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MAM SP: 38º Panorama da Arte Brasileira conta com artistas de 16 estados

São Paulo, por Kleber Patricio

Germano Dushá, Thiago de Paula Souza e Ariana Nuala. Equipe curatorial do 38º Panorama da Arte Brasileira 1000º. Foto: Bruno Leão/Estúdio em Obra.

O Museu de Arte Moderna de São Paulo anuncia a lista de artistas que integram o 38º Panorama da Arte Brasileira: 1000º, projeto bienal e fundamental na história do MAM que será apresentado entre outubro de 2024 e janeiro de 2025.

Os curadores Germano Dushá e Thiago de Paula Souza, e Ariana Nuala, curadora-adjunta que acaba de ser integrada à equipe curatorial, apresentam uma seleção de 34 artistas de 16 estados brasileiros, composta por Adriano Amaral (SP), Advânio Lessa (MG), Ana Clara Tito (RJ), Antonio Tarsis (BA), Davi Pontes (RJ), Dona Romana (TO), Frederico Filippi (SP), Gabriel Massan (RJ), Ivan Campos (AC), Jayme Fygura (BA), Jonas Van & Juno B. (CE), José Adário dos Santos (BA), Joseca Mokahesi Yanomami (RO), Labō (PA) & Rafaela Kennedy (AM), Laís Amaral (RJ), Lucas Arruda (SP), Marcus Deusdedit (MG), Maria Lira Marques (MG), Marina Woisky (SP), Marlene Costa de Almeida (PB), Melissa de Oliveira (RJ), Mestre Nado (PE), MEXA (SP), Noara Quintana (SC), Paulo Nimer Pjota (SP), Paulo Pires (MT), Rafael RG (SP), Rebeca Carapiá (BA), Rop Cateh – Alma pintada em Terra de Encantaria dos Akroá Gamella (MA) – em colaboração com Gê Viana (MA) e Thiago Martins de Melo (MA), Sallisa Rosa (GO), Solange Pessoa (MG), Tropa do Gurilouko (RJ), Zahy Tentehar (MA) e Zimar (MA).

A concepção dessa lista foi iniciada há cerca de um ano e, ao longo desse percurso, a curadoria buscou compor um grupo de artistas que fosse plural e interseccional. A composição desse conjunto traz artistas de diversas gerações, com pessoas nascidas na década de 1940 até chegar em outros nascidos no fim dos anos 1990 e no início dos 2000. A diversidade de mídias e linguagens derivadas desse corpo artístico é reflexo final da pluralidade que orientou a formulação do projeto: há artistas que trabalham com matérias orgânicas e mídias tradicionais, alguns com práticas espontâneas ligadas a conhecimentos tradicionais e outros mais vinculados a formações acadêmicas; se somam a esse conjunto artistas que trabalham experimentações com novas mídias, tecnologias que são pouco convencionais ao circuito artístico, recursos e imagens digitais, equipamentos industriais e materiais artificiais. Dentre os motivos que baseiam os trabalhos do grupo de artistas, estão questões como a espiritualidade, a noção de ecologia expandida, os paradoxos da tecnologia, o erotismo dos fluxos de energia e corpos pelas cidades.

“São artistas que a gente pensa, mas também sente e intui, que carregam uma certa energia que tem tudo a ver com os fundamentos e a visão do projeto, e cujas práticas representam e incorporam o senso de urgência que queremos abordar. Além disso, um critério menos propriamente conceitual foi a decisão de focarmos em artistas em vida, atuantes, privilegiando pessoas que não participaram da Bienal de São Paulo ou não estiveram em edições anteriores do Panorama”, conta o trio de curadores.

Ainda segundo a equipe, “o projeto curatorial respeita e chama para um diálogo quente — de forma não condescendente — as matrizes de pensamento e modos de fazer centenários, ao passo que traz experimentações com novas tecnologias, cenários urbanos e elaborações de futuros. A ideia é estabelecer certa coesão energética a partir do encontro entre diferenças, flexionando noções enrijecidas sobre o espaço e o tempo e experimentando como as coisas podem se conectar e coexistir por vias não lineares. Nos interessa refletir se — e como — artistas de contextos tão díspares, com práticas tão distintas, podem se aproximar de uma mesma vibração energética. E não para termos uma visão totalizante e acachapante das coisas, pelo contrário: para entendermos a igualdade na diferença e os muitos e sempre renovados modos de elaborar a realidade, exercitar a imaginação, fazer arte e viver junto”.

1000º será uma leitura do que Ariana Nuala, Germano Dushá e Thiago de Paula Souza entendem como retrato provisório de um panorama cultural e da cena artística brasileira a partir dos conceitos que foram eleitos para fundamentar a exposição. “Assim como outras curadorias que vieram antes de nós, sabemos que traçar um ‘Panorama da Arte Brasileira’ é uma tarefa impossível já de partida e que seria muita pretensão imaginar que uma exposição de arte contemporânea, ainda mais diante dos limites de tempo, espaço, conceito, dentre outras questões, poderia dar conta da dimensão de um país continental, com profundas complexidades sociais e culturais, como o Brasil. Nosso projeto curatorial levou isso em consideração e aceitamos o fato de que nossas perspectivas nunca seriam capazes de cobrir a multiplicidade de práticas artísticas que emergem no país neste momento”, eles explicam.

