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Instituto Tomie Ohtake prorroga a exposição ‘Maria Lira Marques – Roda dos Bichos’

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Ricardo Miyada.

O Instituto Tomie Ohtake prorrogou até 2 de junho ‘Roda dos Bichos’, exposição dedicada à produção de Maria Lira Marques. Tendo como curador Paulo Miyada e curadora assistente Sabrina Fontenele, a mostra reúne trabalhos de toda a carreira de Lira Marques, que nas últimas três décadas extrai o barro das encostas mineiras para produzir cerâmicas e pigmentos naturais para suas pinturas e esculturas. Com uma produção profundamente marcada pelo imaginário do semiárido mineiro, a artista se destaca por desenvolver uma linguagem singular, pintando em pedras ou sobre o papel, seres que habitam seu universo. A mostra conta com o patrocínio da Oliver Wyman, Dasa, Instituto SYN e Shopping Tietê Plaza, por meio da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo via Programa Municipal de Apoio a Projetos Culturais e do Ministério da Cultura, via Lei de Incentivo à Cultura.

A mostra no Instituto Tomie Ohtake, a primeira institucional de sua carreira, é dividida entre as três salas à esquerda do grande hall. Na primeira, redonda, estão as pinturas em seixos de rio e outros trabalhos em papel. A segunda traz diferentes grupos de obras e famílias de bichos, reunindo grande parte dos trabalhos apresentados na exposição, enquanto a terceira sala, além de apresentar obras do início da carreira de Maria Lira, é dedicada sobretudo a contextualizar o seu trabalho e sua ligação com o Vale do Jequitinhonha por meio de documentos, objetos, cantos e fotografias. Um curta-metragem produzido especialmente para a exposição, exibindo seus cantos, trajetória e obra, completa a exposição.

Natural de Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, Maria Lira tem 78 anos, é ceramista, pintora e pesquisadora autodidata. O interesse pelo barro surgiu ainda na infância, observando a mãe criar presépios em barro cru para presentear vizinhos. Foi com a cera de abelha que o pai usava em sua sapataria que moldou seus primeiros objetos. Mais tarde, aprendeu o ofício com a vizinha Joana, ceramista que lhe ensinou a coleta correta do barro e sua queima em forno à lenha.

Com o auxílio de livros emprestados por familiares e vizinhos, passa a produzir bustos, que rapidamente são substituídos por obras que retratam a complexa realidade de sua região, historicamente marcada pela pobreza. Na década de 70, conhece Frei Chico, missionário holandês que vira seu grande amigo e parceiro profissional. Juntos, passam a documentar a memória cultural do Jequitinhonha gravando cantos e rezas tradicionais.

Acometida por uma tendinite, Maria Lira troca as esculturas pela pintura, usando o barro em diferentes tonalidades como pigmento para desenhar seus bichos. Segundo Paulo Miyada, “Os bichos do sertão de Lira vivem na paisagem imaginante que se forma na ressonância entre a artista e o território. Tomam assento na superfície arredondada de seixos de rio, delineiam-se entre manchas feitas de água, cola e pigmentos minerais. Reaparecem enquadrados em planos de tons de vermelho, ocre, branco e amarelo, sozinhos ou em grupo, muitas vezes junto a símbolos-runas que traduzem elementos mais-que-humanos. São bichos de terra, marcam-se na terra e estão sempre grávidos de movimento”.

Programa Público Gratuito

Dia 16/5, das 19h às 20h30

Conversa: Memória do Vale

Com Aline Carmona e Sirlene Giannotti

Mediação: Sabrina Fontenele

Mais informações e inscrições: https://www.institutotomieohtake.org.br/programas-publicos/conversa-memorias-do-vale/.

Exposição Maria Lira Marques – Roda dos Bichos

Curadoria: Paulo Miyada

Em cartaz até 2 de junho de 2024 – De terça a domingo, das 11h às 19h

Entrada franca.

