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Arte & Cultura

São Paulo

Instituto Moreira Salles cataloga e disponibiliza para o público a obra iconográfica do artista e inventor Hercule Florence (1804–1879)

por Kleber Patrício

Parte da coleção adquirida pelo IMS em 2023, os 526 desenhos, aquarelas e pinturas retratam povos indígenas, fauna e flora do Brasil; disponíveis para acesso no site, obras foram produzidas durante a Expedição Langsdorff, que percorreu o interior do país na primeira metade do século XIX, e em Campinas, onde Florence viveu até sua morte

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Arte & Cultura

São Paulo

Dia da Consciência Negra leva orquestra de afrobeats, brincadeiras africanas e ainda Calunguinha, o Cantador de Histórias ao Sesc Bom Retiro

por Kleber Patrício

Na quarta, dia 20 de novembro, mês em que se reafirma o legado cultural, intelectual e social das pessoas negras, o Sesc Bom Retiro traz uma programação especial com atividades físicas, oficinas, contação de histórias e shows. O Sesc valoriza e celebra as culturas e identidades negras durante o ano todo, seja por meio da […]

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A curiosa história dos charutos que ficaram 134 anos no fundo do mar

Curitiba, por Kleber Patricio

A mala de um passageiro contendo 37 charutos, que haviam passado 134 anos no fundo do mar. Foto: California Gold Marketing Group.

Pouco após o término da corrida do ouro na Califórnia, o navio a vapor americano S.S. Central America, em rota do Panamá para Nova York, foi tragicamente afundado por um furacão na costa da Carolina do Sul. Das 578 pessoas a bordo, quase todas regressando de uma bem-sucedida temporada de mineração na costa oeste americana, 425 perderam a vida neste que é considerado um dos piores naufrágios da história dos Estados Unidos.

Entre os sobreviventes estava John Dement, que, como todos os outros passageiros, perdeu todos os seus pertences, incluindo uma quantidade não especificada de ouro. O S.S. Central America transportava justamente indivíduos que voltavam dos ricos garimpos californianos. O resgate do navio em 1991 revelou uma descoberta inusitada: a mala de um passageiro contendo 37 charutos, que haviam passado 134 anos no fundo do mar. Embora encharcados, os charutos passaram por um delicado processo de liofilização e, após anos de recuperação, 18 deles foram leiloados pela J.C. Newman por seis mil dólares, agora expostos no museu da empresa, uma das mais famosas dos Estados Unidos.

A cigar somelière e sócia da Bulldog Tabacaria, Carolina Macedo, comenta que um detalhe intrigante chamou a atenção dos especialistas: os charutos não apresentavam o formato padronizado que conhecemos hoje. Segundo o responsável pelo museu, na época da confecção, não era comum o uso de moldes para enrolar os charutos. “Embora o comentário sugira um conhecimento profundo, é importante destacar que a produção de charutos já havia ganhado importância comercial significativa, especialmente em Cuba, desde a primeira metade do século XIX”, explica Carolina.

Empresas como Larrañaga (1834), Ramon Allones (1837), Punch (1840), H. Upmann (1844) e Partagas (1845) já estavam em operação e permanecem influentes até os dias atuais.

Quando não estão em exibição (o que só ocorre mediante agendamento prévio), os charutos sobreviventes são guardados como joias no cofre da empresa, localizada no histórico edifício El Reloj, no centro de Tampa, na Flórida.

A Bulldog Tabacaria é sediada em Curitiba (PR), à Rua General Aristides Athayde Jr., 254, no bairro Bigorrilho. Mais informações são fornecidas pelo telefone (41) 3029-1299 e o WhatsApp (41) 98736-3251.

(Fonte: Agência Souk)

Vendas de ingressos para a temporada de ‘Quebra Nozes’ com Cisne Negro Cia de Dança estão abertas

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Divulgação.

Entre os dias 6 e 15 de dezembro, o Auditório Ibirapuera, no icônico Parque Ibirapuera, será palco pelo segundo ano consecutivo de uma temporada especial de ‘O Quebra Nozes’, com 13 apresentações, produzida pela tradicional Cisne Negro Cia de Dança. O espetáculo, que se tornou sinônimo de Natal em São Paulo, chega à sua 41ª edição, mantendo a tradição de celebrar as festas natalinas por meio da dança e da belíssima música de Tchaikovsky. Desde sua estreia, mais de 500 mil pessoas já vivenciaram a magia proporcionada por essa montagem inesquecível.