Curadoria

A ampliação da equipe curatorial, com a chegada de Ariana Nuala como curadora-adjunta, se deu a partir do desejo de Germano Dushá e Thiago de Paula Souza de ampliar o olhar sobre o projeto. “A Ariana Nuala é alguém com quem já havíamos trabalhado individualmente e que estávamos em diálogo há um tempo. Ao mesmo tempo que ela tem uma formação ligada a organizações independentes, também acumula experiências institucionais e, nos últimos anos, também tem tido um trânsito por diferentes regiões do Brasil e sabemos que ela acompanha de perto muitos artistas e movimentos que nos interessam. Em algum momento, achamos que ter um terceiro olhar de alguém que confiamos e que poderia somar com outras experiências e perspectivas seria importante e o nome dela foi o primeiro que nos acometeu. Se mostrou uma escolha feliz, pois sentimos que chegamos num bom equilíbrio entre nossas visões e vontades, sua contribuição tem sido de máxima importância e, a grosso modo, influenciará em todos os aspectos do projeto, já que ela trabalhou ativamente para a definição da maior parte da lista de artistas, e agora nos apoiará no acompanhamento dos processos de criação das obras, no pensamento expográfico, na elaboração dos textos, na organização editorial das publicações e nos demais desdobramentos da exposição”, explicam Germano e Thiago.

1000º (Mil graus) | O título escolhido pela curadoria desta 38ª edição parte de uma expressão coloquial que pode assumir múltiplos significados a depender do contexto, mas que invariavelmente funciona como índice de elevada intensidade. Em texto de apresentação sobre o projeto, a curadoria conta que “como mote, a ideia de uma temperatura oposta ao zero absoluto, uma temperatura máxima intransponível cuja incidência resulta numa agitação molecular total; ou seja, capaz de derreter qualquer matéria existente, serve como ponto de imaginação para pensar contextos com alta taxa de variação ambiental e situações envolvendo processos de combustão, eletricidade e atrito. Nesse sentido, o projeto orienta-se pelo interesse por formulações ligadas à experimentação, ao risco intenso, às situações radicais, às condições extremas marcadas pelo calor — metafísico, metafórico e climático — e aos estados — da alma e da matéria — que nos põem diante da transmutação como destino inevitável e imediato”.

Os curadores

Natural de Serra dos Carajás (PA), Germano Dushá é curador, escritor, crítico e agente cultural. Graduado em Direito (FGV-SP) e pós-graduado em Arte: Crítica e Curadoria (PUC-SP), ele vive e trabalha em São Paulo. Sua pesquisa traz o cruzamento entre estética, crítica e tradições esotéricas e sua prática assume múltiplas formas — em experimentações curatoriais, literárias e hipermídias — para investigar imaginários sociais e a energia ligada às experiências subjetivas radicais e aos processos de transmutação. Ao longo de sua trajetória, vem colaborando com instituições, galerias e publicações em diferentes países. Entre as exposições mais recentes em que assinou curadoria, estão ‘Esfíngico Frontal’, da Galeria Mendes Wood DM (São Paulo) e ‘Arqueia mas não quebra’, da Almeida & Dale (São Paulo), ambas de 2023; ‘Calor Universal’, na Pace Gallery (Hamptons) e ‘Semana sim, Semana não’, da Casa Zalszupin (São Paulo) em 2022; e ‘A Hora Instável’, na Bruno Múrias (Lisboa), em 2019. Atualmente é coordenador do Fora, organização pluridisciplinar fundada em 2018 que trabalha com projetos culturais e estratégias institucionais.

Thiago de Paula Souza é curador e educador. Sua pesquisa perpassa o desejo de ampliar e reelaborar o formato expositivo e a potência da arte contemporânea e da educação ao repensarem o passado e produzirem novos códigos éticos. A prática de Thiago cruza diferentes configurações de conhecimento e poder, articulando a construção de infraestruturas para imaginar um mundo em que a violência não é mais seu fundamento. É formado em Ciências Sociais pela Unesp e doutorando pela HDK-Valand na Universidade de Gotemburgo, Suécia. Entre os projetos institucionais em que já atuou, estão ‘While We Are Embattled’ (2022), do Para Site, em Hong Kong, onde foi co-curador, e ‘Atos de revolta’, no MAM Rio; integrou equipes curatoriais da 3ª edição da Frestas — Trienal de Artes (2020 – 2021), organizada pelo Sesc São Paulo; ‘We don’t need another hero’, 10ª Bienal de Berlim (2018), e foi consultor curatorial da 58ª Carnegie International (2012/2022). Entre 2022 e 2023, foi co-curador do Nomadic Program da Vleeshal Center for Contemporary Art na Holanda. Atualmente integra o comitê de curadores da Ners Foundation Sua mais recente exposição foi ‘Some May Work as Symbols: Art Made in Brazil, 1950–1970’.

