Representante da Fundação Dorina participou de painel internacional sobre os cuidados com a segurança alimentar e a inclusão de pessoas com deficiência, visando influenciar decisões globais
Rio de Janeiro
Histórias de vida contadas no formato de literatura de cordel são os destaques da mostra temporária Vidas em Cordel, que o Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, inaugura no dia 2 de novembro. A iniciativa mostrará narrativas individuais de pessoas comuns e personalidades como obras literárias, ao mesmo tempo épicas e cotidianas.
Montada no Saguão B, a mostra no Museu da Língua Portuguesa é correalizada pelo Museu da Pessoa, um dos primeiros museus virtuais do mundo que se dedica ao registro e difusão de histórias de vida. A curadoria é do poeta e cordelista Jonas Samaúma, do cordelista e pesquisador do folclore brasileiro Marco Haurélio e da xilogravadora Lucélia Borges. O projeto ainda contará com uma cabine interativa onde os visitantes poderão gravar depoimentos. Além disso, uma versão virtual do projeto permitirá que os visitantes tenham acesso a conteúdo exclusivo. O público poderá visitar a exposição de terça a domingo, das 10h às 17h, gratuitamente, até fevereiro de 2025.
Dentre as 22 histórias de vida cordelizadas exibidas, três serão expostas ao público de forma inédita. São narrativas inspiradas nos depoimentos de personalidades ímpares que desenvolveram trabalhos de grande impacto na região da Luz, no centro histórico da capital paulista, onde o Museu da Língua Portuguesa está localizado. A exposição chega a São Paulo depois de passar por Pernambuco (Santa Cruz), Bahia (Salvador, São José do Paiaiá, Mucugê e Feira de Santana) e Minas Gerais (Paracatu).
Entre as histórias cordelizadas inéditas, há, por exemplo, a de Cleone Santos, uma mineira de Juiz de Fora que trabalhou como prostituta no Parque Jardim da Luz, em São Paulo, por 18 anos. Ela criou o Coletivo Mulheres da Luz, que oferece apoio e dá visibilidade às mulheres em situação de prostituição.
Outro retratado é César Vieira, pseudônimo de Idibal Matto Pivetta, que, como advogado, teve uma atuação importante na defesa de presos políticos durante a ditadura militar no Brasil. Ele também foi um dos fundadores do grupo Teatro Popular União e Olho Vivo, pioneiro na utilização de processos de criação coletiva.
A mostra também exibe a trajetória de MC Kawex, rapper que viveu por 20 anos na chamada Cracolândia. Ele foi uma voz ativa na região, e as letras de suas músicas são repletas de verdades e críticas. Há ainda histórias cordelizadas de nomes conhecidos, como o líder indígena e imortal da Academia Brasileira de Letras Ailton Krenak e o jornalista Gilberto Dimenstein. “A exposição Vidas em Cordel apresenta um cordão de histórias, mostrando um Brasil diverso, caleidoscópico, com suas mazelas e injustiças, mas também com suas belezas e encantos. Um verdadeiro tributo à coragem e à resiliência dessas pessoas”, afirma Haurélio, um dos curadores.
A arte da xilogravura também estará presente na exposição Vidas em Cordel. Cada gravura, cuidadosamente esculpida por Lucélia Borges e Artur Soares, dá vida a personagens, cenários e acontecimentos que povoam as histórias selecionadas. Embora não seja a única técnica utilizada para ilustrar as capas dos cordéis, a xilogravura é a mais característica.
Cabine de histórias e conteúdo exclusivo
Enquanto a mostra estiver em cartaz no Museu da Língua Portuguesa, haverá à disposição, também no Saguão B, uma cabine interativa gratuita e aberta para que o público possa gravar depoimentos pessoais. Os registros serão adicionados instantaneamente ao acervo digital do Museu da Pessoa, que tem, entre seus objetivos, registrar, preservar e transformar histórias de vida de toda e qualquer pessoa em fonte de conhecimento, compreensão e conexão.
Além da versão física, Vidas em Cordel possui conteúdo exclusivo virtual que pode ser acessado no endereço memo.museudapessoa.org/vidas-em-cordel. Na versão digital, também estão reunidas informações complementares e uma experiência diferenciada em relação à itinerante.
Na lista de conteúdo on-line exclusivo, está o livreto Vidas em Cordel para Educadores. O material educativo é gratuito, voltado para auxiliar professores e professoras a conhecer e refletir sobre as histórias de vida de brasileiros e brasileiras por meio da literatura de cordel, colaborando com a preparação dos estudantes para a visita à exposição. O material também pode ser utilizado para atividades educativas.
Além disso, no site, é possível conferir cordéis animados, informações sobre a cultura do cordel e ainda uma lista de músicas selecionadas pelos curadores para embalar a visita pela exposição digital. Outro produto digital é o podcast com narração de Marcelino Freire e Klévisson Viana.
Para Lucas Lara, diretor de museologia do Museu da Pessoa, Vidas em Cordel explora o que há de único e coletivo, banal e extraordinário na vida de cada um de nós. “A exposição nos mostra que, assim como a literatura de cordel, nossas histórias também são patrimônios culturais brasileiros”, detalha.
