Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
Já estão à venda os ingressos para a primeira temporada brasileira da exposição imersiva ‘Klimt e Gaudí, o Impossível Existe’. Serão 2.400 m² de arte e tecnologia na capital paulista dedicados a dois dos maiores artistas da história. O evento reúne duas aclamadas exposições da produtora francesa Culturespaces Studio – ‘Gustav Klimt, Gold in Motion’ (Gustav Klimt, Ouro em Movimento) e ‘Gaudí, Architect of the Imaginary’ (Gaudí, o Arquiteto do Imaginário) –, que já receberam mais de 5 milhões de pessoas em Paris, Bordeaux, Nova York, Amsterdam, Dortmund, Hamburgo e Seul.
‘Klimt e Gaudí, o Impossível Existe’ aterrissará em São Paulo, no Mooca Plaza Shopping, em 7 de junho. O espetáculo, que deverá percorrer cidades em todas as regiões do Brasil, é organizado no país pela Lightland Produções, mesma produtora da exposição imersiva ‘Van Gogh & Impressionistas’, que acumula 600 mil visitantes nas 13 grandes cidades por onde já passou.
O público brasileiro terá a oportunidade de presenciar exatamente os mesmos shows de superprojeções exibidos no grande Atelier des Lumières, em Paris, maior referência mundial na arte imersiva. Paredões gigantes de 7 metros de altura estruturam o mega atelier de projeções que possui 1.500 m², sem contar os ambientes cenográficos que o antecedem.
O espetáculo de movimento e luz levará os visitantes a uma viagem pelas pinturas brilhantes, sensuais e revolucionárias de Klimt e pelas fachadas onduladas, vidros e mosaicos coloridos e padrões orgânicos de Gaudí. “Fazemos uma curadoria cuidadosa de nossas exposições para oferecer aos visitantes uma nova perspectiva sobre os grandes mestres da História da Arte. Não se trata apenas de ver as obras completas do artista; trata-se de vê-los ganhar vida por meio da música, adicionando profundidade e emoção a uma experiência inesquecível”, diz Grégoire Monnier, diretor do Culturespaces Studio.
Com tecnologia de última geração, que inclui superprojetores de alta perfomance, processamento de dados instalado em megacomputadores e transmissão 100% em cabos de fibra ótica, as enormes telas – inclusive o piso do espaço por inteiro – serão tomadas pela arte dos dois célebres artistas modernistas. A exposição imersiva apresenta releituras emocionantes com o uso de técnicas e ferramentas avançadas de videografismo que ampliam, movimentam e aplicam efeitos incríveis sobre as obras.
Essa tendência mundial no segmento de entretenimento tem sido responsável por levar dezenas de milhões de pessoas a complexos de arte digital nas principais metrópoles do mundo. Na Europa, América do Norte, Ásia e, mais recentemente, na América Latina, multiplicam-se os novos espaços dedicados aos espetáculos imersivos baseados em superprojeções e outras tecnologias. “Há claramente um crescimento no interesse das pessoas para apreciar e contemplar coisas já conhecidas, agora sob novas formas e linguagens. Por um lado, o público obviamente continua a querer o contato com a arte de mestres consagrados, mas, por outro, demonstra um desejo crescente de sentir isso tudo de um modo diferente, a partir da aplicação de novas tecnologias, com lente de aumento, efeitos, movimentos e música envolvente”, diz Davi Telles, diretor executivo da Lightland Produções.
Os ingressos já estão disponíveis para venda online no site da Ingresso.com e, presencialmente, no quiosque do Mooca Plaza Shopping, a partir de 17 de maio.