Ariana Nuala nasceu em Recife (PE), onde vive e trabalha. É educadora, pesquisadora e curadora que se envolve com coletivos artísticos para discutir dinâmicas de poder, impermanência e diáspora. Ela combina estratégias que surgem do corpo para seu exercício na escrita, moldando sua prática curatorial de forma poética. Tem formação em Licenciatura em Artes Visuais pela UFPE e atualmente é mestranda em História da Arte na UFPB, com experiências acadêmicas na Unam e Clacso. Ocupa o cargo de gerente de Educação e Pesquisa na Oficina Francisco Brennand, instituição onde já foi curadora, e também já foi coordenadora de Educação no Museu Murillo La Greca (2018–2020). Foi curadora da exposição ‘Invenção dos Reinos’ em conjunto com Marcelo Campos na Oficina Francisco Brennand. Colaborou com galerias como Marco Zero (PE) nas exposições ‘As Janelas de Bajado’, de Bajado, e ‘Festa para o Caçador’, de Gilvan Samico; com a Verve na exposição ‘Vira-casaca’, de Fefa Lins (SP); com a Almeida e Dale (SP) na exposição coletiva ‘Arqueia mas não quebra’, em colaboração com Germano Dushá e Rafael RG; com a Cavalo na exposição ‘Labirintos Vivos’, de Ana Clara Tito (RJ); com a Nara Roesler (SP) na exposição’ Infinito outros’, de José Patrício, entre outras colaborações, como na curadoria da exposição ‘Além. Aquém. Aqui,’ de Abiniel João Nascimento no Centre d’Art Contemporain Paradise (França) e na curadoria da exposição coletiva ‘Estratégias para o contorno’, que circulou em várias unidades do SESC PE. Foi também orientadora da residência PEMBA no projeto DOS BRASIS e colabora em júris artísticos e na criação de residências para agentes das artes.

Sobre o Panorama da Arte Brasileira do MAM São Paulo | A série de mostras Panorama da Arte Brasileira foi iniciada em 1969 e coincidiu com a instalação do MAM São Paulo em sua sede na marquise do Parque do Ibirapuera. As primeiras edições do Panorama marcaram a história do museu por terem contribuído direta e efetivamente na formação de seu acervo de arte contemporânea. Ao longo das 37 mostras já realizadas, o Panorama do MAM buscou estabelecer diálogos produtivos com diferentes noções sobre a produção artística brasileira, nossa história, cultura e sociedade. Realizado a cada dois anos, sempre produz novas reflexões acerca dos debates mais urgentes da contemporaneidade brasileira.

Sobre o MAM São Paulo

Fundado em 1948, o Museu de Arte Moderna de São Paulo é uma sociedade civil de interesse público sem fins lucrativos. Sua coleção conta com mais de 5 mil obras produzidas pelos mais representativos nomes da arte moderna e contemporânea, principalmente brasileira. Tanto o acervo quanto as exposições privilegiam o experimentalismo, abrindo-se para a pluralidade da produção artística mundial e a diversidade de interesses das sociedades contemporâneas.

O Museu mantém uma ampla grade de atividades que inclui cursos, seminários, palestras, performances, espetáculos musicais, sessões de vídeo e práticas artísticas. O conteúdo das exposições e das atividades é acessível a todos os públicos por meio de visitas mediadas em libras, audiodescrição das obras e videoguias em Libras. O acervo de livros, periódicos, documentos e material audiovisual é formado por 65 mil títulos. O intercâmbio com bibliotecas de museus de vários países mantém o acervo vivo.

Localizado no Parque Ibirapuera, a mais importante área verde de São Paulo, o edifício do MAM foi adaptado por Lina Bo Bardi e conta, além das salas de exposição, com ateliê, biblioteca, auditório, restaurante e uma loja onde os visitantes encontram produtos de design, livros de arte e uma linha de objetos com a marca MAM. Os espaços do Museu se integram visualmente ao Jardim de Esculturas, projetado por Roberto Burle Marx e Haruyoshi Ono para abrigar obras da coleção. Todas as dependências são acessíveis a visitantes com necessidades especiais.

Serviço:

38º Panorama da Arte Brasileira: 1000º

Curadoria: Germano Dushá, Thiago de Paula Souza e Ariana Nuala

Período expositivo: 03 de outubro de 2024 a 26 de janeiro de 2025.

Museu de Arte Moderna de São Paulo

Endereço: Parque Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – acesso pelos portões 1 e 3)

Horários: terça a domingo, das 10h às 18h (com a última entrada às 17h30)

Ingressos: R$30,00 inteira e R$15,00 meia-entrada. Aos domingos, a entrada é gratuita e o visitante pode contribuir com o valor que quiser. Para ingressos antecipados, acesse mam.org.br/visite.

*Meia-entrada para estudantes, com identificação; jovens de baixa renda e idosos (+60). Gratuidade para crianças menores de 10 anos; pessoas com deficiência e acompanhante; professores e diretores da rede pública estadual e municipal de São Paulo, com identificação; amigos e alunos do MAM; funcionários das empresas parceiras e museus; membros do ICOM, AICA e ABCA, com identificação; funcionários da SPTuris e funcionários da Secretaria Municipal de Cultura.