(Fonte: Instituto Tomie Ohtake)

Roberto Carlos apresenta grande show em Santos no Dia das Mães

Santos, por Kleber Patricio

Santos terá o domingo do Dia das Mães mais surpreendente dos últimos tempos, com o show do ‘Rei’ Roberto Carlos. A cidade, que é a mãe da baixada santista, foi a escolhida para receber o evento que promete atrair as mães de toda a região. Por isso, não deixe para a última hora adquirir os seus ingressos e surpreender a sua mãe: as vendas já começaram no site da Bilheteria Digital a partir de R$500.

A ser realizado no Blue Med Convention Center às 20 horas, o show ‘Eu Ofereço Flores’ garante muitas emoções com a seleção de músicas escolhidas especialmente para as matriarcas da família. Roberto Carlos lançou 33 álbuns de e entrou para a lista da revista Global Concert Pulse como um dos 30 artistas de maior público dentre outros grandes nomes da música mundial.

Na região, o artista já teve a venda de ingressos esgotados, sendo a grande promessa da data de homenagem às mães da baixada santista, região central de outras cidades praianas. Adquira seu ingresso no site ou app da Bilheteria Digital.

(Fonte: Sheep Comunicação)

Urus Steakhouse comemora 2 anos em maio com menu e 5 vinhos espetaculares

São Paulo, por Kleber Patricio

Roger Coulon Heri Hodie com crudo de atum. Fotos:
Divulgação.

Um menu de cinco tempos assinado pelo chef Benoit Mathurin coroa a comemoração dos dois anos do Urus Steakhouse, e será servido durante três quarta-feiras no mês de maio, dia 15, 22 e 29 de maio. A carne é a estrela e brilha em preparos esmerados escoltados por vinhos nobres e raros da adega do Urus. Um dos destaques é a epítome do vinho de sobremesa – o fabuloso Chateau D’Yquem, que finaliza o menu.

A casa se destaca por controlar todo o processo da carne, do pasto ao prato, único no segmento em São Paulo, introduzido no Mato Grosso há 14 anos e apresentado aos paulistanos há 2 anos, um dos projetos pioneiros em chamar a atenção dos clientes para os diferenciais de sabor e nutricionais da ‘Vaca Velha’. São carnes ancestrais de gado Auroque, originários de terroir brasileiro, alimentados com dieta balanceada que intensifica naturalmente os sabores, e finaliza em uma maturação feita no restaurante de forma única em uma câmara especial com protocolos trazidos dos EUA. Confira:

Santenay Blanc e crocante de wantan.

A entrada é o crudo de atum, marinada de maracujá e pancs, escoltada pelo champagne Roger Coulon Heri Hodie Premiere Cru, NV. Na sequência, crocante de Wantan, Wagyu e maionese de aliche e caviar Beluga acompanhado do vinho Bertrand Bachelet Santenay Blanc 2020. No ápice do Menu degustação estão as iguarias, no terceiro tempo, Medalhão de costela, molho de laranja-Bahia e mini cenouras caramelizadas na companhia de Jean Luc Jamet Terraces Côte-Rotie 2017.

No quarto tempo, Tomahawk em fatias, retiradas do ancho, parte mais nobre das iguarias Urus, servido com tutano grelhado, molho Bordelaise, Gratin Dauphinois e folhas de mini romana, e engrandece com o Château Beau-Sejour Becot 1975. Para finalizar, Mi-cuit au chocolat e pistache, compota de frutas vermelhas, crocante de merengue com creme, com a elegância de um vinho de sobremesa único, como o Château D’Yquem.

Sobre os vinhos

Roger Coulon Heri Hodie Premiere Cru – É um champanhe de bolhas finas e delicadas onde se misturam aromas de manga fresca, damascos secos e sutis notas de pastelaria de baunilha. Uma agradável tensão e aromas picantes envolvem o paladar. Blend de Pinot Meuniers (90%) provenientes de aldeias Premier Cru localizadas na Montaigne de Reims, entre 120 e 150 m de altitude, em declives moderados (entre 5 e 15°) voltados para leste.

