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Novo programa do CNPq pode atrair quem está no início de carreira fora do país, mas diáspora não é homogênea

Brasil, por Kleber Patricio

Programa “Conhecimento Brasil” do CNPq prevê 800 milhões para repatriação de pesquisadores, além de financiar cooperação entre cientistas atuantes no país e no exterior. Foto: USP Imagens.

Por Ana Maria Carneiro, Ana Maria Gimenez, Elizabeth Balbachevsky, Leonardo de Azevedo e Vinícius Ferreira — Nas últimas semanas, o programa ‘Conhecimento Brasil’, apresentado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), tem sido intensamente debatido pela comunidade científica. Gostaríamos de acrescentar pontos ao debate a partir de dados de uma pesquisa de 2023 com 1200 pesquisadores da diáspora científica brasileira, vivendo em 42 países diferentes.

Além da ‘repatriação de pesquisadores’, com maior visibilidade pela alocação de recursos (cerca de 800 milhões do 1 bilhão de reais do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT – para um período de 5 anos), o programa prevê recursos para a mobilização de membros da diáspora brasileira para atuar no país de forma temporária e para projetos de cooperação entre pesquisadores no Brasil e brasileiros no exterior. Nesse sentido, ele pode representar um passo importante na ressignificação da diáspora científica brasileira, alinhada a uma nova perspectiva sobre a circulação de cientistas para além das fronteiras nacionais, ultrapassando a visão limitada da ‘fuga de cérebros’.

Nosso survey apontou que não existe uma única diáspora científica brasileira no exterior, o que é importante para analisar a efetividade do programa. Além disso, mais de 70% dos participantes não têm uma previsão de retorno ao Brasil, especialmente sem oportunidades de emprego, mas se mostram dispostos a colaborar com a ciência nacional apontando sugestões de políticas em três grandes eixos.

Para pesquisadores que desejam retornar ao Brasil, especialmente em início de carreira: carreiras acadêmicas mais atrativas, com melhor remuneração e maior oferta de vagas. Para esse grupo, a repatriação do programa do CNPq parece atender às expectativas.

Para promover colaboração entre os membros da diáspora e o sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) no Brasil: oportunidades de vínculo temporário ou dupla filiação institucional no país e no exterior; fomento para ações de mobilidade e cooperação entre a diáspora e pesquisadores no Brasil. Muitos desses brasileiros têm acesso a diferentes recursos no exterior, que podem beneficiar a CT&I brasileira. Para eles, dificilmente o componente de retorno ao país do programa irá interessar.

Dinamização do ambiente brasileiro, com mudanças que beneficiariam pesquisadores no exterior e no Brasil, como: ampliação de oportunidades de financiamento à pesquisa, apoio a projetos multicêntricos para parcerias de longa duração; planos de carreira mais flexíveis e aumento do número e do valor das bolsas.

Tais propostas, longe de aderir ou rechaçar imediatamente o programa ‘Conhecimento Brasil’, mostram que a situação é mais complexa do que parece. Mas um ponto importante a se destacar é que ele privilegia quem está fora do Brasil, com mais recursos e condições diferenciadas de financiamento. Além de não atacar o cerne da razão da saída de cientistas do país – falta de oportunidades e de condições mais favoráveis para se fazer ciência – também desconsidera que a circulação de pessoas é um fato incontornável do mundo contemporâneo, sobretudo no campo científico.

Especialistas afirmam que as políticas para a diáspora não serão efetivas se não fizerem parte de um conjunto mais amplo de políticas para o desenvolvimento científico, tecnológico, social e cultural de cada país. É essencial, portanto, fomentar um ambiente doméstico mais favorável à ciência, tornando-o mais convidativo, tanto para os que já atuam por aqui, quanto para os que porventura desejem atuar.

Sobre os autores:

Ana Maria Carneiro é pesquisadora do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Ana Maria Nunes Gimenez é pesquisadora do Departamento de Política Científica e Tecnológica (DPCT/IG/Unicamp) e INCT-PPED

Elizabeth Balbachevsky é pesquisadora do Departamento de Ciência Política, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP)

Leonardo Francisco de Azevedo é pesquisador do Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Vinicius Kauê Ferreira é pesquisador do Departamento de Ciências Sociais, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

(Fonte: Agência Bori)

Walter Lima Jr. é tema da mostra “Em cima da terra, embaixo do céu – Os cinemas de Walter Lima Jr.”, na CAIXA Cultural Rio de Janeiro

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Walter Lima Jr. em foto de Lally Zwetzch.