A mostra temporária Vidas em Cordel, uma correalização com o Museu da Pessoa, integra a temporada 2024 do Museu da Língua Portuguesa, que conta com patrocínio máster da Petrobras, patrocínio do Grupo CCR, por meio do Instituto CCR, e do Instituto Cultural Vale; com apoio do Itaú Unibanco, do Grupo Ultra, por meio do Instituto Ultra, da CAIXA e do UBS BB Investment Bank – todos por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet.
Serviço:
Mostra temporária Vidas em Cordel
A partir de 2 de novembro até fevereiro de 2025 | terça a domingo, das 10h às 17h
No Saguão B do Museu da Língua Portuguesa
Grátis
Museu da Língua Portuguesa
Praça da Luz, s/nº – centro histórico de São Paulo
SOBRE O MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA
Localizado na Estação da Luz, o Museu da Língua Portuguesa tem como tema o patrimônio imaterial que é a língua portuguesa e faz uso da tecnologia e de suportes interativos para construir e apresentar seu acervo. O público é convidado para uma viagem sensorial e subjetiva, apresentando a língua como uma manifestação cultural viva, rica, diversa e em constante construção.
O Museu da Língua Portuguesa é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, concebido e implantado em parceria com a Fundação Roberto Marinho. O IDBrasil Cultura, Esporte e Educação é a Organização Social de Cultura responsável pela sua gestão.
PATROCÍNIOS E PARCERIAS
A temporada 2024 conta com o patrocínio máster da Petrobras, patrocínio do Grupo CCR, por meio do Instituto CCR, e do Instituto Cultural Vale; com apoio do Itaú Unibanco, do Grupo Ultra, por meio do Instituto Ultra, da CAIXA e do UBS BB Investment Bank. Conta ainda com as empresas parceiras Instituto Votorantim, Epson, Machado Meyer e Verde Asset Management. Revista Piauí, Guia da Semana, Dinamize e JCDecaux são parceiros de mídia. A temporada 2024 é uma realização do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet.
SOBRE O MUSEU DA PESSOA
O Museu da Pessoa (www.museudapessoa.org) é um museu virtual e colaborativo fundado em São Paulo em 1991, com o objetivo de registrar, preservar e transformar histórias de vida de toda e qualquer pessoa em fonte de conhecimento, compreensão e conexão. O Museu da Pessoa conta com um acervo de mais de 18 mil depoimentos em áudio, vídeo e texto e cerca de 60 mil fotos e documentos digitalizados de brasileiros e brasileiras de todas as regiões, idades, classes e atividades. Desde seu início, sua plataforma virtual contabiliza mais de 2.500.000 acessos únicos.
(Fonte: Com Alan de Fari/Museu da Língua Portuguesa – Comunicação)
Os Devotos, grupo ícone do punk rock e hardcore brasileiro formado em 1988 em Recife (PE), traz o show ‘De Andada’ ao teatro do Sesc Bom Retiro, em apresentação única na sexta, dia 8/11. A banda, declarada Patrimônio Cultural Imaterial do Recife em março de 2024 apresenta, na ocasião, os sucessos de seus 36 anos de trajetória. Formada no bairro Alto José do Pinho, importante referência cultural local, liderada por Cannibal (voz e baixo), Neilton Carvalho (guitarra) e Celo Brown (bateria), a banda trouxe seu nome do romance do escritor José Louzeiro, ‘Devotos do ódio: uma profecia camponesa’, uma obra que trata da violência política e social no Brasil. O show no Sesc Bom Retiro contará com a participação das cantoras Caetana e da Natália Matos, vocalista da banda Punho de Mahin.
Fiéis ao espírito de contestação e do ‘faça-você-mesmo’ propagado pelo movimento punk, a banda ficou reconhecida por construir seus próprios instrumentos musicais tocando, primeiro, em garagens, centros culturais e bares da periferia da capital Pernambucana. A partir de 1993 passaram a se apresentar em grandes festivais de Recife, tendo participado já desde o ano seguinte do festival Abril Pro Rock.
Ainda que sua sonoridade seja diversa da do movimento Mangue Beat, o seu primeiro disco, de 1997, Agora Tá Valendo, foi produzido pelo guitarrista Lúcio Maia, da banda Nação Zumbi. O álbum seguinte, de 2000, Devotos, conta com a produção de Dado Villa-Lobos, do Legião Urbana, e tem convidados como Herbert Vianna (Os Paralamas do Sucesso), Rás Bernardo (ex-Cidade Negra), China (ex-Sheik Tosado) e Tony Platão. O oitavo e mais recente álbum de estúdio da banda, Punk Reggae, de 2022, conta com a participação de Chico César e Criolo.