Bertrand Bachelet Santenay Blanc 2020 – Feito a partir de 100% de Chardonnay. Apresenta bela tonalidade dourada, um nariz fresco, ligeiramente tostado; no paladar, aromas de amêndoas e avelãs grelhadas e, à medida que envelhece, aromas de trufas. Combina muito bem com pratos cremosos, como risoto ou queijo duro como Comté ou Beaufort. É produzido no coração de Puligny-Montrachet pela vinícola Pernot Belicard.

Côte Rotie com medalhão de costela.

Jean Luc Jamet Terraces Côte-Rotie 2017 – Jean-Luc Jamet é um dos produtores mais icônicos de Côte-Rôtie e Côte du Rhône. O bouquet é ousado e estruturado, com um espectro de frutas vermelhas a escuras ancorado por um terroir rico em minerais, especialmente o ferro. O paladar oferece ondas de frutas escuras, carne curada saborosa, especiarias e menta, no retrogosto. Aprecie com pratos robustos como o Medalhão de costela, que acompanha no jantar. 100% Syrah.

Château Beau-Sejour Becot 1975 – A família Bécot produz este grande vinho altamente avaliado: rico e vibrante, ele se torna mais refinado e complexo após alguns anos na garrafa. Oferece elegantes sabores frutados, combinados com delicadas notas minerais. No paladar, o Beau-Séjour Bécot combina aromas ricos e extravagantes com uma agradável acidez que equilibra este vinho. Um vinho para ser degustado amadurecido após 15 a 20 anos. Beau-Séjour Bécot é um excelente vinho de 19 hectares no planalto de calcário de Saint-Émilion. Faz parte da elite de Saint-Émilion.

Château D’Yquem – É o único reconhecido como Premier Cru Supérieur da região de Sauternes. Poucas garrafas são produzidas por ano e sob rigorosos critérios de safras excepcionais. De cor amarelo ouro, com aromas de avelãs torradas, creme brûlée, baunilha, mel, geleia de laranja e pêssegos. No paladar, apresenta peso, boa textura e pureza. Longo retrogosto, o que indica que pode ser mantido por muitos anos.

O menu completo, com os vinhos, tem o valor de R$2.500, 00 por pessoa.

Châteu Beau-Sejour Becot 1975 e Tomahawk em fatia.

A prática visionária do Urus Restaurante em priorizar o gado ancestral em processo a pasto não é um mero acaso, mas uma escolha deliberada para garantir a união da maciez e o sabor intensificado que apenas a carne de bovinos maduros pode oferecer. A sabedoria tradicional e a ciência se unem aqui para revelar que, contrariamente ao que muitos pensam, as vacas mais velhas fornecem cortes que são superiores em suculência e paladar e valores nutricionais.

Sobre Urus Steakhouse

Localizado na elegante esquina da Avenida Europa com a Praça Vaticano, o Urus não é apenas uma steakhouse – é uma instituição que celebra o terroir brasileiro com carnes que são a expressão genuína da nossa terra. Sob a supervisão dos idealizadores Acilene Clini (CFO) e Jean Clini (CEO), cada corte selecionado segue um protocolo próprio e é o resultado de um conhecimento profundo sobre o manejo de um gado 100% taurino. A casa oferece a oportunidade única de visualizar os lotes de carnes próprios na grande câmara de maturação em vidro, o coração e a alma, ou melhor, o DNA do restaurante.

No Urus, cada refeição é uma celebração dos sentidos, onde a herança da culinária francesa se encontra com o espírito brasileiro criando uma harmonia de sabores que só poderia ser concebida por mãos habilidosas como as de Benoit Mathurin. Com áreas internas acolhedoras, um lounge externo e o espaço Garden, ideal para encontros e eventos empresariais, o Urus transcende a experiência de jantar, oferecendo um ambiente que se transforma para se adequar às necessidades e desejos do cliente, sempre mantendo a essência da gastronomia da casa acolhendo a equidade e diversidade da cultura brasileira.

