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Brasil
Acontece no sábado, dia 18 de maio, a abertura de “alvorada da estrela terra vista dos campos de vênus”, primeira exposição individual da artista Clara Moreira na Galeria Lume. Com curadoria de Ariana Nuala, a artista nos propõe uma ficção poética que desloca o olhar para um outro planeta, com regras desconhecidas sobre o comportamento físico, emocional, geológico e celeste dos corpos: um espaço aberto à imaginação.
Utilizando de uma pesquisa que observou símbolos astrológicos, informações astrofísicas, consultas ao tarô, feitiços, lembranças, desejos e experimentos amorosos, Clara imagina a vida em Vênus enquanto paisagem celeste e corpo fantástico, criando uma série de imagens para ficcionalizar a sobrevivência no planeta sulfúrico também conhecido como o planeta do amor ou a estrela mais brilhante vista a partir da Terra.
Utilizando materiais elementais, como carvão, grafite e sanguínea, Moreira apresenta a visão da Terra a partir de Vênus, invertendo as perspectivas ao mesmo tempo em que aproxima os dois planetas. Sabe-se das semelhanças entre eles; alguns chegam a sugerir que o futuro de destruição da Terra se assemelha ao que sabemos sobre o planeta Vênus: um lugar onde não é possível sobreviver, mas que, entretanto, simboliza o amor. Desta ambiguidade parecem surgir os seres que habitam os desenhos de Clara.
No processo criativo da artista, desenho e poesia sempre caminham juntos – uma dança incessante entre imagem e palavra, que por vezes, acabam se fundindo. Clara conta que “o exercício tem sido de intensificar os recursos de aproximação entre o sentimento e o desenho e, assim, ao desenhar, sinto-me escrevendo poemas. O poema fala por si e é muito difícil falar sobre eles, mas eu tenho muito interesse no desenho-palavra, tenho muito interesse em procurar atuar no espaço que se estica entre o desenho e a palavra – este é o lugar a partir do qual eu pretendo me comunicar”. Este espaço poético, criado a partir dos desenhos de Clara, é um convite ao visitante para uma jornada; estas paisagens não fixam categorias, mas levantam suspeitas e indícios que deixam brechas para a imaginação de quem os observa. Afinal, como seria a alvorada da estrela mais brilhante no céu do planeta Vênus?
A exposição tem texto e acompanhamento curatorial de Ariana Nuala e consultoria astrológica de Rita Vênus. Os desenhos inéditos foram produzidos no ateliê da artista, em Recife, entre os meses de fevereiro e março de 2024.
Sobre a artista:
Clara Moreira
Recife, 1984. Vive e trabalha em Recife, Brasil. Clara Moreira é artista visual, nasceu e vive no Recife. Sua pesquisa artística desenvolve-se no uso do desenho feito à mão, testando-o como experimento performático, diálogo poético e artesania de corpo. “Venho andando com o desenho, lentamente, sobre este corpo que sou e que carrego e noutras vezes o arrasto (definitivamente o arrasto), e ele me escapa pelos dedos, vindo da escápula exausta, desenho-me em bichos, desenho o fio do espelho, desfio de dentro as fitas de cetim, amarro-me no fio de cabelo”.
Sua formação artística foi durante a infância, no convívio com a família de artistas populares no subúrbio da cidade do Recife, com quem aprendeu habilidades de desenho, pintura e poesia. Seu trabalho está nos acervos da Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu Paranaense, Museu da Língua Portuguesa, Coleção Banco do Nordeste e Caixa Cultural. Em 2022, recebeu o 8º Prêmio de Artes Tomie Ohtake. Indicada ao Prêmio Pipa em 2022 e 2024.
Sobre a Galeria Lume
A Galeria Lume foi fundada em 2011 com a proposta de fomentar o desenvolvimento de processos criativos contemporâneos ao lado de seus artistas e curadores convidados.
Dirigida por Paulo Kassab Jr. e Victoria Zuffo, a Lume se dedica a romper fronteiras entre diferentes disciplinas e linguagens por meio de um modelo único e audacioso que reforça o papel de São Paulo como um hub cultural e cidade em franca efervescência criativa.
