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Brasil
O ano de 2024 marca as celebrações dos 70 anos da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp, além dos 30 anos de atividades do Coro da Osesp e dos 25 anos da Sala São Paulo – a casa da Osesp, dos Coros e de seus Programas Educacionais, inaugurada em 1999 no edifício onde antes funcionava a Estrada de Ferro Sorocabana. E, entre quinta (18/abr) e domingo (21/abr), a Osesp e os Coros Acadêmico, Juvenil e Infantil apresentam na Sala São Paulo mais uma edição de um projeto que é digno de tapete vermelho – além de muito divertido. Em Sinfonia de Anime, os músicos irão interpretar composições feitas para animações japonesas clássicas como ‘A Viagem de Chihiro’, ‘Meu Amigo Totoro’, ‘Dragon Ball’, ‘Pokémon’, ‘Naruto’, ‘Cavaleiros do Zodíaco’, ‘InuYasha’, ‘Sailor Moon’, ‘Demon Slayer’ e ‘Fullmetal Alchemist’, entre outras.
Os concertos desta série, que acontece desde 2021, terão mais uma vez regência de Wagner Polistchuk, que também é Trombone Solista da Osesp, e participação do cantor Ricardo Cruz. A apresentação ficará a cargo da youtuber e psicóloga Lisa Guerra, que, entre as peças, contará um pouco da história dos animes e seus entrelaces com a música. Os ingressos para as quatro apresentações já estão esgotados, mas a performance de sexta-feira (19/abr), às 20h30, será transmitida ao vivo no canal da Osesp no YouTube (exibição única).
Sobre o programa
Em 2005, dentro de um velho projetor em Quioto, descobriram o fragmento do que muitos acreditam ser o primeiro filme de animação japonês — são três segundos que mostram um menino tirando seu chapéu vermelho e fazendo uma saudação com a cabeça, criados em algum momento do início do século XX. O tempo passou, a técnica evoluiu, a relação com os mangás seguiu estreita e, no início dos anos 1960, surgiu o gênero que hoje conhecemos como animes (um dos primeiros foi ‘Astro Boy’, do lendário estúdio Mushi Productions). Os filmes com personagens de olhos grandes são parte essencial da cultura da Terra do Sol Nascente e adorados ao redor do mundo.
Em 2024, será feito um tributo ao gênero no programa Sinfonia de Anime. No palco da Sala São Paulo, serão tocadas as músicas que embalaram a busca pelas esferas do dragão em ‘Dragon Ball’; as aventuras de AshKetchum e Pikachu em ‘Pokémon’ e a procura mágica de Sakura na captura de suas cartas clow. A música criada para ‘Naruto’, ‘Cavaleiros do Zodíaco’, ‘One Piece’ e ‘Shingeki no Kyojin’ também estarão no programa, que traz ainda uma sequência apaixonante de temas originais escritos pelo compositor, regente e pianista Joe Hisaishi, que já escreveu mais de 100 trilhas para o cinema. São deles as músicas que ouvimos em ‘Meu Amigo Totoro’, ‘O Castelo Animado’ e ‘Ponyo’.
Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp
A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp é um dos grupos sinfônicos mais expressivos da América Latina. Com 13 turnês internacionais e quatro turnês nacionais realizadas, mais de uma centena de álbuns gravados e uma média de 120 apresentações por temporada, a Osesp vem alterando a paisagem musical do país e pavimentando uma sólida trajetória dentro e fora do Brasil, obtendo o reconhecimento de revistas especializadas como Gramophone e Diapason, e relevantes prêmios, como o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Clássica de 2007. A Orquestra se destacou ao participar de três dos mais importantes festivais de verão europeus, em 2016, ao se tornar a primeira orquestra profissional latino-americana a se apresentar em turnê pela China, em 2019, e ao estrear em 2022, no Carnegie Hall, em Nova York, apresentando um concerto na série oficial de assinatura da casa e o elogiado espetáculo ‘Floresta Villa-Lobos’. Desde 2020, Thierry Fischer ocupa os cargos de Diretor Musical e Regente Titular, antes ocupados por Marin Alsop (2012-19), Yan Pascal Tortelier (2010-11), John Neschling (1997-2009), Eleazar de Carvalho (1973-96), Bruno Roccella (1963-67) e Souza Lima (1953). Mais que uma orquestra, a Osesp é também uma iniciativa cultural original e tentacular que abrange diversos corpos artísticos e projetos sociais e de formação, como os Coros Sinfônico, Juvenil e Infantil, a Academia de Música, o Selo Digital, a Editora da Osesp e o Descubra a Orquestra. Fundada oficialmente em 1954, a Orquestra passou por radical reestruturação entre 1997 e 1999 e, desde 2005, é gerida pela Fundação Osesp.