Um dos mais importantes cineastas brasileiros, Walter Lima Jr., 85 anos de vida e 60 de carreira, segue em atividade. Para comemorar essa longa trajetória, ele recebe a retrospectiva ‘Em cima da terra, embaixo do céu – Os cinemas de Walter Lima Jr.’, na CAIXA Cultural Rio de Janeiro, de 30 de abril a 19 de maio de 2024. Serão exibidos documentários, curtas, médias e longas-metragens, além de debate e oficina com o homenageado, curso com o diretor de fotografia Pedro Farkas e bate-papos. O evento, que conta com patrocínio da CAIXA e do Governo Federal, será gratuito com retirada de senhas 30 minutos antes de cada exibição e atividade programada. A programação está em https://www.caixacultural.gov.br/Paginas/Programacao.aspx?idEvento=1614.

Apaixonado por cinema desde a infância, o cineasta brasileiro passeou por diferentes gêneros, formatos e temas ao longo de seus 60 anos de carreira – iniciados oficialmente a partir do convite de Glauber Rocha para assumir a assistência de direção no filme ‘Deus e o Diabo na Terra do Sol’, em 1963. A partir de então, Walter avançaria em filmografia própria.

A mostra ‘Em Cima da Terra, Embaixo do Céu – Os Cinemas de Walter Lima Jr.’ busca celebrar, em vida, a trajetória premiada do cineasta, que se diz contente em ter uma retrospectiva desta grandeza. “Fiz os filmes para as pessoas se sentirem parte daquilo e para trazer cultura, conhecimento. Isso comprova que fiz a minha parte. A mostra traz um conjunto de filmes e é bom ver este enfoque para poder fazer uma avaliação da obra em si. É uma panorâmica intensa, variada, de vários caminhos, várias direções”, avalia o diretor.

Foto: Divulgação.

A obra de Walter Lima Jr. vibra em brasilidade. Já em seu primeiro longa-metragem, ‘Menino de Engenho’ (1965), adapta a escrita de José Lins do Rego celebrando a beleza rural com ecos do pioneiro (e ídolo) Humberto Mauro. Passeia pelo Carnaval de rua em ‘A Lira do Delírio’ (1978), abraça lendas folclóricas em ‘Ele, o Boto’ (1987), revisita o passado histórico do país com ‘Inocência’ (1983), ‘Chico Rei’ (1985), ‘Através da Sombra’ (2015), celebra a Bossa Nova com ‘Os Desafinados’ (2008).

A curadoria, composta pelos realizadores Gregory Baltz e Kaio Caiazzo, coloca uma lupa em seus filmes, dos mais aclamados às obras menos conhecidas. É o caso, por exemplo, do documentário de média-metragem que dá nome à mostra. ‘Em Cima da Terra, Embaixo do Céu’ é um filme de 40 minutos feito em 1982 sobre os limites da solidariedade em comunidades pobres do Rio e de Curitiba – obra desconhecida do grande público e parte do acervo de Walter. A Mostra será a oportunidade de revisitar em tela grande obras marcantes e ‘desaparecidas’ como ‘Brasil Ano 2000’ (1968), ‘Na Boca da Noite’ (1970), ‘Joana Angélica’ (1979) e ‘Uma Casa para Pelé’ (1992).

“Muitos dos filmes não estavam disponíveis em streamings ou mesmo em DVDs. Redescobrir a obra de Walter e celebrar isso em vida ficou sendo a nossa missão”, ressalta Kaio.

Walter Lima Jr. é um dos diretores mais premiados do Brasil. Urso de Prata no Festival de Berlim por ‘Brasil Ano 2000’, Prêmio Cinema D’Avennire no Festival de Veneza por ‘A Ostra e o Vento’, Prêmio Air France e Festival de Havana por ‘Inocência’, e muitos outros do circuito brasileiro.

Foto: Divulgação.

O homenageado conta que cada projeto tem sua importância. “O momento mais feliz foi quando vi meu primeiro filme pronto, por exemplo. E gosto muito de um filme, particularmente, ‘Os Desafinados’, que é um testemunho de vida. Vivi aquelas coisas que estão sendo contadas no filme. Mas também tem ‘A Lira em delírio’, ‘Inocência’. Posso dizer que me sinto muito próximo dos filmes que fiz. E os filmes dizem isso: os ciclos da vida, encontros e desencontros”, diz.

“Foram muitos os diretores cultuados que só conseguiam agradar aos prêmios e festivais. Também muitos os nomes que conseguiam encher as salas, porém esnobados pela crítica. Walter está no centro: seu cinema tem a proeza de equilibrar os dois lados num saldo mais que positivo”, ressalta Gregory Baltz.

