pães, bem como as louças de barro, o tostãozinho, as festas e, claro, os tradicionais casamentos.

Trono de Santo António Utentes do Centro de Dia do Alto do Pina – Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

“Dada a tamanha adoração dos brasileiros, em especial, da população pernambucana por Santo Antônio, nada mais justo que compartilhar uma arte que só existe em Lisboa, mas que também tem muito a ver com esta região”, afirma Vitor Costa, Diretor Geral da ATL. Segundo ele, todos os anos, os cidadãos, as paróquias e diversos grupos e comunidades confeccionam seus Tronos e os expõem em suas casas, portas ou nos arraiais das ruas. “Trata-se de uma tradição centenária, que valoriza a história dos bairros lisboetas, recuperando suas memórias antigas e valorizando a sua herança cultural”, complementa.

Sobre os Tronos de Santo Antônio

A tradição dos Tronos de Santo Antônio remete à resposta da população ao grande terremoto, em 1755, que abalou Lisboa e danificou sua igreja, provocando uma grande mobilização em torno de sua reconstrução. Enquanto os decretos reais ampliavam o recolhimento de esmolas em todo o reino, as crianças locais erguiam pequenos altares nas soleiras das casas durante o período das festas dos santos populares, pedindo “uma moeda para o Santo Antônio”. Assim, a tradição enraizou-se, tornando-se parte das atrações das famosas ‘Festas de Junho’.

No século XIX, os pequenos passaram a pedir “cinco milreizinhos para a cera do Santo Antônio” para gastar em guloseimas e fogos de artifício, juntando-se à folia das festas, que incluía os arraiais, os balões de cores e as guitarradas. Assim, toda a cidade enfeitava-se para receber seu Santo mais querido, seguido agora pelos pedidos do “tostão para o Sant’Antônio”, estendido por todo o mês de junho.

Trono de Santo António-Américo Grova.

Feitos com caixas de cartão ou bancos baixos, os Tronos eram decorados com velas, vasos, cruzes e sacrários, entre outros objetos de chumbo ou de madeira. Já as imagens do religioso eram feitas em barro e, nas casas mais humildes, eram substituídas por estampas de papel. O século XX veio consolidar a presença dessas peças na cidade e, ainda hoje, todos os anos no mês de junho os bairros da capital portuguesa são decorados com Tronos em homenagem a Santo Antônio, o padroeiro preferido dos lisboetas.

Sobre a Associação Turismo de Lisboa (ATL)

Fundada em 1998, a ATL é uma organização sem fins lucrativos constituída através de uma aliança entre entidades públicas e privadas que operam no setor do turismo. Atualmente conta com cerca de 900 associados, tendo como principal objetivo melhorar e incrementar a promoção de Lisboa como destino turístico e, consequentemente, aprimorar a qualidade e competitividade. Informações:

www.visitlisboa.com

https://www.instagram.com/visit_lisboa/

https://www.facebook.com/visitlisboa.

Serviço:

Exposição ‘Tronos de Santo Antônio’

Quando: 12 a 14 de julho

Onde: Museu Cais do Sertão

Armazém 10, Av. Alfredo Lisboa, s/nº – Bairro do Recife

Horários: sexta – 10h às 16h | sábado e domingo – 11h às 17h

Quanto: R$10 (inteira) e R$ 5 (meia).

(Fonte: Mestieri PR)

Biblioteca Nacional comemora os 150 anos da imigração italiana no Brasil

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil.

A Fundação Biblioteca Nacional (FBN), entidade vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), celebra os 150 anos da imigração italiana no Brasil, iniciada na grande leva de 1874. As ações da instituição incluem o lançamento de dossiê digital sobre a imprensa italiana escrita e publicada no Brasil e a iluminação da fachada da Biblioteca Nacional, no Centro do Rio, com as cores da bandeira da Itália.