Telefone: (11) 5085-1300

Acesso para pessoas com deficiência

Restaurante/café

Ar-condicionado

Mais informações:

MAM São Paulo

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www.youtube.com/@mamsaopaulo/

https://twitter.com/mamsaopaulo.

(Fonte: A4&Holofote Comunicação)

Degradação da Mata Atlântica pela agricultura chega a 93% em áreas do norte e noroeste do estado do RJ

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Agricultura é uma das principais causas de degradação da Mata Atlântica no estado do RJ; na foto, lavoura de soja no norte fluminense. Foto: Carina Rufino/Embrapa.

A perda da cobertura vegetal na Mata Atlântica no norte e noroeste do estado do Rio de Janeiro (RJ), ao longo de 35 anos, criou áreas isoladas de floresta que põem em risco a biodiversidade local. A área mais degradada teve uma redução de 93% de sua cobertura original até 1985, afetada, principalmente, pela agricultura e a pastagem. É o que aponta estudo da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF) e da Universidade Federal Fluminense (UFF) publicado nesta segunda (22) na revista científica “Ambiente & Sociedade”.

A pesquisa examinou dados sobre a vegetação original e as transformações ocorridas entre 1985 e 2020 nas regiões norte e noroeste da Mata Atlântica fluminense. Os pesquisadores identificaram diferentes tipos de formações florestais da região a partir de categorias do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisaram as tendências de ganho e perda de cobertura florestal e suas possíveis causas ao longo do tempo.

A análise revelou que a Mata Atlântica traz um histórico de degradação em toda a área estudada, com a cobertura florestal reduzida para 13,16% da área original até 1985. Um dos principais impactos dessa diminuição é a fragmentação da floresta, ou seja, a sua divisão em pequenas áreas verdes isoladas, segundo explica Patrícia Marques, pesquisadora da UENF.

“Em uma floresta fragmentada, muitos animais ficam impossibilitados de transitar por áreas abertas. Até mesmo a dispersão de plantas é afetada, pois muitas delas dependem de animais para levar suas sementes para outras áreas”, observa. A pesquisadora ressalta, ainda, que a fragmentação pode causar alterações climáticas e eventos de extinção local, especialmente para espécies com distribuição restrita.

Embora a perda de vegetação afete toda a área estudada, o trabalho sugere que ela não é uniforme. A Floresta Estacional Semidecidual de Baixada foi a região mais afetada pelas mudanças no uso da terra, com redução de 93% de sua cobertura vegetal até 1985 e mantendo apenas 3% de sua vegetação original em 2020. Segundo o artigo, esse tipo de formação é dominado por áreas de regeneração efêmera – onde o processo de renovação natural começa, mas é interrompido por ciclos subsequentes de desmatamento.

A fisionomia florestal Floresta Ombrófila Densa Alto Montana foi o menos afetado pelas mudanças até 2020, com 88% de sua cobertura original remanescente. No entanto, Marques alerta que esse cenário pode estar prestes a mudar. “Mais recentemente, a perda de floresta nestas áreas está se intensificando devido ao crescimento urbano”. Ela também destaca que a ocupação irregular de encostas e topos de morros na região, associada aos deslizamentos de terra provocados pelas fortes chuvas, tem colaborado para perdas de vegetação, além de bens materiais e vidas humanas.

Segundo dados oficiais, o Rio de Janeiro é um dos estados com maior cobertura percentual relativa de Mata Atlântica. Os remanescentes da floresta cobriam 29,9% do seu território em 2018. Atualmente, menos de 8% da vegetação do noroeste e norte do estado está em áreas incluídas em alguma categoria de proteção prevista pela legislação. No entanto, mesmo nesses locais, o estudo identificou uma perda de 16% da vegetação em 35 anos.

De acordo com o artigo, é crucial estabelecer políticas públicas para proteger a vegetação que resta e recuperar a que foi perdida. “Isso envolve proteger os remanescentes de floresta primária por meio de unidades de conservação, incentivar a regeneração em áreas de floresta secundária e promover a restauração de áreas degradadas”, conclui Marques.

(Fonte: Agência Bori)

Proteção de povos indígenas envolve incluí-los nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

São Paulo, por Kleber Patricio

Encontro de lideranças indígenas com membros do governo em 26/3/2024. Foto: Ricardo Stuckert/PR/Agência Brasil.

Por Juliana de Oliveira Vincentini — O Dia dos Povos Indígenas é comemorado anualmente em 19 de abril. Essa referência surgiu como um dos desdobramentos do Congresso Indigenista Interamericano, que ocorreu no México no ano de 1940. No Brasil, a data foi instituída pelo Decreto-Lei nº 5.540 de 02 de junho de 1943. Esse marco no calendário não deve simbolizar uma comemoração, apenas. Além de celebrar a resistência, o conhecimento e o papel que os indígenas possuem na preservação ambiental, é preciso aproveitar a oportunidade para discutir a inclusão desses povos nas agendas socioambientais.

