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Policiais foram servidores públicos que mais receberam acenos de Bolsonaro durante mandato, aponta estudo

Brasil, por Kleber Patricio

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil.

Pesquisadores da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP) publicaram nesta quarta (24) uma nota técnica sobre os acenos e ataques do ex-presidente Jair Bolsonaro a servidores públicos durante os quatro anos de seu mandato. De acordo com o levantamento, os policiais foram a categoria mais elogiada pelo ex-presidente, com menções em 80% dos discursos positivos. Já os servidores ambientais foram os mais atacados, recebendo menções em 28% dos conteúdos críticos.

O estudo analisou postagens na rede social X (antigo Twitter) e do canal do ex-presidente no aplicativo de mensagens Telegram, além de falas checadas pela agência de checagem Aos Fatos. Ao todo, foram contabilizados 19.802 conteúdos publicados durante a vigência do mandato do governo Bolsonaro, de 2019 a 2022. Eles passaram por uma filtragem automatizada com 37 palavras-chave relacionadas ao serviço e aos servidores públicos. Por fim, uma limpeza manual selecionou 521 conteúdos relevantes para a pesquisa.

Os cientistas identificaram seis categorias profissionais de servidores públicos: profissionais do judiciário, da saúde, da área ambiental e indígena, policiais e outros. O número de acenos, 380, é mais do que o dobro que o número de ataques, 141. Os policiais receberam acenos em 307 conteúdos e ataques em apenas 18 conteúdos. Por outro lado, os servidores ambientais foram atacados em 40 conteúdos desse tipo e não receberam acenos.

“Podemos pressupor que existem nichos com os quais o ex-presidente dialoga; então, quando ele acena para policiais, ele está dialogando com a sua base eleitoral, que defende aquela categoria profissional também”, afirma Ergon Cugler, coordenador do estudo e pesquisador na FGV EAESP. “O mesmo acontece quando ele critica trabalhadores da pauta do meio ambiente”, completa. Gabriela Lotta, também autora do estudo e professora da FGV EAESP, observa que os acenos a policiais contribuem para legitimar práticas como o uso abusivo da violência pela categoria.

Contra servidores do judiciário, o principal discurso foi a crítica às urnas eletrônicas e a uma suposta fraude eleitoral. “Ao criticar e atacar a credibilidade das urnas, o presidente dá espaço para que a parcela da sociedade que não quer aceitar os resultados das eleições se volte contra o governante eleito”, explica Lotta.

Já servidores da saúde e professores foram atacados e acenados quase igualmente pelo ex-presidente ao longo do mandato. Cugler ressalta que isso faz parte da estratégia de comunicação com a base eleitoral. No discurso de Bolsonaro, há os ‘bons servidores’ de saúde e os ‘maus’, assim como os professores, descreve o pesquisador. Tais discursos influenciam a percepção sobre os servidores e os serviços públicos no cotidiano. “Os servidores públicos são a porta de entrada aos serviços públicos, como acesso à saúde nos hospitais, e não são poucos os relatos de agressão verbal e até física de cidadãos a estes trabalhadores”, comenta Cugler.

As falas do ex-presidente reforçam uma narrativa de ‘nós contra eles’, que é a base do populismo, de acordo com Lotta. “Isso abala a credibilidade, a imagem e mesmo o moral destes servidores, além de colocá-los como inimigos a serem combatidos”, aponta a pesquisadora. Para Cugler, um governante não deveria comprar briga contra servidores públicos, pois isso dificulta a implementação de políticas públicas e o acesso da população aos serviços. A partir dos resultados do levantamento, o grupo pretende analisar os efeitos de discursos de ataque e acenos sobre a atuação dos servidores públicos.

(Fonte: Agência Bori)

Série Pianissimo começa nesta quinta-feira, 25, no Teatro Copacabana Palace

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Foto: Divulgação/website Belmond Copacabana Palace.

A noite carioca tem quatro eventos inesquecíveis com música clássica e boa companhia na agenda. os próximos quinze dias. Nesta semana, o Copacabana Palace dá as boas-vindas à Série Pianissimo no Rio de Janeiro, iniciativa que apresenta pianistas internacionais. Na quinta-feira, 25, o croata Jan Ninkovich abre os recitais com um programa com JP Rameau, Mozart, Debussy, Liszt, Scriabin e Tchaïkovsky. Já na sexta-feira, 26, a noite será comandada por Can Saraç, prodígio turco que tocará Liszt, Brahms e Chopin. No Rio, as apresentações têm o iniciativo da GES 2, a Casa da Cultura, fundação russa que trabalha com artistas de várias nacionalidades. Os recitais acontecem sempre às 20h e os ingressos podem ser adquiridos no site Sympla.