Coro Acadêmico da Osesp | Criado em 2013 com o objetivo de formar profissionalmente jovens cantores, o Coro Acadêmico da Osesp é composto pelos alunos da Classe de Canto da Academia de Música da Osesp sob direção do maestro Marcos Thadeu. Oferece experiência de prática coral, conhecimento de repertório sinfônico para coro e orientação em técnica vocal, prosódia e dicção, além da vivência no cotidiano de um coro profissional, fazendo apresentações regulares junto ao Coro da Osesp. Em 2021, a Classe foi reconhecida pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo como Curso Técnico Profissionalizante em Canto. Os alunos que concluem a formação passam então a receber um Certificado Técnico Profissionalizante, válido em todo o território nacional.
Coro Juvenil da Osesp | Depois dos Coros Sinfônico, de Câmara e Infantil, foi formado em 2004 o Coro Juvenil da Osesp, com o objetivo de atender a jovens que não mais se enquadram em grupos infantis. Os 43 integrantes do Coro Juvenil, meninos com idade de 13 a 20 anos e meninas de 14 a 20 anos, seguem seus estudos de musicalização, solfejo e percepção musical, além de terem contato com outros idiomas. Nessas práticas, são trabalhados repertórios mais complexos e ecléticos, que são apresentados na Sala São Paulo e em eventos especiais ao longo do ano. O grupo tem regência de Marcos Thadeu.
Coro Infantil da Osesp | O Coro Infantil da Osesp, que estreou em novembro de 2000, é formado por meninas de sete a 13 anos e por meninos de sete a 12 anos. Qualquer criança, mesmo sem formação musical anterior, pode ingressar no Coro. Além da oportunidade de se apresentarem ao lado da Osesp na Sala São Paulo, as crianças, sob orientação e regência de Erika Muniz, recebem aulas de solfejo, percepção musical e técnica vocal. Durante essas aulas, são trabalhados repertórios mais complexos e ecléticos, apresentados na Sala São Paulo e em eventos especiais ao longo do ano.
Wagner Polistchuk | Wagner Polistchuk é trombone solista da Osesp, onde também atua como professor de trombone e regência de sua Academia de Música. Atual regente da Orquestra Experimental de Repertório, já esteve à frente da Sinfônica Municipal de São Paulo, da Filarmônica de Mendonza, na Argentina, da Sinfônica Nacional do Peru (OSN) e da Hermitage, na Suíça. Foi diretor artístico da tradicional Camerata Antiqua de Curitiba, entre 2009 e 2011, grupo com a qual gravou ‘Versos Brasileiros’ [2007], e regente principal da Sinfônica da USP (Osusp), de 2012 a 2014, à frente da qual lançou Carlos Gomes, Villa-Lobos, Omar Fontana, Guarnieri, Guerra-Peixe (Independente, 2013) e Pitombeira, Rachmaninoff e Strauss. Em 1998, obteve o 2º lugar no 5º Concurso Latino-Americano de Regência Orquestral da Osusp. Em 2002, foi premiado no Concurso Internacional de Regência Prix Credit Suisse, na Suíça e no Concurso Nacional Eleazar de Carvalho para Jovens Regentes.
Lisa Guerra | Apresentadora e psicóloga apaixonada pelo mundo geek, Lisa tem sido uma voz influente desde 2020. Ela cria conteúdos dedicados a promover o diálogo sobre saúde mental e ciência de forma acessível e inspiradora para o público jovem por meio de análises de animes, games e da cultura pop em geral. Ela está presente nas principais plataformas digitais — YouTube, Instagram e TikTok – somando uma comunidade de quase meio milhão de pessoas.