A iluminação especial foi inaugurada na última quinta-feira (4) e acionada de modo remoto da Itália pela princesa Elettra Marconi – filha de Guglielmo Marconi, físico e inventor italiano, tido como o criador da telegrafia sem fio, que acendeu as luzes do Cristo Redentor diretamente de Roma, em 1931, por meio de um impulso elétrico que atravessou o Oceano Atlântico. Elettra Marconi acionou as luzes na fachada da Biblioteca Nacional diretamente de sua residência em Roma – na mesma sala em que Marconi acionou a iluminação do Cristo – onde estava acompanhada pelo embaixador brasileiro, Renato Mosca de Souza. “Eu adoro o Brasil, as belezas naturais e as pessoas. Falo sempre da humanidade dos brasileiros, me sinto com eles como se estivesse em família. Tenho sempre a esperança de retornar ao Brasil. Falo para que todos conheçam o Brasil, o país mais belo da América do Sul”, afirmou a princesa Elettra Marconi.

“Estamos emocionados, porque a princesa Elettra é uma referência dessa amizade entre o Brasil e a Itália, tanto cultivada e tão importante para as nossas culturas. Uma família para qual a humanidade deve prestar reverência e reconhecimento pelas grandes contribuições que nos legaram”, afirmou o embaixador Renato Mosca de Souza. Clique aqui para conferir o vídeo.

Dossiê | A FBN lançou na sexta-feira (5) o dossiê digital ‘150 anos da imigração italiana nos periódicos’, disponível na BNDigital. O dossiê inclui artigos de pesquisadores da instituição sobre a imigração italiana no Brasil, a origem da imprensa italiana no país e uma listagem completa dos jornais em italiano produzidos aqui – ao todo 90 títulos, dos quais 42 estão disponíveis para consulta em formato digital, entre outros conteúdos.

(Fonte: Ministério da Cultura – Governo do Brasil)

Padrões científicos e transparência podem desbloquear mercado de carbono, alerta relatório internacional

Brasil, por Kleber Patricio

Regulamentação do mercado de carbono, que deve ajudar a reduzir emissões de gases de efeito estufa, é debate prioritário do Senado em 2024. Foto: Ella Ivanescu/Unsplash.

O mercado voluntário de carbono é um mecanismo importante para conter o aquecimento global ao estimular países e empresas a diminuírem suas emissões de carbono por meio de sua precificação. Em relatório lançado no último dia 26, o Grupo Consultivo para a Crise Climática (CCAG) alerta que princípios científicos e transparência devem embasar as definições do que deve ser considerado no crédito de carbono — e podem servir para orientar a discussão sobre o tema. Essa é uma das pautas prioritárias do Senado neste ano.

O relatório faz parte de uma série de análises feitas de forma independente pelo CCAG – e divulgadas, em primeira mão para jornalistas brasileiros, pela Agência Bori. O grupo reúne 15 especialistas do clima de dez países diferentes com a missão de impactar na tomada de decisão sobre a crise climática.

A ideia do relatório é construir confiança no mercado voluntário de carbono que, segundo os especialistas, atualmente tem limites de ação na redução de emissões de carbono. Para isso, o texto aponta sete recomendações principais que vão além dos princípios de compensação de carbono estabelecidos pela Universidade de Oxford (Reino Unido) e descreve um roteiro para o mercado voluntário de carbono superar críticas recentes e reconstruir sua confiança por meio da ciência.

Algumas ideias envolvem apoiar projetos que proporcionem reduções reais de emissões de carbono e redistribuir financiamento e benefícios para comunidades locais onde os projetos estão baseados. “O mercado voluntário de carbono tem o potencial de fornecer cobenefícios para comunidades locais no Sul Global, criando riqueza para áreas que mais precisam de recursos na transição para o zero líquido”, ressalta a pesquisadora da UnB Mercedes Bustamante, membro do CCAG. “Mas cabe a nós garantir que o sistema seja mais rigoroso e capaz de fornecer os resultados prometidos e financiar a transição para energia limpa de forma equitativa.”

O relatório enfatiza a necessidade de regulamentação internacional e estadual para garantir a qualidade dos créditos e, também, para assegurar que as organizações tomem todas as medidas viáveis ​​para reduzir as emissões de gases de efeito estufa antes de entrarem no mercado voluntário de carbono.

O CCAG sugere aplicar princípios científicos rigorosos em medições, monitoramento e relatórios para reformar o atual mercado voluntário de carbono, para assim aproveitar todo o potencial do instrumento para fazer uma contribuição aos esforços climáticos. No relatório, também estão definidos limites para o uso legítimo de créditos de carbono — que, segundo os especialistas, não podem ser usados para deixar a remoção de carbono e a preservação do sumidouro de carbono, que são depósitos naturais que capturam e absorvem o carbono, sob responsabilidade do mercado. Da mesma forma, os sumidouros de carbono, ou seja, o carbono ‘verde’, não ​​podem compensar significativamente as emissões de carbono ‘preto’ (ou seja, gases de efeito estufa).