Fundada em 2017, a iniciativa Pianissimo tem o objetivo de apresentar as novas gerações de músicos internacionais para o público geral. Contando com apresentações nos principais palcos do mundo, como Teatro alla Scalla, em Milão, e o Carnegie Hall, em Nova Iorque. Além disso, o projeto se notabilizou por realizar apresentações em locais incomuns, a exemplo do Italian Skylight Hall, dentro do Museu Hermitage, em São Petersburgo, e na GES-2, uma antiga central elétrica localizada no centro de Moscou transformada em um espaço multicultural reconhecido como um dos mais modernos do mundo.

Em 2024, a Série Pianissimo no Rio de Janeiro contará com quatro músicos premiados tocando em um piano de cauda Yamaha, referência em termos sonoros e acústicos. Jan Nikovish, croata; Can Sarac, turco; Massimiliano Grotto, italiano; e Dmitry Shishkin, russo, compõem a récita no Copacabana Palace que foi reaberto em 2023 após mais de 600 artesãos reformarem o seu interior. Atualmente, a casa de espetáculo é gerida pelo Belmond, mesmo grupo que administra o hotel.

Confira o perfil dos pianistas:

Jan Nikovich, croata – 25 de abril

Jan Nikovich é um pianista croata vencedor de muitas competições de prestígio. Atualmente, ele estuda em diversos países com os renomados professores Ruben Dalibaltayan e Natalia Trull. No currículo, ele acumula vitórias nacionais e internacionais de piano.

Jan atua frequentemente por toda a Europa, tanto em recitais como com orquestras de renome; mais recentemente, junta a Royal Liverpool Philharmonic sob a orientação do Maestro Domingo Hindoyan.

Ele se apresentou ao lado de Lang Lang em Barcelona e na Allianz Arena, em Munique, para 70.000 pessoas.

Can Sarac, turco – 26 de abril

Nascido em Istambul, Can Sarac é um pianista emergente aluno do Prof. Michael Schäfer na Universidade de Música e Teatro de Munique e vencedor de vários prêmios em concursos internacionais. Com apenas 16 anos, atuou no Carnegie Hall, Nova Iorque, tocou o concerto de Beethoven no Teatro Mariinsky com a Orquestra Mariinsky e, em 2023, tornou-se o mais jovem vencedor do prestigiado Prémio Michelangeli da Piano Academy Eppan, na Itália.

Massimiliano Grotto, italiano – 2 de maio

O pianista italiano Massimiliano Grotto formou-se na classe do renomado pianista italiano Massimiliano Ferrati e estudou na Alemanha com o professor Arnulf von Arnim. Grotto ganhou vários concursos e prêmios internacionais, nomeadamente o Crescendo, em Nova Iorque, e o Euregio Piano Award, na Alemanha.

Dmitry Shishkin, russo – 3 de maio

Nascido na Sibéria, Dmitry Shishkin formou-se na Escola de Música Gnessin de Moscou para crianças superdotadas e estudou na Itália e na Alemanha. Shishkin venceu o Concurso Internacional de Música de Genebra e tocou com a Orquestra de la Suisse Romande. Os críticos celebram a abordagem musical criativa e única com a qual alia excelência acadêmica com apreço popular. No âmbito do programa Pianíssimo, Shishkin interpretará composições de Chopin, Debussy e Bach, entre outros compositores.

Serviço:

Série Pianissimo no Rio de Janeiro

Onde: Copacabana Palace – Avenida Atlântica, 1702, Copacabana, Rio de Janeiro (RJ)

Data: 25 e 26 de abril e 2 e 3 de maio, sempre às 20h

Duração: 1:15h, sem interrupções

Ingressos.

(Fonte: Linhas Comunicação)

Campinas recebe espetáculo “Elas Brilham” no Teatro Oficina do Estudante

Campinas, por Kleber Patricio

Foto: Roberto Filho/Divulgação.

