Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
O Projeto Guri, realizado pelo Governo do Estado de São Paulo por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativa, bem como a Santa Marcelina Cultura, tem as inscrições prorrogadas para o dia 25 de abril. Os interessados devem comparecer no Centro Wanderley Peres, localizado na Praça dom Pedro, às terças e quintas-feiras, das 8h às 11h e das 13h30 às 17h. Não é necessário ter um instrumento para participar das atividades. O projeto é destinado a crianças e adolescentes de 6 a 18 anos.
As vagas abertas são para os cursos gratuitos de canto coral, violoncelo, violino, sax, flauta, clarinete, trompete, trombone, iniciação musical, eufônio, violão e percussão. O projeto existe desde 1995 e tem o objetivo de oferecer cursos de iniciação e teoria musical, coral e instrumentos de cordas, madeiras, sopro e percussão nos períodos de contraturno escolar. O projeto foi implantado em Indaiatuba em 1997. Em caso de dúvidas, entrar em contato pelo telefone (19) 3825-2056.
Serviço:
Vagas remanescentes do Projeto Guri
Inscrições: até dia 25 de abril (terças e quintas-feiras)
Horário: 8h às 11h e das 13h30 às 17h
Local para inscrição: Centro Wanderley Peres, localizado na Praça dom Pedro
Telefone: (19) 3825-2056.
(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)
O espetáculo infantil circense ‘A Extraordinária Viagem ao Reino das Asas’, com o coletivo Rainhas do Radiador, faz temporada no Sesc Belenzinho entre os dias 13 de abril e 1º de maio de 2024, aos sábados, domingos e no feriado (1/5), às 12h. A temporada faz parte do projeto CO_ME_ÇA, desenvolvido pela unidade.
No enredo, durante um voo em balão de ar, duas palhaças caem em meio a uma floresta. Perdidas e sem saber como resolver a situação, elas encontram uma coruja embaixo de uma pilha de lixo e acabam descobrindo a história da Arara de Sete Cores, um pássaro que tem a solução de todos os problemas do mundo. Na busca por encontrar essa fabulosa Arara, as palhaças se jogam numa instigante aventura que as leva a descobrir outros pássaros raros, como a Gaviola Real e a Ema refugiada que sonha em poder voar, entre outros. Após muitas dificuldades, as palhaças começam a perceber que somente abrindo o coração é que poderão voltar a voar.
Fundado em 2017, Rainhas do Radiador é um coletivo formado por mulheres palhaças que pesquisa a comicidade física feminina e a trajetória de tantas mulheres na história do circo. O grupo explora e pesquisa não só a potência desses corpos e desse humor na relação com todos os tipos de públicos, mas também busca inspirar importantes reflexões sobre a desigualdade de gênero e o tratamento dado às mulheres dentro do universo da comicidade e da cena circense. Por meio de esquetes, acrobacias, cenas clássicas e autorais, transitando por diferentes linguagens, as artistas usam de suas excentricidades e irreverência, não apenas para colocar mulheres em foco, mas também para questionar a ausência e até o apagamento histórico de personagens femininas.
O projeto CO_ME_ÇA, do Sesc Belenzinho, contempla apresentações voltadas para o público infantil com diversas linguagens artísticas e temas variados.
Ficha técnica – Direção: Heraldo Firmino. Dramaturgia: Ana Pessoa. Direção musical: Tetê Purezempla. Elenco: Aline Hernandes, Aline Machado, Ana Pessoa e Jussara Freitas. Cenografia e figurino: Maria Zuquim. Iluminação: Serafim Mariano. Composições musicais: Aline Machado, Jussara Freitas e Heraldo Firmino. Confecção de bonecos: Endira Drumond. Treinamento acrobático: Isadora Faro. Design gráfico: Auá Mendes. Produção: Lidia Sant’Anna.