Para atender a uma preferência do público brasileiro, ‘Klimt e Gaudí, o Impossível Existe’ estreia no país incluindo no projeto diversos ambientes que compõem uma ampla área denominada pelos organizadores como pré-show, com ambientes que vão desde um foyer gaudiniano, inspirado nas curvas orgânicas, mosaicos coloridos e simulação da célebre incidência de luz solar nos vitrais da Sagrada Família, até instalações artísticas e espaços instagramáveis marcados pelo dourado notável da Art Nouveau sedutora de Klimt. O visitante terá a sensação de embarcar numa pequena viagem a Viena e Barcelona – cidades e palcos dos artistas homenageados. “O Brasil vai receber um espetáculo imersivo que entrará para a história. Juntamos no mesmo evento, em um enorme atelier de projeções 3D de alta definição, duas exibições aclamadas em algumas das mais importantes metrópoles do mundo e agregamos a isto um pré-show com ambientes cenográficos incríveis. O resultado será algo jamais visto”, explica Telles.
Produção:
Klimt e Gaudi O Impossível Existe
Produção do evento: Lightland Produções
Produção das exibições: Culturespaces Studio®
Crédito das exposições:
Gustav Klimt, Gold in Motion
Produção: Culturespaces Studio® | Direção de Criação: Gianfranco Iannuzzi | Created
by Gianfranco Iannuzzi, Renato Gatto et Massimiliano Siccardi | Design Gráfico e de
Animação: Cutback | Trilha sonora: Luca Longobardi
Gaudi, Architect of the Imaginary
Produção: Culturespaces Studio® | Direção e Design: Cutback.
Serviço:
Klimt e Gaudí: Exposição imersiva aclamada por mais de 5 milhões de pessoas no mundo faz lançamento nacional e estreia em São Paulo
Data: a partir de 7 de junho, em curta temporada
Dias de funcionamento: diariamente, exceto às terças-feiras
Horário: segunda a sábado: das 10h às 22h (último horário de entrada às 21h)
Domingos e feriados: das 12h às 22h (último horário de entrada às 21h)
Local: Estacionamento do Mooca Plaza Shopping (R. Cap. Pacheco e Chaves, 313 – Vila Prudente)
Quanto custa:
Segunda a sexta – Diurno: R$80 inteira / R$40 meia-entrada
Segunda a sexta – Noturno: R$95 inteira / R$47,50 meia-entrada
Final de semana e feriados: R$120 inteira / R$60 meia-entrada
Meia-entrada: para segmentos previstos em lei, mediante apresentação de comprovação na entrada: estudantes; jovens com idade entre 15 e 29 anos que possuam Carteira de Identidade Jovem; professores das redes pública e privada; pessoa com deficiência e seu acompanhante, se necessário; pessoa com 60 anos ou mais; doadores de sangue e medula e outras hipóteses previstas em legislação local. Gratuito para crianças até 4 anos. Pacote para grupos escolares: consulte preços especiais.
Site de compras: klimtegaudi.com.br.
(Fonte: Assessoria de Imprensa Mooca Plaza)
O vasto universo dos apreciadores de charutos – mergulhar nesse mundo pode ser tão emocionante quanto desafiador. Com uma infinidade de termos específicos e nuances únicas, compreender a linguagem e os elementos essenciais é fundamental para apreciar essa arte milenar. Carolina Macedo, cigar sommelière e sócia da Bulldog Tabacaria, sediada em Curitiba (PR), organizou um guia para ajudar aficionados e novatos a desvendar os segredos do mundo dos charutos oferecendo um glossário detalhado para os iniciantes.
Capa e tripa: Os pilares fundamentais
O charuto, como obra-prima do tabaco, é composto por três elementos principais: a capa, a tripa e o capote. A capa, ou invólucro, é a camada externa visível do charuto, enquanto a tripa representa o recheio interno, composto por folhas de tabaco cuidadosamente selecionadas. Por sua vez, o capote atua como uma camada intermediária, envolvendo e sustentando a tripa.
Vitolas, anilhas e formatos: A arte da apresentação
Cada charuto é singular em seu formato e tamanho, conhecidos como vitola ou bitola. Desde robustos e toros até coronas elegantes, a diversidade de vitolas oferece uma variedade de experiências sensoriais.