Urus Restaurante conta com aproximadamente 130 lugares e traz arquitetura contemporânea e poética, seguindo pilares essenciais da hospitalidade: aconchego, momentos memoráveis e celebração. O Urus conta com áreas internas acolhedoras e privativas, lounge externo, e o espaço Garden, para encontros, reuniões empresariais privativas e reservas especiais.

Endereço: Praça do Vaticano, 321 – Jardim Europa, São Paulo – SP

Telefone: (11) 99645-1788

Horário de funcionamento

Reservas: WhatsApp.

(Fonte: Lucia Paes de Barros Assessoria de Imprensa)

Osesp recebe pianista Tom Borrow para tocar três concertos de Beethoven

São Paulo, por Kleber Patricio

Osesp na Sala São Paulo. Foto: Mario Daloia.

O ano de 2024 marca as celebrações dos 70 anos da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp, além dos 30 anos de atividades do Coro da Osesp e dos 25 anos da Sala São Paulo – a casa da Osesp, dos Coros e de seus Programas Educacionais, inaugurada em 1999 no edifício onde antes funcionava a Estrada de Ferro Sorocabana.

Entre quinta-feira (9/mai) e sábado (11/mai), a Osesp recebe o jovem pianista israelense Tom Borrow, que será o solista no Concerto para piano nº 1 de Beethoven. Como Artista em Residência da Temporada Osesp 2024, Borrow interpreta, nas duas próximas semanas, o segundo e o terceiro Concertos para piano do mestre alemão.

Regido pelo Diretor Musical e Regente Titular da Orquestra, Thierry Fischer, o repertório desta semana trará, ainda, três obras que de alguma maneira retratam o continente americano: ‘Central Park in the dark’, de Charles Ives; ‘Uirapuru’, de Heitor Villa-Lobos; e ‘Amériques’, de Edgard Varèse. Parte da nova série Osesp Duas e Trinta, a apresentação de sexta-feira (10) acontece às 14h30 com transmissão ao vivo no YouTube da Osesp. E, no domingo (12), às 18h, Borrow realiza um recital na Sala São Paulo com a participação de quatro músicos da Orquestra. Será apresentada uma seleção das peças líricas de Edvard Grieg e o Quinteto para piano e cordas nº 2 de Antonín Dvorák.

Sobre o programa

Osesp e Thierry Fischer em concerto na Sala São Paulo. Foto: Laura Manfredini.

Considerada uma das obras mais ousadas do norte-americano Charles Ives (1874–1954), ‘Central Park in the dark’ foi composta em 1906, mas estreada apenas em 1946. É marcada por um radicalismo modernista, em uma tentativa de criação de uma ‘música nacional’ americana. No lugar das sublimes montanhas e florestas cantadas pelo Romantismo (acompanhadas eventualmente pelas águas e nuvens do Impressionismo francês da mesma época), a obra de Ives busca dar concretude à ideia de um complexo ‘quadro sonoro’, no qual a natureza, como no famoso parque de Nova York, está rodeada pelo caos da metrópole.

O Concerto para piano nº 1 em Dó maior, de Ludwig van Beethoven (1770–1827) — que, na verdade, foi o terceiro composto por ele — foi o escolhido para a sua estreia em Viena. Beethoven o considerava uma obra de maior brilho, capaz de impressionar o público. Posteriormente, o compositor pediu indulgência aos críticos, para os seus dois primeiros concertos, declarando que “eles não pertenciam ainda aos [seus] melhores [exemplares] do gênero”, considerando-os “já ultrapassados”.