O Teatro Oficina do Estudante Iguatemi Campinas apresenta nos dois próximos finais de semana (de 26 a 28 de abril e de 3 a 5 de maio), o espetáculo musical ‘Elas Brilham’, criado no estilo “documentário, teatro e música” já consagrado pelo diretor Frederico Reder e pelo roteirista Marcos Nauer, responsáveis também pelos sucessos ‘60! Década de Arromba’, ‘70! Década do Divino Maravilhoso’ e ‘80! A Década do Vale Tudo’. As apresentações serão nos períodos de 26 a 28 de abril e de 3 a 5 de maio, sendo às sextas-feiras e sábados às 20h e, aos domingos, às 19h30. Os preços dos ingressos variam de R$37,50 a R$240,00 e já podem ser adquiridos na bilheteria do Teatro e no site www.ingressodigital.com.br. O espetáculo é apresentado pelo Ministério da Cultura e pela Brasilprev. A classificação é Livre e a indicação para 12 anos. O espetáculo tem duração de 120 minutos.

Foto: Divulgação.

‘Elas Brilham’ traz sete artistas mulheres – Sabrina Korgut, Ivanna Domenyco, Jullie, Débora Pinheiro, Diva Menner, Chelle, Lola Borges e Rosana Chayin (stand-in) – que usam suas poderosas vozes para levar o público a uma viagem no tempo por meio da música: do soul de Aretha Franklin ao rock de Rita Lee e Tina Turner; do talento de Elis Regina às composições autorais de Dona Ivone Lara; da voz eterna de Whitney Houston ao pop da Madonna; e do feminejo de Marília Mendonça às novas vozes que continuam a iluminar o mundo. “Trazemos a história de grandes mulheres para levar o espectador a épocas como a era de ouro do rádio brasileiro, passando por gêneros como MPB, samba, jazz, rock e blues, até chegarem aos dias atuais com o pop de Anitta, Iza e Beyoncé. Tudo isso com recortes tecnológicos de recursos audiovisuais de cada uma das épocas. ‘Elas’, para nós, são cantoras, escritoras, cientistas, atrizes, pintoras, professoras, donas de casa. São vozes que brilham, transformam o mundo e estão representadas pela música neste espetáculo”, explica Frederico Reder.

A turnê 2024 já passou por Belém do Pará, Fortaleza e Recife (em março), Salvador, Brasília e Goiana (em abril) e, após Campinas, seguirá para Santos, Curitiba e Porto Alegre (em maio) e Petrópolis (em junho).

Foto: Divulgação.

O espetáculo tem apoio institucional do Grupo Mulheres do Brasil, um movimento suprapartidário fundado em 2013 com o objetivo de estimular a participação feminina em todos os espaços de poder que envolvam a tomada de decisões em prol do desenvolvimento do Brasil. Sob a liderança inspiradora da Luiza Helena Trajano, o grupo completou 10 anos e atualmente conta com mais de 120.000 mulheres voluntarias, 154 Núcleos Regionais, abrangendo 22 países, em todos os continentes. Segundo Alexandra Segantin, CEO do Grupo, o apoio à turnê ‘Elas Brilham’, que celebra a jornada de grandes mulheres na música, reforça a missão de propagar de protagonismo feminino, utilizando a arte como uma ferramenta poderosa de conexão e inspiração para mostrar e força da mulher também para promover soluções concretas aos desafios sociais. ‘Elas Brilham’ é apresentado pela Brasilprev, tem patrocínio Momenta Farmacêutica e Teleperformance e o apoio da Prosegur, CSU E Unisys. A realização é da Brain+ Quarta Dimensão Entretenimento e da Secretaria Especial da Cultura do Ministério da Cultura. Informações no site www.elasbrilham.com.br.

Ficha técnica – Equipe Criativa

Diretor: Frederico Reder

Roteirista: Marcos Nauer

Assistente de Direção/Direção Residente: Rosana Chayin

Produtores Executivos: Luana Simões e Renato Araújo

Diretor Musical: Jules Vandystadt

Diretor de Comunicação/Marketing: Patrícia Lacerda

Diretora de Arte: Bárbara Lana

Cenógrafa: Natália Lana

Figurinista: Bruno Perlatto

Coreógrafo: Victor Maia

Iluminadora: Mariana Pitta

Designer de Som: Talita Kuroda e Thiago Chaves.