O torcedor, habilidoso artesão por trás da produção, molda não apenas o charuto, mas também sua personalidade e caráter. A anilha é uma faixa de papel ou tecido ao redor da capa, muitas vezes com o nome da marca. Ela serve para você apoiar os dedos enquanto degusta, mas pode retirar e continuar a queima até o fim
Blend e origens: O segredo do sabor
Blend é o nome dado a combinação de diferentes tabacos; é o que confere ao charuto sua identidade distinta. Podem ser folhas de origens/países diferentes, com maturações diferentes. Cada uma delas apresenta uma característica de queima, sabor e aromas. Juntas, elas formam o blend do charuto.
De cubanos equilibrados e aromáticos a dominicanos intensos e saborosos, cada região produtora possui sua própria assinatura de sabor. Nicarágua, Cuba e República Dominicana são apenas algumas das origens prestigiadas que moldam o perfil de sabor dos charutos.
Preservação e ritual: O cuidado necessário
Manter a integridade e frescor dos charutos é essencial para uma experiência verdadeiramente gratificante. Os umidores, recipientes projetados para controlar a umidade e temperatura, são indispensáveis para preservar a qualidade dos charutos ao longo do tempo.
Além disso, rituais como cortar e acender o charuto requerem técnica e precisão para maximizar o prazer do momento. Os maçaricos com gás butano não alteram os sabores e aromas do charuto. Esta característica os torna ideais, mas mesmo assim é sempre usado somente o calor da chama para acender. “Compreender o charuto exige também uma compreensão da história, do seu propósito e até das excentricidades de cada produto, é muito bom aprender e se sentir fazendo parte deste universo”, destaca ela.
A Bulldog Tabacaria fica localizada à Rua General Aristides Athayde Jr., 254, no bairro Bigorrilho, em Curitiba. Mais informações são fornecidas pelo telefone (41) 3029-1299 e o WhatsApp (41) 98736-3251.
(Fonte: Agência Souk)
Baleias, pinguins e leões-marinhos estão entre os principais animais caçados pelos povos que habitaram o litoral sul do Brasil entre 4,2 mil e mil anos atrás. É o que revela pesquisa inédita da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) que analisou vestígios de animais em sambaquis nos litorais do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. O consumo de peixes e de moluscos pelas populações ancestrais já era bem documentado pela ciência, e a nova pesquisa ajuda a revelar a diversidade da dieta e da cultura desses grupos humanos. Os resultados estão publicados em artigo científico da edição desta segunda (13) da revista “Anais da Academia Brasileira de Ciências”.
Sambaquis são construções humanas formadas de conchas marinhas, carvão, sedimentos e restos de animais. Comuns na costa Sul e Sudeste do Brasil, consistem no acúmulo de matéria orgânica em montes com alguns metros de altura. De origem tupi, o nome dessa estrutura vem da união das palavras tamba (concha) e ki (monte).
O objetivo da pesquisa foi investigar se os pescadores-coletores-caçadores caçavam animais vertebrados de quatro patas, como mamíferos, anfíbios, répteis e aves, durante o Holoceno – época geológica iniciada há cerca de 12 mil anos. O estudo analisou cerca de 4 mil vestígios dos chamados tetrápodes localizados em dez sítios zooarqueológicos e armazenados em museus de arqueologia da região.
Deste total, foram identificados 46 táxons, que são unidades de agrupamento biológico, sendo a maioria de animais marinhos, principalmente cetáceos e baleias. As espécies com maior presença foram os pinguins-de-Magalhães e as baleias-francas-austrais. Embora em menor quantidade, foram encontrados também tetrápodes terrestres, como a anta sul-americana.
Os sambaquis eram compostos por animais de diferentes ambientes, como praias, mangues, pântanos e florestas. A variedade de vestígios demonstra ainda métodos oportunistas e estratégicos de caça e pesca, especialmente no caso de animais como os pinguins-de-Magalhães, originários da Patagônia, sul da Argentina, e que só aparecem na costa brasileira em alguns meses do ano, durante a migração de inverno, entre os meses de março e setembro.