Serviço:
A Extraordinária Viagem ao Reino das Asas com Rainhas do Radiador
De 13 de abril a 1º de maio – sábados, domingos e quarta-feira (feriado), às 12h
Ingressos: R$30,00 (inteira); R$15,00 (meia-entrada); R$10,00 (Credencial Plena) – crianças até 12 anos não pagam ingresso
Vendas no Portal SescSP e nas bilheterias das unidades Sesc
Local: Teatro (374 lugares). Duração: 60 min. Classificação: Livre.
Sesc Belenzinho
Endereço: Rua Padre Adelino, 1000.
Belenzinho – São Paulo (SP)
Telefone: (11) 2076-9700
Estacionamento: de terça a sábado, das 9h às 21h; domingos e feriados, das 9h às 18h
Valores: Credenciados plenos do Sesc: R$8,00 a primeira hora e R$3,00 por hora adicional; não credenciados no Sesc: R$17,00 a primeira hora e R$4,00 por hora adicional
Transporte Público: Metro Belém (550m) | Estação Tatuapé (1400m)
Sesc Belenzinho nas redes: Facebook | Instagram | YouTube.
(Fonte: Assessoria de Imprensa Sesc Belenzinho)
No quinto lançamento de Relicário, projeto que resgata áudios de shows realizados em unidades do Sesc São Paulo nas décadas de 1970, 1980 e 1990, o Selo Sesc apresenta o registro histórico de Dona Ivone Lara cantando seus maiores sucessos em setembro de 1999, no Sesc Vila Mariana. O lançamento do álbum ‘Relicário: Dona Ivone Lara (ao vivo no Sesc 1999)’ aconteceu no dia 12 de abril com exclusividade no Sesc Digital.
Apelidada de “Primeira Dama do Samba”, Dona Ivone Lara compôs sua primeira canção aos 12 anos de idade, mas só teve a oportunidade de gravar e lançar seu primeiro disco aos 56. Sua obra ainda é tocada no rádio, na televisão e, sobretudo, cantada nas rodas de samba pelo povo. Suas canções foram gravadas pelos maiores intérpretes do país dos mais diferentes estilos e gerações: Beth Carvalho, Gilberto Gil, Gal Costa, Paulinho da Viola, Fundo de Quintal, Elza Soares, Elizeth Cardoso, Maria Bethânia, Monarco, Caetano Veloso, Clara Nunes, Alcione, Jair Rodrigues, Nana Caymmi e Zeca Pagodinho.
Na apresentação de 1999, Dona Ivone Lara entoou alguns clássicos de sua carreira. Das 15 faixas do álbum, 2 são pout-pourris, totalizando 20 músicas. O repertório da noite foi inspirado no disco ‘Bodas de Ouro’, de 1997, que celebrou os 50 anos de carreira da artista. Estava acompanhada por Armando Martinez (teclado), Edson Bastos (contrabaixo), Gilberto Torgano (bateria), Álvaro Barcelos (percussão), Maurício Verde (cavaquinho) e Hélcio Brenha (sax e clarinete).
O disco começa com ‘Liberdade’ (parceria com Délcio Carvalho). A letra fala da nostalgia de um amor perdido, assim como a canção seguinte, ‘Tendência’ (dela com Jorge Aragão). Entre os destaques do repertório, aparecem os clássicos das rodas de samba, como ‘Acreditar’ (com Délcio Carvalho), ‘Sonho Meu’, o primeiro grande sucesso de Dona Ivone Lara, ‘Alguém Me Avisou’, composição dos versos ‘alguém me avisou/para pisar nesse chão devagarinho’ que parecem descrever a própria trajetória da artista e ‘Sorriso negro’, de Jorge Portela, Adilson Barbado e Jair Carvalho, lançada por ela em 1981 no disco homônimo, em gravação com a participação de Jorge Ben Jor.
Para o biógrafo, jornalista e pesquisador Lucas Nobile (autor do livro ‘Dona Ivone Lara: Primeira Dama do Samba’), a artista é um assunto tão amplo e tão complexo que o Brasil ainda não assimilou a dimensão do fenômeno em sua completude. Para ele, além de ouvirmos uma obra artística reconhecida nacional e internacionalmente, a trajetória de Ivone Lara simboliza, inspira e provoca reflexões e debates sobre muitas das pautas que ainda hoje são necessárias e urgentes.