(Fonte: Ateliê da Notícia)

Osesp recebe pianista islandês Víkingur Ólafsson, que também faz recital solo na Sala São Paulo

São Paulo, por Kleber Patricio

A Osesp. Foto: Beatriz de Paula.

O ano de 2024 marca as celebrações dos 70 anos da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp, além dos 30 anos de atividades do Coro da Osesp e dos 25 anos da Sala São Paulo – a casa da Osesp, dos Coros e de seus Programas Educacionais, inaugurada em 1999 no edifício onde antes funcionava a Estrada de Ferro Sorocabana.

Nesta semana, entre quinta-feira (25/abr) e sábado (27/abr), a Osesp se apresenta pela primeira vez com o celebrado pianista islandês Víkingur Ólafsson, sob a batuta do regente austríaco Christoph Koncz. O repertório reúne as Bachianas brasileiras nº 1, de Heitor Villa-Lobos; o Concerto para piano em lá menor, de Robert Schumann (com Ólafsson como solista); e o poema sinfônico ‘Pelléas e Mélisande’, de Arnold Schoenberg. A apresentação de sexta (26/abr) terá transmissão ao vivo pelo canal da Osesp no YouTube, às 20h30 (com exceção da peça com Ólafsson).

Já no domingo (28/abr), às 18h, Víkingur Ólafsson apresenta um recital no palco da Sala São Paulo em que interpreta as cultuadas Variações Goldberg, de Johann Sebastian Bach. O músico está em turnê mundial com essa obra, que também foi gravada por ele em 2023, pelo selo Deutsche Grammophon.

Sobre o programa

Christoph Koncz. Foto: Andreas Hechenberger.

A série Bachianas brasileiras nº 1, para um conjunto de oito violoncelos (instrumento tocado e amado pelo compositor Heitor Villa-Lobos), foi esboçada em 1930, estreou em 1932 e terminou ampliada em 1938, com a incorporação de uma dança folclórica, a embolada, como movimento inicial. O ‘Prelúdio’ é acompanhado do subtítulo ‘Modinha’, gênero brasileiro estudado por Mário de Andrade e muito cultivado por Villa-Lobos [1887–1959]. Longas melodias oscilam entre a serenidade bachiana e a sensualidade brasileira, sobre uma harmonia em constante suspensão, com passagens cromáticas e modulações surpreendentes. A ‘Conversa’ final, em forma de fuga, introduz na rígida estrutura barroca as síncopes típicas de ritmos urbanos cariocas, lembrando a aproximação, defendida por Villa-Lobos, entre a música de Bach e as improvisações características dos grupos de chorões, dos quais ele fazia parte em sua juventude.

Para se estabelecer como compositor e sustentar a família, já que a jovem Clara Schumann estava grávida do primeiro de seus oito filhos, seria necessário obter sucesso com uma obra orquestral. A primeira sinfonia de Robert Schumann [1810–1856], ‘Primavera’, estreia em 1841 e garante ao compositor o justo reconhecimento. No ensaio da obra, Clara recebe do marido a partitura de uma Fantasia para piano e orquestra, dedicada a ela. A peça é lida pela pianista, grávida de seis meses, diante de um teatro vazio. Ela escreve em seu diário: “Eu a toquei duas vezes e a achei maravilhosa. Quando ensaiada adequadamente, irá agradar muito ao público. O piano é muito bem entremeado com a orquestra — não se pode conceber um sem o outro”. Mas o Romantismo era a época dos grandes concertos para piano e um movimento solitário não encontrou editor ou reconhecimento. Estimulado pela esposa e pelos credores, Schumann passa então a escrever outros dois movimentos, até que, em 1845, a cidade de Dresden ouve a estreia de seu primeiro concerto, com Clara ao piano. A crítica admirou a escrita sinfônica e o equilíbrio entre a solista e a orquestra, que acompanhavam um ao outro “como um casal apaixonado”.

A Sala São Paulo. Foto: Mariana Garcia.