A melodia básica de um pequeno pássaro de plumagem colorida da Amazônia serviu de inspiração a Villa-Lobos para compor uma de suas mais conhecidas obras: Uirapuru, o pássaro encantado, bailado brasileiro, desenvolvida a partir do poema sinfônico ‘Tédio de Alvorada’, sobre uma paisagem, composto entre 1916 e 1917. Anos mais tarde, o famoso coreógrafo Serge Lifar, em turnê pela América do Sul, apresenta um balé sobre o ‘Choros nº 10 — Rasga o coração’ do compositor brasileiro, baseado na lenda indígena do Jurupari. Para retribuir a gentileza, Villa-Lobos decide reaproveitar temas e motivos da obra anterior, completando em 1934 a partitura final de Uirapuru, que estrearia no ano seguinte no Teatro Colón de Buenos Aires, por ocasião de uma visita de Getúlio Vargas à capital argentina.

A Sala São Paulo. Foto: Mariana Garcia.

Presente na escandalosa estreia da ‘Sagração da Primavera’, Varèse acabou chocando seus antigos mestres europeus, reconfigurando o Impressionismo de Debussy, a ironia de Satie, o virtuosismo de Busoni e a riqueza rítmica de Stravinsky, com o objetivo de traduzir em música o vigor da modernidade americana. Apesar da evidente intenção mimética, ‘Amériques’ deveria ir além da mera referência programática, adquirindo um significado simbólico ao expressar um ‘estado de alma’ propriamente ‘americano’. A obra seria, nas palavras do compositor, “uma meditação, a impressão de um estrangeiro que se interroga sobre as possibilidades extraordinárias de nossa nova civilização”.

Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp | A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp é um dos grupos sinfônicos mais expressivos da América Latina. Com 13 turnês internacionais e quatro turnês nacionais realizadas, mais de uma centena de álbuns gravados e uma média de 120 apresentações por temporada, a Osesp vem alterando a paisagem musical do país e pavimentando uma sólida trajetória dentro e fora do Brasil, obtendo o reconhecimento de revistas especializadas como Gramophone e Diapason, e relevantes prêmios, como o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Clássica de 2007. A Orquestra se destacou ao participar de três dos mais importantes festivais de verão europeus, em 2016, ao se tornar a primeira orquestra profissional latino-americana a se apresentar em turnê pela China, em 2019, e ao estrear em 2022, no Carnegie Hall, em Nova York, apresentando um concerto na série oficial de assinatura da casa e o elogiado espetáculo Floresta Villa-Lobos. Desde 2020, Thierry Fischer ocupa os cargos de Diretor Musical e Regente Titular, antes ocupados por Marin Alsop (2012-19), Yan Pascal Tortelier (2010-11), John Neschling (1997-2009), Eleazar de Carvalho (1973-96), Bruno Roccella (1963-67) e Souza Lima (1953). Mais que uma orquestra, a Osesp é também uma iniciativa cultural original e tentacular que abrange diversos corpos artísticos e projetos sociais e de formação, como os Coros Sinfônico, Juvenil e Infantil, a Academia de Música, o Selo Digital, a Editora da Osesp e o Descubra a Orquestra. Fundada oficialmente em 1954, a Orquestra passou por radical reestruturação entre 1997 e 1999 e, desde 2005, é gerida pela Fundação Osesp.

Thierry Fischer | Desde 2020, Thierry Fischer é diretor musical da Osesp, cargo que também assumiu em setembro de 2022 na Orquestra Sinfônica de Castilla y León, na Espanha. De 2009 a junho de 2023, atuou como diretor artístico da Sinfônica de Utah, da qual se tornou diretor artístico emérito. Foi principal regente convidado da Filarmônica de Seul [2017-20] e regente titular (agora convidado honorário) da Filarmônica de Nagoya [2008-11]. Já regeu orquestras como a Royal Philharmonic, a Filarmônica de Londres, as Sinfônicas da BBC, de Boston e Cincinnatti e a Orchestre de la Suisse Romande. Também esteve à frente de grupos como a Orquestra de Câmara da Europa, a London Sinfonietta e o Ensemble Intercontemporain. Thierry Fischer iniciou a carreira como Primeira Flauta em Hamburgo e na Ópera de Zurique. Gravou com a Sinfônica de Utah, pelo selo Hyperion, Des Canyons aux Étoiles [Dos cânions às estrelas], de Olivier Messiaen, selecionado pelo prêmio Gramophone 2023, na categoria orquestral. Na Temporada 2024, embarca junto à Osesp para uma turnê internacional em comemoração aos 70 anos da Orquestra.

