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Brasil
Dando continuidade à pesquisa sobre o terror nas relações cotidianas, em sua dimensão racializada, o encenador José Fernando Peixoto de Azevedo estreia ‘Depois do ensaio, Nora, Persona’. A peça estreia no Sesc Avenida Paulista no dia 24 de maio de 2024 e cumpre temporada até 23 de junho, com sessões às quintas, sextas e sábados, às 19h; aos domingos e no feriado, 30 de maio, às 17h e, na quarta, dia 19 de junho, às 19h.
O trabalho estabelece uma relação entre os textos ‘Depois do ensaio’ e ‘Persona’, do escritor e cineasta sueco Ingmar Bergman (1918–2007), e ‘Casa de Boneca’, do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen (1828–1906). As obras, que discutem temas como o abandono, a inveja, o teatro e o cinema, ganharam novos contornos a partir da dramaturgia de Azevedo. “Desde que montei ‘Ensaio sobre o terror’, em 2023, estamos retomando uma experiência de coletivo. Aos poucos vai se consolidando a Sociedade Arminda, uma plataforma de trabalho, de aquilombamento, inicialmente com Rodrigo Scarpelli e Thainá Muniz”.
Já para este projeto, outros artistas se agregam. É o caso da diretora de arte Beatriz Barros e do diretor musical Muato, além do aprofundamento da parceria com o cineasta André Voúlgaris. “Em mira, os embates que acontecem quando brancos e negros estão juntos. Aqui, nesse ‘juntos’, a cifra do que interessa investigar, apostar, inventar”, diz o diretor.
A questão da interracialidade passou a integrar a trama. Em ‘Depois do ensaio, Nora, Persona’, o público assiste a três peças – uma na sequência da outra. A experiência tem a duração total de 3h40 com um intervalo de 20 minutos. Embora a articulação dos textos não seja imediata, Azevedo realiza uma combinação de trajetórias, fazendo com que uma fábula vá se desdobrando na outra com pequenas adaptações que dão a ver a atualidade do material.
Sobre a encenação
O espetáculo começa com ‘Depois do ensaio’. Na trama, enquanto ensaia para montar ‘Casa de Boneca’, uma jovem atriz negra discute com seu diretor, um homem branco de meia idade, a respeito de certos impasses do trabalho e da vida, fazendo vir à tona aspectos não resolvidos de ambas as trajetórias. Os dois têm visões muito diferentes sobre o fazer teatral, sobre a maneira de politizar o trabalho e como viver/tratar os conflitos.
Ao mesmo tempo, a memória da mãe da jovem – uma grande atriz, amante do diretor, que morreu em crise com suas escolhas – toma a cena, presentificada em sua força falante, um fantasma exigindo justeza entre palavra e gesto, ali, onde a justiça talvez já não seja possível. “Com ‘Depois do ensaio’, estou fazendo algo que eu não fazia há muito tempo: uma cena aterrissando na palavra, sem nada que a enquadre, senão os próprios atores, sem utilizar dispositivos do audiovisual, por exemplo” – esta, uma característica do trabalho do encenador José Fernando.
A segunda parte do trabalho é composta pela montagem de Casa de Boneca, que teve uma versão do próprio cineasta, em 1981, em que atualizava alguns aspectos do original ibseneano. Agora a peça aparece intitulada ‘Nora’, concebida também como um conto de terror. Isso porque a protagonista, em seu casamento com um jovem advogado e banqueiro branco, vivencia uma espiral intensificada de ameaças e devastação, sentindo-se constantemente pressionada por um empréstimo que fez e não deveria. Essa situação evoca aspectos presentes nos dois textos de Bergman, integrando os espetáculos em um movimento de suspense sem solução. E, para criar esse clima aterrorizante, Azevedo retoma um dos elementos centrais das suas montagens: a prática do cinema ao vivo em cena.
Três câmeras estão em cena, telas exibem imagens ao vivo e gravadas e o cenário é construído a partir de chroma key, recurso que permite a substituição de uma cor sólida (no caso, o azul) por uma imagem. A trilha sonora também é executada ao vivo.