A literatura simbolista, levando adiante os exageros do romantismo tardio, cultivava trágicas histórias de amor. ‘Pelléas e Mélisande’, peça do belga Maurice Maeterlinck, estreou em Paris em 1893 sem muito sucesso. Anos depois, a obra chamou a atenção de compositores como Gabriel Fauré, responsável pela música incidental para a estreia inglesa da peça, e Claude Debussy, que compôs em 1902 uma bela ópera sobre o texto dessa angustiante fábula moderna. No mesmo ano, incentivado por Richard Strauss, Arnold Schoenberg [1874–1951] inspirou-se no drama para a composição de um longo poema sinfônico, que estreou em 1905 sob sua própria direção musical. O conservador público vienense, que reagia mal a qualquer novidade, respondeu com espanto e revolta e um crítico chegou a sugerir que o compositor fosse trancado em um hospício.

Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp

A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp é um dos grupos sinfônicos mais expressivos da América Latina. Com 13 turnês internacionais e quatro turnês nacionais realizadas, mais de uma centena de álbuns gravados e uma média de 120 apresentações por temporada, a Osesp vem alterando a paisagem musical do país e pavimentando uma sólida trajetória dentro e fora do Brasil, obtendo o reconhecimento de revistas especializadas como Gramophone e Diapason, e relevantes prêmios, como o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Clássica de 2007. A Orquestra se destacou ao participar de três dos mais importantes festivais de verão europeus, em 2016, ao se tornar a primeira orquestra profissional latino-americana a se apresentar em turnê pela China, em 2019, e ao estrear em 2022, no Carnegie Hall, em Nova York, apresentando um concerto na série oficial de assinatura da casa e o elogiado espetáculo ‘Floresta Villa-Lobos’. Desde 2020, Thierry Fischer ocupa os cargos de Diretor Musical e Regente Titular, antes ocupados por Marin Alsop (2012-19), Yan Pascal Tortelier (2010-11), John Neschling (1997-2009), Eleazar de Carvalho (1973-96), Bruno Roccella (1963-67) e Souza Lima (1953). Mais que uma orquestra, a Osesp é também uma iniciativa cultural original e tentacular que abrange diversos corpos artísticos e projetos sociais e de formação, como os Coros Sinfônico, Juvenil e Infantil, a Academia de Música, o Selo Digital, a Editora da Osesp e o Descubra a Orquestra. Fundada oficialmente em 1954, a Orquestra passou por radical reestruturação entre 1997 e 1999 e, desde 2005, é gerida pela Fundação Osesp.

Christoph Koncz | Diretor musical da Sinfônica de Mulhouse, regente titular da Academia de Câmara Alemã de Neuss no Reno e regente convidado principal do grupo Les Musiciens du Louvre, o maestro austríaco recebeu suas primeiras lições de violino aos quatro anos de idade e, apenas dois anos depois, ingressou na Universidade de Música de Viena. Aos nove anos de idade, estrelou como o prodígio infantil Kaspar Weiss no filme ‘O Violino Vermelho’ (Oscar de Melhor Trilha Sonora Original de 1998). Em 2008, aos vinte anos de idade, Koncz foi nomeado segundo violino principal da Filarmônica de Viena, cargo que ocupou até 2022. À sua estreia como regente na Mozartwoche de Salzburgo, em 2013, seguiram-se concertos dirigindo orquestras em locais como a Philharmonie de Berlim, a Musikverein e a Konzerthaus de Viena, e o Concertgebouw de Amsterdam. Apresenta-se com frequência no pódio da Sinfônica de Londres, da Orquestra da Suíça Romanda, da Ópera Estatal de Viena, da Sinfônica da Rádio Sueca, da Orquestra de Câmara Mahler, da Orquestra Metropolitana de Montreal e da Filarmônica de Hong Kong.

Vikingur Olafsson. Foto: Markus Kans.

Víkingur Ólafsson | O pianista islandês Víkingur Ólafsson causou um profundo impacto com sua notável combinação de musicalidade de mais alto nível e programas visionários. Suas gravações para a Deutsche Grammophon — ‘Philip Glass: Piano Works’ [2017], Johann Sebastian Bach [2018], Debussy – ‘Rameau’ [2020], Mozart & Contemporaries [2021] e ‘From Afar’ [2022] – cativaram a imaginação do público e da crítica e levaram a mais de 600 milhões de reproduções. Em outubro de 2023, Ólafsson lançou seu aguardado novo álbum pela Deutsche Grammophon com as Variações Goldberg de J.S. Bach – na temporada 2023-24, o pianista apresenta essa obra-prima em grandes salas de concerto, nos seis continentes, incluindo o Southbank Centre de Londres, o Carnegie Hall de Nova York, a Philharmonie de Paris, a Suntory Hall de Tóquio, o Harpa Concert Hall, o Walt Disney Hall, a Shanghai Symphony Hall, a Tonhalle de Zurique, a Philharmonie de Berlim e a Sala São Paulo. As múltiplas premiações de Ólafsson incluem Instrumentista do Ano [2023] e Gravação Solo Instrumental do Opus Klassik, Artista do Ano da Gramophone [2019] e Álbum do Ano no BBC Music Magazine Awards [2019].

