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Arte & Cultura

São Paulo

Instituto Moreira Salles cataloga e disponibiliza para o público a obra iconográfica do artista e inventor Hercule Florence (1804–1879)

por Kleber Patrício

Parte da coleção adquirida pelo IMS em 2023, os 526 desenhos, aquarelas e pinturas retratam povos indígenas, fauna e flora do Brasil; disponíveis para acesso no site, obras foram produzidas durante a Expedição Langsdorff, que percorreu o interior do país na primeira metade do século XIX, e em Campinas, onde Florence viveu até sua morte

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Arte & Cultura

São Paulo

Dia da Consciência Negra leva orquestra de afrobeats, brincadeiras africanas e ainda Calunguinha, o Cantador de Histórias ao Sesc Bom Retiro

por Kleber Patrício

Na quarta, dia 20 de novembro, mês em que se reafirma o legado cultural, intelectual e social das pessoas negras, o Sesc Bom Retiro traz uma programação especial com atividades físicas, oficinas, contação de histórias e shows. O Sesc valoriza e celebra as culturas e identidades negras durante o ano todo, seja por meio da […]

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Pinacoteca de São Paulo imagina novos mundos possíveis em exposição coletiva

São Paulo, por Kleber Patricio

Steve Mcqueen, Era uma vez (2022).

A Pinacoteca de São Paulo, museu da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, apresenta Era uma vez: visões do céu e da terra, mostra coletiva que chega à Grande Galeria do edifício Pina Contemporânea no dia 25 de outubro. Organizada por Ana Maria Maia, Lorraine Mendes e Pollyana Quintella, a mostra reúne trabalhos de 34 pessoas artistas, brasileiras e estrangeiras, de diferentes gerações, que fazem uma viagem no tempo e no espaço para refletir sobre o fim do mundo e imaginar novos inícios. Obras como Era uma vez (2002), de Steve Mcqueen, e uma grande pintura realizada especialmente para a exposição, de Sueli e Isael Maxacali com Aldeia Escola Floresta Maxacali, podem ser vistas pelo público.

A mostra investiga o pensamento cosmológico das pessoas artistas, desde o período de 1969 – ano que marca os eventos históricos da chegada do homem à Lua e da divulgação do primeiro relatório da ONU sobre ‘Problemas do meio ambiente urbano’ – até os dias de hoje, em que a relação predatória da humanidade com o planeta colocou as questões ambientais como tema central no debate ao redor do globo. Em Era uma vez, as pessoas artistas fazem diagnósticos e imaginam outras realidades possíveis – misturando abordagens documentais, especulativas e ficcionais.

Do céu para a Terra

A exposição se divide em três momentos. Ao entrar na Grande Galeria e seguir pelo corredor, o visitante percorre uma série de obras que olham para o espaço sideral, em uma tentativa de conhecer e imaginar para além da Terra. Podem ser vistas obras como Yauti in Heavens (Saturno, Lua aterrissagem e Lua Chegada, 1988-9), de Regina Vater, Olho da noite (2023), de Mayana Redin, e My three inches comet (1973), de Iole de Freitas, entre outras. O corredor termina no trabalho de Steve McQueen, Era uma vez (2002), que dá título à exposição. Em 1977, a NASA envia uma série de fotos para o espaço com o objetivo de mandar registros da vida no planeta para extraterrestres. McQueen apresenta 116 dessas imagens, explicitando uma narrativa nostálgica construída por cientistas norte-americanos, que reuniram uma finita seleção de imagens que simulam a vida na Terra sem considerar questões como a miséria, guerras e conflitos religiosos.

Yhuri Cruz, Pretusi (2023).

No espaço central da galeria, artistas olham do céu para um planeta em disputa, ao mesmo tempo em que pensam sobre formas de se conectarem com a Terra. Em Bovinocultura XXI (1969), de Humberto Espínola, o artista traz um chifre de gado agigantado para tratar das ambivalências do agronegócio, que destrói o meio-ambiente para gerar riqueza de maneira inconsequente. Transamazônica (2014), de Luciana Magno, faz uma crítica as obras da construção da rodovia federal BR-230, mais conhecida como Transamazônica, que resultaram em uma grande frente de desmatamento no norte do país.