Em 2015, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que devem ser cumpridos até 2030. A agenda é composta por 17 objetivos e 169 metas que contemplam as dimensões econômica, social e ambiental rumo a uma sociedade justa e sustentável.

Os ODS baseiam-se na inclusão, direitos humanos, igualdade, responsabilidade e participação. No entanto, seus objetivos e metas não consideram especificidades culturais. No atual formato, a agenda da ONU é majoritariamente direcionada para a população em geral e negligencia alguns povos.

Os indígenas necessitam de objetivos e metas nos ODS que contemplem suas particularidades. Isso se justifica pelo fato de possuírem modos de vida próprios, necessidades específicas, de residirem em territórios carentes de infraestrutura e de contribuírem para a sustentabilidade de maneira singular.

Há quatro menções explícitas aos indígenas nos objetivos e metas dos ODS. Eles são referidos no Objetivo 2 (Fome Zero e Agricultura Sustentável), relacionado a produtividade agrícola, e no Objetivo 4 (Educação de Qualidade), referente à igualdade de acesso a todos os níveis de educação.

Muitos ODS são relevantes para os indígenas, mas esse tímido direcionamento na agenda da ONU pouco contribui para a visibilidade desses povos. Simultaneamente, isso traz à tona diversas lacunas que historicamente não têm sido preenchidas, como é o caso daquelas de cunho fundiário.

Para atingir o ODS 1 (Erradicação da Pobreza) e o ODS 2 (Fome Zero), o direito coletivo à terra e aos recursos naturais a partir de demarcação é essencial. A ausência desse direito tem facilitado a invasão e exploração ilegal de territórios e tem comprometido a produção de alimentos. Isso resulta em crises sanitárias, movimentos migratórios e, até mesmo, na dizimação desses povos.

A demarcação de terras indígenas traz benefícios coletivos. Isso porque esses povos são considerados como agentes essenciais de preservação ambiental e mitigação de mudanças climáticas. Portanto, políticas públicas a esse respeito contribuem para atingir o ODS 13 (Ação Contra a Mudança Global do Clima).

Nos últimos anos, a ONU tem coordenado muitas reuniões sobre os ODS. Seria relevante que as metas e objetivos fossem repensados para contemplar de maneira mais incisiva ações direcionadas para os povos indígenas, a fim de lhes garantir direitos humanos efetivos e qualidade de vida.

Sobre a autora | Juliana de Oliveira Vincentini é pós-doutoranda do Programa USPSusten da Universidade de São Paulo (USP).

(Fonte: Agência Bori)

Brasil é País Convidado de Honra na 36ª Edição da Feira Internacional do Livro de Bogotá

Bogotá, por Kleber Patricio

Reprodução 3D de área temática do Pavilhão Brasil.

O Brasil é o País Convidado de Honra da 36ª edição da Feira Internacional do Livro de Bogotá (FILBo), que vai até 2 de maio deste ano. Com um Pavilhão dedicado de 3.600m², o espaço foi desenvolvido pelas agências Farm House of Creativity e Prado. O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, inaugurou oficialmente o Pavilhão ao lado do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, marcando o início das festividades e do intercâmbio cultural entre os dois países. A iniciativa está sendo realizada pelo Instituto Guimarães Rosa, integrante do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, em coordenação com o Ministério da Cultura, e conta com os patrocínios de Banco do Brasil, Petrobras, Correios, Caixa, copatrocínio do Bndes, apoios da Apex Brasil e Câmara Brasileira do Livro (CBL).

As participações dos presidentes e a presença de diversos ministros brasileiros reforçaram a importância deste evento para as relações culturais e comerciais entre o Brasil e a Colômbia. O Pavilhão Brasileiro na FILBo oferece uma imersão nos diversos biomas do Brasil e celebra sua rica diversidade cultural, com especial destaque para a Amazônia, que também é parte do território colombiano. O espaço conta com exposições variadas, homenagens a escritores contemporâneos brasileiros, exibições de conteúdo audiovisual e uma série de oficinas.

De acordo com o Ministro Marco Antonio Nakata, diretor do Instituto Guimarães Rosa do Ministério das Relações Exteriores, “é uma grande oportunidade para o Brasil ser novamente convidado de honra da FILBo, uma vez que esse reiterado reconhecimento destaca a relevância da literatura brasileira no contexto sul-americano. Essa homenagem, que acontece um mês depois de o Brasil ser convidado de honra da Feira Internacional do Livro de Havana e três meses antes de o Brasil ser o país homenageado na Feira Internacional do Livro de La Paz, expressa o crescente interesse e reconhecimento internacional pela riqueza e pela diversidade da cultura e literatura brasileiras”. Ainda segundo Nakata, “As sucessivas homenagens em Feiras Literárias refletem uma estratégia da diplomacia cultural do Brasil de buscar fortalecer laços culturais e políticos com outras nações, especialmente na América Latina”.

Reprodução 3D de área temática do Pavilhão Brasil.