Em maio de 2024 a banda lançou Sessões Selo Sesc #12: Devotos, álbum digital gravado ao vivo no festival 1, 2, 3, 4 – O Punk Segue Muito Vivo, em setembro de 2022, no Sesc Avenida Paulista. Cannibal, vocalista da banda, analisa: “Esse é o primeiro lançamento da gente depois do título de Patrimônio Cultural e Imaterial do Recife. Esse reconhecimento para nós é uma representação da cultura periférica. As bandas da periferia, dos subúrbios e das favelas. A Devotos é uma referência muito grande aqui dentro do Recife e em outros lugares. Esse título é muito mais do que música. É sobre a arte que transforma. Que é justamente essa transformação que a gente conseguiu dentro da comunidade, de trazer uma autoestima para ela. É um título social muito forte e muito grande”.
CAETANA | Primeira cantora trans a gravar um frevo no Brasil, é autora do álbum Deluxe Afronordestina. Em suas canções, aborda sua própria jornada de aceitação e superação, incluindo os desafios por ser uma mulher trans, contribuindo assim na luta pelos direitos e representatividade LGBTQIA+.
NATÁLIA MATOS | Vocalista da banda Punho de Mahin, montada em 2018, com letras que dão enfoque à mulher e as questões raciais. Atuante em movimentos da contracultura, é também graduada em Gestão Ambiental e pós-graduada em Sistema de Gestão Integrado, com atuação na área de gestão de qualidade.
Serviço:
Devotos
Show Devotos: De Andada
Participação de Natália Matos e Caetana
Dia 8/11 | Sexta, 20h
Ingressos: R$18 (Credencial Plena), R$30 (Meia) e R$60 (Inteira)
Local: teatro (291 lugares) – 10 anos
Venda de ingressos disponíveis pelo APP Credencial Sesc SP, no site sescsp.org.br/bomretiro ou nas bilheterias
Estacionamento do Sesc Bom Retiro – (vagas limitadas): O estacionamento do Sesc oferece espaço para pessoas com necessidades especiais e bicicletário. A capacidade do estacionamento é limitada. Os valores são cobrados igualmente para carros e motos. Entrada: Alameda Cleveland, 529.
Valores: R$8 a primeira hora e R$3 por hora adicional (Credencial Plena); R$17 a primeira hora e R$4 por hora adicional (outros)
Valores para o público de espetáculos: R$11,00 (Credencial Plena). R$21,00 (Outros).
Horários: terça a sexta: 9h às 20h; sábado: 10h às 20h; domingo, 10h às 18h. Importante: Em dias de evento à noite no teatro, o estacionamento funciona até o término da apresentação.
Transporte gratuito: O Sesc Bom Retiro oferece transporte gratuito circular partindo da Estação da Luz. O embarque e desembarque ocorre na saída CPTM/José Paulino/Praça da Luz.
Consulte os horários disponíveis de acordo com a programação no link https://tinyurl.com/3drft9v8
Sesc Bom Retiro
Alameda Nothmann, 185 – Campos Elíseos, São Paulo – SP
Telefone: (11) 3332-3600
Siga o @sescbomretiro nas redes sociais: Facebook | Instagram | Youtube
Fique atento se for utilizar aplicativos de transporte particular para vir ao Sesc Bom Retiro: É preciso escrever o endereço completo no destino, Alameda Nothmann, 185; caso contrário, o aplicativo informará outra rota/destino.
(Fonte: Com Flávio Aquistapace/Assessoria de Imprensa Sesc Bom Retiro)
De quinta-feira (31/out) a sábado (2/nov), a Osesp recebe a São Paulo Cia. de Dança para o já tradicional encontro anual entre a música clássica e o balé no palco da Sala São Paulo, com regência do maestro Claudio Cruz. Os ingressos para as três apresentações já estão esgotados e a performance de sexta-feira (1/nov) será transmitida ao vivo no canal oficial da Orquestra no YouTube.
Em Dança na Sala, o público assistirá às coreografias de Les Sylphides (Chopiniana), uma remontagem de Ana Botafogo com música de Glazunov sobre Chopin, e Madrugada, criação de Antônio Gomes com valsas de Francisco Mignone orquestradas por Rubens Ricciardi. Embora sejam de tempos e estilos diferentes, as duas obras interpretadas pelos bailarinos da SPCD celebram a beleza e a poesia da dança, proporcionando uma experiência sensorial única que é potencializada pela execução ao vivo da Osesp. “A parceria com a São Paulo Cia. de Dança já é uma aguardada tradição das temporadas da Osesp. Transformamos o palco da Sala São Paulo — espaço dedicado à música sinfônica — para receber os bailarinos do grupo. Mostramos, assim, a versatilidade da nossa Orquestra e exploramos e valorizamos o encontro de linguagens artísticas historicamente tão íntimas”, afirma Marcelo Lopes, diretor executivo da Fundação Osesp.
“Dançar na Sala São Paulo, com música ao vivo, acrescenta novas camadas de experiências e sensações, tanto para quem assiste quanto para quem dança”, comenta Inês Bogéa, Diretora Artística da SPCD. “A presença da orquestra intensifica a conexão entre a música e a dança, criando um ambiente onde cada nota musical e cada movimento coreográfico se unem de maneira sublime, proporcionando uma experiência única e inesquecível para todos os presentes”, acrescenta.