Dividido em dois atos, O Quebra Nozes conta a história de Clara, uma menina que, na noite de Natal, recebe vários presentes, mas se encanta especialmente por um boneco quebra-nozes, presente de seu tio. Ao adormecer, Clara sonha com um mundo mágico onde brinquedos ganham vida, dançam e lutam batalhas épicas. Ela é conduzida ao encantador Reino das Neves e ao deslumbrante Reino dos Doces, onde é homenageada com danças típicas de vários países, culminando no deslumbrante pas-de-deux da Fada Açucarada.

Nesta temporada, a Cisne Negro tem a honra em contar, mais uma vez, com a presença de ilustres personalidades brasileiras que construíram carreira internacional. Os solistas convidados da temporada provenientes de renomadas companhias da Alemanha são Aurora Dickie, Solista do Staatsballett Berlin e Rafael Vedra, Solista do Ballett am Rhein, Düsseldorf, enriquecendo ainda mais a experiência. Além deles, o ator Felipe Carvalhido retorna ao papel de Drosselmeyer, tio enigmático de Clara, completando 17 anos nessa interpretação. O Circo Escola Picadeiro ficará responsável pelos efeitos especiais e os espectadores serão surpreendidos por novos cenários, cuidadosamente elaborados para intensificar a imersão e o encantamento da narrativa. Sob a direção artística de Dany Bittencourt, a montagem promete manter a essência que torna O Quebra Nozes um espetáculo atemporal, trazendo inovações que elevam ainda mais a experiência. Sempre em atualização, a temporada tem entre suas novidades a estreia de novo cenário, que emerge o público no sonho de Clara. A venda de ingressos já está disponível, exclusivamente pelo Fever, com ingresso a partir de R$21,18.

O espetáculo conta com o patrocínio da Natura. Realização: Ministério da Cultura – Governo Federal – Brasil – União e Reconstrução.

Sobre a Cisne Negro Cia de Dança

Fundada em 1977 por Hulda Bittencourt, a Cisne Negro Cia de Dança é uma das mais renomadas companhias de dança contemporânea do Brasil. Com quase cinco décadas de história, a companhia é reconhecida pela inovação artística, técnica apurada e um repertório diversificado que abrange clássicos do balé e criações contemporâneas. A Cisne Negro tem se destacado tanto em palcos nacionais quanto internacionais, representando o Brasil em importantes festivais e turnês em países como Alemanha, Estados Unidos, China, Africa do Sul, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Cuba, Escócia, Espanha, Inglaterra, Moçambique, Paraguai, Romênia, Tailândia e Uruguai, onde o grupo exibiu-se como um modelo de trabalho dentro da dança brasileira, construído com profissionalismo e paixão.

A companhia é conhecida por suas montagens criativas, incluindo a tradicional temporada de ‘O Quebra Nozes’, realizada anualmente, que se tornou um marco na cena cultural brasileira. Com uma equipe de talentosos bailarinos e sob a direção artística de Dany Bittencourt, a Cisne Negro continua a encantar e desafiar plateias ao explorar novos horizontes na dança.

A Cisne Negro Cia de Dança tem em seus valores a inclusão e está sempre atenta à acessibilidade do público, buscando garantir que sua arte seja apreciada por todos. Com um compromisso inabalável com a excelência e a promoção da arte, a companhia segue firme em sua missão de transformar e enriquecer a vida cultural por meio da dança.

(Com Vanessa Luckasheck/Luar Conteúdo)

Programação de dezembro no Theatro Municipal de São Paulo tem especial de Natal e a ópera em concerto ‘La Bohème’, de Giacomo Puccini

São Paulo, por Kleber Patricio

O Coral Paulistano. Foto: Stig de Lavor.

O mês de dezembro no Theatro Municipal de São Paulo encerra uma temporada bem sucedida, com grandes produções e espetáculos que comoveram e encantaram. E assim como a programação ao longo do ano, o mês está cheio de eventos especiais para quem quer se encantar com a magia do Natal e finalizar 2024 com música.