Por fim, em ‘Persona’, uma atriz colapsa em cena e perde a voz. Na tentativa de se recuperar, confronta-se com uma jovem mulher: a enfermeira que, no esforço de cuidar da outra, compreende a falta como um abandono de si. São duas mulheres negras tendo que lidar com a palavra que irrompe no silêncio, como desencontro. ‘Persona’, aqui, divide-se em duas partes. Em um primeiro momento, os espectadores acompanham uma espécie de filme sonorizado ao vivo pelos atores. Depois, quando a fala colapsada emerge em cena, recupera-se a dinâmica do filme inteiro sendo feito ao vivo, como acontece com a encenação do ‘Casa de Boneca’.
“Com esse projeto, discutimos a permanência dos corpos negros em cena. Por isso, temos pelo menos três gerações de teatro no trabalho. Em ‘Depois do ensaio’, temos duas gerações radicalmente diferentes de mulheres negras em cena, o que permite uma reflexão sobre teatro, sobre racialidade no teatro, sobre interracialidade e sobre o lugar dessas mulheres no teatro que fazemos”, comenta Azevedo.
O jogo entre as atrizes, no trânsito entre uma parte e outra, em cena, e a cena em que vemos a atriz jovem, sua mãe, também atriz; ou a atriz revendo o que ainda é possível considerar de sua personagem, Nora, e, depois, de si mesma, são elementos decisivos que, integrados pela presença da câmera e o cinema ao vivo, fazem ver um tanto da violência estrutural que define nossa sociabilidade no seu momento interracial, quando o silencio é nome de ferida social.
Sinopse | ‘Depois do ensaio, Nora, Persona’: três ensaios sobre a falta e as formas do terror que atravessam processos de mobilidade social na dinâmica interracial disso que ainda chamamos sociedade. Primeiro, o teatro e o que nele se faz na medida em vamos nos inventando a nós mesmos; depois, os confrontos da cena em sua demanda violenta de atualidade sem recuos; por fim, o trabalho de cura sobre os corpos que não esquecem suas dores, mas que as vão mapeando, no esforço de não se perderem em meio a elas, numa reiteração sem fim.
Ficha Técnica
Textos: Ingmar Bergman (Depois do ensaio, Persona) e Henrik Ibsen (Casa de Boneca)
Tradução: Karl Erik Schøllhammer (Depois do ensaio, Casa de Boneca, Persona) e Aderbal Freire-Filho (Casa de Boneca)
Dramaturgia, dispositivo de cena e de imagem, direção geral: José Fernando Peixoto de Azevedo
Elenco: Daniel Tonsig, Castilho, Ellen Regina, Filipe Roseno, Izabel Lima, Rodrigo Scarpelli, Thainá Muniz e Victor Barros
Direção técnica e de imagem: André Voúlgaris
Direção de arte: Beatriz Barros e Maíra Sciuto
Direção musical e trilha: Muato
Desenho de Luz: Denilson Marques
Assistente de direção: Diego Roberto
Operação de câmera e edição de imagens: Fredo Peixoto
Assessoria de imprensa: Canal Aberto – Márcia Marques, Daniele Valério e Kelly Santos
Produção: Gabi Gonçalves e Anderson Vieira – Corpo Rastreado.
Serviço:
Depois do ensaio, Nora e Persona
Com Sociedade Arminda e direção de José Fernando Peixoto de Azevedo
De 24 de maio a 23 de junho de 2024 | quintas, sextas e sábados, às 19h; domingos e feriados, às 17h
Quinta, 30/5, às 17h30, 30/05, às 17h
Quarta, 19/6, às 19h
Duração: 230 minutos, com intervalo
Sesc Avenida Paulista
Local: Arte II (13º andar) – Av. Paulista, 119 – Bela Vista, São Paulo – SP
Ingressos: R$50 (inteira), R$25 (Meia) e R$15 (Credencial plena).
(Fonte: Canal Aberto Assessoria de Imprensa)
No coração de João Pessoa, o museu LUZZCO lançou em abril uma jornada imersiva que promete mergulhar os espectadores nas origens e na obra de um dos maiores ícones da cultura brasileira: Ariano Suassuna. Sob o título ‘O Auto de Ariano, o Realista Esperançoso’, este espetáculo inovador não apenas celebrará a vida e o legado do escritor, dramaturgo e poeta, mas também oferecerá uma experiência sensorial e física única para o público.