Atividades paralelas

A mostra conta com atividades extras gratuitas (com retirada de ingressos a partir de 30 minutos antes de cada sessão e atividade programada), a saber:

Bate-papos na CAIXA Cultural

10 de maio – Encontro com os atores Othon Bastos e Antônio Pitanga, logo após a exibição de ‘Chico Rei’

11 de maio – Encontro com a atriz e produtora Virginia Cavendish, logo após a exibição de ‘Através da Sombra’

15 de maio – Encontro com o cineasta Walter Lima Jr, logo após a exibição de ‘Ele, o boto’

Sessão com Interpretação em Libras

14 de maio, 15h30, ‘A Ostra e o Vento’

A interpretação em Libras estará inserida diretamente no filme.

Curso ‘A fotografia no cinema de Walter Lima Jr’, com Pedro Farkas – 18 de maio – 13h30

2h de duração

Distribuição de senhas 30 minutos antes, direto na bilheteria da CAIXA Cultural. Vagas limitadas. Sujeito a lotação da sala.

No curso, Pedro Farkas falará sobre sua experiência ao fotografar os filmes de Walter Lima Jr. ao longo de 40 anos de parceria. Filmes como ‘Inocência’, a primeira parceria dos dois, e obras mais recentes como ‘Os Desafinados’ e ‘Através da Sombra’, serão analisadas pelo fotógrafo.

Sinopses e classificação indicativa

Menino de Engenho (1965) – 110 min (Livre)

Direção: Walter Lima Júnior

Elenco: Sávio Rolim, Geraldo del Rey, Rodolfo Arena, Anecy Rocha, Maria Lucia Dahl, Antônio Pitanga e outros.

Sinopse: Na Paraíba da década de 1920, um menino é enviado para morar com alguns parentes em uma plantação de cana de açúcar após perder a mãe. Sua adaptação acaba sendo difícil e dolorosa.

Brasil Ano 2000 (1969) – 95 min (18 anos)

Direção: Walter Lima Júnior

Elenco: Anecy Rocha, Ênio Gonçalves, Hélio Fernando, Iracema de Alencar, Zbigniew Ziembinski, Raul Cortez, Manfredo Colasanti e outros.

Sinopse: Uma mãe e dois filhos caminham por uma estrada rumo ao norte do Brasil e pegam carona com um caminhoneiro até uma cidade desconhecida. Ao chegarem na cidade, conhecem um pesquisador que lhes propõe se passarem por índios. No povoado, os habitantes se preparam para a chegada do general que vai inaugurar uma base de foguetes.

Na Boca da Noite (1971) – 68 min (18 anos)

Direção: Walter Lima Júnior

Elenco: Rubens Corrêa, Ivan de Albuquerque, Anecy Rocha, Roberto Bonfim, Marília Carneiro e outros.

Sinopse: Um bancário resolve assaltar o banco onde trabalha como uma forma de reparar a sua juventude perdida. Na noite da execução do crime, ele encontra um faxineiro com quem estabelece uma relação tensa que mudará tudo.

Conversa com Cascudo (1977) – 30 min (Livre)

Direção: Walter Lima Júnior

Elenco: Luís da Câmara Cascudo

Sinopse: O etnólogo e folclorista Luís da Câmara Cascudo surpreendido em seu cotidiano –junto à família e aos amigos, cercado do canto dos pássaros e dos objetos de estimação que colecionou – fala dos primórdios de sua carreira e de como se interessou pelas pesquisas folclóricas.

A Lira do Delírio (1978) – 105 min (16 anos)

Direção: Walter Lima Júnior

Elenco: Anecy Rocha, Cláudio Marzo, Paulo César Pereio, Antonio Pedro, Tonico Pereira e outros.

Sinopse: No intervalo entre dois carnavais de um bloco de Niterói, Ness Elliot se envolve com um rico e ciumento amante. Para submetê-la à sua vontade, ele tenta os mais diversos artifícios, como a tentativa de transformá-la em uma traficante e o sequestro de seu bebê. Desesperada, ela procura ajuda de antigos companheiros do bloco carnavalesco Lira do Delírio.

Joana Angélica (1979) – 58 min (10 anos)

Direção: Walter Lima Júnior

Elenco: Maria Fernanda, Walmor Chagas, Bemvindo Sequeira, Harildo Deda, Sonia dos Humildes e outros.

Sinopse: A história da religiosa concepcionista baiana, nascida no Brasil colônia, que morreu defendendo o Convento da Lapa em Salvador (Bahia) contra soldados portugueses.

Em Cima da Terra, Embaixo do Céu (1981) – 41 min (10 anos)

Direção: Walter Lima Júnior

Sinopse: Nas favelas do Rio de Janeiro e nas regiões periféricas de Curitiba (Paraná), a câmera acompanha o esforço dos grupamentos mais pobres da população para criar soluções espontâneas de habitação.

