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Campinas recebe exposição ‘Nos Braços do Violeiro’ a partir de 31/5

Campinas, por Kleber Patricio

Exposição ‘Nos Braços do Violeiro’ reúne viola, HQ e arte contemporânea. Fotos: Divulgação/EBF Comunicação.

A exposição ‘Nos Braços do Violeiro’, do desenhista e músico Yuri Garfunkel, com curadoria de João Carlos Villela, estreia na próxima sexta-feira (31/05), às 20h, no Centro Cultural Casarão, em Barão Geraldo, Campinas. Com entrada gratuita, o evento terá bate-papo com o ilustrador e artista plástico Zé Otávio e roda de viola com os músicos Lula Fidalgo, João Arruda e Tião Mineiro.

Na mostra ‘Nos Braços do Violeiro’, o público tem a oportunidade de apreciar as páginas originais da HQ ‘A Viola Encarnada: Moda de Viola em Quadrinhos’, um romance gráfico inspirado em mais de 80 canções do repertório caipira com roteiro e artes visuais Yuri Garfunkel. O visitante poderá apreciar também o instrumento inspirado na viola vermelha de Tião Carreiro e encomendada ao Luiz Armando da luthieria Trevo exclusivamente para este projeto e até montar sua própria história em um quadro interativo.

Yuri Garfunkel e João Carlos Villella são os idealizadores da exposição ‘Nos Braços do Violeiro’.

Premiada pelo Programa de Ação Cultural (ProAC) 2019 e com introdução escrita pelo violeiro, professor e pesquisador Ivan Vilela, a HQ ‘A Viola Encarnada: Moda de Viola em Quadrinhos’ foi indicada ao prêmio HQ MIX na categoria Melhor Adaptação em 2020. Umas das propostas da exposição, contemplada pelo ProAC Circulação, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado, é promover a interação do público com os processos criativos do artista.

Programação da estreia

A partir das 20h desta sexta-feira (31/5), o público poderá visitar a exposição. Yuri Garfunkel comandará um bate-papo com o ilustrador e artista plástico Zé Otávio e com os músicos João Arruda e Tião Mineiro. Na sequência Garfunkel e o músico Lula Fidalgo promoverão uma roda de viola com João Arruda e Tião Mineiro.

Festival Viola da Terra

A exposição ‘Nos Braços do Violeiro’ também integrará a programação presencial da 3ª edição do Festival Viola da Terra, a ser realizado nos dias 15 e 16 de junho no Centro Cultural Casarão. No sábado (15), a mostra de Yuri Garfunkel terá visita guiada das 14 às 18h e, no domingo, das 11 às 18h. Ainda no domingo, às 12h30 será realizada uma Prosa de Viola em Quadrinhos com Yuri Garfunkel e Lula Fidalgo. Confira a programação em @festivalvioladaterra.

Universo da música caipira e artes visuais

Garfunkel conta que a ideia inicial da Viola Encarnada era traduzir o universo da música caipira para a linguagem dos quadrinhos e das artes visuais. “Criar um ponto de vista para diálogos contemporâneos com a nossa cultura. A estreia da exposição concretizou essa vontade. Foi um grande encontro de pessoas interessadas em participar desse diálogo e um primeiro passo muito especial para circulação que faremos durante esse ano”, declara Yuri. Inspirado nesse universo, o público também poderá montar sua própria história em um painel com imãs das imagens da HQ. Oportunidade para soltar a criatividade e fazer parte da mostra.

Para propiciar uma imersão na HQ como um todo, a exposição disponibiliza áudios das mais de 80 músicas do repertório caipira. O material possui recursos de acessibilidade como audiodescrição, textos em braile e em alguns dos encontros promovidos com o público, como rodas de viola e bate-papo, terão tradução em Libras. Por ser uma exposição multidisciplinar sobre um instrumento singular que marca a nossa história musical, um dos objetivos dos idealizadores é compartilhar o conteúdo com um público diverso, inclusive estudantes, universitários e grupos de idosos e outros interessados. “Essa é uma exposição que mescla Arte Contemporânea, História em Quadrinhos e Música Caipira; por isso, a intenção em cada uma das 6 cidades por onde passaremos é dialogar, trocar e aprender com os agentes locais de cada um desses campos”, explica João Carlos Villela.