Ainda na mesma sala, a relação das pessoas artistas com o planeta é definida por meio de conexões ancestrais e espirituais. Jota Mombaça, no filme O nascimento de Urana Remix (2020), vive a experiência de se enterrar na terra se tornando parte do todo. As pinturas e peças de cerâmica de Isael e Sueli Maxacali partem da mitologia de que o povo Maxacali surge do barro, fazendo da arte um processo de criação de tradição. Outra artista que usa o barro como material de produção é Celeida Tostes, que traz à entrada da Grande Galeria um de seus Guardiões (anos 1980), sugerindo vínculos de espelhamento e proteção com as forças divinas. Obras como a Série Tudo que se vê no caminho (2023) de Carla Santana, que compõe o acervo do museu desde 2023, também pode ser vista pelo público.

A especulação imaginativa

Com a ascensão do Antropoceno – termo utilizado para designar o impacto global das atividades humanas no planeta – as pessoas artistas nos convidam a conceber novos mundos, a partir de movimentos de resistência e de imaginação radical. Nesta parte da exposição, artistas como Yhuri Cruz se ancoram na especulação imaginativa e nos levam a novos universos, como o de Revenguê (2023). A instalação-cena recebe seis artistas ao longo da mostra para ativação da obra, encenando uma ficção inspirada na estética da ópera espacial e no afrofuturismo para contar a história de Plenér e Revenguê, dois planetas vizinhos que habitam Escura, um sistema planetário inventado por Cruz, que também é dramaturgo.

A artista colombiana Astrid González apresenta uma sociedade livre em Drexciya (2023), obra que integra vídeos, imagens, esculturas e desenhos para criar uma comunidade subaquática descendente de mulheres grávidas que foram jogadas ao mar em travessias de navios que transportavam pessoas escravizadas entre 1525 e 1866. Ainda, no formato documentário, a mostra exibe o trabalho da Feral Atlas, uma plataforma de divulgação científica coordenada pelas antropólogas Anna L. Tsing, Jennifer Deger e Alder Keleman Saxena e pela artista Feifei Zhou. O arquivo cataloga uma série de “universos” criados por fungos, vírus e seres mutantes que surgem no Antropoceno, a partir dos impactos de grandes infraestruturas construídas pelos humanos. A consulta online à plataforma também é possível na galeria expositiva.

A exposição Era uma vez: visões do céu e da terra conta com catálogo que reúne uma coletânea de 19 textos selecionados, alguns escritos por integrantes da mostra, como Yhuri Cruz e Jota Mombaça. O catálogo abrange ensaio, poesia, manifesto, relato oral transcrito, entre outros, articulando um mosaico de vozes, práticas e epistemologias. A exposição tem o patrocínio de Itaú Unibanco e Rede, na cota Platinum.

Sobre a Pinacoteca de São Paulo | A Pinacoteca de São Paulo é um museu de artes visuais com ênfase na produção brasileira do século XIX até́ a contemporaneidade e em diálogo com as culturas do mundo. Museu de arte mais antigo da cidade, fundado em 1905 pelo Governo do Estado de São Paulo, vem realizando mostras de sua renomada coleção de arte brasileira e exposições temporárias de artistas nacionais e internacionais em seus três edifícios, a Pina Luz, a Pina Estação e a Pina Contemporânea. A Pinacoteca também elabora e apresenta projetos públicos multidisciplinares, além de abrigar um programa educativo abrangente e inclusivo.  

Artistas participantes 

Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino, Arthur Luiz Piza, Astrid González, Bu’ú Kennedy, Carla Santana, Carlos Zilio, Carolina Caycedo, Castiel Vitorino Brasileiro, Celeida Tostes, Cipriano, Edival Ramosa, Erika Verzutti, Feral Atlas, Humberto Espíndola, Iole de Freitas, Jaider Esbell, Janaina Wagner, Jota Mombaça, Juraci Dórea, Luciana Magno, Luiz Alphonsus, Mariana Rocha, Mayana Redin, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Mira Schendel, Patricia Domínguez, Regina Vater, Steve McQueen, Sueli Maxakali, Tabita Rezaire, Uýra Sodoma, Xadalu Tupã Jekupé e Yhuri Cruz.

Serviço:  

Era uma vez: visões do céu e da terra 

Período: 25/10/2024 a 21/4/2025

Curadoria: Ana Maria Maia, Lorraine Mendes e Pollyana Quintella

Pinacoteca Contemporânea (Grande Galeria)

De quarta a segunda, das 10h às 18h (entrada até 17h)

Gratuitos aos sábados – R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia-entrada), ingresso único com acesso aos três edifícios – válido somente para o dia marcado no ingresso

Quintas-feiras com horário estendido B3 na Pina Luz, das 10h às 20h (gratuito a partir das 18h).