No dia 5, quinta-feira, às 20h, na Sala do Conservatório, o Quarteto de Cordas apresenta Quarteto em Viagem, com Betina Stegmann e Nelson Rios nos violinos, Marcelo Jaffé na viola e Rafael Cesario no violoncelo. O repertório terá Quarteto nº 1: I. Prelúdio e Fuga, II. Ária e III. Dansa, de Osvaldo Lacerda; Cantiga, Baião e Frevo, de Hercules Gomes; Quarteto nº 5: I. Poco Andantino, II. Vivo e enérgico, III. Andantino e V. Allegro, de Heitor Villa Lobos. Os ingressos custam R$33, a classificação é livre e a duração de 60 minutos.

Orquestra Sinfônica. Foto: Rafael Salvador.

Já nos dias 13, sexta-feira, às 20h, e 14, sábado, às 17h, na Sala de Espetáculos, acontece o espetáculo de Bach Oratório de Natal. a apresentação conta com a Orquestra Sinfônica Municipal e o Coral Paulistano, sob regência de Luis Otavio Santos, com a soprano Marisú Pavón, a mezzo-soprano Clarissa Cabral e o tenor Anibal Mancini e o baixo Vicente Sampaio. O repertório terá Oratório de Natal, BWV 248 Oratório de Natal, BWV 248, e Cantatas 1, 2 e 3, de Johann Sebastian Bach. Os ingressos variam de R$12 a R$66, a classificação é livre e duração de 120 minutos, sem intervalo.

Dedicado a solistas pretos, pardos e indígenas, no dia 15, domingo, às 11h, acontece na Sala de Espetáculos um concerto com os vencedores do 3º Concurso Joaquina Lapinha. Com a Orquestra Experimental de Repertório, sob regência de Wagner Polistchuk, os solistas que se apresentam neste espetáculo são Nathielle Rodrigues, soprano que recebeu o Prêmio Maria d’Apparecida, e Samuel Martins, que recebeu o Prêmio João dos Reis, vencedores da última edição do Concurso de Canto Lírico Joaquina Lapinha, realizado pela Sustenidos, organização social de Cultura. Além de Maria Angélica do Nascimento Rocha, soprano, que ficou em segundo lugar, com o Prêmio Zaira de Oliveira, e Samuel Wallace Barbosa, tenor, que ficou com a segunda colocação, e recebeu o Prêmio Estevão Maya-Maya, e Clóvis Português, tenor, que venceu o Prêmio Joaquim Paulo do Espírito Santo para jovens solistas, e Oséas Duarte, tenor, que recebeu menção honrosa.

Orquestra Experimental de Repertório. Foto: Nat Cesar.

O repertório terá abertura da ópera As Bodas de Fígaro, de Wolfgang Amadeus Mozart, Vainement, ma bien-aimée, da ópera Le roi d’Ys, de Édouard Lalo, e Ah! lève-toi, soleil!, da ópera Romeu e Julieta, de Charles Gounod, entre outras. Os ingressos são gratuitos, classificação livre e duração de 60 minutos, sem intervalo.

Na Escadaria Interna do Theatro Municipal, no dia 18, quarta-feira, às 13h, acontece o Concerto de Natal com o Coral Paulistano e participação especial do Coral dos Colaboradores do Theatro Municipal de São Paulo, ambos sob as regências de Maíra Ferreira e Isabela Siscari. O repertório terá as seguintes canções O Magnum Mysterium, de Giovanni Gabrieli, Northern Lights, de Ola Gjeilo, Tantum ergo in G-flat major, de Gabriel Fauré, Have yourself a Merry Little Christmas, Hugh Martin e Ralph Blanc, com arranjo de Angelo Fernandes, entre outras. A entrada é gratuita, por ordem de chegada até atingir a capacidade, a classificação é livre e a duração de 50 minutos.

Nos dias, 20, sexta-feira, às 20h, e 22, domingo, às 17h, na Sala de Espetáculos, a Orquestra Sinfônica, sob regência de Roberto Minczuk, ao lado do Coro Lírico, sob regência de Érica Hindrikson, apresenta a ópera em concerto La Bohème, de Giacomo Puccini. O elenco conta com Gabriella Pace como Mimi, Atalla Ayan como Rodolfo, Michel de Souza como Marcello, Raquel Paulin como Musetta, Johnny França como Schaunard, Andrey Mira como Colline, Sandro Christopher como Alcindoro e Benoit. Os ingressos custam de R$12 a R$66, classificação livre e duração de 150 minutos, com intervalo.

Orquestra Experimental de Repertório. Foto: Rafael Salvador.

O encerramento da programação anual, será realizada no dia 22, domingo, às 11h, na Sala de Espetáculos, a apresentação Noite, Luzes e Sons da Orquestra Experimental de Repertório, sob regência de Wagner Polistchuk. O repertório terá A Christmas Fanfare, de James A. Beckel, Blue Cathedral, de Jennifer Higdon, e O Quebra Nozes, Suíte nº 1, de Piotr Ilyich Tchaikovsky, entre outros clássicos natalinos. Os ingressos variam de R$12 a R$33, a classificação é livre e a duração de 60 minutos, sem intervalo. Mais informações disponíveis no site.

(Com Letícia Santos/Assessoria de imprensa do Theatro Municipal)

13ª Mostra 3M de Arte ocupa o Parque Augusta

São Paulo, por Kleber Patricio

Instalação de Coletivo Coletores para a 12ª Mostra 3M de Arte. Fotos: Divulgação.

O Parque Augusta, localizado no centro da cidade de São Paulo, recebe desde sábado (9) a 13ª Mostra 3M de Arte, com o tema Interespécies: Cruzando Mundos. A exposição, gratuita, é formada por obras de sete artistas, entre eles cinco indígenas, e estará aberta para visitação até o dia 8 de dezembro. A curadoria desta edição é de Aline Ambrósio com realização e idealização da Elo3.

Ernesto Neto, escultor e artista plástico premiado internacionalmente, expõe dois mundos entrelaçados entre as culturas afro e indígena. A escultura de contemplação imersiva Teia do bicho tempo, quark! apresenta uma trama entre algodão, crochê, bambu, terras e plantas, remetendo à ancestralidade brasileira e a ideais religiosos.

Karola Braga, um dos artistas selecionados pelo edital da 13ª Mostra 3M de Arte, criou a instalação sensorial Iapoti’kaba, uma espiral de aromas que captura o ciclo vital da jabuticabeira. A obra reflete a conexão entre vida e morte e traz memórias de infância da artista, quando a jabuticabeira era uma descoberta e um refúgio.

Luana Vitra, artista plástica e performer, retrata na escultura Ferramenta para o Fim da Fome a relação entre povos e espécies, usando minerais, ferro e bronze. A obra investiga a conexão emocional com paisagens de parques. A artista expôs na última Bienal de São Paulo.

Mônica Ventura, também vencedora do edital da 13ª Mostra 3M de Arte, apresenta Raia, uma instalação em escala feita de bambu e terra. A obra convida o visitante a refletir sobre as inter-relações, os espaços ocupados e suas funcionalidades, explorando possibilidades de construção de novos lugares.

Olinda Tupinambá, artista indígena da Bahia, exibirá o Projeto Kaapora, seis esculturas feitas com materiais do reflorestamento de sua região natal, como enxadas e martelos. As obras propõem reflorestar o imaginário e refletir sobre o desmatamento. Uma das peças envolve a colaboração dos povos indígenas Guarani Mbya da Aldeia Kalipety (Terra Indígena Tenonde Porã).

Ziel Karapotó, artista indígena, participará da abertura da Mostra 3M de Arte, destacando-se na cosmologia ao ativar as obras de Olinda Tupinambá em um ritual místico. A apresentação estabelecerá conexões entre as culturas indígenas e as diásporas africanas.

MAHKU (Movimento dos Artistas Huni Kuin), criou no Parque Augusta a Casa Kaxinawá Huni Kuin, cujo acervo inclui cerâmica, pinturas de Manku e a escultura da Cobra-Grande. A instalação, com quatro metros de diâmetro, promove a desaceleração do tempo e a conexão com outros cosmos. Os visitantes podem contemplar e imergir imersos na temporalidade indígena para momentos de repouso e reflexão.