O grupo consultivo também recomenda o estabelecimento de órgãos de supervisão independentes em nível nacional, regional e global para regular e padronizar créditos de carbono com base na qualidade e desempenho, em vez da quantidade de compensações. “Não podemos nos dar ao luxo de jogar dinheiro em iniciativas que não funcionam”, ressalta Bustamante. “É um objetivo nobre fornecer aos países mais fundos para proteger a natureza, mas eles não podem ser usados ​​como uma forma de concentrar riqueza nas mãos de poucos novamente.”

(Fonte: Agência Bori)

[Artigo] Antes era fosfato de pensamento, hoje é império da enganosa dopamina

São Paulo, por Kleber Patricio

Danilo Suassuna. Fotos: Divulgação.

Assistimos a uma transformação notável na maneira como a sociedade valoriza o pensamento e a interação com informações. Anteriormente, numa era que podemos chamar de ‘fosfato de pensamento’, o raciocínio profundo e a reflexão crítica eram altamente estimados. Hoje, porém, vivemos sob o ‘império da enganosa dopamina’, onde predominam as gratificações imediatas e superficiais.

Aqui se perde o eixo do que chamamos de vocação. Envolve-se menos com algo, envolve-se pouco com muito e não há relação suficiente para geração de reconhecimento e identificação. Nos relacionamos menos com a nossa origem, nos desconectamos de onde estamos e ficamos sem caminho para construir o nosso ‘para onde vamos’, a parte do nosso destino que é desenvolvida por nós. Nos perdemos em nós mesmos, pela inundação de pseudo possibilidades. Uma sociedade que eu chamo de ‘tutti frutti’, que não consegue distinguir o que é o que, mas acha-se tudo ‘gostosinho’ – enquanto não acaba o gosto, é claro.

A passividade e as pseudo-recompensas

Elementos como curtidas em redes sociais, notificações instantâneas e conteúdos rapidamente consumíveis são engenhosamente projetados para acionar a liberação de dopamina, cativando-nos a permanecer atrelados a plataformas e atividades que premiam esforços mínimos com gratificação imediata. Tal mecanismo fomenta uma passividade perigosa, onde o indivíduo pode se tornar reticente em buscar desafios mais significativos ou envolver-se em atividades que demandam um investimento mental ou físico mais substancial. Este cenário desafia a noção tradicional de engajamento e produtividade, colocando em questão a qualidade e a profundidade de nossas interações e realizações no mundo moderno. E a pergunta fica… será que se produz? Se sim, o que?

Estamos aceitando não sermos nós mesmos, entramos num ciclo vicioso de autenticidade coletiva. Achamos que estamos sendo autênticos, quando estamos somente nos familiarizando com um grupo de pessoas que possuem o mesmo set de entregas no algoritmo. Academias, trends e muito mais…. Pessoas achando que são autênticas, mas estão somente se enquadrando numa embalagem pasteurizada. Ou seja, se torna ser sobre o que você aceita o seu cérebro fazer com você. Não se desenvolve personalidade. Sem personalidade definida, fica muito difícil desenvolver a identidade produtiva que nos guia como um norte a ser seguido, aquilo que nos motiva a construir os nossos objetivos de vida.

A ascensão da dopamina no cotidiano

A dopamina, um neurotransmissor ligado ao prazer e à recompensa, tem um papel crucial em nosso sistema de recompensa cerebral. Ela é liberada em atividades prazerosas, que vão desde comer um doce até receber curtidas nas redes sociais. Esta busca incessante por prazer tem reformulado profundamente nossas interações sociais e nosso consumo de informação, favorecendo o entretenimento rápido e acessível em detrimento de conteúdos que demandam maior profundidade e reflexão.

Isso causa um impacto determinante nas buscas inerentes à nossa existência, dano irreparável na verdadeira motivação. A busca por recompensas é fruto do esforço de construção, como a segurança, conforto, relevância social e outras conquistas individuais com impactos coletivos.