‘A Viola Encarnada’

Em suas páginas, a obra ‘A Viola Encarnada’ conduz o leitor para uma viagem sonora afinada e cheia de história, a partir de uma viola avermelhada nas mãos de um violeiro e de um vaqueiro, numa jornada que percorre os sertões até chegar na cidade grande, testemunhando a história da música caipira desde suas origens rurais.  Yuri Garfunkel detalha que a ideia da HQ se formou ao longo de muitos anos ouvindo música caipira. De modo geral, e no gênero Moda de Viola principalmente, ele explica que as canções descrevem narrativas tão intensas que muitas músicas inspiraram filmes. “Mas até agora não conheço outra graphic novel feita a partir desse repertório. Entendi que era um trabalho que poucos poderiam pôr em prática e mergulhei de cabeça. No final de 2017 eu já tinha clara a estrutura do roteiro, fui a uma palestra do Ivan Vilela e me apresentei a ele que se interessou imediatamente pelo projeto e começamos a trabalhar”, relembra.

Garfunkel conta que Vilela sugeriu uma que a história fosse além dos temas mais faroeste previstos inicialmente, com muito boi e bala. “Ampliamos o roteiro com a origem da viola, derivada de instrumentos mouros e vinda ao Brasil com as primeiras caravelas portuguesas, e com a construção da Viola Encarnada, protagonista da história. Para isso, busquei ajuda do Luiz Armando da luthieria Trevo, que construiu efetivamente a viola em um mês. O Ivan também sugeriu outro desfecho para a HQ, que termina na cidade grande, completando todo o trajeto percorrido pela música caipira”, comenta Garfunkel.

Programação da circulação

A circulação da Exposição ‘Nos Braços do Violeiro’ estreou dia 24/2/24 na Casa Lebre, em Bragança Paulista. No Museu do Folclore, em São José dos Campos, a exposição ficou até 26/5. Em Campinas, a visitação poderá ser feita até dia 20/6. Depois, a mostra seguirá para o Museu MAGMA (Museu Aberto de Geociências, Mineralogia e Astronomia), em Botucatu (22/6 a 26/7); Centro Max Feffer, em Pardinho (27/7 a 25/8) e Instituto Elpídio dos Santos, em São Luís Paraitinga (31/8 a 21/9).

Os idealizadores contam que a proposta de montar a exposição surgiu durante a pandemia de Covid-19. Em outubro de 2021, ‘Nos Braços do Violeiro’ foi apresentada na A7MA Galeria, na Vila Madalena, em São Paulo, com a realização de bate-papo com o curador e convidados como Xênia França, Lucas Cirillo, Shell Osmo e Renato Shimmi e roda de viola com a participação da cantora e violeira Adriana Farias e dos violeiros Gerson Curió e Inimar dos Reis. Em junho de 2022, integrou a Mostra ‘No Braço da Viola’ no Teatro do Sesc Rio Preto. Na ocasião, Yuri Garfunkel apresentou-se ao lado de grandes nomes da viola contemporânea e ministrou oficinas de criação de HQ a partir de modas de viola.

Ficha Técnica ‘Nos Braços do Violeiro’

Yuri Garfunkel: Artista expositor, músico, coordenação geral

João Carlos Villela: Curadoria e Produção Artística

Cris Rangel: Produção Executiva

Lula Fidalgo: Montagem e direção musical

Ellen B. Fernandes: Assessoria de Imprensa

Mário de Almeida: Registro Audiovisual

Rodrigo Camargo: Consultoria Jurídica

Realização: ProAC Editais, Cult SP, Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo de São Paulo

Contato: garfunkelyuri@gmail.com / @yurisopa / facebook.com/yuri.sopa.

Serviço:

Estreia da exposição Nos Braços do Violeiro

Data: 31/5

Visitação: Até dia 20/6 com agendamento pelo (11) 95123-3930 ou garfunkelyuri@gmail.com

Local: Centro Cultural Casarão (R. Aracy de Almeida Câmara, 291 – Barão Geraldo), Campinas, SP

Entrada gratuita

Os idealizadores

O desenhista e músico Yuri Garfunkel.