Além das 150 melodias que compôs – sambas de terreiro, valsas, jongos, partidos-altos, choros-canção, sambas de enredo –, Dona Ivone Lara também atuou nos enfrentamentos ao machismo, ao racismo, ao etarismo, à gordofobia, à intolerância religiosa. Esteve à frente de lutas como a da saúde mental e assistência social, sendo uma pioneira em diferentes frentes de atuação. Como escreve Kamille Viola, jornalista e pesquisadora musical no texto de apresentação do trabalho, “Ivone só passou a se dedicar integralmente à música em 1977, após se aposentar do trabalho como enfermeira e assistente social, carreira que lhe garantiu estabilidade financeira e na qual também se destacou, tendo atuado com a renomada psiquiatra Nise da Silveira”.
Um dos maiores nomes do samba se despediu em 2018, aos 97 anos, deixando um precioso legado de resistência.
Tracklist
1 – Liberdade
2 – Tendência
3 – Sorriso de Criança
4 – Samba de Roda Pra Salvador
5 – Enredo do Meu Samba
6 – Mas Quem Disse Que Eu Te Esqueço
7 – Pra Afastar A Solidão
8 – Se O Caminho É Meu/ Nos Combates Dessa Vida/ Sereia Guiomar
9 – Resignação
10 – Candeeiro da Vovó
11 – Acreditar/ Sonho Meu/ Alguém Me Avisou/ Tiê
12 – Pagode De Pai Joaquim
13 – Axé de Ianga
14 – Aquarela Brasileira
15 – Sorriso Negro
Ficha Técnica
Gravado em 4 de setembro de 1999 no Sesc Vila Mariana
Mixado e masterizado por Gustavo Lenza.
Serviço:
Relicário: Dona Ivone Lara (Ao vivo no Sesc 1999)
Relicário é um projeto permanente que reverbera a memória do Sesc São Paulo com registros do acervo da instituição que há mais de 70 anos tem na ação cultural o instinto de estimular a autonomia pessoal, a interação e contato com expressões e modos diversos de pensar, agir e sentir. A primeira etapa do projeto apresenta áudios de shows históricos realizados em unidades do Sesc em São Paulo nas décadas de 1970, 1980 e 1990, remasterizados e formatados como álbuns digitais. A série também oferece o contexto histórico de cada registro, através de textos, vídeos e fotografias. Saiba mais no site.
A estreia do projeto aconteceu com o álbum ‘Relicário: João Gilberto (Ao vivo no Sesc 1998)’, depois foi a vez de ‘Relicário: Zélia Duncan (Ao vivo no Sesc 1997)’, em seguida, ‘Relicário: João Bosco (Ao vivo no Sesc 1978)’ e, por último, ‘Relicário: Adoniran Barbosa (Ao vivo no Sesc 1980)’.
Sobre o Selo Sesc
Desde 2004, o Selo Sesc traz a público obras que revelam a diversidade e a amplitude da produção artística brasileira, tanto em obras contemporâneas quanto naquelas que repercutem a memória cultural, estabelecendo diálogos entre a inovação e o histórico. Em catálogo, constam álbuns em formatos físico e digital que vão de registros folclóricos às realizações atuais da música de concerto, passando pelas vertentes da música popular e projetos especiais. Entre as obras audiovisuais em DVD, destacam-se a convergência de linguagens e a abordagem de diferentes aspectos da música, da literatura, da dança e das artes visuais. Os títulos estão disponíveis nas principais plataformas de áudio, Sesc Digital e Lojas Sesc. Saiba mais aqui.