(Fonte: Com Mariana Martins/Pinacoteca de São Paulo)

Focus Cia. de Dança apresenta ‘Entre a Pele e a Alma’ em BH

Belo Horizonte, por Kleber Patricio

Fotos: Leo Aversa.

Reunindo referências e inspirações provocadas a partir da pintura ‘O Jardim das Delícias Terrenas’, de Hieronymus Bosch, e do universo inovador da obra de Ney Matogrosso – convidado especial para interpretar trilha do espetáculo –, a montagem de ‘Entre a pele e a alma’, que poderá ser vista nos dias 2 e 3 de novembro no Sesc Palladium, celebra os 30 anos de carreira do diretor e coreógrafo Alex Neoral. A nova coreografia da Focus Cia de Dança(RJ) teve sua estreia oficial em junho no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A montagem chega agora à capital mineira, apresentando uma superprodução que celebra a existência e a liberdade do corpo por meio de seus desejos, liberdade e controle.

Entre a pele e a alma reúne referências da célebre pintura O Jardim das Delícias Terrenas, de Hieronymus Bosch (século XVI) ao Carnaval, a festa pagã da alegria, com síntese definitiva na voz e na obra do cantor Ney Matogrosso, convidado especial para interpretar a trilha do espetáculo, criado para celebrar os 30 anos de trabalho de Alex Neoral. A trilha foi composta especialmente para o espetáculo por Sacha Amback e Paula Raia. Além dos compositores, a criação amalgama uma equipe de renome: figurinos são de João Pimenta, aclamado estilista de São Paulo, o visagismo é assinado por Fernando Torquato, os cenários são de Barbara Lana e o design de luz é de Anderson Ratto. O espetáculo é dançado e criado com Bianca Lopes, Carolina de Sá, Cosme Gregory, Iure de Castro, Letícia Tavares, Lindemberg Mallí, Paloma Tauffer, Vanessa Fonseca e Wesley Tavares. A direção de produção é de Tati Garcias. A temporada é viabilizada por meio do patrocínio oficial da Petrobras, que está permitindo também a circulação da montagem.

A ideia do espetáculo surgiu a partir de experiências vividas pelo criador, reunindo camadas de sensibilidade a partir do olhar aguçado de quem consegue transformar vivências em movimentos. A cada nova viagem, a trabalho ou passeio, Alex Neoral marca presença em museus e instituições culturais Brasil adentro e mundo afora. A inspiração surgiu após o impacto de se deparar com a célebre pintura do tríptico O Jardim das Delícias Terrenas, exposta no acervo do Museu do Prado, em Madri, na Espanha. Nela, o pintor holandês Hieronymus Bosch (século XVI) propõe observar o corpo numa contraposição entre o sagrado e o profano, experienciando a mais absoluta liberdade, a partir da origem da humanidade, numa interpretação única.

Entre a pele e a alma parte desse encontro com a obra de Bosch, mas vai além, reunindo outras referências, fazendo uma ode ao corpo e à liberdade de colocá-lo em movimento, expandindo-se. A coreografia, de 75 minutos, envolve o infinito particular que habita Neoral, cidadão do mundo. A exuberância da estética do Carnaval (ele trabalha na direção artística de comissão de frente da G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel, do Grupo A do Rio de Janeiro) está em Entre a pele e a alma. Outro traço marcante é a paixão de Neoral pela música – ele é pianista amador. É em Ney Matogrosso que o diretor artístico encontra a síntese de Entre a pele e a alma. Ney aceitou o convite para interpretar a trilha original sem titubear. “É lindo admirar o corpo íntegro e pleno”, declarou Ney Matogrosso.

“A carne do nosso corpo é o elo entre a pele e a alma desde Adão e Eva, como configura Bosch em ‘O Jardim das Delícias Terrenas’. Ao longo da civilização, tutelar o corpo gerou vasta gama de códigos religiosos, de leis de moralidade que ainda hoje, no século XXI, imputam em alguns lugares do planeta metodologia para uso de indumentárias permitidas para ocultar sobretudo a mulher em regimes políticos extremistas. Mas não é a isso a que Entre a pele e a alma se refere. É também, mas há muito mais. Estamos no Brasil, que para no período de Carnaval, festa pagã que permite deleite e transgressão. Ao longo da coreografia, o erotismo aparece, os movimentos também transitam pelos sete pecados capitais e, como na pintura de Bosch, há a redenção ao divino que, para nós, surge na figura do Ney Matogrosso como nosso Deus”, explica o coreógrafo e diretor Alex Neoral.