Inocência (1983) – 118 min (12 anos)

Direção: Walter Lima Júnior

Elenco: Fernanda Torres, Edson Celulari, Sebastião Vasconcelos, Ricardo Zambelli, Fernando Torres, Chica Xavier e outros.

Sinopse: No século XIX, uma garota do interior é seduzida por um jovem médico que está tratando-a e também está hospedado em sua casa por alguns dias. Ela tenta esconder o romance proibido de seu pai que desaprova o relacionamento.

Chico Rei (1985) – 115 min (16 anos)

Direção: Walter Lima Júnior

Elenco: Severino d’Acelino, Antonio Pitanga, Othon Bastos, Cláudio Marzo, Cosme dos Santos, Carlos Kroeber e outros.

Sinopse: Em meados do século XVIII, Galanga, rei do Congo, é aprisionado e vendido como escravo. Trazido da África num navio negreiro, recebe o nome de Chico Rei e vai trabalhar nas minas de ouro de um desafeto do governador de Vila Rica. Escondendo pepitas no corpo e nos cabelos, Galanga habilita-se a comprar sua alforria e, após a desgraça do seu ex-senhor, adquire a mina Encardideira, tornando-se o primeiro negro proprietário. Rico, ele associa-se a uma irmandade para ajudar outros negros a comprarem a liberdade.

Ele, o Boto (1987) – 108 min (16 anos)

Direção: Walter Lima Júnior

Elenco: Carlos Alberto Riccelli, Cássia Kiss, Ney Latorraca, Dira Paes e outros

Sinopse: Segundo uma lenda amazônica, todo mês, durante a lua cheia, uma vila de pescadores brasileira recebe um convidado misterioso: o Boto – que se transforma em humano para seduzir, ser amado pelas mulheres e odiado pelos homens. Uma de suas conquistas é a filha de um pescador, que tem um filho com o Boto. Constantemente, o Boto reaparece para seduzi-la e, mesmo quando ela se casa, ele continua a procurando. Isto provoca a ira do marido que deseja matá-lo de qualquer jeito.

Mestre Joaquim Pedro (1988) – 60 min (10 anos)

Direção: Walter Lima Júnior

Elenco: Dina Sfat, Ítala Nandi, Paulo José, Antonio Callado, Paulo César Saraceni e outros

Sinopse: O cineasta Joaquim Pedro de Andrade (1932–1988) foi um dos maiores amigos de Walter Lima Júnior no meio cinematográfico carioca. Imediatamente após a sua morte, Walter realizou este documentário-tributo, onde passa em revista a obra e as ideias de Joaquim. Tomando por base um longo depoimento do diretor à jornalista Helena Salem para a série 90 Anos de Cinema Brasileiro, o programa apresenta cenas selecionadas de todos os seus filmes e depoimentos de colegas, colaboradores, parentes e amigos.

Uma Casa para Pelé (1992) – 60 min (10 anos)

Direção: Walter Lima Júnior

Sinopse: Pelé, habitante das ruas, é mostrado no seu cotidiano a partir do momento em que ganha uma casa. A mudança que ocorre em sua vida é documentada.

David Neves: O Cinema dos Meus Olhos (1994) – 56 min (10 anos)

Direção: Walter Lima Júnior

Elenco: David Neves

Sinopse: Em entrevista a Walter Lima Júnior, o cineasta David Neves apresenta a sua lista de cenas favoritas do cinema – uma verdadeira antologia de cinéfilo comentada. Algumas delas: a conversa no trem em ‘São Bernardo’, de Leon Hirszman; a chegada da máquina desnatadeira em ‘A Linha Geral’, de Eisenstein; o diálogo de ‘Um Apólogo’, de Humberto Mauro; a apresentação do samba de Grande Otelo a Ângela Maria em ‘Rio Zona Norte’, de Nelson Pereira dos Santos; a sequência final de ‘As Noites de Cabíria’, de Federico Fellini.

Wagner Tiso: A Música dos Meus Olhos (1994) – 77 min (Livre)

Direção: Walter Lima Júnior

Elenco: Wagner Tiso

Sinopse: Estruturado em duas partes, o programa é na verdade uma conversa entre Walter Lima Jr. e Wagner Tiso, onde o cineasta e o compositor se encontram num prazer comum: relacionar imagens e música ao sabor da emoção. Na primeira parte, rememoram as trilhas sonoras que os marcaram e influenciaram. Na segunda, comentam as trilhas de Tiso para filmes como ‘Inocência’, ‘Ele, o Boto’ (ambos de Walter) e ‘O Grande Mentecapto’, de Oswaldo Caldeira.

O Monge e a Filha do Carrasco (1995) – 96 min (14 anos)

Direção: Walter Lima Júnior

Elenco: Murilo Benício, Karina Barun, Paul Dillon, Patricia Pillar, José Lewgoy, Rubens de Falco, Eduardo Conde e outros.