Sobre o Sesc São Paulo | Com 77 anos de atuação, o Sesc – Serviço Social do Comércio conta com uma rede de 42 unidades operacionais com atendimento presencial e 4 unidades operacionais com atendimento não presencial no estado de São Paulo e desenvolve ações com o objetivo de promover bem-estar e qualidade de vida aos trabalhadores do comércio, serviços, turismo e para toda a sociedade. Mantido pelos empresários do setor, o Sesc é uma entidade privada que atua nas dimensões físico-esportiva, meio ambiente, saúde, odontologia, turismo social, artes, alimentação e segurança alimentar, inclusão, diversidade e cidadania. As iniciativas da instituição partem das perspectivas cultural e educativa voltadas para todas as faixas etárias, com o objetivo de contribuir para experiências mais duradouras e significativas. São atendidas nas unidades do estado de São Paulo cerca de 30 milhões de pessoas por ano. Hoje, aproximadamente 50 organizações nacionais e internacionais do campo das artes, esportes, cultura, saúde, meio ambiente, turismo, serviço social e direitos humanos contam com representantes do Sesc São Paulo em suas instâncias consultivas e deliberativas. Mais informações, clique aqui.
(Fonte: Lalis Meireles | Imprensa Selo Sesc)
Na semana em que é comemorado o Dia Internacional da Dança (29 de abril), a mais antiga e uma das principais escolas de dança clássica do país completa 97 anos de atividades ininterruptas no dia 27 de abril. A festa será no dia 26, sexta-feira, às 18h30, na Sala Mário Tavares, que fica no prédio anexo do Theatro Municipal. Ao longo destes anos, a Escola Estadual de Dança Maria Olenewa formou milhares de bailarinos, coreógrafos, professores, profissionais e amantes da dança no país, que atuaram ou atuam em diversos teatros nacionais e até internacionais; como, por exemplo, os primeiros bailarinos do Theatro Municipal Claudia Mota, Marcia Jaqueline, Juliana Valadão, Cícero Gomes, Aurea Hammerli e Nora Esteves, entre muitos outros grandes nomes da dança.
Dirigida por Hélio Bejani (diretor geral) e Paulo Melgaço (vice-diretor) a EEDMO, que pertence a Fundação Teatro Municipal, oferece curso profissionalizante de dança reconhecido pelo Conselho Estadual de Educação. São, em média, 250 alunos, distribuídos do nível preliminar ao técnico, que cursam uma série de disciplinas como ballet clássico, dança contemporânea, dança caráter, história da dança, terminologia, composição e improvisação, saúde e dança, música, comportamento e atitude na dança, noções de coreologia, teatro e dança. Tudo isso com o objetivo de formar bailarinos mais preparados para as exigências do mercado profissional e contribuir para a formação de seres humanos melhores, sensíveis, críticos e conscientes que farão da dança instrumento para ver o mundo com outras possibilidades. Assim, as aulas são diárias, com professores de excelência e grande experiência em suas áreas. A maior parte deles formada pela própria escola que seguiram carreira profissional no Corpo de Baile do Theatro Municipal e depois retornaram à EEDMO reforçando o sentido de tradição, de valorização de instituição de Ensino que é preservada e que, certamente, reforça a qualidade e o compromisso do conteúdo oferecido.
“É muito gratificante ser diretor da Escola e poder acompanhar o desenvolvimento técnico e artístico de nossos alunos. Eles completam o curso técnico, muitos fazem estágio e integram nossa Cia Trainne, a Cia BEMO e posteriormente ingressam no Corpo de Baile. Alguns chegam ao posto de solista e primeiro bailarino, cargos mais altos do ballet. E todos poderão conferir na próxima temporada do ballet ‘O Lago dos Cisnes’ esses grandes talentos”, afirma Hélio Bejani, diretor do Ballet do Theatro Municipal e da Escola e Estadual de Dança Maria Olenewa.
“O que mais me encanta em nossa escola é poder ver a diversidade, são alunos e alunas oriundos de diversas partes da cidade e cidades próximas, alguns de projetos sociais, de diferentes classes sociais, raça, tipos de escola. Com isso, poder ver que corpos negros e pobres estão conseguindo ocupar determinados espaços que há alguns anos eram inimagináveis me deixa muito feliz”, ressalta Paulo Melgaço, vice-presidente e pesquisador da EEDMO.