Segundo o pesquisador da Ufes Augusto Mendes, autor do artigo, saber sobre os hábitos culturais dos povos que ocuparam o território brasileiro permite entender a biodiversidade da época. “Os vestígios de animais no sambaqui são resultados das práticas simbólicas e cotidianas dos sambaquieiros, como dieta e rituais funerários”, diz o pesquisador. Além do uso na alimentação, os animais caçados podiam ser matéria-prima na confecção de artefatos e ornamentos a partir dos ossos, por exemplo.
O autor explica também que esta é uma oportunidade de estudar os sambaquis e de conhecer a história dos povos originários. “Isso nos ajuda a compreender melhor a história do Brasil e colocá-la num ponto de partida bem antes de 1500”, avalia.
Mendes destaca ainda que os dados sobre a interação dos humanos com esses animais são úteis para estratégias de conservação das espécies. Conhecer os padrões de ocupação dessas regiões ao longo do tempo e o impacto do comportamento humano sobre as espécies estudadas pode contribuir para proteger indivíduos que hoje estão em risco. Novos trabalhos podem contribuir com a ampliação da identificação de mamíferos, aves e anfíbios caçados pelas populações pré-colombianas a partir desta pesquisa, acredita o autor.
(Fonte: Agência Bori)
Além de áreas como energia renovável, cosméticos, alimentos e insumos para a indústria, a biodiversidade da Amazônia também tem inspirado empresas que se dedicam à moda e à arte: são negócios de impacto que exploram a variedade da região como fonte de inspiração para produtos sustentáveis e éticos, gerando valor para a floresta e para as comunidades locais. A promoção do protagonismo dos povos tradicionais, da sua arte e saberes, também faz parte desses negócios – são empresas que reconhecem o valor da floresta em pé para o sustento e desenvolvimento das comunidades que nela vivem.
“A biodiversidade da Amazônia também está inspirando inovação nos segmentos de moda, acessórios e na arte”, diz Marcos Dá-Ré, diretor de Economia Verde da Fundação CERTI, realizadora e coordenadora, ao lado do Instituto CERTI Amazônia, da Plataforma Jornada Amazônia. O projeto busca estimular a criação de um pipeline de negócios inovadores para impulsionar o empreendedorismo, estabelecer e qualificar conexões com o mercado e fortalecer o ecossistema de inovação nos estados da região. “Isso é visível nas empresas do Sinergia, um programa da plataforma voltado a impulsionar negócios com impacto positivo na floresta: muitas delas estão explorando a rica variedade da região para desenvolver produtos sustentáveis, éticos e com uma identidade bem amazônica.”
Conheça abaixo quatro empresas que trabalham a diversidade da Amazônia para produzir e promover acessórios, roupas e obras de arte:
Urucuna
Idealizada pelas irmãs Júlia e Lígia Ferreira Tatto, a Urucuna nasceu do desejo de valorizar a cultura brasileira e a sociobiodiversidade junto aos povos tradicionais e indígenas. Lígia relata que desde crianças tiveram sempre contato e proximidade com povos originais e, em março de 2020, as empreendedoras estreitaram ainda mais a relação com as comunidades e artesãos da floresta. “A pandemia impactou bastante os artesãos e, no objetivo de escoar essa produção de arte local, começamos o e-commerce. No início apenas revendíamos as peças com margem mínima para apenas manter o custo da logística e revertíamos toda a renda para os artesãos. Com a evolução do negócio, ampliamos as nossas parcerias para a cocriação de velas aromáticas naturais junto com o artesanato local”, relembra. O produto se destaca no segmento de bem-estar, mas também de decoração por suas embalagens artesanais feitas à mão em conjunto com comunidades tradicionais: no aroma Proteção da Floresta, por exemplo, a base da vela pode ser o ouriço de castanha, o caroço do tucumã ou copo de vidro serigrafado com tampas de madeira pintadas por artesãs indígenas.