Yuri Garfunkel: Artista visual, músico e educador – Autor dos romances gráficos ‘A Viola Encarnada: modas de viola em quadrinhos’, indicado ao prêmio HQMIX 2020 na categoria Melhor Adaptação, e ‘A Outra Anita’, sobre a trajetória da pintora Anita Malfatti, lançada em 2022 para o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922. Criador do Sopa Art Br, estúdio de artes visuais, ilustração e design com mais de 10 anos de experiência em comunicação visual ligada à cultura. Desenvolve seu trabalho a partir de pesquisas na união de linguagens artísticas, relacionando HQs com arte urbana, música e educação. Com quatro exposições criadas nesse conceito, circulou por galerias como Coletivo, Matilha Cultural e A7MA, parques e estações do Metrô de São Paulo, e expôs na Argentina, Itália e Espanha. Como músico, Yuri integra desde 2008 o grupo instrumental Kaoll, com o qual gravou 3 álbuns, realizou mais de 300 apresentações pelo Brasil e uma turnê europeia em 2014. Em 2015 Yuri passou a integrar o grupo Pequeno Sertão de música caipira autoral, com quem lançou dois álbuns, em 2016 e 2021. Como educador, Yuri cria e ministra cursos e oficinas de desenho e criação artística com propostas adequadas para diferentes públicos, de crianças e terceira idade à profissionalização, com circulação no Estado de São Paulo pela rede do Sistema S e centros culturais.

João Carlos Villela: Curador, art advisor e produtor – Atua há 12 anos no mercado de arte tendo trabalhado como produtor e diretor de vendas em galerias de arte contemporânea do mercado primário. Como produtor, foi responsável por mais de 30 exposições, em galerias e espaços institucionais como o Centro Universitário Maria Antônia e o Instituto Tomie Ohtake. Entre as exposições que produziu, estão as de artistas como Ana Prata, Claudio Mubarac, Elisa Bracher, Fabio Miguez, Oswaldo Goeldi, Paulo Monteiro e Sergio Lucena. Como pesquisador na Art Options, escritório de consultoria de arte, foi responsável pela aquisição de artistas para coleções privadas e para a coleção corporativa do escritório. Desde 2016, como art advisor e curador independente, assessora colecionadores privados e artistas em desenvolvimento de carreira. Curou a exposição coletiva ‘Campo para o Exercício da Liberdade’ na Funarte-SP em 2018, a exposição individual do artista Lumumba no Matilha Cultural em 2018, a exposição ‘Los Silencios’, sobre o filme homônimo da cineasta Beatriz Seigner no Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca em 2019, e a exposição ‘Nos Braços do Violeiro’, com obras de Yuri Garfunkel em 2021 na A7MA Galeria e em 2022 no Sesc-Rio Preto. Dirigiu e produziu em 2021 os shows Ao Vivo da Mooca e In Goma, do trio instrumental A Timeline, ambos com o respectivo patrocínio e apoio do ProAC SP e do Teatro Arthur Azevedo.

Perfil dos participantes do evento de 31/5

Lula Fidalgo: É músico instrumentista (guitarra, viola caipira e violão de 7 cordas) formado pela ULM, graduado pela Faculdade Paulista de Artes e Mestre em música pela Unicamp. Como compositor, atua em diversos trabalhos autorais, com destaque ao projeto ‘Toca do Canário’, de música instrumental brasileira. Como instrumentista, acompanhou diversos artistas, como Anelis Assumpção, Ari Colares, Paulo Garfunkel, Tião Carvalho, Dinho Nascimento, Alice Caymmi, Ivan Vilela, Edson Lopes, Nãnãna da Mangueira, Gustavo e Mateus, Silvana Teixeira, Cantora Cláudia e Denise Mello.