Sinopse: No século XVIII, Benedicta sofre por ser filha do carrasco local. Recém-chegado, o monge Ambrosius se apaixona pela moça, provocando a insatisfação dos superiores e do filho de um poderoso aristocrata.

A Ostra e o Vento (1997) – 112 min (12 anos)

Direção: Walter Lima Júnior

Elenco: Lima Duarte, Leandra Leal, Fernando Torres, Floriano Peixoto, Débora Bloch e outros.

Sinopse: A jovem Marcela vive com seu pai, o faroleiro José, e o velho Daniel em uma ilha. O único contato da menina com o mundo exterior é com uma embarcação de quatro marinheiros. Na adolescência, Marcela passa a sentir sua sexualidade e seus anseios de viver de forma mais intensa.

Walter.doc (2000) – 55 min (Livre)

Direção: Beth Formaggini

Elenco: Walter Lima Júnior

Sinopse: A vida e obra de Walter Lima Júnior.

Thomaz Farkas, brasileiro (2003) – curta-metragem (Livre)

Direção: Walter Lima Júnior

Elenco: Thomaz Farkas

Sinopse: Documentário sobre o fotógrafo húngaro, um expoente da história do documentário brasileiro.

Diante do Espelho (2004) – curta-metragem (Livre)

Direção: Walter Lima Júnior

Elenco: Matheus Nachtergaele

Sinopse: Walter Lima Júnior recriou a ficção Rei Lear com o ator Matheus Nachtergaele.

Os Desafinados (2009) – 140 min (12 anos)

Direção: Walter Lima Júnior

Elenco: Rodrigo Santoro, Selton Mello, Ângelo Paes Leme, Jair Oliveira, Cláudia Abreu, Alessandra Negrini e outros.

Sinopse: Na década de 60, Joaquim, Dico, Davi e PC são jovens músicos e compositores, que partem para Nova York em busca de sucesso. Em Nova York, eles formam um grupo chamado ‘Os Desafinados’ e integram o movimento que lançou a Bossa Nova. Ao longo dos anos, eles acompanham o cenário político e musical do Brasil.

Através da Sombra (2016) – 104 min (14 anos)

Direção: Walter Lima Júnior

Elenco: Virginia Cavendish, Domingos Montagner, Mel Maia, Xande Valois, Ana Lúcia Torre e outros.

Sinopse: A tímida Laura é contratada por um homem rico para cuidar de seus dois sobrinhos órfãos que moram em uma fazenda de plantação de café. Apesar de não se dar muito bem com o campo, ela aceita a tarefa e logo estabelece uma amizade com a pequena Elisa – enquanto seu irmão é enviado a um internato por razões desconhecidas. Aos poucos, com a presença dos escravos e da governanta Geraldina, Laura tem a impressão de que alguns segredos se escondem naquela casa.

Serviço:

Mostra ‘Em cima da terra, embaixo do céu – Os cinemas de Walter Lima Jr’

De 30 de abril a 19 de maio de 2024

CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Unidade Passeio

Rua do Passeio, 38 – Centro, Rio de Janeiro/RJ

Acesso para pessoas com deficiência

Entrada gratuita

Horários da bilheteria: terça a sábado, 13h às 19h; domingos e feriados, 13h às 17h

Programação: https://www.caixacultural.gov.br/Paginas/Programacao.aspx?idEvento=1614

Retirada de ingressos a partir de 30 minutos antes de cada sessão e atividade programada

Informações: (21) 3980-2069 e (21) 3980-2019.

(Fonte: Claudia Tisato Assessoria de imprensa)

Parque Augusta segue com Mostra 3M de Arte até dia 19 de maio com obras inéditas

São Paulo, por Kleber Patricio

Obra do Coletivo Coletores. Fotos: Karina Bacci.

A Mostra 3M de Arte, que chega à 12ª edição, segue até 19 de maio no Parque Augusta, em São Paulo. Desenvolvida pela Elo3, com curadoria de Giselle Beiguelman, a temporada tem o tema Infiltragem e reúne obras e performances de artistas como Berna Reale, Coletivo Coletores, Guto Requena, Marcel Diogo, Mari Nagem, Saquinho de Lixo, Vivian Caccuri e Thiago Lanis.

Entre os destaques deste ano, está a participação do Saquinho de Lixo, que tem mais mais de 2 milhões de seguidores nas redes sociais, com a obra ‘você sabia que o saquinho está distribuindo cangas no parque augusta’. São 12 estilos diferentes de cangas ofertadas ao público gratuitamente aos finais de semana a partir das 11h.

Cangas personalizadas pelo perfil Saquinho de Lixo.