Ricardo Cruz | Cantor e compositor de temas de animes, jogos de videogame e séries de super-heróis do Japão (conhecido como anime songs), Ricardo é, desde 2005, o único estrangeiro do supergrupo japonês JAM Project, celebrada banda desse gênero musical. Em 2019, com o conjunto, compôs e interpretou a canção original ‘Uncrowned Greatest Hero’, tema da segunda temporada de ‘One Punch Man’, lançada mundialmente pela Netflix. Em 2020, como parte de sua carreira solo, lançou o projeto ‘Invasion Zone’, homenageando a ficção científica retrô e suas demais influências musicais, que passeiam pelo pop dos anos 1980, eletrônico e synth pop. Gravou versões oficiais em português para temas conhecidos de muitos desenhos japoneses, como Cavaleiros do Zodíaco, Hunter x Hunter e Dragon Ball Super.
A Sinfonia de Anime tem o copatrocínio do Bradesco e o apoio de Almaviva do Brasil por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Fundação Osesp, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, Ministério da Cultura e Governo Federal – União e Reconstrução.
PROGRAMA
SINFONIA DE ANIME, COM OSESP E COROS
OSESP
CORO ACADÊMICO DA OSESP
CORO JUVENIL DA OSESP
CORO INFANTIL DA OSESP
WAGNER POLISTCHUK REGENTE
RICARDO CRUZ CANTOR
LISA GUERRA NARRADORA
HINOROBU KAGEYAMA | Dragonball – Medley [1986]
JOHN SIEGLER E JOHN LOEFFLER | Pokémon – Gotta Catch [1998]
AYUMI MIYAZAKI | Digimon – Brave Heart [1999]
JOE HISAISHI | Howl’s Moving Castle [2004]
MICHIO MAMIYA | Grave of Fireflies [1988]
JOE HISAISHI
My Neighbor Totoro [1988]
Spirited Away [2001]
Ponyo on the Cliff by the Sea [2008]
TOSHIYUKI OMORI | Neon Genesis Evangelion [1995]
IKIMONO GAKARI | Naruto Shippuden [2007]
KOHEI TANAKA/SHOKO FUJIBAYASHI | One Piece – We Are [1999]
HIROAKI MATSUZAWA | Cavaleiros do Zodíaco – Pegasus Fantasy [1986]
KAORU WADA
Inuyasha – Lullaby [2001]
Inuyasha – Hanyou [2001]
RADWIMPS | Your Name – Sparkle [2016]
KOHMI HIROSE | Sakura Card Captors – Catch you, catch me [1998]
TAKANORI ARISAWA | Sailor Moon – Abertura [1992]
SID | Fullmetal Alchemist Brotherhood [2003]
YOSHIHISA HIRANO | Hunter X Hunter – Kingdom of Predators
HIDEKI TANIUCHI | Death Note – Kyrie [2006]
YOSHIHISA HIRANO | Death Note – L no Theme [2006]
SHIRO SAGISU | Bleach – Incantation Part C & D
GO SHIINA / YUKI KAJIURA | Demon Slayer – Kimetsu no Yaiba
MAKOTO MIYAZAKI | Seigi Shikkou – One Punch-Man Theme [2015]
LINKED HORIZON / HIROYUKI SAWANO
Attack on Titan – Intro and Vogel im Käfig [2013]
Attack on Titan – Shinzou wo Sasageyo [2013].
Serviço:
18 de abril, quinta-feira, às 20h30
19 de abril, sexta-feira, às 20h30 (Concerto Digital)
20 de abril, sábado, às 16h30
21 de abril, domingo, às 18h00
Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16
Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares
Recomendação etária: 7 anos
Ingressos: Entre R$39,60 e R$100,00 (valores inteiros) – Esgotados
Bilheteria (INTI): neste link
(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h
Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners
Estacionamento: R$28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para pessoas com deficiência; 33 para idosos
*Estudantes, pessoas acima dos 60 anos, jovens pertencentes a famílias de baixa renda com idade de 15 a 29 anos, pessoas com deficiências e um acompanhante e servidores da educação (servidores do quadro de apoio – funcionários da secretaria e operacionais – e especialistas da Educação – coordenadores pedagógicos, diretores e supervisores – da rede pública, estadual e municipal) têm desconto de 50% nos ingressos para os concertos da Temporada Osesp na Sala São Paulo, mediante comprovação.