João Arruda: Músico, cantor, percussionista, violeiro e produtor fonográfico, aascido em Campinas (SP), o artista é comprometido com a valorização e recriação de temas e canções da cultura popular brasileira, bem como de outros países. Seu trabalho está presente em mais de 15 CDs, em que atuou como artista convidado e produtor. Participou de mostras, festivais e programas de rádio e TV além de compor diversas trilhas sonoras para espetáculos, documentários, mostras e filmes. Sua trajetória musical inclui turnês pelo Brasil e exterior. Com o grupo de Pífanos Flautins Matuá Integrou o projeto “Samarro’s Brazil” realizando shows na França e Itália. Em trabalho solo, percorreu a Argentina, Bélgica, França, Inglaterra e País Basco com seu show ‘Entre violas e couros’.  Foi idealizador e é curador do projeto musical ‘Arreuní’, que promove encontros mensais com diversos artistas brasileiros e convidados estrangeiros. Em 2007, gravou o CD ‘Celebrasonhos’ e seu mais novo trabalho solo é o CD ‘Venta Moinho’, lançado em 2014.

Tião Mineiro: É violeiro, cantor, compositor e mestre-embaixador de folia de reis da Companhia de Reis ‘Azes do Brasil’, formada há mais de 20 anos em Campinas. Nascido em Boa Esperança, MG, aprendeu com seu pai as mais variadas tradições da cultura caipira e, em 2009, foi escolhido pelo Ministério da Cultura como Mestre-griô da cidade de Campinas, guardião das tradições. Lançou e, 2013 o CD ‘Acordar com os passarinhos’ (FICC 2012), gravado e dirigido por João Arruda; uma viagem no tempo e no espaço da alegria, do encantamento e do sagrado, suas músicas nos fazem silenciar. E é justamente isso que Tião Mineiro, como seu sorriso maroto e discurso firme nos ensina: a força da fé, da amizade, da solidariedade e da alegria.

Zé Otavio: Formado em Design Gráfico pela Belas Artes de São Paulo, o ilustrador e artista plástico, que mora em Olímpia atualmente, já trabalhou para clientes dentro e fora do Brasil como Festival Lollapalooza, SESC, Car & Driver USA, LATAM, Gol Linhas Aéreas, Folha de SP, Washington Post, Banco do Brasil, Vogue e Elle, dentre outras revistas femininas. Foi convidado a expor seu trabalho na Colômbia, Argentina, Inglaterra, Alemanha, Espanha, Polônia e China. Participou de alguns catálogos de ilustração de uma das maiores editoras de arte do mundo, a Taschen, inclusive sendo um dos 4 brasileiros a integrar a coletânea ‘Illustration Now! Fashion’ com ilustradores de moda de todo o mundo.

(Fonte: EBF Comunicação)

Descubra o Paraíso do Café e da natureza em Manizales

Manizales, por Kleber Patricio

Fotos: Divulgação.

Se você é um amante de café e da natureza e está escolhendo o seu próximo destino de viagem, considere ir a Manizales, na exuberante Colômbia. Lá está a Hacienda Venecia, uma fazenda de café centenária, rústica e encantadora. O lugar serve como um refúgio tranquilo para relaxar longe do ritmo acelerado da cidade, mas também funciona como um espaço aconchegante para dias de romance, contrastando como a parada perfeita para elevar o nível de adrenalina no sangue ou simplesmente enriquecer-se de conhecimento, numa imersão completa no mundo fascinante e aromático do café e sua história.

História – da crise à reinvenção

A história do café na Colômbia remonta ao início do século XIX, quando a cultura foi introduzida no país por meio de sementes trazidas pelo jesuíta José Gumilla. A região fértil e as condições climáticas ideais logo se mostraram propícias para o cultivo do café e, no início do século XX, a economia colombiana passou por um ‘boom’ da cafeicultura.

Mas a crise cafeeira, que atingiu em cheio os produtores colombianos, derrubou os preços do café na década de 1990. Além da implantação de políticas e programas para melhorar a qualidade, sustentabilidade e competitividade do café colombiano no mercado global, foi necessária uma dose a mais de criatividade para explorar outras oportunidades. Assim, uma família tradicional de Manizales, uma das principais zonas cafeeiras do País, precisou se reinventar e resolveu ampliar o leque de atuação. Transformou sua propriedade agrícola em um ponto turístico.