A presença do Brasil como País Convidado de Honra busca apresentar a diversidade de gêneros, regiões do país, etnias e raças que moldam a riqueza da literatura brasileira contemporânea. Ampliando a visibilidade sobretudo de autores negros, indígenas, mulheres no contexto latino-americano. A FILBo serve como uma plataforma para o Brasil fortalecer laços culturais e comerciais com a América Latina, fomentando o intercâmbio e a cooperação entre os agentes dos setores editorial e literário da região. A expectativa é que o Pavilhão Brasileiro, um dos mais visitados da feira, atraia cerca de 50.000 pessoas por dia, contribuindo significativamente para o total de mais de 600.000 visitantes esperados durante o evento.

Participação de autores e programação literária espelham diversidade do Brasil

A delegação brasileira inclui aproximadamente 25 autores representando uma variedade de gêneros, incluindo romances, não-ficção, quadrinhos e literatura infanto-juvenil. Entre os destaques, estão Ailton Krenak, Luciany Aparecida, Marcello Quintanilha, Eliane Potiguara, Bernardo Carvalho, Daiara Tukano e Jefferson Costa. Os autores participarão ativamente de debates e sessões culturais que exploram a relevância da literatura brasileira no cenário internacional, com ênfase especial em sua interação com a temática da feira deste ano: ‘Leia a Natureza’. As informações completas, contemplando todos os escritores participantes e programação do Pavilhão Brasileiro, estão disponíveis no site da FILBo.

Pavilhão leva os biomas brasileiros à Colômbia e apresenta programação que reflete a diversidade cultural do país

O Pavilhão Brasileiro na 36ª edição da Feira Internacional do Livro de Bogotá é uma verdadeira celebração dos diversos e ricos biomas do Brasil. O design do espaço foi cuidadosamente planejado para refletir a complexidade e a beleza de cada bioma brasileiro, utilizando materiais sustentáveis e técnicas de design inovadoras.

Na entrada principal, a área dedicada à Amazônia é o centro do Pavilhão, destacando a importância deste vasto bioma que o Brasil compartilha com a Colômbia. Esta seção utiliza projeções audiovisuais para recriar a densidade e a biodiversidade da floresta, completas com sons ambientes reais. Uma instalação de realidade aumentada permite aos visitantes interagir com a fauna e a flora locais, proporcionando uma experiência rica e educativa.

Reprodução 3D de área temática do Pavilhão Brasil.

O Cerrado é representado através de elementos visuais e texturais que simulam suas vastas savanas e chapadas. Exposições fotográficas e painéis informativos nesta área destacam a flora e fauna únicas do bioma, além de discutir questões de conservação pertinentes. Já para o Pantanal, o espaço apresenta uma área que se concentra tanto no ecossistema aquático quanto no terrestre, com grandes telas que exibem a vida selvagem e as paisagens inundadas característica deste bioma. Uma maquete interativa demonstra como a água regula a vida no Pantanal ao longo das estações, oferecendo insights sobre este ecossistema único.

A Mata Atlântica é densamente decorada com réplicas de árvores e plantas típicas onde os visitantes podem aprender sobre a biodiversidade e os desafios de conservação deste bioma. Oficinas educativas sobre a utilização sustentável dos recursos da Mata Atlântica são oferecidas para engajar os visitantes de maneira prática e informativa, enquanto o Pampa é retratado com um layout que imita os campos abertos do sul do Brasil, incluindo instalações artísticas que representam a vida rural e a cultura gaúcha, complementadas por apresentações ao vivo de música tradicional e dança.

Finalmente, a Caatinga, o único bioma exclusivamente brasileiro, é representada em uma área que utiliza cores terrosas e vegetação resistente para ilustrar a adaptabilidade da vida em condições áridas. Esta seção destaca as estratégias de sobrevivência das espécies que habitam este ambiente severo, proporcionando uma compreensão aprofundada das adaptações necessárias para a vida na Caatinga.

O Pavilhão também conta com exposições de arte com obras de artistas brasileiros que utilizam materiais naturais e técnicas que refletem a consciência ambiental. Além disso, há uma programação de palestras e debates que reúnem autores, cientistas e ambientalistas para discutir a intersecção entre cultura, literatura e preservação ambiental, oficinas de histórias em quadrinhos complementadas por uma variedade de outras oficinas culturais que vão desde literatura até samba e capoeira, proporcionando uma rica experiência cultural brasileira.

Evento reflete compromisso do Brasil na promoção da consciência ambiental e social no sul global

A presença do Brasil como país convidado de honra reflete, portanto, seu compromisso com a promoção da literatura e cultura brasileira no exterior. A participação não apenas eleva o perfil internacional dos autores brasileiros, mas também reforça a percepção do Brasil como um centro vibrante de criatividade e diversidade cultural.

O tema do evento, ‘Leia a Natureza’, é incorporado na presença brasileira por meio de painéis e debates focados na conscientização ambiental e na importância da cultura na promoção da sustentabilidade. Além disso, a feira é uma oportunidade para discutir a importância da literatura e da cultura brasileiras na promoção da consciência ambiental e social no sul global.

As informações completas e programação do Pavilhão Brasileiro estão disponíveis no site da FILBo.