Em quatro anos, as empresárias já criaram quase 40 aromas de ambientes e impactam diretamente mais de 120 famílias de seis povos tradicionais diferentes. Lígia destaca que uma das preocupações centrais da empresa é promover a riqueza na Amazônia e a independência financeira das famílias que fornecem insumos e arte para a Urucuna. “O trabalho foi evoluindo junto com eles, porque nosso propósito é crescer com os povos da floresta, mas sem que eles dependam unicamente da Urucuna para o seu sustento. No entanto, chegou a um ponto que uma comunidade fornecia 68% do óleo de breu apenas para nós e isso não é positivo, porque eles precisavam diversificar essa fonte de renda. Pensando nisso, juntamos nossa expertise em marketing, comunicação e precificação e passamos a transmitir esse conhecimento para as comunidades que trabalhamos para que eles tenham protagonismo sobre seu negócio e ampliem as possibilidades de negócios”, conta Lígia.
A promoção do protagonismo dos povos tradicionais também passa pela valorização das mulheres dessas comunidades. Das famílias que fornecem insumos e materiais artísticos, como pinturas, para a Urucuna, as oficinas de capacitação em empreendedorismo e os pagamentos são, em sua maioria, realizados com as mulheres artesãs. “Compartilhando conhecimento e empoderando as mulheres, é possível mostrar que há oportunidades de trabalho e renda com a floresta em pé”, reforçou.
Pupti Amazon Art
A Pupti Amazon Art se dedica a celebrar a exuberância da Amazônia e sua riqueza cultural, compartilhando com o mundo as paisagens, formas, história, tradições e culturas da região – isso tudo a partir da arte: a startup criou uma plataforma de e-commerce de arte amazônica contemporânea focada na experiência do usuário e com funcionalidades como realidade virtual, realidade aumentada e modelagem 3D, entre outras. “A inspiração para criar a plataforma surgiu da vontade de estabelecer um empreendimento que não só proporcionasse satisfação pessoal, mas também gerasse um impacto positivo nas vidas de muitas pessoas”, conta Marcos Rego, CEO da Pupti. “Desde o início, a ideia era desenvolver um negócio com um propósito maior, focado na preservação e desenvolvimento sustentável da região amazônica.”
A ideia é que todos os que entrem em contato com a Pupti – concebida como uma marca de luxo – sejam impactados pela região que a plataforma representa. A empresa também faz uma curadoria apurada da arte amazônica para organizar exposições projetadas para apresentar a marca nos melhores centros do mundo. Os artistas que desejam fazer parte da plataforma passam por um processo de curadoria e seleção para garantir que seu trabalho esteja alinhado com a missão, visão e valores da Pupti. Para os artistas selecionados, a plataforma garante visibilidade internacional, assistência na comercialização das obras e acesso a um mercado de alto nível, além da colaboração e rede de contatos com outros artistas representados pela empresa.
Além de realizar exposições e eventos e gerar receita com venda de obras de arte, a Pupti planeja abrir lojas físicas conceito estrategicamente localizadas. “Nosso modelo de negócios se destaca por sua ênfase na sustentabilidade, na promoção da cultura amazônica e na colaboração com artistas nativos da região”, afirma Marcos. “Isso permite à empresa atrair um público de alto nível econômico, social e cultural, enquanto contribui para o desenvolvimento sustentável da Amazônia e para a preservação de sua herança cultural”. Em 2023, o faturamento da Pupti Amazon Art cresceu 50% em relação a 2022. Até 2025, a marca projeta alcançar faturamento anual em torno de um milhão de reais.
Yara Couro
A Yara Couro produz couro a partir do tratamento de resíduos do pescado, em geral descartado de forma incorreta: o curtume verde criado pela empresa transforma a pele de peixe em couro para produção de bolsas e acessórios de luxo e alto valor agregado. “As peles que trabalhamos têm origem no resíduo: damos uma nova cara à pele de peixe, porque, para nós, o que iria para o lixo é matéria-prima”, explica a fundadora Bruna Freitas. “Dessa forma, conseguimos gerar uma nova fonte de renda a partir da comercialização das peles e, além disso, evitar que as peles sejam descartadas significa impedir que elas sejam incorretamente enterradas ou jogadas em rios.”