O Coletivo Coletores aborda questões raciais expostas em cinco obras denominadas ‘Encruzas e Encruzilhadas’, remetendo a linguagens e símbolos sankofas e quilombolas entrelaçados com a contemporaneidade dos pichos.

Já o artista Marcel Diogo discute, sobretudo, a violência racial cometida pelos agentes de segurança pública no Brasil. As esculturas da obra ‘Nem Tudo Que Vai Pra Parede É Obra de Arte’ estão instaladas em diferentes pontos do Parque.

A artista Mari Nagem, selecionada via edital, apresenta a obra ‘Peixe-Passarim’. Trata-se de um equipamento que eleva os visitantes para terem uma visão privilegiada do Parque Augusta, permitindo que cada um crie sua própria perspectiva sobre o olhar da cidade. Para esta visitação é necessário agendamento prévio por meio da plataforma Sympla.

Obra de Marcel Diogo.

O arquiteto e designer Guto Requena destaca uma instalação que une arte e tecnologia na Casa das Araras, em um espaço de 100 metros quadrados, aberta excepcionalmente para a Mostra 3M de Arte. A obra sensorial conecta os visitantes em uma única faixa sonora, desenvolvida por meio dos batimentos cardíacos.

Com ‘Banho de Grave’, Vivian Caccuri e Thiago Lanis usarão o espaço para propor ao público uma sessão de massagem no estilo subwoofer.

Berna Reale exibirá uma performance inédita no entorno que remete à opressão social sofrida pelas mulheres no sistema prisional brasileiro.

Serviço:

12ª Mostra 3M de Arte

Gratuita

Até 19 de maio

Rua Augusta, 200 — Consolação, São Paulo, SP

Sobre a Elo3 | Há 20 anos a Elo3 tem sido líder na transformação social, democratizando o acesso à arte e à cultura em 179 cidades brasileiras. Com projetos inovadores em exposições, fotografia, literatura e educação, a organização alcançou mais de 6 milhões de pessoas e distribuiu 138 mil livros. Destacam-se eventos como a exposição ‘Santos Dumont Designer’ e a Mostra 3M de Arte, juntamente com iniciativas educativas como Retratos da Terra e a Jornada Sabiá de Leitura. A Elo3 oferece à sociedade projetos questionadores, inovadores e transformadores, como a Mostra 3M de Arte. Conheça mais sobre a Elo3 no perfil no Instagram ou no site.

(Fonte: Agência Lema)

Clima derruba produção de vinho na América do Sul, mas Brasil amplia volume e pode se beneficiar nas gôndolas

Brasil, por Kleber Patricio

Foto: Kym Ellis/Unsplash.

A vitivinicultura, uma das atividades mais sensíveis à mudança climática, está colhendo os frutos do aquecimento global, com impactos que vão do campo à taça, mostra estudo da consultoria Mirow & Co. Já há retração na produção de vinho e movimentos migratórios por parte dos produtores, deslocados pelo calor excessivo que vem inviabilizando regiões tão tradicionais como o Mediterrâneo. O Brasil, que nos últimos anos desenvolveu expertise em rápidas adaptações de novas variedades de uvas, tem oportunidade de posicionar o vinho nacional em uma reconfiguração do mercado mundial, avaliado em US$315 bilhões.

Em todo o mundo, a produção de vinho em 2023 foi a mais baixa desde 1960, segundo a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), devido ao estresse climático e a doenças fúngicas generalizadas. Foram produzidos 237 milhões de hectolitros, 10% a menos que em 2022. A remoção de vinhas nas principais regiões produtoras seguiu pelo terceiro ano consecutivo, resultando em uma superfície plantada 0,5% menor que no ano anterior.

O Brasil foi na contramão dos produtores sul-americanos mais tradicionais, em 2023. Enquanto Argentina e Chile reduziram suas áreas plantadas em 1,1% e 5,6% e apresentaram quedas de 23% e 11,4% na fabricação da bebida, respectivamente, os brasileiros expandiram a superfície de vinhas pelo terceiro ano seguido, com 1,5% a mais e ampliaram a produção em 12,1% sobre 2022 – volume 31,4% acima da média dos últimos cinco anos. No Chile, incêndios florestais, secas e inundações comprometeram o setor. Na Argentina, geadas e tempestades de granizo levaram ao volume mais baixo desde 1957, segundo a OIV.

“Um possível motivo para o Brasil se contrapor, diante desse fenômeno, é uma maior capacidade dos produtores brasileiros de se adaptarem a condições climáticas mais hostis à produção de vinhos finos, especialmente se comparado com países de clima mediterrâneo”, afirma Fernando Fabbris, associado e líder da prática de mudança climática e sustentabilidade na Mirow & Co.