(Fonte: Lupa Comunicação)

Museu do Ipiranga atinge a marca de 1 milhão de visitantes

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Antonino Visalli/Unsplash.

Nos dias 20 e 21 de abril (sábado e domingo), o Museu do Ipiranga comemora uma marca muito especial: o número de 1 milhão de visitantes desde que retomou as atividades, em 7 de setembro de 2022, após o período de restauro e ampliação.

A marca será celebrada com a distribuição de buttons desenvolvidos exclusivamente para a data, com a frase ‘Um milhão de visitantes, um milhão de histórias’. Haverá também a realização, às 14h, no Auditório do Museu, da Mostra Contrapontos, que traz produções audiovisuais incluídas nas exposições de longa duração abertas na reinauguração do edifício-monumento, trazendo produções audiovisuais sobre resistências de povos indígenas, populações negras e diferentes grupos sociais, como pessoas com deficiência e populações LGBTQIA +. Os vídeos já são exibidos em exposições de longa duração no museu. A participação no evento é gratuita.

1 milhão de visitantes, 1 milhão de histórias

De setembro de 2022 até agora, a instituição recebeu em média 2 mil pessoas por dia, entre brasileiros e estrangeiros. Além deles, visitaram o Museu gratuitamente 500 grupos de alunos da rede pública de ensino e outros 90 de pessoas em situação de vulnerabilidade social agendadas por meio de ONGs. Com o restauro, o Museu do Ipiranga surgiu remodelado não só visual, mas também conceitualmente, reforçando sua vocação universitária com a participação de docentes da USP em seu quadro administrativo e curatorial.

Foto: Diego Carneiro/Unsplash.

A readequação do edifício-monumento em termos de sustentabilidade aproveitou recursos arquitetônicos para oferecer naturalmente luz e ventilação e, quanto à acessibilidade, promoveu a instalação de elevadores, plataformas e piso tátil, sem falar dos recursos táteis, sonoros e até olfativos inseridos organicamente nas exposições para serem fruídos igualmente por pessoas com ou sem deficiência, que também são atendidas em grupo de forma especializada.

Mas as modificações mais fundamentais nem sempre são visíveis a olho nu, da mesma forma que muitos dos visitantes ainda acreditam que o prédio histórico foi a residência de D. Pedro I ou de algum outro membro da Corte: na verdade, o edifício foi inaugurado 73 anos depois da Independência do Brasil, em 1895, então apenas como um Monumento àquela data histórica.

Só em 1922, na comemoração do Centenário da Independência, o Museu do Ipiranga ganhou a configuração que se manteve durante décadas até sofrer ajustes com a reforma entre os anos de 2013 e 2022. O responsável pelo projeto foi o engenheiro e historiador Afonso Taunay, que redecorou os dois primeiros andares com as estátuas e pinturas de bandeirantes, encomendou a maquete do Centro de São Paulo, reformou o Jardim abaixo da esplanada da entrada e consolidou a narrativa que situava a Independência indelevelmente às margens do Rio Ipiranga.

Mas para contextualizar essa controversa visão histórica, a primeira das 11 exposições de longa duração, ‘Uma História do Brasil’, se vale dos totens audiovisuais e acessíveis, dos textos de parede e de audioguia (são três percursos diferentes, disponíveis na bilheteria e também no site do Museu) para mostrar como a História é formada por uma interpretação dos fatos que vai sendo reanalisada de acordo com os novos contextos da atualidade. Por exemplo, parecia muito natural em 1922 pensar que a cultura eurocêntrica e a colonização foram responsáveis pela construção do país. Mas hoje, com uma nova observação das tecnologias dos povos originários e do papel dos povos escravizados, essa visão ainda faz sentido? É o Museu questionando a si mesmo e às diferentes concepções históricas e evidenciando o próprio processo constitutivo da História como disciplina.

Foto: Diego Carneiro/Unsplash.

A partir disso, várias outras exposições de longa duração exploram o papel do cidadão comum na construção e no cotidiano do país, como ‘Mundos do Trabalho’, que apresenta as diversas categorias profissionais que possibilitaram o desenvolvimento do país e a construção de uma cidade como São Paulo por meio de objetos, pinturas e recursos de acessibilidade, sem contar a coleção particular de Santos Dumont, com os instrumentos que o inventor usava também para trabalhos escultóricos e de marcenaria, como a enorme moldura de espelho entalhada por ele.

Em ‘Casas e Coisas’, objetos, roupas, acessórios e equipamentos mostram e questionam a configuração dos gêneros no começo do século 20, constituindo um importante documento das mudanças conquistadas por mulheres na atualidade, além de colocar em perspectiva questões de classe a partir das moradias e seus utensílios.

Esses e outros debates atuais estão presentes em todas as mostras de longa duração: ‘Passados Imaginados’, ‘Para Entender o Museu’, ‘Territórios em Disputa’, ‘Ciclo Curatorial – Coletar’, ‘Ciclo Curatorial – Catalogar’, ‘Ciclo Curatorial – Conservar’, ‘Ciclo Curatorial – Comunicar’ e ‘A Cidade Vista de Cima’. O novo espaço expositivo abrange todas as áreas do Edifício-Monumento, incluindo espaços antes inacessíveis ao público e outros completamente novos. Dessa forma, a área de exposições triplicou, passando de 12 para 49 salas expositivas.