Sobre o programa
Madrugada, criação de Antônio Gomes, tem como trilha as Valsas de Esquina, de Francisco Mignone. A delicadeza das relações humanas e a entrega dos bailarinos transformam a noite em uma celebração da vida, da arte e das emoções mais profundas. Em um baile atemporal à luz do luar, a ingenuidade e a nostalgia se encontram com a jovialidade e o romantismo, captando o clima efêmero e singelo das serenatas, agregando elementos contemporâneos baseados em traços da música popular já presentes nas composições.
Na sequência, um clássico que evoca a era romântica do balé. Com remontagem da renomada Ana Botafogo, Les Sylphides (Chopiniana) retrata o encantamento de um poeta sonhador pela dança das sílfides, seres mágicos que habitam as florestas. Sob o luar, elas materializam o ato poético em seus movimentos e desenham o palco com arabescos, resultando em uma obra de grande beleza contemplativa. A coreografia, embalada pela Chopiniana, de Alexander Glazunov sobre peças para piano de Chopin, nos transporta para um universo etéreo onde a delicadeza dos movimentos e a luz do que nos remete ao luar criam uma atmosfera de sonho e contemplação.
A Osesp apresenta ainda, sem a companhia de dança no palco, a orquestração de Rubens Ricciardi para a dança popular brasileira Lundum.
Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp
Desde seu primeiro concerto, em 1954, a Osesp tornou-se parte indissociável da cultura paulista e brasileira, promovendo transformações culturais e sociais profundas. A cada ano, a Osesp realiza em média 130 concertos para cerca de 150 mil pessoas. Thierry Fischer tornou-se diretor musical e regente titular em 2020, tendo sido precedido, de 2012 a 2019, por Marin Alsop. Seus antecessores foram Yan Pascal Tortelier, John Neschling, Eleazar de Carvalho, Bruno Roccella e Souza Lima. Além da Orquestra, há um coro profissional, grupos de câmara, uma editora de partituras e uma vibrante plataforma educacional. Possui quase 100 álbuns gravados (cerca de metade deles por seu próprio selo, com distribuição gratuita) e transmite ao vivo mais de 60 concertos por ano, além de conteúdos especiais sobre a música de concerto. A Osesp já realizou turnês em diversos estados do Brasil e também pela América Latina, Estados Unidos, Europa e China, apresentando-se em alguns dos mais importantes festivais da música clássica, como o BBC Proms, e em salas de concerto como o Concertgebouw de Amsterdam, a Philharmonie de Berlim e o Carnegie Hall. Mantém, desde 2008, o projeto Osesp Itinerante, promovendo concertos, oficinas e cursos de apreciação musical pelo interior do estado de São Paulo. É administrada pela Fundação Osesp desde 2005.
São Paulo Companhia de Dança
Criada em janeiro de 2008, a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) é um corpo artístico da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, gerido pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa, doutora em Artes, bailarina, documentarista e escritora. A São Paulo é uma Companhia de repertório, ou seja, realiza montagens de excelência artística, que incluem trabalhos dos séculos XIX, XX e XXI de grandes peças clássicas e modernas a obras contemporâneas, especialmente criadas por coreógrafos nacionais e internacionais. A difusão da dança, produção e circulação de espetáculos é o núcleo principal de seu trabalho. A SPCD apresenta espetáculos de dança no Estado de São Paulo, no Brasil e no exterior e é hoje considerada uma das mais importantes companhias de dança da América Latina pela crítica especializada. Desde sua criação, já foi assistida por um público superior a 1 milhão de pessoas em 22 diferentes países, passando por cerca de 180 cidades em mais de 1.250 apresentações e acumulando mais de 50 prêmios e indicações nacionais e internacionais. Por meio do selo #SPCDdigital criado em 2020, já realizou mais de 50 espetáculos virtuais e streamings de apresentações que somam mais de 1 milhão de visualizações. Além da Difusão e Circulação de Espetáculos, a SPCD tem mais duas vertentes de ação: as Atividades Educativas e de Sensibilização de Plateia e Registro e Memória da Dança.
Claudio Cruz, regente
Claudio Cruz é o regente titular e diretor musical da Orquestra Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo e recentemente foi também regente titular da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Tem atuado como regente convidado de orquestras como a Sinfonia Varsovia, New Japan Philharmonic, Sinfônicas de Hiroshima, de Avignon e de Jerusalém, Svogtland Philharmonie (Alemanha), Orquestras de Câmara de Osaka e de Toulouse e Filarmônica de Montevideo. No Brasil, regeu a Osesp, Filarmônica de Minas Gerais, as Sinfônicas Municipal de São Paulo, do Paraná, Brasileira, de Porto Alegre e do Teatro Nacional Cláudio Santoro, entre outras. Foi Diretor Artístico do Núcleo de Música Erudita da Oficina de Música de Curitiba de 2015 a 2017, regente e diretor artístico da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto e da Orquestra de Câmara Villa-lobos. Com essas orquestras, gravou CDs com obras de Carlos Gomes, Beethoven, Mozart, Tom Jobim e Edino Krieger. Atuou como Diretor Artístico e Regente nas montagens das óperas O rapto do serralho, Sonhos de uma noite de verão, Don Giovanni, Rigoletto e La Bohème, entre outras. Claudio Cruz foi premiado pela Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA), Prêmio Carlos Gomes, Prêmio Bravo, Grammy Awards entre outros. Entre 1990 e 2014 ocupou o cargo de spalla da Osesp.