A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.
(Fonte: Fundação Osesp)
O Foyer do Sesi Sorocaba exibirá a mostra fotográfica ‘Cartunistas’ de 26 de abril a 29 de setembro de 2024, de quarta a sexta-feira, das 14h às 19h; sábado e domingo, das 10h às 19h.
A exposição é um projeto inédito composto por retratos de 120 desenhistas da área do humor gráfico retratados pelo fotógrafo Paulo Vitale em que cada foto pode ser considerada um cartum, refletindo características e estilo dos retratados. Só assim para traduzir em retratos o humor que esses desenhistas produzem no cérebro das pessoas com temas políticos, sociais e sobre a própria existência humana. Dentre os retratados, estão Mauricio de Sousa, Ziraldo, Paulo Caruso, Jaguar, Angeli e Laerte, entre outros.
Ao olhar o ensaio como um todo, a curadoria de Eder Chiodetto adotou o caminho de equacionar o espaço expositivo proposto para que ele pudesse receber a totalidade dos retratos realizados pelo fotógrafo. Como a grande maioria dos(as) cartunistas olhavam diretamente para a lente do fotógrafo, agora, na exposição, o fotógrafo desaparece e cada retratado estará olhando nos olhos de cada espectador, criando uma conexão mais enfática entre público e cartunistas.
Paulo Vitale é fotógrafo, diretor de cena e autor. Cursou História, na Universidade de São Paulo (USP) e fotografia no International Center of Photography, de Nova York. Percorreu mais de 50 países fazendo trabalhos editoriais, publicitários e autorais. Tem mais de 100 capas publicadas nas principais revistas brasileiras. Foi fotógrafo e editor de fotografia do Jornal O Estado de S. Paulo. Editor de fotografia das revistas Veja e Época e correspondente da Agência Estado em Nova York. Paulo já retratou grandes personalidades, como Nelson Mandela, Oscar Niemeyer, Caetano Veloso, Mark Zuckerberg e Pelé.
Eder Chiodetto é curador de fotografia independente, autor, publisher da editora de fotolivros Fotô Editorial e diretor do centro de estudos Ateliê Fotô. Foi curador de fotografia do MAM-SP entre 2005 e 2021 e mentor do programa Arte na Fotografia, no canal Arte1. Como curador, já realizou mais de 120 exposições no Brasil, Europa, EUA e Japão.
A exposição ‘Cartunistas’ faz parte do projeto Espaço Galeria SESI-SP, no qual o foyer do teatro se transforma em plataforma expositiva, recebendo exposições de diferentes técnicas e formatos. Criada em 2013, a iniciativa oferece exposições de artes visuais especialmente desenvolvidas para os centros de atividades do SESI-SP, propiciando a circulação de obras originais com embasamento curatorial e expografias específicas.
Serviço:
Temporada: 26 de abril a 29 de setembro de 2024 – de quarta a sexta-feira, das 14h às 19h; sábado e domingo, das 10h às 19h
Local: Foyer Centro Cultural Sesi Sorocaba – Rua Gustavo Teixeira, 369, Vila Independência
Para agendamento de escolas e grupos, deve-se enviar e-mail para cacsorocaba@sesisp.org.br
Horário visitação direta: de quarta a sexta-feira, das 14h às 19h; sábado e domingo, das 10h às 19h.