Implicações psicológicas da ‘dopaminização’

Do ponto de vista psicológico, a prevalência da dopamina traz implicações significativas. A exposição constante a estímulos que liberam dopamina pode levar a uma adaptação cerebral, exigindo sempre mais estímulos para obter o mesmo nível de satisfação. Esse fenômeno, conhecido como habituação, pode reduzir a nossa capacidade de manter a atenção prolongada e empobrecer nosso pensamento crítico.

Além disso, essa ênfase na dopamina pode encobrir emoções mais profundas e complexas, fazendo com que muitos evitem confrontar ou processar sentimentos negativos. A opção pela distração imediata é sempre mais acessível, podendo ter impactos negativos na saúde mental a longo prazo, pois o processamento emocional é vital para o bem-estar psicológico. Desenvolve-se uma estrutura que se baseia na pessoa dizendo involuntariamente para si própria: “Tenho uma identidade virtual para alimentar; não tenho espaço para o ambiente, o contexto e nem para o outro”.

Mimamos as mentes de uma forma praticamente irreparável. Perdemos a capacidade de discernir a diferença entre a identidade de consumo e a identidade produtiva. Eu defendo essa diferenciação para que possamos resgatar a mentalidade de produção e contribuição relacional, social e coletiva das pessoas. Precisamos compreender que a mente consumidora é mimada pelos estímulos comerciais que recebe e que a mente produtiva tem que ser objetiva, capacitada e determinada. Com o aumento da exposição das pessoas aos estímulos da mente consumidora, temos identidades produtivas afetadas, passivas e subservientes.

O papel da Psicologia na era da dopamina

Temos um papel fundamental em oferecer estratégias para ajudar as pessoas a navegar e gerenciar essas influências, promovendo uma compreensão mais profunda de como a mente humana responde aos desafios modernos. É essencial reconhecer e abordar essas mudanças, incentivando práticas que fomentem o pensamento crítico e a reflexão, como a leitura, o debate e a meditação, para trazer equilíbrio a balança entre o prazer rápido e o pensamento substancial.

Em uma época onde ficou ‘chique’ e importante dominar o vocabulário neurocientífico, como se conhecer termos como ‘dopamina’ e ‘efeitos dopaminérgicos’ nos transformasse em especialistas, devemos estar atentos à superficialidade. A verdadeira compreensão científica vai muito além do uso de jargões. Ela se constrói na capacidade de integrar esse conhecimento de maneira significativa às nossas vidas, promovendo não apenas o bem-estar, mas também um envolvimento mais rico e profundo com o mundo ao nosso redor.

Posso observar que o resultado coletivo disso tudo é uma sociedade apática, pasteurizada e problematizada. Precisamos da atuação do Psicólogo na compreensão desses ajustes que serão necessários no indivíduo. Temos que resgatar algo que está dentro das pessoas, a vontade de serem produtivas, colaborativas e a compreensão da real identidade de existência mais ampla, e não resumida ao que está sendo entregue naquele recorte da realidade que o algoritmo exibe nas telas.

Sobre Danilo Suassuna | Doutor em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2008), possui graduação em Psicologia pela mesma instituição. Autor do livro ‘Histórias da Gestalt-Terapia – Um Estudo Historiográfico’. Professor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás e do Curso Lato-Sensu de Especialização em Gestalt-terapia do ITGT-GO. Coordenador do NEPEG Núcleo de estudos e pesquisa em gerontologia do ITGT. É membro do Conselho Editorial da Revista da Abordagem Gestáltica. Consultor Ad-hoc da revista Psicologia na Revista PUC-Minas (2011). Para mais informações, acesse o Instagram (@danilosuassuna).

Ricardo Reuters.

Sobre Ricardo Reuters | Ricardo Reuters é Estrategista de Marketing e especialista em Desenvolvimento de Mercado.

Sobre o Instituto Suassuna | O Instituto Suassuna realiza congressos, seminários, workshops e extensões voltadas aos profissionais da psicologia. E para isso, conta com um time de especialistas em educação. O instituto utiliza o Google for Education para transformar a maneira como os alunos e professores aprendem, trabalham e inovam juntos. A metodologia utilizada transforma o ensino em aprendizagem permitindo que os alunos evoluam no próprio ritmo, resultando em solucionadores de problemas criativos e também em colaboradores eficientes. Tudo é pensado e entregue com o objetivo de direcionar os produtos, funcionários, programas e filantropia para um futuro em que os alunos tenham acesso à educação de qualidade que eles merecem e que, com isso, possam transformar o mundo. Para mais informações, acesse o site, o Instagram e o canal no YouTube.