Serviço:
Evento Comemorativo EEDMO – aniversário de 97 anos
Data: 26 de abril de 2024 – sexta-feira
Horário: 18h30
Local: Sala Mário Tavares – prédio anexo do Theatro Municipal
Endereço: Av. Alm. Barroso, 14/16 – Centro, Rio de Janeiro (RJ)
Lotação: 160 lugares
Classificação: Livre
Entrada franca – sujeita a lotação.
(Fonte: Assessoria de imprensa TMRJ)
Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal do Paraná (UFPR) encontraram 749 peças plásticas usadas no tratamento de água e esgoto em onze praias do litoral do Paraná. Segundo artigo publicado na revista científica “Ocean and Coastal Research” nesta segunda (15), os itens estavam, inclusive, em áreas de proteção ambiental, como o Parque Estadual da Ilha do Mel e o Parque Nacional do Superagui. Este é o primeiro registro desse tipo de poluição plástica no litoral brasileiro.
As amostras de peças perfuradas de 16 milímetros usadas para o tratamento de águas residuais, chamadas de biomídias plásticas, foram coletadas entre julho e agosto de 2023 em praias nos municípios de Pontal do Paraná, Paranaguá e Guaraqueçaba. Os itens estavam na superfície da praia em zonas próximas à restinga.
O estudo foi motivado pela descoberta de 411 partículas plásticas por um morador em uma praia localizada em Pontal do Paraná. As coletas seguem para além do período de amostra do artigo. “Desde que começamos a observar as biomídias, já encontramos mais de 2 mil delas”, afirma Renata Hanae Nagai, pesquisadora do Instituto Oceanográfico da USP e autora do artigo. Segundo ela, a distribuição espacial dessas partículas é significativa e sugere uma possível origem em estações de tratamento de águas residuais do Sistema Estuarino de Paranaguá – o qual compreende os municípios estudados – que utilizam a tecnologia MBBR (sigla de “reator biológico de leito móvel” em português).
Essa tecnologia é eficaz na redução do acúmulo de lodo e diminuição dos problemas de entupimento dos sistemas e é a técnica mais utilizada em estações de tratamento de águas residuais no mundo. “Estamos acompanhando uma área no litoral paranaense para determinar se a entrada dessas peças plásticas no meio ambiente foi um evento pontual ou se elas chegam à costa de forma contínua”, avalia Nagai.
Segundo a pesquisadora, a presença dessas partículas mostra outra fonte da poluição plástica nos oceanos que não estava sendo observada. Por serem feitas de material não tóxico, não representam um risco direto para a saúde humana. Porém, como os outros tipos de lixo plástico marinho, as peças são um risco potencial para a fauna local. “Elas podem ser confundidas por alimento e podem ser ingeridas por engano por diferentes organismos marinhos, principalmente aves, peixes e tartarugas. Isso pode causar lesões internas nos animais, até mesmo morte. Além de também poderem trazer grudados em si outros poluentes contaminantes”, explica.
A decomposição das peças também pode contaminar o ambiente com microplásticos, que tendem a interagir com outros organismos marinhos, como ostras e mexilhões. Nagai ressalta que a contaminação plástica impacta diretamente na saúde do oceano. “O oceano nos presta serviços ecossistêmicos fundamentais. Nós retiramos alimento dos ambientes costeiros e marinhos, ele regula o clima e produz a maior parte do oxigênio que respiramos. A poluição por plástico, junto com os impactos da mudança climática, é hoje um dos maiores problemas que enfrentamos”, observa a autora.
Para Nagai, é fundamental que diferentes atores, como empresas de tratamento de águas residuais, agências ambientais e pesquisadores, trabalhem em conjunto para mitigar os impactos da poluição plástica nos ecossistemas costeiros e marinhos. A implementação de sistemas de alerta e prevenção de vazamentos ou perdas de biomídias plásticas é essencial, explica a pesquisadora. Além disso, é crucial desenvolver protocolos de monitoramento mais rigorosos e buscar alternativas não plásticas para as biomídias usadas em estações com tecnologia MBBR.
(Fonte: Agência Bori)