(Fonte: Way Comunicações)
A Secretaria de Cultura de Indaiatuba – município da Região Metropolitana de Campinas (SP) – realiza a 3ª edição do programa Abriu para o Jazz nos dias 19, 20 de abril às 19h30 e 21 de abril, às 20h, no Centro Integrado de Apoio à Educação de Indaiatuba (Ciaei). O evento tem a finalidade de oferecer uma plataforma para artistas locais e regionais com o objetivo de trazer renomados músicos do cenário nacional e internacional. A entrada é gratuita e a retirada de ingressos deve ser feita 50 minutos antes da peça no espaço da apresentação. A ação visa valorizar as vertentes do Jazz e da Música Popular Brasileira (MPB).
No dia 19 de abril, a apresentação será realizada pelo Lupa Santiago e Rodrigo Ursaia Quinteto às 19h30. No dia 20 de abril, Tato Mahfuz estará no palco às 19h30 e, no dia 21 de abril, acontece o evento Big Band CMVL convida Hudson Nogueira, com o início do show às 20h. Para mais informações, acesse a página Cultura On-line.
O o Ciaei é um espaço dedicado à promoção da cultura, arte e educação na cidade de Indaiatuba/SP. Desde sua fundação, tem sido um ponto de encontro para artistas, educadores e entusiastas da cultura oferecendo uma ampla gama de eventos e atividades para a comunidade local.
Serviço:
ABRIU PARA O JAZZ
Data: 19 e 20 de abril – Horário: 19h30
Data: 21 de abril – Horário: 20h
Local: Ciaei – Av. Eng. Fábio Roberto Barnabé, 3665 – Jardim Regina, Indaiatuba
Contato: (19) 3875-6144
Mais informações: Cultura On-line.
(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)
O oceano representa um sistema vital de suporte à vida em nosso planeta. No entanto, enfrenta sérios desafios decorrentes das ações humanas, como a poluição e a degradação. Isso resulta em danos que comprometem a sustentabilidade dos ecossistemas costeiros e marinhos, bem como a saúde, bem-estar e direitos humanos, especialmente das comunidades costeiras. Nesse contexto, a educação ambiental promove mudanças culturais e sociais reformulando o comportamento dos indivíduos frente à sua relação com a natureza. Ela inclui a reeducação em relação aos padrões de consumo e o incentivo à sustentabilidade, entre outras medidas que buscam valorizar a biodiversidade e os ecossistemas naturais, incentivar a conservação e a proteção de áreas naturais e sensibilizar comunidades para as questões sociais relacionadas ao meio ambiente. Pode-se, por exemplo, sensibilizar comunidades vulneráveis desproporcionalmente afetadas pelos problemas ambientais.
A educação ambiental aumenta a disposição dos jovens para preservar a saúde dos oceanos. Por meio de experiências educacionais transformadoras, ela torna-se catalisadora de uma consciência ambiental duradoura indispensável para a preservação do ecossistema marinho e do nosso planeta.
No Brasil, desde 1999, a Lei nº 9.795 – conhecida como Lei da educação ambiental – estabelece diretrizes importantes. Em seu 2º artigo, ela reconhece a educação ambiental como um elemento essencial e contínuo no sistema educacional do país. Esta abordagem deve ser integrada em todos os níveis e sistemas de ensino, tanto públicos quanto privados. No entanto, sabemos que existe uma disparidade de níveis educacionais entre a educação pública e privada.
Em meio a esse panorama desafiador, o Projeto TransforMAR, implementado desde 2018 pela Associação Tatauga Dive, oferece um curso de educação ambiental de excelência, direcionado especificamente a jovens de escolas públicas situadas em zonas costeiras e em situação de vulnerabilidade. A iniciativa sensibiliza esses jovens para a preservação do ambiente marinho por meio de abordagens educacionais inovadoras. Este curso proporciona uma experiência imersiva única: a realização de uma experiência de mergulho com cilindro.
Resultados concretos de mais de 300 jovens capacitados reforçam o compromisso do projeto com a formação de indivíduos conscientes e engajados. Essas ações não apenas educam, mas também incentivam os jovens a serem agentes ativos na busca por uma sociedade justa, fundamentada em padrões de consumo sustentáveis.