O programa Dança na Sala conta com o patrocínio da Sabesp, com o copatrocínio do Itaú e com o apoio de BEXP, JSL, Gerdau e Grupo Veste por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Fundação Osesp, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas, Ministério da Cultura e Governo Federal – União e Reconstrução.
PROGRAMA
OSESP
SÃO PAULO CIA. DE DANÇA
CLAUDIO CRUZ regente
Francisco MIGNONE
Lundum/Congada – Dança de negros [orquestração de Rubens Ricciardi]
Valsas de esquina nº 6 [orquestração de Rubens Ricciardi]
Alexander GLAZUNOV | Suíte para orquestra sobre Chopin, Op. 46 – Chopiniana
FICHA TÉCNICA
MADRUGADA (2021)
Coreografia: Antonio Gomes
Música: Valsas de Esquina, de Francisco Mignone (1897-1986), com orquestração de Rubens Ricciardi e gravação da Orquestra do Theatro São Pedro sob a regência do maestro Cláudio Cruz
Iluminação: Wagner Freire
Figurinos: Fábio Namatame
Duração: 37 minutos
LES SYLPHIDES (CHOPINIANA) (2021)
Coreografia: Ana Botafogo, a partir da obra de 1909 de Mikhail Fokine (1880-1942)
Música: Frédéric Chopin (1810-1849)
Iluminação: André Boll
Figurinos: Tânia Agra
Duração: 30 minutos.
Serviço:
31 de outubro, quinta-feira, 20h30
1 de novembro, sexta-feira, 20h30 — Concerto Digital
2 de novembro, sábado, 16h30
Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16
Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares
Recomendação etária: 7 anos
Ingressos: R$39,60 (valor inteiro) – Esgotados
Bilheteria (INTI): neste link | (11) 3777-9721 (de segunda a sexta, das 12h às 18h)
Estacionamento: R$35,00 (noturno e sábado à tarde) | 600 vagas; 20 para pessoas com deficiência; 33 para idosos.
*Estudantes, pessoas acima dos 60 anos, jovens pertencentes a famílias de baixa renda com idade de 15 a 29 anos, pessoas com deficiências e um acompanhante e servidores da educação (servidores do quadro de apoio – funcionários da secretaria e operacionais – e especialistas da Educação – coordenadores pedagógicos, diretores e supervisores – da rede pública, estadual e municipal) têm desconto de 50% nos ingressos para os concertos da Temporada Osesp na Sala São Paulo, mediante comprovação.
A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.
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(Fonte: Com Fabio Rigobelo/Fundação Osesp)
Com programação diversa, o destaque do mês de novembro é a estreia da ópera ‘Maria de Buenos Aires’, uma remontagem da obra de Astor Piazzolla com libreto de Horacio Ferrer que estreia na quinta-feira, dia 21, às 20h e estará em cartaz nos dias 22, 26, 27, 28 e 29, às 20h e 23 e 24, às 17h, na Sala de Espetáculos. A montagem tem concepção e direção geral de Kiko Goifman e direção cênica de Ronaldo Zero, direção musical do maestro Roberto Minczuk, participação da Orquestra Sinfônica Municipal, do Coro Lírico Municipal, sob regência de Érica Hindrikson, e do Balé da Cidade de São Paulo, sob direção de Alejandro Ahmed. O elenco conta com as cantoras Catalina Cuervo e Luciana Bueno, o cantor Márcio Gomes, o narrador/duende Rodrigo Lopez e a bandoneonista Milagros Caliva.
Maria de Buenos Aires é uma ópera-tango, ou ‘operita’, como definiu seu compositor, Astor Piazzolla. Numa complexa e onírica mistura entre música e poesia, a ópera narra a trajetória de vida de Maria, uma prostituta do subúrbio de Buenos Aires. Piazzolla cria uma obra que mescla múltiplos estilos musicais, do tango ao jazz, para nos levar por essa jornada pela noite da capital argentina. Os ingressos variam de R$31 a R$200, a classificação é de 16 anos e duração de 85 minutos sem intervalo.
No mês de novembro, a programação inicia dia 3, domingo, às 17h, na Sala de Espetáculos, acontece a apresentação Traga-me a cabeça de Lima Barreto. No elenco e produção estão o ator Hilton Cobra, Luiz Marfuz na dramaturgia, Onisajé na direção, Lud Picosque-Corpo Rastreado na produção executiva, Felipe Magalhães na operação de luz e Duda Fonseca na operação de som e vídeo.