PROGRAMAS

VÍKINGUR ÓLAFSSON FAZ SUA ESTREIA COM A OSESP

OSESP

CHRISTOPH KONCZ REGENTE

VÍKINGUR ÓLAFSSON PIANO

HEITOR VILLA-LOBOS | Bachianas brasileiras nº 1

ROBERT SCHUMANN | Concerto para piano em lá menor, Op. 54

ARNOLD SCHOENBERG | Pelléas e Mélisande, Op. 5

VÍKINGUR ÓLAFSSON ENCONTRA BACH

VÍKINGUR ÓLAFSSON PIANO

JOHANN SEBASTIAN BACH | Variações Goldberg, BWV 988.

Serviço:

25 de abril, quinta-feira, às 20h30

26 de abril, sexta-feira, às 20h30

27 de abril, sábado, às 16h30

28 de abril, domingo, às 18h [Recital]

Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16

Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares

Recomendação etária: 7 anos

Ingressos: Entre R$39,60 e R$271,00 [Osesp], e entre R$39,60 e R$132,00 [Recital] (valores inteiros)

Bilheteria (INTI): neste link

(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h

Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners

Estacionamento: R$28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para pessoas com deficiência; 33 para idosos

*Estudantes, pessoas acima dos 60 anos, jovens pertencentes a famílias de baixa renda com idade de 15 a 29 anos, pessoas com deficiências e um acompanhante e servidores da educação (servidores do quadro de apoio – funcionários da secretaria e operacionais – e especialistas da Educação – coordenadores pedagógicos, diretores e supervisores – da rede pública, estadual e municipal) têm desconto de 50% nos ingressos para os concertos da Temporada Osesp na Sala São Paulo, mediante comprovação.

A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.

(Fonte: Fundação Osesp)

‘Maio Fotografia no MIS 2024’ traz exposição inédita de Sebastião Salgado e mais seis mostras fotográficas

São Paulo, por Kleber Patricio

Mostra inédita ’50 anos da Revolução dos cravos em Portugal’, de Sebastião Salgado | Portugal (1975). Crédito: ©Sebastião Salgado

Em 2024, o Museu da Imagem e do Som volta a dedicar um espaço na agenda de programação para exposições exclusivamente de fotografia, com obras de artistas nacionais e internacionais, já consagrados e novos talentos, com o Maio Fotografia no MIS. A programação se completa com lançamentos de livros, mostras paralelas, conversas com artistas, cursos e diversas atividades relacionadas ao mundo da fotografia inseridas na agenda do Museu.

Com curadoria do diretor-geral do MIS, André Sturm, integram esta edição séries individuais de Sebastião Salgado, aclamado fotógrafo brasileiro, numa série jamais vista sobre a Revolução dos Cravos em Portugal, 50 anos atrás; Thereza Eugênia, fotógrafa baiana que registrou de forma íntima o convívio de artistas brasileiros no Rio de Janeiro das décadas de 1960 a 1980; Sergio Poroger, que traz um resgate esteticamente belo e, ao mesmo tempo, triste e necessário, dos cinemas de rua do Brasil e do mundo; Gabriel Chaim, experiente fotojornalista paraense que cobriu diversas guerras, em registro do seus últimos dez anos na linha de frente da missão de registrar em imagens esses horrores e reunir as fotografias em exposição inédita e lançamento de livro; e Bruno Mathias, fotógrafo selecionado pelo programa Nova Fotografia do MIS com uma produção que nos remete à fantasia de paisagens tradicionais. Além dos fotógrafos mencionados, a exposição conta com uma seleção da Coleção Allan Porter, trazendo imagens icônicas da memória coletiva do séc. XX e uma curadoria especial na coleção do próprio Acervo MIS, com quatro fotógrafas engajadas e com diferentes perspectivas por trás das lentes.