Tom Borrow. Foto: Tal Givony.

Tom Borrow | Nascido em Tel Aviv, em 2000, Tom Borrow iniciou seus estudos no Conservatório de Música de Givatayim e na Escola de Música Buchmann-Mehta, frequentando ainda o Centro de Música de Jerusalém. Recebeu aclamação do público e da crítica após ser chamado com apenas 36 horas de antecedência para substituir a renomada pianista Khatia Buniatishvili em uma série de 12 concertos com a Filarmônica de Israel, em 2019. Em 2021, após estreia muito elogiada junto à Orquestra de Cleveland, a Musical America o indicou como “Novo Artista do Mês”. Nomeado Artista da Nova Geração da BBC, apresenta-se no regularmente no Wigmore Hall. Estreou em 2022 na BBC Proms, no Royal Albert Hall. Dentre suas distinções, destacam-se o Prêmio Terence Judd-Hallé Orchestra [2023], o Concurso de Jovens Artistas da Rádio Israelense e da Sinfônica de Jerusalém, além do prêmio “Maurice M. Clairmont” [2018], concedido pela America-Israel Cultural Foundation e pela Universidade de Tel Aviv. Seus compromissos recentes incluem a Orquestra de Cleveland, as Sinfônicas Nacional Dinarmaquesa, de Milão, de Baltimore, de Atlanta, de St. Louis e da BBC, as Filarmônicas Tcheca e de Londres, além das orquestras do Konzerthaus de Berlim e de Viena e a própria Osesp.

PROGRAMA

PARA OUVIR AS AMÉRICAS

ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

THIERRY FISCHER REGENTE

TOM BORROW PIANO

Charles IVES | Central Park in the dark [Central Park no escuro]

Ludwig Van BEETHOVEN | Concerto para piano nº 1 em Dó maior, Op. 15

Heitor VILLA-LOBOS | Uirapuru

Edgard VARÈSE | Amériques [Américas]

TOM BORROW CONVIDA MÚSICOS DA OSESP

TOM BORROW PIANO

E MÚSICOS DA OSESP

EMMANUELE BALDINI VIOLINO

SUNG EUN CHO VIOLINO

SARAH PIRES VIOLA

JIN JOO DOOH VIOLONCELO

Edvard GRIEG | Peças líricas: Seleção

Antonín DVORÁK | Quinteto para piano e cordas nº 2 em Lá maior, Op. 81.

Serviço:

9 de maio, quinta-feira, às 20h30

10 de maio, sexta-feira, às 14h30 [Osesp Duas e Trinta] – Concerto Digital

11 de maio, sábado, às 16h30

12 de maio, domingo, às 18h00 [Recital]

Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16

Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares

Recomendação etária: 7 anos

Ingressos: Entre R$39,60 e R$271,00 [Osesp] e entre R$39,60 e R$143,00 [Recital] (Valores inteiros)

Bilheteria (INTI)

(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h

Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners

Estacionamento: R$28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para pessoas com deficiência; 33 para idosos

*Estudantes, pessoas acima dos 60 anos, jovens pertencentes a famílias de baixa renda com idade de 15 a 29 anos, pessoas com deficiências e um acompanhante e servidores da educação (servidores do quadro de apoio – funcionários da secretaria e operacionais – e especialistas da Educação – coordenadores pedagógicos, diretores e supervisores – da rede pública, estadual e municipal) têm desconto de 50% nos ingressos para os concertos da Temporada Osesp na Sala São Paulo, mediante comprovação.

A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.