Escrita pelo diretor e dramaturgo Luiz Marfuz, em 2017, especialmente para comemorar os 40 anos de carreira do ator Hilton Cobra, com direção de Onisajé (Fernanda Júlia), a peça mostra uma imaginária sessão de autópsia na cabeça do escritor Lima Barreto, conduzida por um Congresso de Eugenistas no Brasil, início do século XX. Os ingressos custam R$10, a classificação é de 12 anos e a duração de 60 minutos.
No dia, 7, quinta-feira, às 20h, na Sala do Conservatório da Praça das Artes, acontece a apresentação Grandes Quintetos – Elgar e Fauré do Quarteto de Cordas com a participação da pianista convidada Martina Graf. O repertório terá Quinteto Op. 84, de Edward Elgar, e Quinteto Op. 115, de Gabriel Fauré. Os ingressos custam R$33, a classificação é livre e a duração de 70 minutos, sem intervalo.
No dia 8, sexta-feira, às 18h30, o Vão da Praça das Artes recebe o Samba de Sexta, com o grupo As Sambixas. A abertura fica por conta do DJ Fred Lima, que atua há mais de 20 anos na arte da discotecagem. O grupo traz a força, os corpos e as vozes LGBTQIAPN+ para clamar também esse espaço e mostrar o samba-resistência LGBT+, com seu vasto repertório que passa por várias vertentes clássicas do samba, do samba dolente ao pagode 90. Os ingressos são gratuitos, a classificação livre e duração é de 180 minutos.
Nos dias 8, sexta-feira, às 20h, e no sábado, dia 9, às 17h, na Sala de Espetáculos, a Orquestra Sinfônica Municipal apresenta Harmonias Intemporais, sob regência de Roberto Minczuk, e a participação da soprano Carla Filipcic. O repertório terá Misterioso, de Nymphaea Reflection, de Kaija Saariaho, Quatro canções para soprano e orquestra, de Alma Mahler, As Quatro Últimas Canções e Uma vida de herói, op. 40, de Richard Strauss. Os ingressos variam de R$10 a R$66, a classificação é livre e duração de 100 minutos, com intervalo.
Dia 9, sábado, às 17h, na Sala do Conservatório acontece a Camerata da Orquestra Experimental de Repertório sob regência de Leonardo Labrada e a soprano Isabel Quintela. O repertório terá Areia II, de Alexandre Lunsqui, Melancólica, de Natan Janczak, Correnteza, de Leonardo Gorosito, Palavratrovão #2, de Rodolfo Valente, Trois poèmes de Mallarmé, de Maurice Ravel, e Terra Rasa, de Tiago Gati. Os ingressos são gratuitos, a classificação é livre e a duração de 50 minutos, sem intervalo.
No dia 13, quarta-feira, às 12h30, o Coro Lírico Municipal, sob regência Érica Hindrikson, apresenta Vesperais Líricas – Vozes Masculinas no Saguão do Theatro Municipal, de São Paulo. Os solistas serão Luciano Silveira, tenor, Miguel Geraldi, tenor, Daniel Lee, barítono, e Jessé Vieira, barítono e terá a participação dos pianistas, Marcos Aragoni e Leandro Luiz Roverso. A entrada é gratuita, com classificação livre e duração de 45 minutos.
O repertório terá Viva, Viva, da ópera L’Italiana in Algeri de Gioachino Rossini, Coro dos soldados, da ópera Fausto de Charles Gounod, Che gelida Manina, da ópera La Bohème de Giacomo Puccini, Coro dos servos, da ópera Don Pasquale e Una furtiva lagrima, da ópera L’elisir d’amore de Gaetano Donizetti, entre outras.
Nos dias 15, 16 e 17, às 19h, acontece no Salão Nobre a apresentação Ópera Fora da Caixa – Blue Monday e Afluentes, uma ópera-jazz em um ato com libreto de Buddy DeSylva, com a participação do Coral Paulistano e o Balé da Cidade de São Paulo. Com Maíra Ferreira na direção musical, Fernanda Viana na direção cênica, Simone Mina na direção de arte, coreografia de Clarice Lima, figurino de Rosângela Longhi, Piero Schlochauer como assistente de direção, visagismo de Roger Ferrari, Vitor Arantes no piano, Vanessa Ferreira no contrabaixo e Fernando Amaro na bateria.
O elenco terá Jean William como Joe, Indhyra Gonfio como Vi, Ademir Costa como Tom, Xavier Silva como Mike e Yuri Souza como Sam, a mestre de cerimônia Tania Viana. No Coral, as sopranos Eliane Aquino, Larissa Lacerda, Narilane Camacho e Luciana Crepaldi, a contralto Tatiane Ferreira, e o baixo Jonas Mendes. No Balé, Alyne Mach, Camila Ribeiro, Leonardo Hoehne Polato, Leonardo Silveira, Leonardo Muniz, Márcio Filho, Rebeca Ferreira, Uátila Coutinho, Victoria Oggiam, e a ensaiadora Roberta Botta.