Havi Zarai, Iraque, West Mosul (2017). Crédito: Gabriel Chaim.

“Após 12 anos de sua estreia e de sete edições realizadas, retomamos o projeto Maio Fotografia no MIS em sua essência: uma verdadeira ocupação fotográfica por todo o Museu, contemplando desde novos talentos até grandes nomes nacionais e internacionais do meio”, afirma André Sturm, diretor-geral do MIS e curador geral da exposição.

Confira a seguir todas as exposições presentes no Maio Fotografia no MIS 2024:

‘50 anos da Revolução dos Cravos em Portugal’ | Sebastião Salgado

O renomado fotógrafo Sebastião Salgado apresenta uma série inédita, com curadoria do jornalista Leão Serva. A partir de registros feitos por Sebastião na década de 1970 em Lisboa na cobertura da Revolução dos Cravos, a exposição exibe fortes imagens enquanto o fotógrafo era membro da Agência Magnum. As mais de 50 fotografias ficaram guardadas pelos últimos 50 anos e vêm a público pela primeira vez no aniversário de um dos maiores marcos da história de Portugal e da democracia na Europa.

‘10 anos de guerras sem fim’ | Gabriel Chaim

O trabalho do premiado fotógrafo e cinegrafista paraense Gabriel Chaim, que há uma década se dedica a documentar guerras e crises humanitárias no Oriente Médio, na Europa e na África, ganha sua primeira retrospectiva. Em maio, o lançamento do livro ‘Gabriel Chaim: 10 anos de guerras sem fim’, da editora Vento Leste, e a abertura da exposição homônima no projeto Maio Fotografia no MIS, trazem ao público um conjunto de imagens que sintetizam a trajetória e as visões do fotógrafo de conflitos recentes ou em curso na Síria, no Iêmen, na Líbia, na Armênia, no Iraque e na Ucrânia. Com curadoria do jornalista Fernando Costa Netto, livro e exposição ressaltam a perspectiva única que as imagens de Chaim oferecem sobre o conturbado panorama internacional desse início de século, além de reafirmar sua relevância como documento histórico, já reconhecida no cenário internacional.

No dia 22 de maio, o fotógrafo realiza o lançamento de seu livro, seguido por bate-papo, no Auditório MIS, com entrada gratuita.

‘Encontros’ | Thereza Eugênia

A baiana Thereza Eugênia frequentava as rodas culturais mais ativas no Rio de Janeiro entre as décadas de 1960 e 1980. Sua amizade com o produtor musical Guilherme Araújo e diversos artistas lhe permitiram, a princípio como um hobby, fotografar as estrelas em momentos dos mais variados. A exposição ‘Encontros’ retrata figuras muito conhecidas do grande público em situações comuns do dia a dia. Nomes como Chico Buarque, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Ney Matogrosso, Gal Costa, Gilberto Gil, Fafá de Belém, Djavan, Gonzaguinha, Zezé Motta e Roberto Carlos estão na exposição através do sensível olhar de Thereza Eugênia.

‘Mulheres na frente e por trás das câmeras’ | Acervo MIS

O Museu da Imagem e do Som tem o acervo com a maior quantidade de itens entre todos os museus da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, somando mais de 250 mil; somente a coleção fotográfica conta com aproximadamente 140 mil exemplares, com imagens produzidas desde o século 19 até o ano de 2023, e continua em constante atualização com novas incorporações.

Desse vasto mosaico de imagens realizadas não só em períodos, mas em suportes diferentes e com temas mais diversificados ainda, a exposição destaca quatro nomes: a inglesa radicada no Brasil Maureen Bisilliat, a cubana Maria Eugenia Haya (Marucha), a paulistana Lucila Wroblewski e a sérvia radicada no Brasil Gordana Manić. Elas oferecem um sucinto panorama da representação feminina na coleção. São mulheres que nos dão uma perspectiva multigeracional e multiétnica da plural produção fotográfica da década de 1960 até o final da primeira década dos anos 2000.