A jornada imersiva promete transportar os espectadores através das diferentes facetas da vida e da obra de Suassuna, oferecendo vislumbres de momentos íntimos e raros, como o traje que ele usava e a cadeira em que costumava sentar-se para contar suas histórias. João Suassuna, neto do escritor e uma das mentes criativas por trás da exposição, compartilhou insights sobre o processo de elaboração e montagem: “Costumo dizer que essa é a empreitada mais trabalhosa que entrei, mas também, na mesma medida, a mais prazerosa”, relatou ao Portal de Notícias e Serviços de Turismo.
A itinerância do espetáculo, que começou na Paraíba e seguirá para Pernambuco, reflete não apenas as raízes do artista, mas também sua influência em todo o Brasil. João compartilhou a intenção de levar o espetáculo para além das fronteiras nacionais, revelando convites para apresentações até fora do país.
O Grupo Officina destaca-se como um importante difusor da cultura nordestina. Além disso, apoia o museu LUZZCO e não poderia deixar de fazer parte dessa homenagem. Adeilton Pereira, cofundador do Grupo, ressalta: “Participar de um projeto tão grandioso é motivo de grande honra para nós. Ariano representa de forma única a riqueza e a alegria do nordeste”.
A exposição imersiva não se limita apenas à contemplação passiva, mas também inclui atividades especiais, como a aula-espetáculo ‘Na Trilha do Mestre’, ministrada pelo neto do autor. Espera-se que essa experiência não só preserve o legado de Ariano Suassuna, mas também inspire uma nova geração de admiradores da cultura brasileira. “Somos loucos, loucos em querer realizar, loucos de querer regar na nossa aldeia e levar para frente o Nordeste que dá certo, o Nordeste que inspira. Eu tinha o sonho de fazer algo relacionado a Ariano. Conversando com João, vi que ele também desejava algo diferente de tudo o que já tinha visto, já que vive Ariano diariamente. Unimos nossos desejos e o resultado foi essa maravilhosa exposição”, declara Jader França, CEO do LUZZCO.
Com essa homenagem à vida e à obra de Ariano Suassuna, o LUZZCO não apenas celebra um dos maiores talentos do Brasil, mas também reafirma o valor da cultura e da arte em nossa sociedade. Como ressalta João Suassuna, “Ariano é um dos grandes da nossa história e está tendo uma homenagem na mesma medida de sua dimensão”.
(Fonte: Lucky Assessoria de Comunicação)
Como aponta o diretor artístico do Instituto Tomie Ohtake, Paulo Miyada, em um espaço cultural que recebe o nome de Tomie Ohtake, pensar as diásporas asiáticas é uma tarefa inevitável. Os numerosos conflitos, crises, invenções, revoluções e guerras ao longo do século XX foram determinantes tanto para a diáspora de importantes parcelas da população asiática quanto para o afluxo de imigrantes de diversas partes do mundo ao Brasil – tendo o estado de São Paulo como um destino comum para muitos fluxos diaspóricos devido a suas dinâmicas econômicas e sociais. “É um processo conflituoso, com perdas e trocas que atravessam as gerações e são definidas pela constante transformação”, completa Miyada.
O programa ‘Diásporas asiáticas’ procura somar forças a esse processo ao sublinhar o impulso criativo de artistas vindos da China, da Coreia do Sul e do Japão (ou mesmo nascidos aqui, em famílias imigrantes), exemplares de seus fluxos migratórios e, ao mesmo tempo, casos singulares dentro da história da arte brasileira. O programa foi produzido com recursos captados via Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura.
Diásporas asiáticas compreende três mostras, sendo duas individuais dos artistas Chen Kong Fang (Tung Cheng, China, 1931 – São Paulo, SP, 2012) e Hee Sub Ahn (Seul, Coreia do Sul, 1940). A terceira mostra, uma coletiva, apresenta trabalhos dos ceramistas nipo-brasileiros Akinori Nakatani, Alberto Cidraes, Hideko Honma, Katsuko Nakano, Kenjiro Ikoma, Kimi Nii, Kimiko Suenaga, Luciane Sakurada, Marcelo Tokai, Mário Konishi, Megumi Yuasa, Mieko Ukeseki, Renata Amaral, Shoko Suzuki e Tomie Ohtake. Ao lado das obras dos ceramistas, haicais do artista Kenichi Kaneko são dedicados a cada um dos ceramistas reunidos. A presença de Tomie se dá, ainda, por uma parte do folder que acompanha a exposição – cujo acesso pode se dar por QR Code – ser dedicada a suas obras públicas e a sua presença na cidade de São Paulo. A publicação conta ainda com textos inéditos dos curadores das mostras sobre os artistas e os universos retratados nas mostras e ainda com um texto comissionado de Lais Miwa, pesquisadora que vem se destacando no debate acerca da presença e da visibilidade da população asiática no contexto brasileiro.