Infraestrutura e segurança – conheça o caminho

O caminho até Manizales é relativamente fácil. Há boa infraestrutura de transporte e serviços, com algumas particularidades que devem ser levadas em consideração, especialmente se a viagem for realizada a noite – falta iluminação e nem todas as vias são asfaltadas. Saindo do Brasil, uma boa sugestão é voar por cerca de 6 horas até a capital colombiana, Bogotá. Planejando com antecedência, você pagará cerca de R$2.500 pelos bilhetes aéreos, já considerando os trechos de ida e volta. De lá, em um voo de apenas 30 minutos, custando aproximadamente R$500 – também de ida e volta, você pode seguir até Pereira – uma cidade próxima de Manizales. O percurso do aeroporto a até a fazenda dura, aproximadamente, uma hora e meia de ônibus e custa cerca de R$26.

Ao contrário do que muita gente pode pensar, a região é segura e em nada se parece com as descrições de uma memória complexa, de insegurança e medo de alguns longos anos. Isso, se algum dia foi verdadeiro, ficou no passado e já não representa a realidade. Na Colômbia, em sua grande maioria, o povo é gentil, educado e acolhedor. Ao ser recebido por lá, a sensação é de que você é um integrante da realeza pronto para viver o melhor que a vida pode oferecer.

As portas do paraíso

Ao chegar à Hacienda Venecia, você será recebido pela aura acolhedora das montanhas que cercam a propriedade, bem como pelo aroma tentador de grãos de café recém torrados e pessoas alegres, prestativas e bastante carinhosas. Esta fazenda tornou-se mais do que um local de produção de café para dar lugar a um belíssimo santuário em meio à natureza de clima equatorial, de altitudes variadas e temperaturas amenas, geralmente entre 16°C e 26°C. A paisagem é indescritível, mas de tirar o fôlego – no bom sentido, apesar da altitude. Plantações exuberantes, vales verdejantes e vistas panorâmicas te fazem pensar na ideia de ter chegado ao paraíso.

Hospitalidade

São diversas opções de hospedagem, mas todas combinam conforto e autenticidade. Você pode escolher ficar em um dos quartos da casa principal, todos com banheiros individuais – um imóvel de arquitetura rustica, que combina madeira, bambu e alvenaria, que conta a história da Colômbia e do café – naturalmente – em cada cantinho. A cozinha é coletiva e há espaços comuns com redes e poltronas: ambiente convidativo para muitos cafés. Para os dias de calor, há uma piscina e espreguiçadeiras. A diária custa cerca de R$1 mil reais.

No mesmo terreno, há o Coffee Lodge, com acomodações igualmente encantadoras, mas com um preço mais acessível. Há, também, opções de dormitórios e banheiros compartilhados, a partir de R$74 por noite. Quartos privados, apenas com banheiro compartilhado, custando em torno de R$160. E ainda quartos com banheiros privativos e café da manhã incluso por R$560, aproximadamente.

Experiências de Turismo

Uma das experiências imperdíveis durante sua estadia na Hacienda Venecia é o tour pelas plantações de café. Você terá a oportunidade de caminhar entre as fileiras de cafés cuidadosamente cultivados e aprender sobre o processo de cultivo, da colheita dos grãos até a torra. Ao final, você poderá participar de workshops e saborear um café fresco contemplando a natureza. A fazenda também oferece oficinas de rum, chocolate e banana, igualmente tradicionais por lá.

Para os mais aventureiros, a região ao redor de Manizales também oferece inúmeras atividades para explorar. De trilhas escondidas na floresta tropical a vistas deslumbrantes de vulcões cobertos de neve, há opções para todos os gostos – e níveis de preparo físico.

Se você está em busca de dias de paz e calma, as varandas que circundam a propriedade, bem como os belíssimos jardins, são convidativas para prática de ioga, pilates, meditação e até uma boa leitura – acompanhada de um café fresquinho, claro.

Prestígio e fama

Divulgação RCN | Reprodução da internet.