A empresa tem hoje três tipos de produtos. O principal foco da Yara Couro no momento é o desenvolvimento da tecnologia do produto intermediário: o couro acabado para indústria de moda e revestimento. “Nessa etapa o couro já está tingido, com acabamento e pronto para aplicação”, diz Bruna. “O que estamos fazendo é acrescentar elementos para tornar esse produto ainda mais atrativo para o mercado”. Tendo captado R$2 milhões em investimento no ano passado, a startup planeja aprimorar a tecnologia e trabalhar no MVP de uma fábrica própria para escalar a produção a nível industrial.
“A Yara foi criada a partir de um desejo muito grande que eu sempre tive de empreender”, Bruna narra. “Sou publicitária e sempre trabalhei com os negócios de outras pessoas. Tive meu primeiro contato com o segmento de moda quando trabalhei em Portugal e lá tomei gosto pelo ramo. Voltei pro Amapá no ano passado e, junto com o Frank Portela, o outro founder da empresa, que tem mais de 20 anos trabalhando com a indústria de couro, começamos a estudar mercado e a viabilidade de um produto inovador dentro do segmento.”
“Criar a Yara foi um processo muito bacana porque uniu tudo; o couro, a moda, a sustentabilidade, a identidade da Amazônia”, ela completa. “Além disso, nosso negócio está inteiramente orientado a gerar emprego e renda para comunidades de pesca e aldeias indígenas, o que cria um novo tipo de mercado capaz de evoluir a cadeia do pescado. Todos os que estão nesse ecossistema saem ganhando.”
Da Tribu
A Da Tribu é uma marca de moda que insere conceitos sustentáveis e respeita os saberes tradicionais dos povos da floresta para produzir joias, acessórios e objetos para casa com fios e tecidos feitos de borracha vegetal e outros biomateriais. A empresa foi criada em 2010, mas, segundo a fundadora Tainah Fagundes – que criou a Da Tribu ao lado de sua mãe e sócia Kátia Fagundes –, passou a se entender como um negócio social de impacto a partir de 2015. “Nossa inspiração é a própria Amazônia: queremos apresentar no nosso trabalho uma Amazônia real, mas sensível, incluindo as comunidades tradicionais e fazendo do nosso processo o mais colaborativo possível”, ela afirma.
A empresa é sediada na Ilha de Cotijuba, no Pará, uma área de conservação ambiental, e atua junto a populações extrativistas desenvolvendo seringais até então inativos. Hoje, a Da Tribu tem duas frentes de atuação: no varejo, vendendo diretamente para o consumidor, mas também junto a marcas parceiras que revendem os produtos pelo Brasil e pelo mundo, e no B2B, oferecendo biomateriais que podem ser utilizados por outras marcas e artistas para produção de roupas, sapatos, bolsas, joias e outros objetos. “Viemos aperfeiçoando os fios e tecidos que produzimos com a borracha natural nos últimos oito ou nove anos”, destaca Tainah.
Mais de 30 pessoas estão envolvidas no processo, desde a extração do látex até a produção dos fios, nos dois seringais onde a Da Tribu atua, somando cerca de 50 hectares de floresta preservada. A empresa recebeu um aporte de R$120 mil reais do programa de aceleração Investe Favela para compra de maquinário, e pretende alcançar faturamento de R$300 mil até o final de 2023. “Tínhamos um processo altamente manual que hoje é feito por meio de dois maquinários”, Tainah conta. “Conseguimos produzir 30 mil metros de fios mensalmente.”
Participação no Programa Sinergia
Urucuna, Pupti Amazon Art, Yara Couro e Da Tribu já participaram do Sinergia, programa que faz parte da Plataforma Jornada Amazônia, projeto realizado e coordenado pela Fundação CERTI e pelo Instituto CERTI Amazônia com coparticipação e investimentos do Bradesco, Fundo Vale, Itaú Unibanco e Santander. O programa Sinergia tem como objetivo gerar conexões e fortalecer negócios já existentes para gerar ainda mais impacto positivo para a floresta amazônica e para as comunidades envolvidas. O objetivo do programa é fortalecer cerca de 100 startups até o final de 2025. “O impacto da Jornada Amazônia no negócio da Pupti é significativo”, aponta Marcos Rego, CEO da empresa. “A participação em programas como esse permite ampliar visibilidade, construir conexões valiosas com outras empresas, investidores e especialistas no campo da bioeconomia e da sustentabilidade na região amazônica. Além disso, o Sinergia proporciona suporte direcionado, o que é vital para resolver desafios específicos. Isso inclui aprimorar práticas de negócios, desenvolver estratégias de sustentabilidade e crescimento, além de fornecer orientação sobre como maximizar o impacto positivo da empresa na região e no setor da bioeconomia.”