‘Como a história foi contada’ | Coleção Allan Porter

Adentrando a ‘Era de Ouro’ do fotojornalismo (que contempla o período que cerca as Guerras Mundiais), esta exposição exibe dezenas de imagens da “Coleção Allan Porter” cedidas ao MIS por Wulf Rössler. O fotojornalista Allan Porter, falecido em 2022, resguardou aproximadamente três mil negativos, cromos, ampliações em papel fotográfico e papel japonês de diversos fotógrafos que tiveram seus trabalhos publicados durante os 15 anos em que ele esteve à frente da cultuada Revista Camera (1966–1981). Para o Maio Fotografia no MIS 2024, foram selecionadas mais de 60 fotografias de momentos históricos ao redor do mundo dentro desse recorte temporal, muitas delas ganhadoras do aclamado prêmio Pulitzer.

‘Infravermelho, uma realidade oculta’ | Bruno Matthas | Nova Fotografia

O público do MIS passará a enxergar com outros olhos paisagens ora cotidianas da cidade e estado de São Paulo. Por meio do uso da tecnologia infravermelho aplicada a fotografias, o artista Bruno Mathias passa a revelar um universo onírico e por vezes distópico.

A exposição é a segunda mostra de 2024 do projeto Nova Fotografia do MIS, que seleciona novos talentos da fotografia nacional por meio de convocatória anual.

‘Uma rua chamada cinema’ | Sergio Poroger

Nesta exposição, com curadoria de João Kulcsár, somos convidados por Sergio Poroger a embarcar em uma jornada imagética pelo universo do cinema de rua, onde cada esquina nos conduz a novas aventuras, revela alguns segredos e nos transporta para o fascinante universo paralelo da sétima arte. Em cada clique, o fotógrafo revela sua paixão e reverência pela sétima arte. Suas fotografias retratam não apenas os espaços físicos, mas também as pessoas que trabalham incansavelmente nos bastidores para que um filme ganhe vida numa sala de cinema, desde os bilheteiros até os projetistas, passando pelos vendedores de pipoca. É, portanto, uma homenagem não apenas à arte do cinema, mas também aos profissionais que tornam possível essa mágica.

Programação paralela

Além das exposições, o mês de maio está recheado de outras atividades voltadas ao mundo da fotografia – todas com entrada gratuita.

11/5: lançamento do livro ‘Thereza Eugênia: Portraits 1970-1980’ (2ª edição, Editora Motriz);

18/5: abertura exposição de Claudio Edinger + Bate-papo e lançamento de livro do fotógrafo;

22/5: bate-papo com Gabriel Chaim e lançamento do livro ‘10 anos de guerras sem fim’ (Editora Vento Leste).

Cursos | Durante todo o ano, o MIS promove cursos em diversas áreas do conhecimento – e fotografia não poderia estar de fora, seja ela digital, seja analógica. No site oficial do Museu, você confere a lista completa de opções disponíveis: mis-sp.org.br/cursos.

XP apresenta a exposição Maio Fotografia no MIS 2024

Fazendo bigoudis (década de 1960. Crédito: Maureen Bisilliat.

A programação é uma realização do Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas de São Paulo e Museu da Imagem e do Som, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

A mostra conta com patrocínio das empresas Sabesp, Suzano e Enseada, apoio das empresas Ségur States e NaNaYa e apoio cultural da Folha de S.Paulo e JC Decaux.

O MIS tem patrocínio institucional das empresas Livelo, B3, John Deere, NTT Data, TozziniFreire Advogados e Grupo Comolatti e apoio institucional das empresas Vivo, Grupo Travelex Confidence, PWC, Colégio Albert Sabin, Unipar e Lenovo. O apoio operacional é da Telium, Kaspersky, Pestana Hotel Group, Quality Faria Lima, Hilton Garden Inn São Paulo Rebouças, illycaffè e Sorvetes Los Los.

Sobre o Clube MIS | O Clube MIS é o programa de sócios do Museu da Imagem e do Som de São Paulo. Sendo membro, você possui acesso livre a todas as exposições do MIS e do MIS Experience, desconto nos Cursos MIS e benefícios em mais de 40 instituições parceiras, incluindo museus, teatros, cinemas, casas de show e muito mais. Conheça: clubemis.com.br.

Serviço:

Maio Fotografia no MIS 2024

Data: a partir de 10 de maio

Ingressos: R$10 (inteira) e R$5 (meia); grátis às terças-feiras e, na terceira quarta-feira do mês, graças a uma parceria com a B3, a entrada também é franca

Classificação indicativa 10 anos

Museu da Imagem e do Som – MIS: Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo, SP| (11) 2117-4777 | www.mis-sp.org.br

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(Fonte: Museu da Imagem e do Som)