Muitas fazendas de café na região oferecem tours e experiências interativas para os visitantes. Ali, bem pertinho da Hacienda Venecia, você que é um noveleiro de plantão poderá conhecer os cenários da encantadora Café com Aroma de Mulher. Trata-se das instalações onde ocorreram as gravações da última versão da novela colombiana que ganhou os corações mundo afora, contando a história de amor de uma coletora de café e um rapaz de família tradicional e nobre – donos de uma das principais fazendas de café.

A Hacienda Venecia também está ligada com a novela. Os atores principais – entre eles William Levy, Laura Londoño e Carmen Villalobos – ficaram hospedados na casa principal da fazenda durante as gravações.

Em resumo, uma viagem à Hacienda Venecia, em Manizales, na Colômbia, é muito mais do que uma simples escapada turística – é uma imersão completa no mundo cativante e saboroso do café, combinada com a beleza intocada da natureza colombiana. Inclua o destino na programação da sua próxima viagem. Prepare-se para viver uma experiência que despertará todos os seus sentidos e deixará uma marca duradoura em sua memória.

(Fonte: Envios Comunicação)

Dia da Tartaruga: trabalho de preservação do animal se tornou atração turística

Brasil, por Kleber Patricio

Foto: Kris-Mikael Krister/ Unsplash.

A morte de 11 tartarugas marinhas em uma só noite, pelas mãos de pescadores no Atol das Rocas, no Rio Grande do Norte, chocou um grupo de estudantes de oceanografia que pesquisavam no local, em 1977. Três anos depois, em 1980, nasceu, desta tragédia ambiental, um dos maiores e mais longínquos projetos de preservação animal do mundo: o Tamar. Neste 23 de maio, Dia Mundial da Tartaruga, o Ministério do Turismo destaca a importância deste trabalho, não apenas pela conservação e pesquisa sobre as tartarugas marinhas, como também pelo impulsionamento que a organização gera para o turismo.

Já consolidada na luta pela preservação desta espécie, a Fundação Projeto Tamar deu início, em 2001, aos Centros de Visitantes, que ficam nas regiões litorâneas com potencial turístico e recebem atualmente 1 milhão de turistas por ano. Estes espaços estão localizados na Praia do Forte (BA), em Florianópolis (SC), Fernando de Noronha (PE), no Oceanário de Aracaju (SE), em Ubatuba (SP) e em Vitória (ES).

Segundo a organização, “eles funcionam como núcleos de sensibilização e educação ambiental, além de oferecerem lazer, entretenimento e serviços. Junto com as lojas, são estruturas fundamentais de geração local de emprego e renda”. Somando os Centros de Visitantes ao restante da estrutura do Tamar presente em oito estados, o projeto emprega cerca de 1,8 mil pessoas.

Atrações

Os turistas que visitam as dependências do Tamar têm a oportunidade de conhecer também os museus que mostram o trabalho feito por mais de 40 anos em prol das tartarugas. As visitas guiadas ajudam os visitantes a compreenderem a importância destes animais para todo o ecossistema dos oceanos. Afinal, elas influenciam outros animais marinhos. “Peixes, crustáceos, moluscos, esponjas e medusas dependem delas para viver, assim como as formações de mangues, bancos de areia, de gramas marinhas e de algas, de corais, de recifes e de ilhotas”, explica um estudo feito pelo Tamar.

Como a Fundação Projeto Tamar é uma organização sem fins lucrativos, os valores arrecadados com os serviços turísticos são destinados para a continuação do trabalho em prol de cinco espécies de tartarugas marinhas presentes no Brasil. Os resultados ao longo destes mais de 40 anos são animadores, como a tendência de recuperação das populações de quatro espécies de tartarugas marinhas, com uma delas permanecendo estável e, em média, 25 mil ninhos protegidos a cada temporada de desova.

No dia dedicado a este animal tão especial para o ecossistema, é importante lembrar que, além das tartarugas marinhas, o Brasil também possui em seus biomas outras variedades: a tartaruga terrestre, que chamamos popularmente de jabuti, e as tartarugas que vivem na água e na terra, que são mais conhecidas como cágados. Que saibamos cada vez mais o valor destes bichos para a sobrevivência da espécie e de outras tantas.

Para visitar as atrações da Fundação Projeto Tamar, clique aqui e escolha um dos destinos disponíveis.

(Fonte: Ministério do Turismo/Governo do Brasil)

PUCRS realiza pesquisa emergencial sobre situação dos desabrigados

Porto Alegre, por Kleber Patricio

Abrigo do Parque Esportivo da PUCRS. Foto: Giordano Toldo/PUCRS.

Os cursos de Ciência da Computação e de Arquitetura e Urbanismo, da Escola Politécnica da PUCRS, convocaram estudantes e se uniram com o objetivo de avaliar as dimensões das enchentes, os deslocamentos populacionais, as condições dos abrigos emergenciais, as perspectivas de continuidade, analisando o espaço físico e demandas para projetar alternativas futuras. O trabalho colaborativo, liderado pelas professoras Soraia Musse e Cibele Figueira, também conta com doutores, doutorandos e graduandos do VHLab da PUCRS e outras instituições de ensino, pesquisadores da UFRGS e o arquiteto Rodrigo Marsillac, da prefeitura de Porto Alegre.

“Utilizando-se modelos computacionais de dinâmica populacional, pretende-se simular o cenário atual e cenários futuros que ainda possam ocorrer em decorrência de aumentos de chuvas, novos bairros alagados e evacuados ou ainda imigração de pessoas de fora de Porto Alegre para os abrigos”, explica a professora de Ciência da Computação, Soraia Musse.

O simulador LODUS, criado por Gabriel Fonseca, doutorando orientado por Soraia no Programa de Pós–Graduação em Ciência da Computação (PPGCC), foi utilizado para simular situações reais e que ainda não ocorreram, tanto da dinâmica de movimentação das populações, quanto dos seus perfis, em caso de bairros afetados. Também é possível estimar as necessidades de provisões por pessoa, no tempo e no espaço, estimar necessidades de abrigos que precisam ser abertos e até simular pessoas nos abrigos.

“Fazemos projeções com base em dados reais e abertos disponibilizados no site AbrigosRS, criado por voluntários, prevendo futuros que esperamos que não aconteçam. Quero ser otimista e dizer que nossas projeções estão sendo pessimistas”, ressalta a professora.

Os dados fornecidos pelo site também permitem que os pesquisadores realizem um trabalho de simulação de deslocamento, nos casos de pessoas que precisam ir para um abrigo ou mudar de local, por exemplo. Os mais de 100 abrigos da cidade estão no mapa, com sua taxa de lotação indicada e última data de atualização disponível.

Outra frente deste amplo trabalho de pesquisa é observar e relatar a situação atual dos abrigos de Porto Alegre, como um primeiro foco, para que fique de registro para eventuais cenários que possam voltar a acontecer no futuro. Pensando que muitos dos locais que servem de abrigo funcionando normalmente, como escolas, clubes, igrejas e outros, o grupo também pensará alternativas de acolhimento para quem não conseguir sair do abrigo até o prazo de reabertura de atividades.

Nesta parte, os pesquisadores de Arquitetura e Urbanismo também pensam em como adaptar construções para que sirvam ao propósito de receber centenas de pessoas. Um dos objetivos é criar um guia para construção de abrigos, contendo as necessidades mínimas para ocupação de pessoas, assim como previsão de insumos necessários para a população abrigada. Com a evolução da pesquisa, a ideia é apresentar os resultados ao poder público.

(Fonte: PUC RS)

Associação entre a porcentagens de votos em Bolsonaro e de excesso de mortes durante os picos da pandemia foi encontrada em cidades do Sul-Sudeste e Centro-Oeste do país

Brasil, por Kleber Patricio

Associação entre a porcentagens de votos em Bolsonaro e de excesso de mortes durante os picos da pandemia foi encontrada em cidades do Sul-Sudeste e Centro-Oeste do país. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.