Tomado pela dança desde os 15 anos, é também adorador de palavras: a literatura já foi cerne de vários espetáculos, como Vinte, sobre Clarice Lispector. Em Entre a pele e a alma chama atenção a participação, via voz, da atriz Lucinha Lins. Ela interpreta um texto de Paula Raia que soma mais um elemento ao espetáculo. O processo de criação da coreografia de Entre a pele e a alma durou quase dois anos. Indissociável de tudo que é feito na Focus Cia de Dança, sócia de Alex Neoral e ex-bailarina, a diretora de produção Tati Garcias celebra na mesma proporção em que mantém o foco no trabalho. A gestora se divide entre a negociação para manter o repertório sempre em circulação por algum teatro dentro ou fora do Brasil, mas também nos cuidados com os bailarinos, a realização de figurinos, elaboração de cenários e muito mais.

“Em 2023, comemorando os 70 anos da Petrobras, chegamos a quase 100 exibições. Muito vaivém pelos céus e terra. É um privilégio cumprir uma agenda como essa da Focus Cia de Dança, que só é possível porque temos patrocínio oficial da Petrobras. Estamos no 11º ano honrando e sendo honrados pela Petrobras. A partir do patrocínio continuado é que podemos realizar, dentro e fora do palco, compromissos envolvendo treinamento físico, fisioterapia e uma intensa carga horária de ensaios, de várias coreografias do nosso repertório ao mesmo tempo. Temos uma sede no Rio de Janeiro que atende a todas as necessidades – privilégio na atualidade, para ser sincera. Tudo isso é o que nos permite figurar entre as principais representações da dança contemporânea brasileira”, reflete Tati Garcias.

A Focus Cia de Dança vem de um 2023 movimentado. Fez uma estreia aclamada por crítica e público na marcante Carlota – Focus Dança Piazzolla.

Breve retrospecto dos 24 anos da Focus Cia de Dança

Com 26 obras e 16 espetáculos em seu repertório, a Focus Cia de Dança se consagrou através da crítica especializada e sucesso de público. Apresentou-se em mais de 100 cidades brasileiras e levou sua arte para países como Colômbia, Bolívia, México, Costa Rica, Canadá, Estados Unidos, Portugal, Itália, França, Alemanha e Panamá.

Logo quando a pandemia aquiesceu, em 2021, estreou o espetáculo Vinte e o seu primeiro infantil Bichos Dançantes. Em 2020 lançou Corações em espera, criação do grupo, que foi exibida ao vivo, através de streaming, pelo YouTube. A obra foi indicada ao prêmio APCA na categoria criação, ficando em cartaz por 17 semanas.

Em 2019 a Focus ganhou o 1º Prêmio Cesgranrio de Dança com a coreografia Keta, parte integrante do espetáculo Still Reich, e teve seu elenco indicado ao prêmio APCA durante a temporada na capital paulista. Ainda no mesmo ano recebeu a indicação de melhor coreografia para Focus Dança Bach, além de indicações a melhor bailarina e melhor bailarino pelo 2º Prêmio Cesgranrio de Dança.

Em 2017 se apresentou no Rock In Rio ao lado de Fernanda Abreu. Em 2016 recebeu a Comenda da Ordem do Mérito Cultural, do Ministério da Cultura, maior condecoração da cultura brasileira.

Em 2012, a Focus Cia de Dança foi escolhida, através da seleção pública do Programa Petrobras Cultural, a receber o patrocínio durante três anos para desenvolvimento de suas atividades, dando início a uma parceria de manutenção. Mais de 1 milhão de espectadores já se encantaram com a poesia e a capacidade técnica lapidadas nas coreografias inovadoras de Alex Neoral traduzidas no corpo de baile da companhia, que é formada por bailarinos de todo o país.