A galeria representa um seleto grupo de artistas estabelecidos e emergentes, dedicada à introdução da arte em todas as suas mídias, voltados para a audiência nacional e internacional, por meio de um programa de exposições plural e associado a ideias que inspiram e impulsionam a discussão do espírito de época. Foca-se também no diálogo entre a produção de seus artistas e instituições, museus e coleções de relevância.
A presença ativa e orgânica da galeria no circuito resulta na difusão de suas propostas entre as mais importantes feiras de arte da atualidade, além de integrar e acompanhar também feiras alternativas. A galeria aposta na produção de publicações de seus artistas e realização de material para pesquisa e registro. Da mesma forma, a Lume se disponibiliza como espaço de reflexão e discussão. Recebe palestras, performances, seminários e apresentações artísticas de natureza diversa.
Serviço:
“alvorada da estrela terra vista dos campos de vênus”, de Clara Moreira
Curadoria: Ariana Nuala
Local: Galeria Lume
Abertura: 18 de maio, sábado, das 11h às 17h
Período expositivo: 18 de maio de 2024 a 20 de julho de 2024
Horário de visitação: Segunda a sexta, das 10h às 19h; sábados, das 11h às 15h
Endereço: Rua Gumercindo Saraiva, 54 – Jardim Europa, São Paulo – SP
Entrada gratuita
Informações para o público: tel. (55) 11 4883-0351
e-mail: contato@galerialume.com
www.instagram.com/galerialume/
(Fonte: Galeria Lume)
O período do governo Bolsonaro, de 2019 a 2022, marcou o desmonte de dois programas federais para a segurança alimentar e nutricional: o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa de Cisternas. Já o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) demonstrou resiliência graças a fatores como a descentralização de seu funcionamento e a distribuição de recursos a governos locais via Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A análise está em artigo de pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) publicado na segunda (13) na revista científica “Brazilian Political Science Review”.
A integridade do Pnae pode ser explicada pela divisão de responsabilidades entre a União, os estados e os municípios. O FNDE, uma autarquia relativamente autônoma em relação ao governo federal, realiza repasses automáticos a estados e municípios sem necessidade de firmar convênios. A execução das atividades ocorreu em diferentes âmbitos da gestão pública, com o envolvimento de secretarias de educação e de saúde, por exemplo, para garantir o abastecimento das escolas.
Por outro lado, o Programa de Cisternas, restrito ao semiárido, dependeu de envolvimento próximo da sociedade civil para manter as atividades diante da diminuição de repasses do governo federal. O PAA, focado em fomentar pequenos produtores e associado a modelos de produção ecológicos, também perdeu espaço ao longo dos anos. Para fins de comparação, os recursos alocados para o PAA foram de mais de 1 bilhão de reais em 2011 para pouco mais de 230 milhões em 2018. Em 2021, período em que o programa foi denominado Alimenta Brasil, foram executados cerca de 58 milhões de reais.
Os pesquisadores utilizaram métodos qualitativos para identificar eventos e entidades envolvidos no desmonte e na resiliência do Pnae, criado em 1979, e dos Programas de Cisternas e de Aquisição de Alimentos, criados a partir de 2003 durante o primeiro governo Lula. Além de identificar processos, os autores também realizaram pesquisa documental, observação participante e entrevistas com 25 servidores públicos e representantes de organizações da sociedade civil engajados na agenda de segurança alimentar e nutricional, realizadas entre 2019 e 2023.
O objetivo da pesquisa foi compreender o que resulta na resiliência de políticas públicas a partir de elementos como descentralização e grau de institucionalização. “A ideia é que, diante de crises, as iniciativas não sejam desmobilizadas. É preciso que o trabalho feito e os objetivos das políticas continuem sendo perseguidos e que elas consigam se adaptar à nova realidade”, explica a pesquisadora da UnB Marina Lazarotto de Andrade, uma das autoras do trabalho.