O estudo da Mirow & Co. mostra que o aquecimento global deve afetar o agronegócio como um todo, mas os efeitos são ainda mais profundos em cultivos muito sensíveis a variações climáticas, como vinho, café e azeite. “A cultura da uva e do vinho é considerada o canário nas antigas minas de carvão, que sentia os gases venenosos antes dos mineiros e alertava para a retirada dos trabalhadores”, comenta Fabbris.

Os termômetros mais elevados, a escassez hídrica ou o excesso de chuvas, como ocorreu no Sul do Brasil no ano passado, onde se encontra a maior parte da produção nacional, tanto colocam as safras em risco quanto alteram as características das uvas e, por sequela, as dos vinhos.

Terroir sob risco

Não é apenas a safra, em quantidade, que fica exposta ao risco. Cada evento extremo altera as propriedades das uvas e, consequentemente, as da bebida, resultando em sabores e acidez diferentes. “Os eventos climáticos extremos dificultam principalmente a produção de vinhos especiais, como aqueles que requerem mais maturação, processo que evidencia eventuais desequilíbrios”, comenta Fabbris. “O que se vê agora na Argentina e Chile é semelhante ao que ocorreu nas também tradicionais regiões produtoras da Califórnia (EUA), em 2020, e na França, em 2021”, acrescenta.

Regiões produtoras da Califórnia já tinham sido atingidas por incêndios em 2008 e 2017, mas em 2020, a destruição causada pelo Glass Fire foi ainda mais longa. O incêndio queimou o cultivo de Cabernet Sauvignon do Napa Valley por 23 dias, atingindo cerca de 30 vinícolas, muitas delas exportadoras de produtos premium. Apenas 20% daquela safra foi engarrafada. Além dos vinhedos destruídos, houve prejuízo no vinho produzido, cujo gosto foi contaminado pela fumaça. O problema é que esses sabores só foram perceptíveis após a fermentação e, em alguns casos, após o envelhecimento.

Muitas vinícolas do Napa Valley passaram a realizar colheitas mais cedo, reduzindo a exposição ao risco de incêndio, resultando em vinhos mais frescos, ácidos e com menos teor alcoólico, e também começaram a utilizar outras variedades de uvas, como Malbec, Tempranillo e Touriga, originárias de áreas mais áridas e menos vulneráveis à fumaça. Ou seja: pode ser que a Cabernet Sauvignon, tão cultivada no Napa Valley, não seja mais utilizada na região nos próximos anos.

No ano de 2021, a França passou por fenômenos meteorológicos díspares, desde o calor extremo à geada precoce, bem como chuvas intensas. Os eventos alteraram os períodos de desenvolvimento das plantas, sua capacidade de extrair água do solo e o crescimento das uvas, que também queimaram sob o sol. “Não houve tempo necessário para o desenvolvimento dos aromas. O aumento da temperatura também diminuiu a acidez do vinho e aumentou o teor alcoólico”, pontua Fabbris.

No Vale do Rhône, as alterações no microclima estão levando a vinhos mais doces e com maior teor alcoólico, menos apreciados pelo consumidor que, nos últimos anos, tem buscado vinhos mais leves, de maior acidez e menor teor alcoólico. Com uma das menores colheitas desde os anos 1950, o prejuízo chegou a US$2 milhões em vendas. “Os produtores franceses estão tendo que mudar os tipos de uvas e testar a resistência delas aos eventos mais extremos. A influente região de Bordeaux, em que a tradição das uvas está intimamente ligada à qualidade, certificações de origem e reputação da bebida, já começou a introduzir novas variedades”, destaca.

Impacto nos preços

O efeito desses testes vai demorar a chegar às prateleiras. As adaptações de uvas e terroirs levam de 15 a 20 anos. Enquanto isso, no campo de todas as regiões produtoras são cada vez mais frequentes os recursos de proteção das parreiras, como tendas e argila borrifada, que funciona como uma espécie de filtro solar.

Outro fator significativo é o deslocamento de eixos produtores em busca de maiores altitudes, como as regiões de clima temperado do Norte e Sul dos hemisférios. Na Europa, o movimento migratório ruma à Inglaterra e aos países nórdicos, que devem ter uma produção maior em dez anos. Na América do Sul, a Cordilheira dos Andes e a Patagônia são o principal destino. “Há uma intensa mudança de estratégia em relação à comercialização de terras. Apesar da mudança para novas geografias, até o fim do século haverá uma redução de 50% da superfície cultivável, porque as novas áreas não rendem tanto”, complementa.

Todo esse movimento terá mais impacto sobre oferta e preço. “O reflexo no mercado é que o vinho premium ficará ainda mais caro, atingindo valores estratosféricos, e o de média qualidade terá ainda mais retração na oferta, com um choque maior entre preço e qualidade”, diz o associado da Mirow & Co.