Ficha técnica

Direção artística e coreografia: Alex Neoral
Direção de produção e gestão: Tatiana Garcias Assistente de Direção e ensaiadora: Luisa Vilar Produção Executiva: Giseli Ribeiro e Náshara Silveira

Coordenação de Projeto: Taisa Diniz
Trilha sonora original: Paula Raia e Sacha Amback
Intérprete: Ney Matogrosso
Figurinos: João Pimenta
Visagismo: Fernando Torquato
Cenografia: Natalia Lana
Desenho de luz: Anderson Ratto
Fotos: Leo Aversa
Design Gráfico: Barbara Lana

Dançado e criado com Bianca Lopes, Carolina de Sá, Cosme Gregory, Iure de Castro, Letícia Tavares, Lindemberg Mallí, Paloma Tauffer, Yasmin Almeida e Wesley Tavares

Link para vídeo: https://vimeo.com/manage/videos/965599728/6fba7e841b.

Serviço:

Focus Cia de Dança apresenta Entre a Pele e a Alma

Dir. Alex Neoral
Temporada: 2 e 3 de novembro | sábado e domingo | Horário: 20h
Local: Grande Teatro do Sesc Palladium
Endereço: Rua Rio de Janeiro, 1046 – Belo Horizonte, MG

Ingressos: R$40,00 inteira | R$20,00 meia
Vendas: na Bilheteria do Sesc Palladium ou pelo Sympla

Duração: 75 minutos
Classificação: 12 anos

Colaborador Petrobras tem 50% de desconto na compra de até 2 (dois) ingressos.

(Fonte: Com Fábio Gomides/A Dupla Informação)

Mostra do trabalho do artista Victor Brecheret Filho entra em cartaz em dois espaços de Sorocaba

Sorocaba, por Kleber Patricio

Fotos: Divulgação.

A Prefeitura de Sorocaba, por meio das secretarias de Cultura e do Meio Ambiente, Proteção e Bem-Estar Animal (Sema), realiza, a partir da próxima semana, a exposição ‘Intervenções, formas e cores’ do artista paulista Victor Brecheret Filho. Parte da mostra está aberta ao público no espaço expositivo da Secult, no Pátio Cianê Shopping, e parte no Jardim Botânico ‘Irmãos Villas-Bôas’.

“Para nós é uma alegria sediar uma exposição como esta, que mistura arte e meio ambiente, em dois pontos importantes da cidade. A produção do Victor será apresentada de forma diversa, com grandes esculturas, telas e vasos que a população poderá conhecer e visitar gratuitamente”, comenta o secretário de Cultura Luiz Antônio Zamuner.

Victor Brecheret Filho tem 82 anos e é filho do grande nome da escultura brasileira, o modernista Victor Brecheret, autor do Monumento às Bandeiras, obra localizada no Parque Ibirapuera, na área da Praça Armando de Salles Oliveira, na capital paulista. “Me lembro da motivação do meu pai ao criar suas peças da fase da Arte Indígena. Quando eu era criança, todas as noites escutávamos juntos uma transmissão lá do Xingu, do programa Repórter Esso, sobre a expedição que os Irmãos Villas Bôas estavam realizando e isso o inspirou muito. Então é uma alegre coincidência expor em Sorocaba, no Jardim Botânico denominado ‘Irmãos Villas-Bôas’”, explica o artista.

“Convivi com meu pai até os 13 anos e o acompanhava em seu ateliê, que ficava em nossa casa. Foi lá que ele me ensinou sobre ferramentas e modelagem. Quando ele morreu, me senti sozinho e triste por muito tempo. Aí entrei no curso de engenharia e me adaptei a um mundo exato, prático e competitivo onde vivi por muito tempo. Até que a inquietação começou a me provocar e comecei a me aproximar do que me acalmava, que é a linguagem artística. A pandemia me obrigou a um certo isolamento, viemos para o interior e eu não posso deixar de agradecer à Cristina, minha esposa, por me colocar no rumo e me incentivar com minha produção artística”, explica Victor, agradecendo a companheira de longa jornada.

Para o historiador e especialista em arqueologia Rogério Ricciluca Matiello Félix, a escultura, pintura ou forma criada por Victor Brecheret Filho carrega em si um pedaço do mundo natural, não apenas em termos de inspiração, mas em essência. “Ele captura a energia vital que permeia tudo e a traduz em arte, conectando o espectador com algo mais profundo, uma força criativa que ecoa as origens da própria Natureza”, define.

Nas palavras de Brecheret Filho, a arte é uma linguagem de reclamação. “Acabei me especializando em energia. Não só em energia elétrica, mas o conceito de energia que move a humanidade. A busca de complementos para a existência do ser humano, para fazer tudo isso que o ser humano está fazendo, está, a meu ver, consumindo o planeta. Não vai dar tempo de sair dele antes que os recursos acabem”, finaliza o artista, chamando a atenção para a intenção de seu trabalho.