‘Chen Kong Fang – O refúgio’, com curadoria de Paulo Miyada e Yudi Rafael, se debruça sobre a carreira e a obra desse artista que construiu sua vida no Brasil desenvolvendo a sua prática pictórica no cenário artístico paulistano por cerca de cinco décadas. A exposição, primeira retrospectiva do artista em uma instituição brasileira, reúne um conjunto de mais de cem obras, entre pinturas a óleo e sumi-ês produzidos entre o final dos anos 1940 e o início da última década. Segundo os curadores, em vez de um partido cronológico organizado em fases sucessivas, a mostra enfatiza como o artista, que concebia a pintura como um caminho, fez de seu labor uma lida constante com gêneros pictóricos consolidados. “Tomando partido da reabertura experimental pelas vanguardas modernas, Fang imprimiu sua dicção própria nas ideias de retrato, paisagem e natureza morta”, completam. A exposição ‘Chen Kong Fang – O refúgio’ conta com o patrocínio da CTG Brasil.
A exposição ‘Hee Sub Ahn — O caminho’, com curadoria de Catalina Bergues e Julia Cavazzini, exibe pela primeira vez o trabalho da artista em um contexto institucional. A partir dos mais de cinquenta anos de criação intensa, selecionou-se um recorte das obras produzidas principalmente na década de 1980, poucos anos após sua chegada. Segundo as curadoras, a produção de Hee é atravessada pelas memórias do lugar de origem e pela nova comunidade aqui construída no bairro do Bom Retiro, no qual a artista ocupa papel central. “A disciplinada e rotineira criação artística de Hee se torna um íntimo ritual de dar significado ao que percebe em seu entorno”, destacam Bergues e Cavazzini.
Já ‘Tocar a terra – Cerâmica contemporânea nipo-brasileira’, com curadoria de Rachel Hoshino, curadora convidada, e que conta com assistência de Ana Roman, elege a cerâmica para tratar do tema diáspora japonesa – “por ser ela, simultaneamente, matéria e metáfora: o terreno no qual se aporta, se planta e se habita é a terra tocada com arte pelo ethos nipônico”, explica a curadora. São obras de 15 artistas baseados no estado de São Paulo cujas atividades, pesquisas e repertórios são influenciados pelas tradições do Japão independentemente de sua ascendência. Segundo as curadoras, para além de forma e símbolo, é a experiência de energia latente que faz com que sementes e brotos sejam temas recorrentes em suas obras. “Muitas delas são deixadas em ambiente natural, onde continuam sua metamorfose sob os efeitos de intempéries e da ocupação por outros seres”. Disso, ressalta Hoshino, resulta a outro importante conceito nipônico: ‘wabi-sabi’ (侘び寂び), ideal estético-filosófico segundo o qual o belo reside no imperfeito, no impermanente e no incompleto. “A plasticidade da argila, o respeito pelo tempo e a consciência da interdependência entre tudo fazem com que a cerâmica seja prática favorável ao diálogo do ceramista com a sua história, seu entorno e consigo próprio”, completa Hoshino.
Exposição – Programa Diásporas asiáticas
Chen Kong Fang – O refúgio
Hee Sub Ahn – O caminho
Tocar a terra – Cerâmica contemporânea nipo-brasileira
Em cartaz até 26 de maio de 2024 | terça a domingo, das 11h às 19h | entrada franca
Programação Pública – últimas semanas:
21 de maio – 19h – 21h
Sessão comentada do filme Bem-vindos de novo
Bem-vindos de novo é um filme que conta a história da família do cineasta Marcos Yoshi. Na virada do milênio, seus pais, os descendentes de japoneses Yayoko e Roberto Yoshisaki, foram tentar uma vida melhor no Japão, enquanto seus três filhos ficaram no Brasil com os avós. O casal retorna 13 anos depois e a família passa por uma complexa reconstrução afetiva, documentada por Marcos. A história de uma família dividida entre a necessidade de garantir o sustento e o desejo de permanecer junta. Após a sessão do filme, haverá debate com Marcos Yoshi acerca dos processos de migração, identidade cultural e os laços que unem família e comunidade. Mais informações e inscrições aqui.