O Museu é hoje um espaço de pensamento e reflexão, mas também de fruição e entretenimento. Para quem gosta de moda, design e arquitetura, observar as vitrines expositivas e flanar pelo prédio totalmente restaurado são atrações por si só. E a última das exposições de longa duração, ‘A Cidade Vista de Cima’, oferece um atrativo especial: a vista em 360º do alto do Museu num mirante construído depois da reforma que permite ver em sua totalidade o Jardim e o Parque da Independência, os bairros do entorno e até pontos emblemáticos, como a Torre Santander e a Serra da Cantareira demarcando no horizonte os limites de São Paulo.

Foto: Amanda Ferreira/Unsplash.

As enormes vigas de madeira do telhado original podem ser vistas tanto de cima, no piso C, quanto de baixo, no piso B, onde também é possível encontrar peças de pedra entalhada que remontam ao período próximo à descoberta do Brasil, como o frontão de pedra de uma igreja de São Vicente datado de 1554, além de observar a estrutura da parede de pau a pique tornada visível pela aplicação de um vidro sobre ela. Com a abertura dos pisos superiores para visitação, as janelas redondas originais da parte posterior do prédio permitem uma vista privilegiada do bosque de trás do Museu, servindo como moldura para fotos e selfies.

A maquete da cidade de São Paulo antiga, remontando à conformação ainda colonial da cidade, é um atrativo à parte, com a sessão de vídeo explicativa que usa recursos de videomapping para a melhor visualização do espectador.

Seja para pensar a História e o presente, seja para refletir sobre o papel dos cidadãos comuns ou apenas para percorrer a beleza histórica do edifício com sua arquitetura imponente, não foi à toa que o Museu do Ipiranga recebeu 1 milhão de visitantes desde setembro de 2022. E com sua nova configuração, está pronto para repetir esse feito muitas e muitas vezes ao longo dos anos – e da História.

Serviço:

1 milhão de visitantes no Museu do Ipiranga

20 e 21 de abril (sábado e domingo)

Distribuição de buttons comemorativos

Realização da Mostra Contrapontos no Auditório

Museu do Ipiranga

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Rua dos Patriotas, nº 20

Como chegar:

Transporte público: de metrô, há duas estações próximas ao Museu, ambas da linha 2, verde: Alto do Ipiranga (30 minutos de caminhada) e Santos-Imigrantes (25 minutos a pé). A linha 710 da CPTM tem uma parada no Ipiranga (20 minutos de caminhada).

Principais linhas de ônibus: 4113-10 (Gentil de Moura – Pça da República), 4706-10 (Jd. Maria Estela – Metrô Vila Mariana), 478P-10 (Sacomã – Pompéia), 476G-10 (Ibirapuera – Jd.Elba), 5705-10 (Terminal Sacomã – metrô Vergueiro), 314J-10 (Pça Almeida Junior – Pq. Sta Madalena), 218 (São Bernardo do Campo – São Paulo).

Pessoas com deficiência em transporte individual: na entrada da rua Xavier de Almeida, nº 1, há vagas rotativas (zona azul) em 90°. Para quem usa bicicleta, foram instalados paraciclos na área do jardim.

Para quem usa bicicleta, há paraciclos próximos aos portões da R. Xavier de Almeida e R. dos Patriotas.

Museu do Ipiranga – USP

O Museu do Ipiranga é sede do Museu Paulista da Universidade de São Paulo, e seguiu em atividade com eventos, cursos, palestras e oficinas em diversos espaços da cidade. As obras de restauro, ampliação e modernização do Museu são financiadas via Lei Federal de Incentivo à Cultura. A gestão do Projeto Novo Museu do Ipiranga é feita de forma compartilhada pelo Comitê Gestor Museu do Ipiranga 2022, pela direção do Museu Paulista e pela Fundação de Apoio à USP (FUSP).

O edifício, tombado pelo patrimônio histórico municipal, estadual e federal, foi construído entre 1885 e 1890 e está situado dentro do complexo do Parque Independência. Concebido originalmente como um monumento à Independência, tornou-se em 1895 a sede do Museu do Estado, criado dois anos antes, sendo o museu público mais antigo de São Paulo e um dos mais antigos do país. Está, desde 1963, sob a administração da USP, atendendo às funções de ensino, pesquisa e extensão, pilares de atuação da Universidade.

As obras do Novo Museu do Ipiranga foram financiadas via Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Patrocinadores e parceiros – Mantenedor: EDP, Shell, Vale, Patrocinador Master: Itaú, Parceiro Gold: Comgas, EMS, Sabesp e Santander, Patrocínio Silver: Caterpillar, Apoio: BNDES e Fundação BB, Empresas parceiras: Dimensional, Nortel, PWC e Too seguros, Parceria de mídia: Estadão, Revista Piauí e Uol.

(Fonte: Conteúdo Comunicação)