A exposição Intervenções, Formas e Cores pode ser conferida de segunda a sábado, das 10h às 22h e, aos domingos, das 12h às 20h, no Bloco B – piso 1 do Pátio Cianê Shopping, que está localizado na Avenida Afonso Vergueiro, 823, no Centro, ao lado do Terminal Santo Antônio. Já no Jardim Botânico, que fica na Rua Miguel Montoro Lozano, 340, no Jardim Dois Corações, a mostra com grandes esculturas de Victor Brecheret está aberta à visitação de terça a domingo, das 9h às 17h.

(Fonte: Com Larissa Gallep)

Premiado espetáculo ‘AZUL’ retorna ao CCBB Rio de Janeiro

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Fotos: Vivian Gradela.

Depois de passar por 16 cidades brasileiras, atingindo um público de mais de 23 mil espectadores, Azul se consagra como uma das grandes produções para o teatro infantil brasileiro e volta ao Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro, onde tudo começou, em maio de 2023. Durante a nova temporada carioca, a longeva e premiada Artesanal Cia. de Teatro espera atingir o mesmo sucesso da estreia. O espetáculo estará no Teatro III do CCBB Rio de Janeiro de 2 de novembro a 1º de dezembro, aos sábados e domingos, às 16h, ingressos a R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia entrada). O Banco do Brasil patrocina o projeto.

Como em todo o repertório da Artesanal (contando 18 espetáculos – dez infantojuvenis e quatro para adultos e jovens), a direção de Azul é de Henrique Gonçalves e Gustavo Bicalho, que assina também o texto e dramaturgia ao lado de Andrea Batitucci. Adultos e crianças, a partir de três anos de idade, estão convidados a adentrar em uma história de amor entre irmãos unidos pela diferença. O elenco conta com Alexandre Scaldini, Brenda Villatoro, Bruno de Oliveira, Carol Gomes, Marise Nogueira e Tatá Oliveira, com narração de Cleiton Rasga.

A narrativa é transmitida através dos olhos de Violeta, uma menina de quatro anos que está ansiosa pela chegada de seu irmãozinho, Azul. O que ela não imagina é que ele acabará ocupando um espaço inesperado na vida da família. Entre os ciúmes e a aceitação de um irmão tão diferente, Violeta descobre que é preciso aprender a lidar com o que a vida propõe para a solução natural dos conflitos. Afinal, o amor entre os irmãos é maior do que qualquer diferença que possa existir entre eles.

O espetáculo é mais uma imersão do grupo no teatro de animação, com uso de bonecos e máscaras executados pelo artista visual Dante. A trilha sonora traz marchinhas de carnaval, blues, clássicos da música erudita e música minimalista, agindo como elemento narrativo da cena e oferecendo ao público um espetáculo lúdico e engraçado que vai emocionar as pessoas de todas as idades.

Apesar de não lidar diretamente com a questão do TEA (Transtorno do Espectro Autista), a peça aborda o tema por meio das percepções de Violeta, que tenta não só compreender o universo do irmão, como busca maneiras de interagir com ele. De forma leve, lírica e bastante incomum, o texto propõe uma visão sobre as relações dentro de uma família que tem um integrante que vivencia o mundo de forma singular.

Prêmio APTR de Melhor Espetáculo Infantil de 2023, Azul deixa as crianças e familiares emocionados por onde passa. E isso é visível aos olhos da equipe da Artesanal, que também se emociona com o retorno recebido pelas redes sociais da companhia. Azul representa teatralmente o universo de uma família atípica. É muito bonito ver a grande repercussão da peça com essas famílias, que se viram representadas de forma respeitosa e lúdica. Com certeza, Azul trouxe muita felicidade a uma plateia que se sentiu acolhida pela narrativa.”, conta Gustavo, que também é responsável pela trilha sonora.

Para construir o personagem, a Cia. contou com a consultoria em acessibilidade de Cris Muñoz, atriz, também autista, que tem doutorado e desenvolve uma pesquisa em arte e inclusão. Ela também é mãe de uma menina autista. Segundo Cris, ao abordar de maneira positiva, lúdica, sem discriminação ou romantização a questão do autismo, o espetáculo está propondo um olhar de respeito ao sujeito, de humanização das diferenças e respeito à diversidade. “A família é parte indissociável da vida, nela construímos afetos, construções, aprendemos comportamentos e partilhamos momentos que irão fazer parte do nosso entendimento sobre nós mesmo enquanto indivíduos e enquanto grupo com o qual nos identificamos”, reflete. “Azul” terá sessão de acessibilidade em libras.