A educação ambiental desempenha um papel fundamental na formação de cidadãos conscientes, capaz de harmonizar a preservação do meio ambiente com a busca por qualidade de vida. Portanto, é crucial incorporá-la desde os estágios iniciais da educação, moldando indivíduos críticos e engajados, inclusive de comunidades tradicionais costeiras que dependem do oceano para sua subsistência. Para isso, é necessário promover iniciativas de educação ambiental e pressionar os governos para garantir o cumprimento efetivo da lei em todas as instâncias.
Sobre os autores:
Alexandre Augusto da Silva – engenheiro pela Unicamp e mestrando em Ciência e Tecnologia do Mar na Unifesp. Diretor e fundador do Projeto TransforMAR
Giovanna Scagnolatto – engenheira pela Unesp e mestranda em Ciência e Tecnologia do Mar na Unifesp. Coordenadora do Projeto TransforMAR
Emerice Simplício Mavinga – graduanda em Ciências Biológicas. Educadora ambiental do Projeto TransforMAR
Larissa Roio Ribeiro – graduanda de Ciências Biológicas. Educadora ambiental do Projeto TransforMAR.]
(Fonte: Agência Bori)
O café faz parte da rotina das pessoas em todos os lugares do mundo. Muita gente só consegue começar bem depois dele. De acordo com dados da Organização Internacional do Café (OIC), o café é a segunda bebida mais consumida no Brasil, ficando atrás somente da água. Segundo a pesquisa, os brasileiros tomam em média de 3 a 4 xícaras de café por dia. Sendo o café expresso o preferido, seguido do café com leite e o cappuccino. E foi por conta dessa paixão, não só brasileira, como também mundial, que em 2015 a OIC criou o Dia Mundial do Café com o objetivo de celebrar a bebida, seus produtores e a sua importância econômica para o mundo.
No Estado de São Paulo esse ano a produção de café foi avaliada em 5,4 milhões de sacas beneficiadas, representando um crescimento de 7,4% em relação a 2023, de acordo com o Acompanhamento da Safra de Café – 1° Levantamento, elaborado pelo Departamento Econômico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) com base em dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em nível nacional, a produção deve chegar a 58,1% milhões de sacas – um aumento de 5,5% em comparação à safra anterior.
Mas se engana quem pensa que surgiu agora a relação do café com o estado de São Paulo. No final do século XIX e início do século XX, a bebida surgiu como o principal motor econômico do país, impulsionando um período que ficou conhecido como “Era do Café” ou “Ciclo do Café”. Neste período, São Paulo desempenhou um papel de destaque na produção e comércio do produto, sendo considerado na época um dos principais polos econômicos do país. O sucesso da bebida teve impacto significativo no desenvolvimento urbano da cidade.
Ainda hoje a história do estado de São Paulo com o café é preservada. O Instituto Biológico (IB-APTA), ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, localizado na Vila Mariana, na capital paulista, abriga o maior cafezal urbano do mundo. “O cafezal do Instituto Biológico foi criado para resolver o problema da broca do grão. Um inseto que causa dano direto na produção”, conta Harumi Hojo, pesquisadora científica do instituto.
As primeiras mudas de café foram plantadas no IB-APTA na década de 1950 e atualmente contam com 8 variedades do café arábica. O local se tornou um espaço de diálogo sobre sustentabilidade, agricultura regenerativa orgânica e estudo do comportamento do café.
“Desde 2021, esse cafezal virou um projeto cadastrado no NIT de Inovação Tecnológica”, relembra Harumi. “As pessoas quando vem conhecer aqui adquirem muitos conhecimentos”.
Além de ser um ambiente de aprendizado e pesquisa, o cafezal também possibilita o contato com a natureza sem precisar sair da cidade. Com a rotina corrida da metrópole, muitas pessoas não conseguem tempo para viajar e estar em contato com o meio ambiente; então, esse espaço facilita essa interação. “Uma vez por ano a gente convida a população para fazer a vivência, para colher o café”, conta a pesquisadora. “É uma cultura muito interessante para vir conhecer, que está dentro da cidade de São Paulo e as pessoas não precisam se deslocar muito”, conclui.
Para realizar a visita, basta preencher um formulário disponível no Instagram do Cafezal Urbano.
(Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo)