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Conservação de vegetação nativa é fundamental para combate às mudanças climáticas, advertem cientistas

Amazônia, por Kleber Patricio

Mudanças climáticas podem levar à perda de biodiversidade: imagem mostra vista panorâmica de floresta nativa. Foto: Dezalb/Pixabay.

A mitigação do impacto das mudanças climáticas na perda de biodiversidade passa por adotar medidas que preservem a vegetação e o solo nativos, já que eles são responsáveis por estocar carbono. Seria preciso evitar a fragmentação desses ambientes e realizar a correta recuperação de áreas degradadas. É o que dizem pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Centro de Conhecimento em Biodiversidade, em parceria com colegas de instituições estrangeiras, em reflexão publicada na revista científica ‘BioScience’ nesta quinta (23).

Dentre as principais recomendações dos especialistas, estão a coibição do plantio de florestas baseadas em espécies exóticas, como pinus ou eucalipto, e a promoção de um uso mais consciente da terra para atividades agrícolas, o que evitaria a expansão de áreas de cultivo.

Com uso da literatura científica recente, os pesquisadores elencam seis pontos-chave para mitigar as mudanças climáticas: a conservação de estoques e sumidouros de carbono, a restauração adequada de áreas degradadas, a conservação integrada de fauna e flora locais, o investimento em mais produtividade agrícola em vez da devastação de novas áreas naturais para cultivo, a incorporação de medidas práticas para sustentabilidade por empresas e instituições financeiras e a colaboração entre especialistas para alinhar políticas e ações necessárias aos desafios ambientais. Esse último ponto poderia ser feito por meio da união das Conferências das Nações Unidas (COPs) sobre Biodiversidade e Clima, que atualmente têm calendários distintos de realização.

A substituição de ecossistemas originais por florestas plantadas, por exemplo, pode aumentar as emissões de gases causadores do efeito estufa. Isso acontece porque o processo de tirar a vegetação original deixa o solo exposto, o que faz com que ele libere mais carbono. Por consequência, isso pode ampliar o impacto dos eventos climáticos extremos, como secas e enchentes. Os autores alertam: “ao introduzirmos um número limitado de espécies não nativas em uma determinada região, podemos, inadvertidamente, destruir a funcionalidade ecológica do ambiente, o que pode refletir na capacidade de fornecer nascentes de água, manter polinizadores para agricultura, controlar a umidade e o clima e influenciar o regime de chuvas”.

Em áreas como a Amazônia, os cientistas enfatizam a prioridade absoluta de parar o desmatamento e a degradação da floresta remanescente – e avaliam que a restauração só se tornará prioridade depois destes objetivos serem alcançados. “Para o Brasil, a mensagem seria a necessidade de elevar muito a prioridade de áreas desmatadas. Apesar de discurso do governo, elas ainda não são tão prioritárias quanto áreas com grandes impactos ambientais de mineração ou energia, agricultura e infraestrutura de transportes”, avalia o pesquisador do INPA Philip Fearnside, um dos autores do artigo.

Os pesquisadores também recomendam aos formuladores de políticas públicas que não aprovem projetos de lei que descaracterizem as áreas de proteção e promovam a expansão de áreas agrícolas. “O Brasil precisa largar de planos de extrair petróleo até a foz do rio Amazonas, de abrir vastas áreas de floresta com rodovias como a BR-319 e AM 366, de legalizar reivindicações de posses em terras públicas, de subsidiar pastagem e soja e de construir mais barragens amazônicas”, conclui Fearnside.

(Fonte: Agência Bori)

Fundação Dorina Nowill para Cegos capacita gratuitamente pessoas cegas e com baixa visão

São Paulo, por Kleber Patricio

Imagem: website Fundação Dorina.

A Fundação Dorina Nowill para Cegos, referência em habilitação e reabilitação de pessoas cegas e com baixa visão, tem se destacado nessa missão de habilitar e reabilitar pessoas, promovendo sua autonomia e independência em todas as fases da vida.

Por meio de programas abrangentes de reabilitação visual, a instituição oferece atendimentos individualizados e em grupo, desenvolvidos de acordo com demandas e particularidades de cada um, preservando e valorizando sua identidade e história. Desde bebês até idosos, são oferecidas, de forma gratuita e sem a necessidade de encaminhamento, intervenções especializadas para habilitar e reabilitar no desenvolvimento infantil, nas habilidades motoras, cognitivas, linguísticas e sociais, apoiar o desempenho e aprendizado de crianças e adolescentes cegos e com baixa visão, promover o desenvolvimento pessoal, resgatar e fortalecer a autoestima, autonomia e independência de jovens, adultos e idosos.