24 e 25 de maio
Workshop gratuito de Butoh – Mutsumineiro
Conduzido pelo duo Mutsumineiro, o workshop de Butoh é um espaço de exploração artística e autodescoberta fundamentado nos princípios dessa forma de dança japonesa. Inicialmente, os participantes são introduzidos aos conceitos básicos do Butoh, abrangendo sua história, filosofia e técnicas de movimento. Em seguida, são conduzidos por uma série de exercícios que visam desenvolver a consciência corporal, promover a improvisação e estimular a expressão emocional com o intuito de liberar a energia criativa e alcançar um estado de presença autêntica. O workshop integra ainda práticas de meditação, visualização e exploração do espaço facilitando uma conexão mais profunda entre os participantes e seu ambiente circundante. Esses elementos complementares auxiliam na jornada de autodescoberta e incentivam uma compreensão mais íntima de si mesmo e do mundo ao redor. Mais informações e inscrições aqui.
26 de maio – 16h às 17h
Apresentação artística de Butoh | Tonight or Never – Mutsumineiro
A peça é inspirada no primeiro filme de Daniel Schmid, Tonight or Never, e conta a história de duas almas separadas que se reencontram após uma longa jornada. É um casamento eterno. Quando duas almas estão ouvindo os batimentos cardíacos uma da outra, são abençoadas. Mesmo com uma distância entre a vida e a morte, a morte ama a vida e a vida sopra na morte. Mais informações aqui.
29 de maio – 19h às 20h30
Clube de Leitura – Grama, de Keum Suk Gendry-Kim
O Clube de Leitura é um espaço de conversa com atenção e presença, mas também de descanso e fruição. Os livros de cada ciclo serão selecionados a partir das pesquisas desenvolvidas pelas exposições, dos desejos do grupo e das diferentes leituras de mundo que atravessam o nosso tempo. O livro escolhido para a conversa do mês de maio é o quadrinho Grama, de Keum Suk Gendry-Kim. A obra, lançada na Coreia do Sul em 2017, já ganhou publicações em outros seis idiomas e tem colecionado prêmios e elogios da crítica no mundo todo. Vagas limitadas. Mais informações e inscrições aqui.
Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima 201 (entrada pela Rua Coropé, 88) – Pinheiros, SP
Metrô mais próximo: Estação Faria Lima/Linha 4 – amarela
Fone: (11) 2245-1900.
(Fonte: Instituto Tomie Ohtake)
A Mars Petcare, líder global em serviços de saúde, nutrição e bem-estar animal, e a Prefeitura da Estância Turística de São Roque, anunciaram nesta segunda-feira, dia 13 o lançamento do projeto São Roque Pet Friendly. A iniciativa faz parte do programa Better Cities for Pets (Melhores Cidades para os Pets), que busca tornar cidades, espaços públicos e privados cada vez mais amigáveis para os animais de estimação promovendo ambientes acolhedores e saudáveis para os pets e as pessoas.
Em dezembro de 2022, foram iniciadas as tratativas entre a Estância Turística de São Roque e a empresa Mars para a elaboração deste projeto visionário, fruto de uma jornada de colaboração e planejamento meticuloso entre a empresa e a administração são-roquense. Após uma série de reuniões entre representantes do Departamento de Turismo, Desenvolvimento Econômico, Esporte e Lazer e da empresa Mars, São Roque está agora pronta para dar um grande passo rumo à transformação em uma comunidade acolhedora para os animais de estimação.
“São Roque é uma cidade que se desenvolve a cada dia e isso significa levar bem-estar e acolhimento também aos nossos pets. Atualmente temos uma série de políticas públicas voltadas à causa animal, como a implantação de Parcões pela cidade, mas queremos ir além. Através desta nova e importante parceria, tenho certeza que São Roque será um exemplo de respeito e cuidado com os animais”, afirmou o prefeito de São Roque, Guto Issa.