(Fonte: Fundação Osesp)

Agricultura familiar no Brasil: importância e perspectivas futuras para seu fortalecimento

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Foto: Emanuel da Silva Cavalcanti/Embrapa Amapá.

Por Andréia Vigolo Lourenço e Catia Grisa — Há dez anos, durante uma Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), 2014 era eleito o Ano Internacional da Agricultura Familiar. A data marcou politicamente o debate internacional que reconhece a importância dessa categoria social para a geração de emprego e renda nas áreas rurais, a gestão dos recursos naturais, a produção de alimentos e a garantia da segurança e soberania alimentar dos países.

No Brasil, o reconhecimento político da agricultura familiar ocorreu antes. A Lei nº 11.326, de 2006, atende à demanda de diversos movimentos sociais do campo por políticas públicas que fossem além de considerar a existência desse grupo social. Eles reivindicaram a implementação de ações que vão da previdência e direitos sociais à reforma agrária de acordo com as particularidades de seus modos de vida, de organização e de produção.

O último recenseamento agropecuário, realizado em 2017 pelo IBGE, evidencia a importância das unidades familiares de produção em termos não apenas de participação na produção de alimentos, mas também na abertura de postos de trabalho. Só para se ter uma ideia, 77% de todos os estabelecimentos no Brasil se enquadram nessa categoria, empregando mais de dez milhões de pessoas. Isso corresponde a 67% de todo o pessoal ocupado no campo.

Além disso, embora ocupe apenas 23% da área total da agropecuária, naquele ano a agricultura familiar participou com 84% da produção de fava no país, 70% de mandioca, 64% de leite de vaca, 51% de suínos, 46% de aves, além de 58% de abóbora e da cebola. Na produção de frutos, participou com 67% do volume total de abacaxi, 79% da uva para processamento, 73% do maracujá e 68% do pêssego. Sem contar os produtos regionais, como açaí (79% do volume produzido), jambo (88%), guaraná (74%), erva-mate (69%), cupuaçu e caju (ambos com 66%), que possuem enorme relevância para a preservação da diversidade alimentar e cultural do nosso país.

Portanto, ao construirmos ações que favorecem a melhoria da qualidade de vida e das condições produtivas da agricultura familiar, contribuímos para a o fortalecimento da produção e oferta de alimentos, a geração de emprego e renda no campo e para uma melhor gestão dos recursos ambientais do Brasil.

Nesses quase vinte anos, ocorreram conquistas em termos de inserção em mercados, acesso a insumos, crédito e financiamento, pesquisa, assistência técnica e organização social. Entretanto, a agricultura familiar ainda enfrenta desafios como o envelhecimento da população rural, dificuldades de acesso à terra, violência no campo, condições de trabalho inadequadas, problemas ambientais e de saúde pública.

O enfrentamento desses desafios ganha destaque em nível internacional. Em 2019, por exemplo, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) lança a Década da Agricultura Familiar 2019 – 2028 para articular ações que contribuam, principalmente, na luta contra a fome e a pobreza.

Estamos na metade da Década e, buscando fortalecer esse debate, nos dias 7 e 8 de maio de 2024 acontece, em Porto Alegre (RS), o Seminário Internacional sobre Agricultura Familiar, aberto à participação de organizações. As perspectivas futuras para a agricultura familiar emergem com novas questões a serem respondidas: pensar políticas que valorizem as características potenciais da agricultura familiar, associadas a instrumentos que contribuam para mitigação das mudanças climáticas e transição para sistemas alimentares mais sustentáveis.

Sobre as autoras:

Andréia Vigolo Lourenço – Pesquisadora de Pós-Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Sociologia (PPGS/UFRGS) e integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Agricultura Alimentação e Desenvolvimento (GEPAD)

Catia Grisa – professora na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e coordenadora do GEPAD e da Rede Políticas Públicas e Desenvolvimento Rural na América Latina e Caribe (Rede PP-AL).

(Fonte: Agência Bori – Os artigos de opinião publicados não refletem, necessariamente, a opinião do site Kleber Patricio Online)