Além disso, a Fundação realiza um importante trabalho junto às famílias, oferecendo orientações sobre a deficiência visual, fortalecendo vínculos e promovendo o papel protetivo da família e como primeiro núcleo de inclusão da pessoa com deficiência visual. Os atendimentos incluem diversas áreas, como Serviço Social, Psicologia, Pedagogia, Terapia Ocupacional, Fisioterapia, Orientação e Mobilidade, Oftalmologia e Ortóptica. Ao chegar à Fundação, os clientes passam por uma avaliação inicial para identificar suas necessidades e expectativas e são encaminhados para os serviços adequados.

Durante a pandemia, a Fundação Dorina adaptou seus atendimentos para o formato remoto, expandindo sua atuação para outros estados do Brasil. Mesmo com o retorno dos serviços presenciais, o modelo híbrido foi mantido para garantir o acesso contínuo à reabilitação visual.

Como parte de seu compromisso com a inclusão, a Fundação Dorina desenvolve projetos de empregabilidade, capacitação profissional, livros em formatos acessíveis através da plataforma Dorinateca e parcerias para soluções de acessibilidade, promovendo a inclusão em todos os aspectos da vida. Com uma atuação em constante evolução e expansão, a instituição mantém vivo o legado de sua fundadora, proporcionando autonomia e independência para pessoas cegas e com baixa visão em todo o Brasil.

Para mais informações sobre os serviços da Fundação, basta acessar o site.

Sobre a Fundação Dorina Nowill para Cegos

A Fundação Dorina Nowill para Cegos é uma organização sem fins lucrativos e de caráter filantrópico. Há 78 anos se dedica à inclusão social de crianças, jovens, adultos e idosos cegos ou com baixa visão. A instituição oferece serviços gratuitos e especializados de habilitação e reabilitação, dentre eles habilitação e reabilitação e clínica de visão subnormal, além de programas de inclusão educacional e profissional.

Responsável por um dos maiores parques gráficos braille em capacidade produtiva da América Latina, a Fundação Dorina Nowill para Cegos é referência na produção e distribuição de materiais nos formatos acessíveis braille, áudio, impressão em fonte ampliada e digital acessível, incluindo o envio gratuito de livros para milhares de escolas, bibliotecas e organizações de todo o Brasil.

A instituição também oferece uma gama de serviços em acessibilidade, como cursos, capacitações customizadas, audiodescrição e consultorias especializadas como acessibilidade arquitetônica e web. Com o apoio fundamental de colaboradores, conselheiros, parceiros, patrocinadores e voluntários, a Fundação Dorina Nowill para Cegos é reconhecida e respeitada pela seriedade de um trabalho que atravessa décadas e busca conferir independência, autonomia e dignidade às pessoas com deficiência visual. Mais detalhes no site.

(Fonte: Assessoria de Imprensa Fundação Dorina Nowill para Cegos)

Cristian Duarte em companhia apresenta ‘e nunca as minhas mãos estão vazias’

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Mayra Azzi.

O mais recente trabalho de Cristian Duarte em companhia, ‘e nunca as minhas mãos estão vazias’, usa o poema da portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen, declamado por Maria Bethânia, como ponto de partida: “Apesar das ruínas e da morte/ Onde sempre acabou cada ilusão/ A força dos meus sonhos é tão forte/ Que de tudo renasce a exaltação/ E nunca as minhas mãos ficam vazias”. Contemplado pela 32ª Edição do Programa Municipal de Fomento à Dança para a cidade de São Paulo — Secretaria Municipal de Cultura, a peça, que faz parte do projeto Kintsugi, se apresenta no Sesc Pompeia de 30 de maio a 9 de junho de 2024, de quinta a sábado, às 21h e aos domingos, às 18h; no dia 30, feriado de Corpus Christi, a estreia acontece às 18h.