Um estudo da Mars Petcare divulgado no início deste ano revelou que cerca de 35% dos gatos e cães vivem nas ruas ou estão atualmente em abrigos à espera de adoção. No Brasil, aproximadamente 30,2 milhões dos gatos e cães vivem em situação de abandono – o que representa 25% da população total desses animais. Deste número, 7.400 gatos e 177.600 cães vivem em abrigos, o que significa que mais de 30 milhões de animais vivem nas ruas. Uma realidade que contrasta com os mais de 70% da população que considera os pets como parte da família.
Diante desse cenário, é crescente também a atenção para iniciativas públicas que contribuam para as necessidades dos animais de estimação e dos seus tutores, visando garantir o bem-estar desses animais e a saúde pública. As ações do projeto São Roque Pet Friendly serão voltadas para boas práticas que promovam o desenvolvimento do município e tornem a cidade referência em turismo Pet Friendly no País; entre elas, censo animal, mapeamento de instituições protetoras dos animais, ampliação de espaços públicos e privados adequados para receber os pets e seus tutores, realização de cursos de capacitação e consultoria sobre o tema.
O Better Cities for Pets é uma iniciativa abrangente que visa melhorar a qualidade de vida dos animais de estimação e das pessoas, fortalecendo a conexão entre a comunidade e os animais.
“Para a execução do projeto, desenvolvemos campanhas de orientação e educação, não somente dos estabelecimentos, mas também dos tutores. Estamos elaborando também programas para incentivar as empresas a se adequarem às diretrizes do Pet Friendly, tornando os ambientes ideais para os pets, o que fomenta e possibilita a boa convivência entre todos”, comenta Sarah Bonadio, diretora de Assuntos Corporativos da MarsPetcare.
Conheça algumas práticas e políticas que tornarão a cidade de São Roque mais inclusiva para os pets:
Espaços Pet Friendly: estabelecimento e promoção de espaços públicos e estabelecimentos comerciais que acolhem animais de estimação, incentivando uma convivência harmoniosa entre as pessoas e seus pets.
Cadastro de veterinários: clínicas e prestadores de serviço para programas de castração e vacinação e criação de um calendário de eventos de adoção.
Parcerias locais: colaboração com empresas locais, organizações de proteção animal e criação de e-book sobre locais para visitar e rede de prestação de serviço (petshop, clínicas etc.).
“Desde o primeiro contato com a Mars, em dezembro de 2022, nossa equipe vem estudando junto à equipe da Mars ações abrangentes para garantir que São Roque se torne um ambiente cada vez mais amigável para os pets, sejam dos nossos munícipes ou de nossos visitantes. Uma das primeiras etapas deste plano é o treinamento dos meios de hospedagem e alimentação locais. Por meio deste plano de capacitação do programa Better Cities For Pets, os empreendimentos serão preparados para oferecer um atendimento de qualidade e adequado às necessidades deste público especial. É importante destacar que além das necessidades de espaços qualificados para os Pets que vivem São Roque e seus tutores, pesquisas revelam que mais de 40% de donos de Pets, que estão em busca de um destino para viajar, têm sua decisão definida se o destino é Pet Friendly ou não”, afirmou o diretor do Departamento de Turismo, Desenvolvimento Econômico, Esporte e Lazer de São Roque, Luiz Américo Liza Junior.
Como participar do Better Cities for Pets | Para quem tiver interesse em aderir ao programa, o primeiro passo é preencher o formulário no site da Mars, com todas as informações necessárias para que a companhia conheça melhor o perfil do solicitante (estabelecimento comercial, condomínio, escritório, município, restaurante, shopping, entre outros) e poderá entrar em contato com a Divisão de Turismo da Estância Turística de São Roque para maiores informações sobre o Programa São Roque Pet Friendly – Better Cities For Pet.
(Fonte: Joana Ribas/Iccom)
O Teatro Estrada, em Indaiatuba – município da Região Metropolitana de Campinas (SP) – receberá no próximo dia 25 de maio, domingo, às 20 horas, o espetáculo ‘Janelas para uma mulher’, com a atriz Juliana Calligaris – que também assina a Dramaturgia – sob direção de Leticia Olivares, a partir do roteiro ‘Catadióptrico’, de Monalisa Vasconcelos. Os ingressos custam R$50,00 – ou R$25,00 na compra antecipada. A classificação etária é de 14 anos.