O vinho brasileiro, que nos últimos cinco anos deu um salto de qualidade e ganhou mais destaque, vem de uma acentuada curva de aprendizado que pode favorecê-lo no novo cenário. “Com o choque de produção global pressionando os vinhos de maior qualidade, o vinho brasileiro pode se tornar uma alternativa”, avalia Fabbris.

Segundo a consultoria, o redesenho do mercado vai exigir cada vez mais tecnologia, inteligência e novos métodos de qualidade na produção, uma vez que os eventos climáticos tornam as técnicas preditivas ainda mais sensíveis, ampliando os riscos.

Enólogos, meteorologistas e engenheiros agrônomos serão ainda mais demandados no novo quadro de produções mais flexíveis e possíveis quebras de safra. “Será fundamental ter uma ótima gestão financeira e comercial em meio a um mercado mais difícil de operar e com mais riscos sobre o preço. O produtor terá de buscar um salto de qualidade, pois a nova realidade vai separar os produtores convencionais dos mais sofisticados, provando sua resiliência”, pontua.

Sobre a Mirow & Co. | A Mirow é uma consultoria estratégica dedicada a ajudar seus clientes a enfrentar seus desafios mais complexos. Ao longo dos últimos 10 anos, atendeu a mais de 50 grandes empresas brasileiras e multinacionais em centenas de projetos, abrangendo setores como Energia, Infraestrutura, Automotivo, Celulose e Papel, entre outros. A firma possui uma equipe composta por mais de 40 consultores e 7 sócios, com escritórios em São Paulo e Rio de Janeiro, além de uma extensa rede de parceiros globais em diversos países. A abordagem da Mirow combina metodologias inovadoras, alto rigor analítico e forte capacidade de implementação, oferecendo uma experiência excepcional para seus clientes.

(Fonte: Agência Ecomunica)

Indaiatuba recebe exposição “A.R.L. Vida e Obra” a partir de 15 de maio

Indaiatuba, por Kleber Patricio

A exposição de pinturas e fotografias ‘A.R.L. Vida e Obra’, produzida pela Quanta Cultura e premiada pelo Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo (ProAC), acontecerá do dia 15 de maio a 15 de julho no Casarão Pau Preto. Com curadoria do professor Geraldo Porto, a mostra apresenta um recorte das obras singulares do artista potiguar, radicado em Campinas/SP. A ação conta com o apoio da Prefeitura de Indaiatuba por meio da Secretaria de Cultura.

Tem como objetivo que as pessoas aprofundem o conhecimento na jornada pessoal e artística do fotógrafo e artista plástico Antônio Roseno de Lima, falecido em 1998. As obras fazem parte do acervo, que atualmente está sob os cuidados da Casa da Arte Brasileira, com uma coleção de 500 obras de mais de 20 artistas nacionais; entre eles, Francisco Rebolo, Hélio Oiticica, Antônio Bandeira, Sergio Camargo, Tuneu, Marco do Valle, Manézinho Araújo, Heitor dos Prazeres, Mário de Oliveira e Aldo Cardarelli.

Sobre A.R.L.

Antônio Roseno de Lima nasceu em uma família de cinco irmãos na cidade de Alexandria (RN) em 22 de junho de 1926, de onde saiu aos 30 anos, sem jamais fazer o caminho de volta. Aos trinta e cinco anos de idade, fez um curso de fotografia e começou a fotografar crianças, prédios, aniversários e casamentos e suas fotos logo ganharam as nuances de seus traços.

Porto e Roseno se conheceram depois de uma exposição coletiva de Natal com artistas primitivistas no Centro de Convivência Cultural de Campinas. O professor foi a primeira pessoa a comprar um quadro A.R.L., que, após vinte e oito anos de persistência na criação de desenhos e pinturas, jamais havia conseguido vender uma obra sua. Passou, então, a divulgar o trabalho do artista. ‘A.R.L. Vida e Obra’ é a circulação de uma mostra que já esteve em Campinas e Itu, também com o incentivo do ProAC. Antônio Roseno de Lima tem ganhado espaço novamente no campo artístico e uma coleção de suas obras está circulando também pelo Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), nas cidades de Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.

Serviço:

Exposição ‘A.R.L. Vida e Obra’

Visitação de 15/5 a 15/7/2024 (entrada gratuita)

Horário: de segunda a sábado das 9 às 17 horas

Local: Casarão Pau Preto – Museu Municipal ‘Antônio Reginaldo Geiss’

Endereço: Rua Pedro Gonçalves, 477, Centro

Telefone para informações: (19) 3816-6961.

(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)