O programa conta com o prólogo The negro speaks of rivers, de Margaret Bonds, Anything goes/Let’s Misbehave, arranjo de Juliana Ripke, de Cole Porter, It ain’t necessarily so, da ópera Porgy and Bess, de George Gershwin, Sometimes I feel like a Motherless Child, arranjo H. T. Burleigh, de Siritual e Blue Monday, ópera-jazz em um ato com libreto de Buddy DeSylva, de George Gershwin. Os ingressos variam de R$25 a R$50, classificação de 16 anos e duração de 50 minutos sem intervalo.
Do dia 15 ao dia 20 de novembro, o Feminino Informe: Bondages (versão trio) interpretado pelo núcleo Marta Soares e Cia. A apresentação ocorre na Cúpula do Theatro Municipal de São Paulo, às 20h em todas as datas, exceto dia 17, domingo, que será às 19h. Concebido e dirigido por Marta Soares, Bondages versão grupo será um desdobramento no formato trio da versão solo da encenação de mesmo nome. E, como este último, também terá como ponto de partida a série fotográfica Amarrações desenvolvida pelo fotógrafo surrealista alemão Hans Bellmer nos anos 50 e o objetivo de desfetichizar o ato, os atores exploram amarrações com fios de nylon em seus próprios corpos em cima de uma plataforma. Os ingressos custam R$33, a classificação de 18 anos e duração de 60 minutos sem intervalo.
O núcleo Marta Soares e Cia. atua na cidade de São Paulo desde 1995 e vem realizando pesquisas de vanguarda em dança. As questões relacionadas ao feminino são abordadas na obra de Marta Soares a partir da fricção e do embate entre as esferas micro e macro políticas, as quais são investigadas a partir das suas vivências como mulher, brasileira, artista da dança e meia idade, ou seja, por meio de conteúdos históricos e biográficos atualizados ao momento presente.
No dia 21, quinta-feira, às 20h, na Sala do Conservatório, o Quarteto de Cordas da Cidade apresenta Fulgurâncias Românticas. Com Betina Stegmann e Nelson Rios nos violinos, Marcelo Jaffé na viola e Rafael Cesario no violoncelo, o repertório terá Quarteto Op. 12, de Felix Mendelssohn, e Quarteto em Ré menor, A Morte e a Donzela, de Franz Schubert. Os ingressos custam R$33, a classificação é livre e a duração é de 70 minutos sem intervalo.
Do dia 22 ao dia 27 de novembro, Mar Aberto será apresentado na Cúpula do Theatro. Nas seguintes datas 22, 23, 25, 26, 27, a apresentação ocorre às 20h, exceto no dia 24, domingo, que será às 18h. Baseado na obra Mar Aberto de Claudia Barral, com colaboração de Paula Picarelli, o texto é de Beatriz Barros e Giovana Eche, com concepção e direção de Beatriz Barros, Tricka Carvalho como assistente de direção, Giovana Eche, Domenica Ayomi e Carolina Manica no elenco, Maira Sciuto com cenografia e figurino, Ana Luiza Secco como assistente de cenografia, DJ Akkin com direção e concepção musical, Ligia Chaim com desenho de luz, Roseli Martinelli como assistente de luz, Beatriz Barros, Domenica Ayomi, Paula Picarelli, Giovana Eche na colaboração de dramaturgia, Giovana Eche na idealização, Cris Casagrande com produção executiva e geral, e Samila Zambetti como assistente de produção. Os ingressos são gratuitos (retirada online no site 48h antes de cada apresentação, ou presencial na bilheteria duas horas antes), com classificação de 16 anos e duração de 90 minutos.
No dia 24, domingo, às 11h, na Sala do Conservatório, Choros, Valsas e outros lirismos brasileiros com Heloísa Fernandes, piano e arranjos e Toninho Carrasqueira, flauta e arranjos. Neste espetáculo, além de composições próprias, Heloísa Fernandes e Toninho Carrasqueira apresentam leituras inéditas da música de Chiquinha Gonzaga, Pixinguinha, Moacir Santos e Dominguinhos, entre outros grandes nomes da música brasileira. As músicas são sempre entremeadas de histórias e ‘causos’ sobre seus compositores e outras curiosidades da época com a proposta de sensibilizar o público através das composições de alguns dos nossos mais inspirados e criativos mestres.
O repertório terá Rosa, de Pixinguinha, Querida por Todos, de Joaquim Callado, Sonhando, de Chiquinha Gonzaga, e Desprezado, de Pixinguinha, entre outras músicas dos compositores. Os ingressos são gratuitos, a classificação é livre e tem duração de 80 minutos, sem intervalo.
Mais informações disponíveis no site.
(Fonte: Com Letícia Santos/Assessoria de Imprensa TMSP)
O aumento das temperaturas globais torna nosso planeta cada vez mais inabitável e está perturbando processos vitais nos oceanos, levando a Amazônia ao limite de um colapso em grande escala e colocando em risco uma geração ainda não nascida, aumentando as chances de complicações na gravidez e até mesmo de perdas. Essa é uma das conclusões do relatório anual 10 Novos Insights em Ciência Climática, lançado nesta segunda (28) pela The Earth League, um consórcio internacional de cientistas e especialistas em clima.