Serviço:

Mostra 3M de Arte – São Paulo

Local: Parque Augusta – Rua Augusta, 200 – Consolação, São Paulo – SP,

De 9 de novembro a 8 de dezembro

Entrada gratuita

Site.

Sobre a Elo3

Há 20 anos a Elo3 tem sido líder na transformação social, democratizando o acesso à arte e à cultura em 179 cidades brasileiras. Com projetos inovadores em exposições, fotografia, literatura e educação, a organização alcançou mais de 6 milhões de pessoas e distribuiu 138 mil livros. Destacam-se eventos como a exposição Santos Dumont Designer e a Mostra 3M de Arte, juntamente com iniciativas educativas como Retratos da Terra e a Jornada Sabiá de Leitura. A Elo3 oferece à sociedade projetos questionadores, inovadores e transformadores, como a Mostra 3M de Arte. Conheça mais sobre a Elo3 no perfil no Instagram ou no site.

(Com Gabriel Aquino/Agência Lema)

Galeria Marilia Razuk apresenta exposição ‘Das paisagens, dessas que vêm aos lábios’ com Maria Andrade e Raquel Garbelotti

São Paulo, por Kleber Patricio

Mostra ‘Das paisagens, dessas que vêm aos lábios’, com Maria Andrade e Raquel Garbelotti na Galeria Marilia Razuk. Fotos: Filipe Berndt.

A Galeria Marilia Razuk apresenta a exposição ‘Das paisagens, dessas que vêm aos lábios’, com Maria Andrade e Raquel Garbelotti com curadoria de Galciani Neves. A mostra propõe um diálogo entre trabalhos de Maria Andrade e Raquel Garbelotti e seus processos, que lidam com distintas ideias de paisagem contemporaneamente. Das paisagens, dessas que vêm aos lábios destaca as singularidades de poéticas das duas artistas, ao passo que acentua como a paisagem ou até mesmo o meio ambiente, algo que a princípio seria externo, se torna uma instância que atravessa nosso ser, nosso corpo e atua intensamente na percepção que temos de mundo.

A curadora Galciani Neves destaca como o espaço expositivo vai evidenciar os diferentes suportes, pesquisas e materialidades de Maria e Raquel, e como os relatos de paisagens criados pelas artistas se entrelaçam.

Enquanto Maria Andrade utiliza a pintura como linguagem majoritária, na qual pinta paisagens inventadas de sua memória, numa interlocução entre consciente e inconsciente, pois ao mesmo tempo que há referências visuais de lugares visitados, como sua última residência artística em Marrocos, e a paisagem do interior de Minas Gerais, local que a artista tem um sítio, o processo de criação da artista, se dá com imagens que surgem rapidamente na tela, num fluxo quase imediato dos gestos que constituem suas pinturas, característica marcante na obra de Maria.

Raquel Garbelotti, por sua vez, concentra-se na pesquisa em que revivencia os processos dos jardins modernistas de Burle Marx e os displays de Lina Bo Bardi. Seus trabalhos também atravessam temas como a do mito de Sísifo e a Pedra. A artista se vale também de processos de deslocamentos de elementos da paisagem para o espaço expositivo.

Outros trabalhos perfazem o trajeto do maior dos mitos – o das grandes navegações e suas conquistas. Estas são rememoradas na exposição em esculturas/fragmentos de uma paisagem oceânica ancorada na Modernidade. Os trabalhos apresentados materializam algo entre aquilo que foi plantado/planejado e o que foi finalmente colhido/apresentado, quer seja no mar, na terra ou nas grandes altitudes.
Arquitetos e artistas que colaboraram com os projetos de Raquel Garbelotti: Murillo Paoli, Giovanna Cruz Durão e Diego Kern Lopes.

Serviço:
Das paisagens, dessas que vêm aos lábios, de  Maria Andrade e Raquel Garbelotti
Curadoria Galciani Neves
Exposição: 26/out – 18/dez/2024
Local: Galeria Marilia Razuk – Sala 1
Rua Jerônimo da Veiga, 131 – Itaim Bibi, São Paulo, SP
Segunda à sexta, das 10h30 às 19h; sábado das 11h às 16h
Entrada gratuita
https://www.galeriamariliarazuk.com.br
www.instagram.com/galeriamariliarazuk/.

(Com Erico Marmiroli/Marmiroli Comunicação)