Sinopse
Pensamos habitar lugares, mas habitamos recortes no tempo. O dia e a noite. As fases da Lua. As estações do ano. O período letivo. A história da humanidade. A idade. Os meses. A duração do espetáculo. A grade de programação da TV. A gravidez e o parto. A reunião. A felicidade. O amor. O silêncio. Uma atriz reflete estados em que somos colocados perante o tempo – a sociedade, os nossos rituais, os nossos medos, os nossos ridículos, as nossas vontades. Busca-se transitar, no mínimo tempo, entre experiências sensoriais, sem uma narrativa linear, privilegiando as sensações provocadas pela própria natureza da ação física desenvolvida para dar conta de cada cena.
Ficha Técnica
Atuação: Juliana Calligaris
Direção: Leticia Olivares
Dramaturgia: Juliana Calligaris, a partir do roteiro Catadióptrico de Monalisa Vasconcelos
Ambientação Cênica e Adereço: Juliana Calligaris
Iluminação: Lawrence Garcia
Música Original: Presente em Marielle: Jéssica Miranda e Leo Richter
Figurino: Paulo de Moraes
Filmagem: Marcelo Araújo/Cine Maré e Deoveki Silva (Cinegrafismo)
Operador de Câmera: Bruno Carminatti
Pesquisa de Trilha Sonora: Juliana Calligaris e Leticia Olivares
Pesquisa de Arquivo Fotográfico: Leticia Olivares, Juliana Calligaris e Deoveki Silva
Preparação Corporal: Leticia Olivares
Intérprete de Libras: Dinalva Martins Andrade
Legendas: Daniel Bezerra
Produção Geral: Juliana Calligaris e Cia Trilhas da Arte – Pesquisas Cênicas.
Juliana Calligaris – autora e produtora
É atriz, professora e diretora. Integra a Cia Trilhas da Arte desde sua fundação, há 31 anos, e é atriz pesquisadora atuando hoje nos espetáculos Janelas Para Uma Mulher e O Corpo da Mulher como Campo de Batalha. Dirige o espetáculo com temática indígena com elenco indígeno-descendente, O Pequeno Senhor do Tempo e o vídeo-espetáculo PortaisMentais. Doutoranda Artes da Cena IA/Unicamp. Mestra em Linguística pelo IEL/Unicamp. Pós-graduada Latu Sensu em Simbologia Teatral pela ECA/USP. Licenciada em Filosofia pelo IFCH/Unicamp. Bacharel em Artes Cênicas pelo IA/Unicamp. Licenciada em Artes Visuais pelas Faculdades Mozarteum de São Paulo – SP. Membro do Grupo de Pesquisa – Os Processos Criativos na Artes Cênicas e os Saberes da Prática (CNPq) e do Grupo de Pesquisa COGITES – Cognição, Interação e Significação (CNPq). Diretora, dramaturga e roteirista de Lua Negra, performance e filme de dança de Cibele Ribeiro, de Campinas-SP. Diretora e dramaturga de O Sonho de Dumont-Menino ou Como o Homem se Tornou mais Leve que o Ar, espetáculo solo de Ademir Apparício, de Ribeirão Preto – SP.
Leticia Olivares – diretora
Mestre em Artes Cênicas -ECA/USP. Possui graduação em Letras pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e pós-graduação latu sensu em Dança e Consciência Corporal pela FMU. Atriz criadora do Coletivo Rubro Obsceno ao lado de Stella Fischer. Pesquisadora das áreas de Artes Cênicas, Educação e Filosofia, com trabalhos nas linhas de Técnicas Somáticas, Corporalidade, Metodologias do Intérprete, Transdisciplinaridade e Dança-Teatro. Atriz criadora na Cia Cênica Magna Mater. Preparadora corporal e diretora da Cia Trilhas da Arte Pesquisas Cênicas. Pesquisadora das Artes Cênicas, com diversas publicações. Tem experiência em cursos na Inglaterra (Laban Institute- Londres) e Dinamarca (Odin Teatret – Holstebro. Também atua no núcleo Arte Ciência no Palco.
Serviço:
Janelas para uma mulher, com Juliana Calligaris
Data: 25 de maio, às 29h
Local: Teatro Estrada – Rua Cinco de Julho, 1552 – Centro – Indaiatuba, SP
Ingresso: R$50 (na hora) | R$25 (antecipado – via Whatsapp 19 99248-7063).