Com nove artistas em cena – Aline Bonamin, Allyson Amaral, Andrea Rosa Sá, Danielli Mendes, Felipe Stocco, Gabriel Fernandez Tolgyesi, Leandro Berton, Maurício Alves e Paulo Carpino –, o diretor usa a experiência física e afetiva de cada um para trazer gestos e movimentos para a composição coletiva. Esses movimentos dão forma a construções, desconstruções e reconstruções, provocados pelo entorno de cada um e pela realidade em meio a guerras, devastação e desigualdades em diferentes esferas e escalas, mas que ainda assim percebem uma fresta. Apesar de várias e tantas mortes, ainda há vida.

“Busco fazer com a dança um momento de reflexão, de deleite ético e estético. Uma oportunidade de olhar e sentir o mundo sob outras perspectivas. Nesta peça, mãos é metáfora de corpo que compreende estar sempre impregnado de experiências, vícios, convicções e ficções. Não é possível começar do zero. Não existe zero. Não existe vazio. Estamos sempre fazendo escolhas a partir das coisas que nos compõem diariamente. Os livros, as séries, os filmes, os quadros, a rua, a família, o que comemos, as pequenas e grandes indignações diárias, sentimentos e emoções que desencadeiam afetos e consequentemente, gestos e escolhas. O elenco desta criação é formado por uma diversidade de pessoas com experiências de dança, de vida, distintas”, diz Cristian Duarte.

Em ‘e nunca as minhas mãos estão vazias’, o público acompanha três roteiros que acontecem simultaneamente com bastante rigor no palco: um roteiro para a trilha sonora, composta e executada ao vivo pelo elenco; ao mesmo tempo, os intérpretes também executam um roteiro coreográfico individual e em conjunto bastante orientado pela espacialidade; e, por fim, um roteiro de figurino que se transforma durante a peça.

Sobre o Projeto Kintsugi

A coreografia ‘e nunca as minhas mãos estão vazias’ faz parte do projeto Kintsugi. O termo foi difundido na internet nos últimos anos e, de modo geral, trata-se de uma arte japonesa na qual uma peça de cerâmica quebrada é reparada com um verniz contendo ouro. Nessa arte, não se escondem os remendos da cerâmica quebrada, destaca-se a visibilidade das fissuras, enaltecidas pelo ouro, salientando as imperfeições das trajetórias, as histórias percorridas pela peça de cerâmica e gerando significados singulares da existência ali presente.

O projeto Kintsugi adotou esse nome como uma metáfora aos processos de continuidade de Cristian Duarte em companhia para pensar memória, resiliência e perseverança. Olhar para os mais variados pedaços daquilo que já fizemos, tocando em perspectivas do que éramos e o do que somos, em gerúndio, como água, um rio-mar que não pára de correr ressignificando a cada instante onde você está e aquilo que é capaz de perceber. Kintsugi foi também metáfora propulsora para reencontrar a site-específica ‘Despedançada’ – uma coreografia realizada em modo virtual durante a pandemia de Covid composta por um site que abriga mais de 25 ‘pedaços’ de dança. Pedaços compostos por danças em áudios, vídeos e fotografias extraídas de diferentes referências artísticas, como Isadora Duncan, Linn da Quebrada, Maya Deren, Anna Halprin e Augusto Omolú, entre outros.

Kintsugi envolveu diversas ações e etapas; dentre elas, períodos de imersão apelidados de cacos. Foram 5 cacos, exercícios cênicos feitos pelo elenco dividido em partes. Diferente do habitual ensaio com todo o elenco, os cacos foram imersões feitas por 4 duplas e 1 trio, nas quais os performers vivenciaram um processo de criação intensificado junto da direção. Ao final de cada caco realizou-se uma abertura pública intitulada ‘Experimenta’. Além disso, as demais ações do projeto – Jams e Laboratórios – também estimularam o campo investigativo permitindo que outras corpas e subjetividades atravessassem esse contexto, vibrando suas possibilidades e potências.

Em companhia

Cristian Duarte em companhia é uma iniciativa do coreógrafo Cristian Duarte para estar, criar, produzir, difundir, co/mover o pensamento e excitar a percepção com dança junto de artistas que gostam, apoiam e promovem o trânsito entre as diversas áreas do conhecimento, entre linguagens, criando contextos de experimentação e formação em dança na cidade de São Paulo. É um organismo residente na Casa do Povo desde 2013, onde desenvolveu a residência LOTE e atualmente o contexto Z0NA.

Entendendo a força que o estatuto companhia possui, o ato simbólico de nomear não o ser, mas o estar em companhia, reflete uma realidade afetiva mais conectada e coerente com os sentidos. Estar em companhia pressupõe acompanhar o outro ao seu lado. Faz questão de estar, pois é na manutenção das presenças e do presente que este movimento persiste. Este exercício político e estético está escrito na trajetória de Cristian Duarte em companhia enquanto bando.

FICHA TÉCNICA

Uma produção de Cristian Duarte em companhia

Coreografia e Direção: Cristian Duarte

Criação e Dança: Aline Bonamin, Allyson Amaral, Andrea Rosa Sá, Danielli Mendes, Felipe Stocco, Gabriel Fernandez Tolgyesi, Leandro Berton, Maurício Alves e Paulo Carpino

Acompanhamento dramatúrgico: Júlia Rocha

Concepção sonora e Figurinos: em companhia

Performance sonora: elenco

Operação de som: Tom Monteiro

Iluminação: André Boll/Santa Luz

Fotografia: Mayra Azzi

Produção Executiva em 2023: Rafael Petri/MoviCena

Vídeo e Design: Iago Mati

Realização: 32a Edição do Programa Municipal de Fomento à Dança para a cidade de São Paulo — Secretaria Municipal de Cultura, Bonobos Produções e Z0NA

Apoio: Casa do Povo, Publica e Risotropical

Produção: Corpo Rastreado – Rodrigo Fidelis

Assessoria de Imprensa: Canal Aberto – Márcia Marques, Daniele Valério e Flávia Fontes

@crisduarte_

@zonafora_

cristianduarte.net.

Serviço:

e nunca as minhas mãos estão vazias, com Cristian Duarte em companhia

Sesc Pompeia – Teatro | Rua Clélia, 93, Pompeia, São Paulo, SP

De 30 de maio a 9 de junho de 2024

Horário: quinta-feira a sábado, às 21h; e domingo, às 18h

Dia 30/5, quinta-feira, feriado de Corpus Christi, a apresentação acontece às 18h.

Ingressos: R$50 (inteira); R$25 (meia entrada); R$15 (credencial plena)

Duração: 60 minutos

Classificação: 14 anos.

(Fonte: Canal Aberto Assessoria de Imprensa)

Mee e Ristorante Hotel Cipriani, do Copacabana Palace são premiados com estrela Michelin

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Aniello Cassese, chef que lidera a cozinha do Cipriani. Fotos: Divulgação.

O Copacabana Palace, A Belmond Hotel, localizado no Rio de Janeiro, é o único hotel do país a ter dois restaurantes consagrados com uma estrela Michelin. O fato, inédito na história da hotelaria brasileira aconteceu pela primeira vez em 2019. E este ano, o hotel, que completou 100 anos em agosto de 2023, mantém o posto de maior destino gastronômico da cidade. Além do Copa, a lista de estrelados do grupo Belmond inclui os hotéis Le Manoir Aux Quat’Saisons, no Reino Unido, com duas estrelas; o Hotel Cipriani, em Veneza, com uma estrela; e o Reids Palace, em Portugal, também com uma estrela.

A volta do Guia Michelin ao Brasil, suspenso no fim de 2020, marca a conquista do MEE, pela sétima vez, como o único restaurante pan-asiático do Rio de Janeiro a ostentar uma estrela Michelin. Já o italiano Ristorante Hotel Cipriani, recebe, pela terceira vez, a almejada estrela.

A criação do MEE foi uma resposta a influência cultural da Ásia no Brasil, que refletiu especialmente no cenário culinário. Localizado no antigo espaço do renomado Bar do Copa, o restaurante rapidamente ganhou destaque como uma joia da culinária. O coração do MEE está em seu menu eclético. Os hóspedes e visitantes podem saborear deliciosos preparos inspirados em diferentes países como a Tailândia, Camboja, Malásia, Cingapura, Coreia, Vietnã, China e Japão. Sob o comando do talentoso chef Alberto Morisawa, o restaurante incorpora o espírito da cultura asiática em cada prato, desde os fornecedores até a apresentação.

O chef Alberto Morisawa, que comanda a cozinha do MEE.

O Ristorante Hotel Cipriani é liderado pelo chef italiano Aniello Cassese. Conhecido como Nello, o chef chegou ao restaurante em novembro de 2016, desde então, realiza um trabalho minucioso de pesquisa de ingredientes e busca pelos melhores produtos do mercado. Além do trabalho no Cipriani, Nello é hoje chef executivo do Copa e diretor culinário de todas as propriedades Belmond da América do Sul.