O contexto de polarização política pode ter prejudicado a vida de centenas de brasileiros nos últimos anos. Segundo pesquisa inédita liderada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), os municípios brasileiros com porcentagem maior de votos em Jair Bolsonaro no primeiro turno nas eleições presidenciais de 2018 e de 2022 também foram os que registraram mais excesso de mortes nos picos da pandemia de Covid-19, em agosto de 2020 e abril de 2021. Os resultados, desenvolvidos em colaboração com a Fiocruz Bahia e Universidade Federal da Bahia (UFBA), estão em artigo publicado na segunda (20) na revista científica ‘Cadernos de Saúde Pública’.

Com base nas tensões políticas vividas nos dois últimos pleitos, intercaladas por uma pandemia que vitimou 710 mil brasileiros, os pesquisadores buscaram por possíveis associações entre a distribuição espacial de votos das eleições presidenciais de 2018 e 2022 e excesso de mortes por município durante a emergência sanitária.

Segundo a análise, os municípios brasileiros tiveram um excesso de mortes de 23%, em agosto de 2020, e 44%, em abril de 2021, em comparação à média mensal de mortes por município nos cinco anos anteriores à pandemia. Cerca de 13% e 23% desse excesso de mortes foi devido à Covid-19. Em termos gerais, cada aumento de 1% dos votos municipais para Bolsonaro, de 2018 a 2022, correspondeu a um aumento de 0,48% a 0,64% no excesso de mortalidade municipal durante os picos da pandemia.

Para chegar a essa equação, foram utilizados dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, da Justiça Eleitoral e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O excesso de mortes para cada município foi calculado comparando o número de mortes nos meses de 2020 e 2021 com a média mensal de mortes nos cinco anos anteriores à pandemia de Covid-19. A análise considerou os votos nos primeiros turnos de eleições para presidente de 2018 e 2022 para o Partido Social Liberal (PSL) e Partido Liberal (PL), de Bolsonaro, e para o Partido dos Trabalhadores (PT).

“Ao analisar os mapas descritivos de excesso de óbitos e sua distribuição no espaço, percebemos que tinha um padrão espacial muito semelhante à distribuição espacial do eleitorado Bolsonaro em 2018 e 2022”, comenta o autor do estudo, pesquisador da Unicamp Everton Campos de Lima. Essa distribuição se concentrou em municípios do Sul-Sudeste e Centro-Oeste do país, além de grandes centros urbanos de outras regiões do Brasil. “Um ponto interessante é que o padrão espacial do eleitorado pró-Bolsonaro se manteve quase inalterado em quatro anos”.

Ao contrário do que se esperava, o alto número de mortes nos picos da pandemia não se traduziu em menor adesão do eleitorado ao Bolsonaro em 2022. E os resultados seguiram com associação positiva entre municípios com alto número de mortes e maioria de votos em Bolsonaro neste segundo pleito. Por outro lado, a candidatura opositora, liderada pelo PT, teve associação negativa entre votos e mortes, levantando a hipótese de que pessoas no outro espectro político tenham adotado medidas preventivas e sanitárias de forma mais intensa durante a pandemia.

Em parte, a relação entre excesso de mortes e votos pode ser explicada pela descrença de lideranças políticas da gestão Bolsonaro na gravidade da pandemia, o que provocou atrasos na campanha de vacinação no momento em que o Brasil se tornava um dos principais epicentros da Covid-19 e da mortalidade no mundo. “O voto pode representar um conjunto de atitudes do eleitorado em sintonia com as ações de seu líder político, mas também pode refletir nas medidas sanitárias inadequadas adotadas pelos governos municipais onde Bolsonaro teve grande número de eleitores”, explica Lima.

Chamada pelos estudiosos de ‘polarização afetiva’, a postura política do ‘nós contra eles’ criou bolhas sociais distintas, que recebem diferentes tipos de informação. Segundo Lima, esse contexto polarizado pode prejudicar, inclusive, a implementação de políticas públicas, como aconteceu com a campanha de vacinação de Covid-19. “A todo instante, a ciência pode sofrer represálias, principalmente quando os resultados de uma pesquisa não condizem com as crenças de um dos lados políticos”, pontua o pesquisador. Para reverter esse quadro, o trabalho sugere expor a população a opiniões contrárias à sua posição política.

(Fonte: Agência Bori)