Os atores também têm experiência em aulas para crianças dentro do espectro autista e todo o processo do ensaio traz um momento de conversas e troca de experiências. Segundo a equipe, esta produção está sendo um processo bem rico de aprendizado sobre o tema.

Mais sobre a Artesanal Cia. de Teatro:

Site: www.artesanalciadeteatro.com

Instagram: @artesanalciadeteatro

Investindo em uma linguagem inovadora e contemporânea, a Artesanal Cia. de Teatro vem agregando desde sua fundação, em 1995, diversas indicações, premiações e o reconhecimento pela imprensa, público e crítica especializada. O foco do trabalho da Cia. encontra-se na pesquisa de uma linguagem narrativa fundamentada na convergência de diversas técnicas de linguagem, como o teatro de animação (bonecos, sombras e máscaras), canto, cinema e videografismo, explorando a relação do ator com esses elementos.

O maior diferencial do grupo está em exibir um trabalho autoral com extremo rigor estético, textos inteligentes, produções cuidadosas e bem elaboradas, que agradam ao público familiar de todas as faixas etárias. Com 29 anos de atividade no cenário da produção teatral carioca, a Artesanal Cia. de Teatro é tanto uma referência nacional como internacional, com passagens em diversos festivais de teatro pelo Brasil, China e uma residência artística na Alemanha.

Ficha Técnica

Texto e Dramaturgia: Andrea Batitucci e Gustavo Bicalho

Elenco: Alexandre Scaldini, Brenda Villatoro, Bruno de Oliveira, Carol Gomes, Marise Nogueira e Tatá Oliveira

Locução: Rádio Cleiton Rasga

Direção Artística: Gustavo Bicalho e Henrique Gonçalves

Concepção, Criação e Confecção de Bonecos e Máscaras: Dante

Direção de Movimento dos Atores e Preparação Corporal: Paulo Mazzoni

Direção de Movimento dos Bonecos e Preparação Técnica Máscara Teatral: Marise Nogueira

Preparação Vocal: Verônica Machado

Figurinos e Adereços: Fernanda Sabino e Henrique Gonçalves

Cenário, Objetos, Adereços de Cena e Baleia: Karlla de Luca

Cenotécnico: Antônio Ronaldo

Direção de Palco: Alexandre Scaldini

Desenho de Luz: Rodrigo Belay

Operação de Luz: Poliana Pinheiro

Trilha Musical: Gustavo Bicalho

Desenho de Som: Luciano Siqueira

Operação de Som: Pedro Quintaes

Projeto Gráfico: Dante

Fotografia: Christina Amaral, João Julio Mello, Noelia Nájera e Vivian Gradela

Cinematografia: Chamon Audiovisual

Assessoria de Imprensa: Alexandre Aquino e Cláudia Tisato

Mídias Sociais: Tatá Oliveira

Consultoria em Acessibilidade Cultural: Cris Muñoz

Produção: Marta Paiva

Direção de Produção: Henrique Gonçalves

Idealização: Artesanal Cia. de Teatro

Realização: Centro Cultural Banco do Brasil

Patrocínio: Banco do Brasil

Serviço:

Azul – Espetáculo da Artesanal Cia. de Teatro

Temporada: 2 de novembro a 1º de dezembro de 2024 | sábados e domingos às 16h

Classificação indicativa: Livre (recomendado a partir dos 5 anos)

Duração: 70 minutos

Centro Cultural Banco do Brasil – Teatro III

Capacidade: 63 lugares

Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 – Centro – Rio de Janeiro (RJ)

Informações: (21) 3808-2020 | ccbbrio@bb.com.br | bb.com.br/cultura |  facebook.com/ccbb.rj | instagram.com/ccbbrj

Ingressos: R$30 (inteira) e R$15 (meia), emitidos na bilheteria física ou site do do CCBB – bb.com.br/cultura

Meia-entrada para estudantes e professores, crianças com até 12 anos, maiores de 60 anos, pessoas com deficiência e seus acompanhantes e casos previstos em Lei. Clientes BB pagam meia entrada pagando com Ourocard.

(Fonte: Com Alexandre Aquino)

‘O Estranho Caso do Poço’, da Cia. La Mínima, estreia no Sesc Bom Retiro dia 25 de outubro

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Weslei Soares.