O trabalho revela o impacto avassalador das mudanças climáticas, que podem reverter décadas de progresso em saúde materna e reprodutiva e contribuir para eventos de El Niño mais extremos e causadores de prejuízo, além de ameaçar a Amazônia, um dos mais importantes sumidouros naturais de carbono, juntamente com outros sete insights climáticos cruciais.
O relatório abrange uma gama de pesquisas climáticas e foi elaborado para subsidiar os formuladores de políticas com o conhecimento mais recente disponível. As informações científicas foram sintetizadas para destacar as implicações políticas que podem orientar as negociações na COP29, que ocorre em novembro, no Azerbaijão, e direcionar as políticas nacionais e internacionais.
“O relatório confirma que o mundo enfrenta desafios em escala planetária, desde o aumento das emissões de metano até a vulnerabilidade de infraestruturas críticas. Ele mostra que o aumento do calor, a instabilidade dos oceanos e a possível virada da Amazônia podem empurrar partes do nosso planeta além dos limites habitáveis. No entanto, também oferece caminhos claros e soluções, demonstrando que, com ação urgente e decisiva, ainda podemos evitar resultados incontroláveis”, diz Johan Rockström, co-presidente da The Earth League e diretor do Instituto Potsdam de Pesquisas sobre o Impacto Climático, na Alemanha.
“O relatório revela o alcance dos impactos da mudança do clima em diferentes sistemas ecológicos, econômicos e sociais. Com menos ambientes habitáveis, a migração de populações pode se intensificar. Também existe um impacto importante na saúde materna, que pode perdurar por gerações”, afirma Mercedes Bustamante, professora da UnB (Universidade de Brasília) e membro do conselho editorial da publicação.
Segundo ela, no Brasil, há uma articulação entre as ações do país para reduzir o desmatamento e a degradação da Amazônia e as iniciativas internacionais para diminuir as emissões de gases de efeito estufa, que afetam o bioma de forma sinérgica. Apesar dos desafios globais em intensificação, ela ressaltou que há um conjunto de políticas e soluções que podem ser implementadas para enfrentar as mudanças climáticas de maneira eficaz. Diante das ameaças à saúde materna, essas soluções integram, por exemplo, ações de equidade de gênero e justiça climática.
O relatório também destaca dois grandes desafios para o mundo natural. O aquecimento dos oceanos persiste e os recordes de temperatura da superfície do mar continuam a ser quebrados, levando a eventos de El Niño mais severos do que se compreendia anteriormente. Segundo o relatório, as perdas econômicas globais adicionais projetadas devido ao aumento na frequência e intensidade do El Niño, resultante do aquecimento global, podem chegar a quase 100 trilhões de dólares ao longo do século 21.
A série 10 Novos Insights em Ciência Climática, lançada com a UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas) nas COPs desde 2017, é uma iniciativa colaborativa da Future Earth, da The Earth League e do Programa Mundial de Pesquisa Climática, sintetizando os principais desenvolvimentos recentes na pesquisa sobre mudanças climáticas. O relatório deste ano representa o esforço coletivo de mais de 80 pesquisadores de destaque, provenientes de 45 países.
Veja os 10 insights:
Metano: Desde 2006, os níveis de metano aumentaram drasticamente. Já existem soluções econômicas, mas políticas rigorosas são necessárias para reduzir suas emissões nos setores de combustíveis fósseis, resíduos e agricultura.
Poluição do ar: A redução da poluição atmosférica melhora a saúde pública, mas afeta o clima de forma complexa, exigindo que as estratégias de mitigação e adaptação levem isso em consideração.
Calor extremo: Temperaturas e níveis de umidade crescentes estão tornando partes do planeta inabitáveis. Planos de ação contra o calor precisam priorizar os grupos mais vulneráveis.
Saúde materna e reprodutiva: Extremos climáticos estão prejudicando a saúde materna, ameaçando décadas de progresso. Soluções precisam integrar equidade de gênero e justiça climática.
Mudanças nos oceanos: O aquecimento dos oceanos agrava eventos de El Niño e ameaça a estabilidade de sistemas marinhos, podendo causar perdas econômicas globais massivas.
Resiliência da Amazônia: A diversidade biocultural ajuda a Amazônia a resistir às mudanças climáticas, mas essas ações locais precisam ser complementadas por reduções globais de emissões.
Infraestruturas críticas: Infraestruturas estão cada vez mais vulneráveis a desastres climáticos. Ferramentas de IA podem ajudar a torná-las mais resilientes.
Desenvolvimento urbano: Poucas cidades integram mitigação e adaptação em seus planos climáticos. Uma abordagem que combine fatores sociais, ecológicos e tecnológicos pode ajudar no desenvolvimento resiliente.
Minerais de transição energética: A demanda por minerais de transição está aumentando, assim como os riscos na cadeia de suprimentos. Melhor governança é essencial para uma transição justa.
Justiça climática: A aceitação pública das políticas climáticas depende de sua percepção de justiça. A exclusão dos cidadãos no processo de formulação pode gerar resistência.
(Fonte: Agência Bori)