“Ganhar uma estrela Michelin, considerado o Oscar da gastronomia, tem um significado enorme. Muitos chefs, assim como eu, têm esse objetivo na vida profissional, almejam esse reconhecimento. Claro que essa caminhada não é fácil, é um longo processo no qual o restaurante e o chef precisam mostrar consistência. Além disso, outros pontos, como combinação de sabores e texturas, o serviço bem executado no salão, a harmonização dos vinhos etc., também contribuem para o resultado final. É, verdadeiramente, um trabalho em equipe, realizado de forma incansável e consistente, dia após dia”, revela o chef.

(Fonte: FSB Comunicação)

Dobradinha de Stravinsky: Theatro Municipal apresenta ‘Les Noces’ e ‘A Sagração da Primavera’

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Rafael Salvador.

O mês de maio será marcado pela presença de grandes concertos no Theatro Municipal de São Paulo. Nos dias 25 e 26 de maio, às 17h, o Coral Paulistano, regido pela maestra Maíra Ferreira, apresenta o Concerto Stravinsky, com ‘Les Noces’, e Jocy de Oliveira, com uma obra inédita da compositora brasileira. Os ingressos estão disponíveis por R$12 a R$33 (inteira), e a classificação é livre para todos os públicos. Já nos dias 31 de maio e 1º de junho, às 20h e 17h (respectivamente), o Theatro Municipal apresenta a Orquestra Sinfônica Municipal, regida por Roberto Minczuk, em ‘A Sagração da Primavera’, que carrega o nome da obra principal da noite, também de Igor Stravinsky. Além disso, será apresentada uma peça de Leokadiya Kashperova, compositora russa do romantismo que passou por apagamento de seu legado. O evento tem ingressos de R$12 a R$66 (inteira) e classificação livre.

Stravinsky e Jocy de Oliveira

Abrindo a noite, nos dias 25 e 26, serão apresentadas as obras inéditas Cantos Noturnos I e Cantos Noturnos III, de uma das compositoras mais prolíficas do Brasil, Jocy de Oliveira. Compositora, pianista e escritora, iniciou seus estudos de piano com José Kliass em São Paulo, em 1946. Lecionou na University of South Florida e na New School for Social Research, em Nova York. Em sua carreira como pianista, interpretou a peça ‘Capriccio’, de Igor Stravinsky, sob regência do compositor em St. Louis, nos Estados Unidos. O russo teve grande participação na carreira e formação de Jocy.

Em seguida, será apresentada ‘Les Noces’, uma obra de aproximadamente 25 minutos composta por Igor Stravinsky entre 1914 e 1923. A peça, também conhecida como ‘The Wedding’ (em português, As Bodas), destaca-se pelo uso inovador de instrumentos de percussão e quatro pianos, ao invés de uma orquestra completa, além de coro e solistas vocais.

O elenco de solistas, com regência de Maíra Ferreira, será composto por Gabriela Geluda, soprano; Juliana Taino, mezzo-soprano; Daniel Umbelino, tenor; Licio Bruno, baixo e, os pianos que serão utilizados para executar o obra do compositor russo, com Karin Fernandes, Renato Figueiredo, Rosana Civile e Cecília Moita.

A Sagração da Primavera

O concerto, realizado entre os dias 31 de maio e 1º de junho, será iniciado com a grandiosa Sinfonia em Si menor de Leokadiya Kashperova, pianista russa e compositora da escola do romantismo que foi professora de piano de Stravinsky. Kashperova já foi considerada uma das mais interessantes da vida cultural de São Petersburgo, mas passou pelo ostracismo e apagamento da importância da sua arte durante o fim de sua vida.

Em sequência, será apresentada a obra ‘A Sagração da Primavera’, um dos trabalhos mais revolucionários do século XX, de Igor Stravinsky. Sob regência do maestro Roberto Minczuk, a Orquestra Sinfônica Municipal executará essa peça, que se trata originalmente de um ballet em duas partes e coreografado por Vaslav Nijinsky. Stravinsky descreveu ‘A Sagração da Primavera’ como “uma obra musical coreografada, representando a Rússia pagã que é unificada por uma ideia única: o mistério e a grandeza do surgimento do poder criativo da Primavera”.

Mais informações disponíveis no site.

(Fonte: Assessoria de Imprensa do Theatro Municipal)