(Fonte: Carolina Lara Comunicação)

Indaiatuba (SP) abriga vivências artísticas ligadas à cultura afro-brasileira

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Fotos: Nina Pires.

A contadora de histórias Marina Costa reuniu um time de peso e referência para dar vida ao projeto ‘Dan – O que conta o arco-íris e outras histórias’, que celebra as riquezas da cultura afro-brasileira. O primeiro passo será a realização de vivências artísticas, que acontecerão a partir do próximo sábado (13/7) na Associação Cultural Ilê Axé Odara, em Indaiatuba (SP). As inscrições são limitadas e gratuitas.

Contemplado pela Lei Paulo Gustavo, o projeto é realizado pelo Ministério da Cultura e Governo do Estado de São Paulo por meio da Secretaria da Cultura e Economia e Indústrias Criativas e tem o importante apoio da Associação Cultural Ilê Axé Odara. Além das vivências artísticas, a programação contará com a circulação gratuita do espetáculo de contação de histórias ‘Dan – O que conta o arco-íris’ pelo interior do Estado: Indaiatuba, Salto, Itu, Tietê, Hortolândia e Piracicaba.

“Acreditamos que a maneira mais eficaz de combater qualquer tipo de preconceito é o conhecimento. Historicamente, o racismo, especialmente o racismo religioso, manifesta-se de diferentes formas e em diferentes espaços da nossa sociedade. Cremos que a maneira mais eficaz de o eliminar é a promoção de conhecimento e informação, pois estes aproximam os indivíduos em vez de separá-los”, destaca Marina Costa, a idealizadora do projeto.

Ao todo, serão três vivências ligadas à música e à dança afro-brasileiras. São elas: ‘Xirê’, ministrada pelo babalorixá Adriano T’Oxogiyan; ‘Na Batida do Atori’, conduzida pelo elẹ́mọ̀ṣọ́ Alexandre Buda; e ‘Pé de Dança’, comandada pela contadora de histórias Marina Costa.

A respeito da realização das vivências, Marina pontua: “Sabemos que para uma cultura continuar viva é necessário que haja aqueles que irão dar continuidade à tradição. Acreditamos igualmente que, ao preservar nossa cultura, novas narrativas se revelam”.

PROGRAMAÇÃO

Vivência Xirê

Sábados: 13/7 e 20/7, das 10h às 12h

Xirê significa festa, jogo, brincadeira. Ao som dos tambores, o babalorixá Adriano T’Oxogiyan, há 30 anos iniciado no Candomblé, compartilhará, a partir de toda sua vivência na religião, os passos e as cantigas iniciais realizados na tradição do Candomblé de Nação Ketu.

Vivência Na Batida do Atori

Sábados: 13/7 e 20/7, das 14h às 17h

Idealizado e ministrado pelo elẹ́mọ̀ṣọ́ Alexandre Buda, o projeto de percussão nasce do sonho de perpetuar o conhecimento adquirido ao longo de mais de 20 anos de vivência dentro dos terreiros de Candomblé. Com mais de 7 anos de existência, o projeto consiste em aulas de atabaque com origem da Nação Ketu Baiana.

Vivência Pé de Dança

Domingos: 14/7 e 21/7, 10h às 12h

Ao som de tambores, Marina Costa, pedagoga, arte-educadora, contadora de histórias e dançarina popular, propõe um passeio por diferentes movimentações inspiradas na poética das danças afro-brasileiras, em especial na dança dos orixás da Nação Ketu.

Serviço:

Onde:

Associação Cultural Ilê Axé Odara (Rua Serrano, 293, Recanto Campestre de Viracopos, em Indaiatuba | SP)

Inscrições: https://linktr.ee/docorpoaoconto?utm_source=linktree_profile_share&ltsid=f23b9d08-ada1-435f-82d7-b91789a68282

Informações: @docorpoaoconto.

(Fonte: Tiago Gonçalves Assessoria de Imprensa)