A dimensão e a força do Pnae surpreenderam os cientistas. Segundo Andrade, trata-se de um programa estruturante que permite abarcar outras diversas iniciativas: “A sociedade civil entendeu isso porque criou um observatório para acompanhar a alimentação escolar e conseguiu aprovar medidas consideradas progressistas, que ressaltam o direito humano à alimentação adequada, mesmo indo diretamente contra os interesses de quem apoiava o governo Bolsonaro”, relata a pesquisadora.
Para Andrade, a análise dos fatores que contribuem para a grande resiliência do Pnae é fundamental para amparar discussões sobre como garantir que políticas públicas sobrevivam a períodos de crise. “As pessoas não podem ficar desamparadas e, no cenário de desigualdade como o que temos em nosso país, quem é afetado pelas crises e pela falta de políticas públicas é sempre quem tem mais dificuldade de acesso”, conclui.
(Fonte: Agência Bori)
A Secretaria de Educação de Indaiatuba – município da Região Metropolitana de Campinas (SP) – realizou na segunda-feira (13/5) a última aula presencial do curso de pós-graduação em autismo com base no modelo de ensino estruturado para docentes da Rede Municipal. A aula, ministrada pela professora Juliana Pereira, tratou sobre os Materiais Estruturados no ensino do TEA. A formação continua na plataforma EAD para a produção do TCC e para aqueles que ainda não finalizaram os módulos.
A pós-graduação em autismo é gratuita para os participantes e conta com investimento municipal de mais de R$800 mil. O é objetivo atender o Plano Municipal de Educação de Indaiatuba – Câmara Temática: Formação e Valorização dos Profissionais de Educação, Meta 5 e a Meta 16 do Plano Nacional de Educação.
Aproximadamente 500 servidores da educação se inscreveram para o curso de pós-graduação na Faculdade Polis Civitas, com carga horária de 370 horas, dividida em oito módulos, com previsão de término para o 4º bimestre de 2024.
(Fonte: Secretaria de Relações Institucionais e Comunicação/Prefeitura de Indaiatuba)
O tradicional Festival do Pinhão do Donna Pinha, charmoso restaurante em Santo Antônio do Pinhal/SP, na Mantiqueira Paulista, marca a abertura de uma das mais esperadas temporadas para os apreciadores dessa deliciosa sementinha das araucárias. As receitas criadas pela chef Anouk Migotto ficam no cardápio até o final de maio. Uma super dica para curtir o gostoso clima do outono-inverno nas montanhas.
Uma época muito celebrada por Anouk, uma chef apaixonada pelas araucárias que, inclusive, serviu de inspiração para escolha do nome do próprio restaurante – Donna Pinha – há 22 anos. Sorte dos clientes que podem ‘provar’ todo esse amor ao saborear receitas salgadas e doces à base de pinhão.
Vale destacar que a chef faz questão de valorizar os produtos e produtores da região – como folhas, ervas, hortaliças, flores e os premiados queijos e azeites da Serra da Mantiqueira. O que possibilita uma experiência gastronômica única quando o assunto é gastronomia de montanha.
Queridinho da vez
O Donna Pinha prima por pratos que acolhem o paladar e saciam a vontade”, como a grande novidade dessa edição do Festival: Pappardelle com pinhões, uma deliciosa massa fresca com sálvia na manteiga em molho bechamel. O prato, saboreado no restaurante, ganhou também destaque em outro importante evento na Mantiqueira: o 4º Festival do Pinhão, que movimenta os associados da Associação Cozinha da Mantiqueira entre 18 de abril a 26 de maio.
Mas as delícias do Festival não param por aí: Truta com pinhões, Cordeiro com molho de vinho com pinhões, Quibe de pinhão e a clássica Mousse de chocolate com pinhões. E mais: o ‘Arroz Casamenteiro’ (Prato da Boa Lembrança) deste ano ganhou uma versão especial com pinhões – o cliente degusta a receita e ganha uma arte em cerâmica pintada à mão alusiva a Santo Antônio. O cardápio conta com opções veganas.