Já Lígia Tatto, da Urucuna, avalia que a participação no Sinergia foi um ponto de virada e profissionalização do negócio. “A Jornada Amazônia desenvolve um trabalho muito personalizado com os negócios que participam do Sinergia. Nossa trilha de desenvolvimento foi pensada para a gente e pegou exatamente na ‘ferida’, que era a parte técnica e financeira da empresa. Foi muito importante para reajustar nossa rota e, ainda, melhorar nossas técnicas de vendas”, comenta.
“A Jornada Amazônia traz uma perspectiva muito bacana ao negócio, nos permitindo ampliar horizontes, entender sobre nosso contexto regional e também nos aproximarmos de pessoas que estão na mesma jornada empreendedora que nós, com muita vontade de fazer acontecer”, completa Bruna Freitas, da Yara Couro. “A bioeconomia ganha, a Amazônia fica em pé e nós fazemos negócios rentáveis, viáveis e sustentáveis.”
(Fonte: Dialetto Comunicação)
A CAIXA Cultural São Paulo recebe, de 3 de maio a 16 de junho, a exposição ‘Espelhos D’Água’, da artista gaúcha Vera Reichert. Com curadoria do artista visual e gestor cultural André Venzon, a exposição é um convite à contemplação e à reflexão sobre a relação entre a água e seus diferentes biomas.
Foram produzidas mais de 30 obras, entre imagens do fundo do mar dentro de escotilhas espelhadas e imagens de superfícies de lagoas emolduradas e em forma de gotas de acrílico, que revelam a habilidade da artista em capturar a essência da água em suas mais diversas formas. As peças convidam à conscientização sobre a importância da preservação e do uso responsável das fontes e mananciais de água em nosso planeta.
O público poderá apreciar fotografias subaquáticas que transportam para um mundo raro onde a luz dança sobre as superfícies e as cores se mesclam em harmonia. Instalações imersivas proporcionam uma experiência sensorial única convidando-nos a explorar os mistérios e as maravilhas dos ecossistemas aquáticos. Um curta-metragem selecionado no canal Arte1 sobre seu trabalho, uma gota espelhada e um luminoso da lua complementam a exposição.
A artista Vera Reichert
Focada na temática da poética das águas, sua produção abrange uma gama de linguagens incluindo fotografia, vídeo, instalações, pinturas e esculturas, todas elas explorando os diversos aspectos e simbolismos da água.
Autora do livro ‘A Inquietude do Olhar’ (The Restless Eye), lançado em 2017 junto com sua exposição individual no Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (MARGS), participou de 33 mostras individuais e inúmeras exposições coletivas. Suas obras integram importantes acervos, como MARGS, MAC/RS e da Biblioteca Pública de Porto Alegre (RS) e estão presentes na Casa Brasil de Liechtenstein e em coleções particulares nos Estados Unidos, Uruguai, França e Brasil.
Serviço:
[Exposição] ‘Espelhos D’Água’
Local: CAIXA Cultural São Paulo – Praça da Sé, 111 – Centro Histórico de São
Paulo
Visitação: de 3 de maio a 16 de junho de 2024
Horário: de terça-feira a domingo, das 9h às 18h
Bilheteria: entrada franca
Classificação indicativa: livre para todos os públicos
Acesso para pessoas com deficiência
Informações: (11) 3321-4400/Site CAIXA Cultural/@caixaculturalsaopaulo.
(Fonte: Assessoria de Imprensa da CAIXA)