Um misterioso crime desencadeia uma crise em uma pequena ilha: a água do único poço que abastece a população desaparece da noite para o dia. Para investigar o caso, um detetive é trazido com urgência do continente. Todos são suspeitos. Criaturas bufas e situações esdrúxulas ganham a cena, turvando a linha que separa vítimas de culpados. ‘O Estranho Caso do Poço’, da Cia. La Mínima, estreia no dia 25 de outubro no Sesc Bom Retiro, onde segue em cartaz até 3 de novembro com apresentações dias 25 e 26/10, sexta e sábado, às 20h; dia 1/11, sexta, às 15h e 20h, e dias 2 e 3/11, sábado e domingo, às 18h.

O trabalho conta com a direção de Maristela Chelala. No elenco, Fernando Paz, Fernando Sampaio e Filipe Bregantim. Os três artistas, músicos e cômicos desdobram-se em diversos personagens, a fim de ambientar o pesadelo que representa a súbita e duradoura ausência de água.

O projeto vem do desejo da companhia de explorar o comportamento humano, já presente em espetáculos anteriores. Em O estranho caso do poço, a Cia. LaMínima retorna aos palcos para abordar uma falha, ou um vazio, em torno do qual a sociedade vive: as relações humanas e o bem comum.

LaMínima | A Cia LaMínima surgiu em 1997 com a estreia do espetáculo LaMínima Cia. De Ballet, encenado por Domingos Montagner (in memoriam) e Fernando Sampaio, oriundos do Circo Escola Picadeiro em São Paulo. Ali estreava a dupla de palhaços Agenor e Padoca, sob a orientação do Mestre Roger Avanzi, o Palhaço Picolino. De lá para cá são 27 anos de trajetória ininterrupta e inúmeras apresentações de 18 espetáculos em teatros, picadeiros, escolas, ruas, praças, albergues, parques, igrejas e asilos, entre outros. Todos lugares que se transformaram em palco ou picadeiro para a arte da palhaçaria – uma arte exigente, que pede vocabulário e apuro técnico dos seus intérpretes, anos de prática, um profundo conhecimento da alma humana e, acima de tudo, generosidade.

Serviço:

O Estranho Caso do Poço com Cia. LaMínima

Estreia dia 25 de outubro – Temporada até 3 de novembro

Dias 25 e 26/10, sexta e sábado, 20h; dia 1/11, sexta, 15h e 20h; dias 2 e 3/11, sábado e domingo, 18h

Valores: R$18 (Credencial Plena), R$30 (Meia) e R$60 (Inteira)

Local: teatro (291 lugares) – 14 anos – Duração: 70 minutos
Sessões com acessibilidade: Libras: 25 e 26/10, 20h

Venda de ingressos disponíveis pelo APP Credencial Sesc SP, no site sescsp.org.br/bomretiro, ou nas bilheterias

Estacionamento do Sesc Bom Retiro – (vagas limitadas): O estacionamento do Sesc oferece espaço para pessoas com necessidades especiais e bicicletário. A capacidade do estacionamento é limitada. Os valores são cobrados igualmente para carros e motos. Entrada: Alameda Cleveland, 529.

Valores: R$8 a primeira hora e R$3 por hora adicional (Credencial Plena). R$17 a primeira hora e R$4 por hora adicional (Outros).

Valores para o público de espetáculos: R$11 (Credencial Plena). R$21 (Outros)

Horários: Terça a sexta: 9h às 20h; sábado: 10h às 20h; domingo: 10h às 18h. Importante: Em dias de evento à noite no teatro, o estacionamento funciona até o término da apresentação.

Transporte gratuito: O Sesc Bom Retiro oferece transporte gratuito circular partindo da Estação da Luz. O embarque e desembarque ocorre na saída CPTM/José Paulino/Praça da Luz.

Consulte os horários disponíveis de acordo com a programação no link https://tinyurl.com/3drft9v8

Fique atento se for utilizar aplicativos de transporte particular para vir ao Sesc Bom Retiro: É preciso escrever o endereço completo no destino, Alameda Nothmann, 185; caso contrário, o aplicativo informará outra rota/destino.

Sesc Bom Retiro
Alameda Nothmann, 185 – Campos Elíseos, São Paulo – SP

Telefone: (11) 3332-3600

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(Fonte: Com Flávio Aquistapace/Assessoria de imprensa Sesc-SP)