Como sommelier, a chef capricha nas harmonizações e na Adega climatizada, que reúne os melhores rótulos, sem esquecer da seleção especial de cervejas artesanais. Destaque ainda para o Empório com venda de produtos regionais, como geleias, azeites, louças e muito mais.
Tudo isso num ambiente super aconchegante e vista para as montanhas da Serra da Mantiqueira. É bom saber: o Donna Pinha possui espaço pet friendly e atende por ordem de chegada.
Serviço:
O Restaurante Donna Pinha está localizado à Avenida Antônio Joaquim de Oliveira, número 647, no Centro de Santo Antônio do Pinhal/SP. Abre todos os dias para almoço, das 11h às 17h – fecha às quartas-feiras. Para jantar, funciona de sexta e sábado até as 23h e domingo até as 18h. Atendimento pelo telefone fixo (12) 3666-2669. Acompanhe também pelas redes sociais: @donnapinha (Insta) ou Donna Pinha (Face).
(Fonte: Texteria)
A 5ª edição do Festival Camerata (Fecam) acontece de 29 de maio a 2 de junho com o tema ‘Harmonias em Tons Femininos: Um Festival Delas’. A ação é realizada pelo Governo do Estado de São Paulo por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas e Associação Camerata Filarmônica de Indaiatuba (Acafi) com o apoio da Prefeitura de Indaiatuba por meio da Secretaria Municipal de Cultura.
Nesta edição, o festival tem o enfoque de destacar as contribuições de mulheres na música erudita. Das compositoras às intérpretes, das regentes às educadoras. A programação conta com concertos e recitais com apresentações dedicadas em sua maioria a obras de compositoras, desde a antiguidade até os dias atuais.
Além disso, contará com masterclasses com sessões lideradas também por mulheres renomadas no mundo da música erudita, oferecendo insights preciosos. Também terão painéis de discussão que incluem debates e palestras com curadoria de Ingrid Stein com a abordagem de várias temáticas, inclusive sobre a história, desafios e triunfos das mulheres na música, incentivando a reflexão e a troca de ideias.
Programação
29/5 (quarta-feira)
Concerto ‘Donna Verso’: Camerata Filarmônica de Indaiatuba e participação do
Quarteto Guarany (Abertura do Festival Camerata)
Horário: 20h
Local: Auditório Rainha dos Apóstolos (Mosteiro de Itaici).
30/5 (quinta-feira)
Coro Contemporâneo de Campinas às 19h com a regência de Ângelo Fernandes
Horário: 19h
Local: Teatro do Mosteiro de Itaici
Quarteto de Cordas do Teatro São Pedro
Horário: 20h30
Local: Auditório Rainha dos Apóstolos.
31/5 (sexta-feira)
Música de Câmara – Professores do FeCam
Horário: 19h.
Local: Teatro do Mosteiro de Itaici
Orquestra Guarany
Horário: 20h30
Local: Auditório Rainha dos Apóstolos.
1/6 (sábado)
Concerto dos Professores do Festival
Horário: 19h
Local: Teatro do Mosteiro de Itaici
Concerto da Classe de Composição e Música do século XX e XXI: Pierrot Lunaire – 150 anos de A. Schoenberg – peças da Classe de Composição
Horário: 20h30
Local: Auditório Rainha dos Apóstolos.
2/6 (domingo)
Concerto de Encerramento da Orquestra de Câmara do Festival e Coros (Adulto e
Infanto-Juvenil)
Horário: 10h30
Local: Auditório Rainha dos Apóstolos
Concerto de Encerramento das Classes de Sopros e Percussão
Horário: 15h
Local: Auditório Rainha dos Apóstolos
Concerto de Encerramento das Classes de Cordas
Horário: 17h
Local: Teatro do Mosteiro de Itaici
Concerto de Encerramento do Festival – Orquestra Sinfônica do Festival, Coro e
solistas
Horário: 19h
Local: Auditório Rainha dos Apóstolos.
Serviço:
Endereço Auditório Rainha dos Apóstolos e Teatro do Mosteiro de Itaici: Rodovia José Boldrini, 170 (Itaici).
(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)