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Sesc Belenzinho apresenta ‘Mercúrio’, espetáculo de dança com coreografia de Henrique Rodovalho

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: João Pacca.

O Sesc Belenzinho apresenta o espetáculo de dança ‘Mercúrio’ nos dias 12, 13 e 14 de abril, sexta e sábado, às 20h, e domingo, às 17h, integrando o projeto Intersecções e Interconexões Literárias. Com coreografia assinada pelo goiano Henrique Rodovalho (diretor artístico da Quasar Cia. de Dança), a montagem tem interpretação dos bailarinos Luiz Oliveira e Irupé Sarmiento.

O poema ‘Fevereiro’, escrito e declamado pela poetisa portuguesa Matilde Campilho, é o ponto de partida e a inspiração para o espetáculo ‘Mercúrio’, criação idealizada por Luiz Oliveira. A voz da autora declamando o poema percorre a coreografia em diferentes momentos. A obra em cena é uma dança que revela intenções múltiplas sobre uma relação de amor, com suas inúmeras possibilidades. Na apresentação, intérpretes, espectadores e a poetisa são envolvidos em uma coreografia que conecta a poesia com a dança contemporânea.

Intersecções e Interconexões Literárias é um projeto do Sesc Belenzinho que contempla apresentações artísticas, em multilinguagens (artes visuais, cinema, circo, dança, música, teatro, tecnologia e artes e outros) que tenham obras literárias como referência ou inspiração.

Irupé Sarmiento | Bailarina, professora e assistente de direção, Irupé atuou em companhias como São Paulo Companhia de Dança, Balé da Cidade de São Paulo e Staatstheater Augsburg, na Alemanha. Na Argentina, dançou no Ballet Taller Juvenil da Província de Salta e foi solista no Ballet Contemporáneo do Teatro General San Martín, em Buenos Aires. Como freelancer, dançou com Alex Soares, Luis Arrieta e Samuel Kavalerski.

Luiz Oliveira | É bailarino e coreógrafo. Em 2014, entrou para o elenco do Balé da Cidade de São Paulo sob direção de Iracity Cardoso, onde ainda atua dançando obras de grandes coreógrafos nacionais e internacionais. Fez parte do elenco do ‘Deanima Jovem’, no Rio de Janeiro, sob a direção de Richard Gragun. De 2011 a 2013, dançou no Projeto Mov_ola, de Alex Soares. Luiz iniciou os estudos em dança em Ribeirão Preto, SP, sua cidade natal.

Henrique Rodovalho | Coreógrafo e diretor artístico da Quasar Cia de Dança, Rodovalho é ganhador de prêmios nacionais e internacionais, como o Prêmio Mambembe e o XXI Prêmio de Composição Coreográfica (México). Como coreógrafo trabalhou para grandes companhias e profissionais de dança do Brasil e de várias partes do mundo, a exemplo do Balé da Cidade de São Paulo, São Paulo Companhia de Dança, Balé do Teatro Guaíra, Cia. Sociedade Masculina, Discípulos do Ritmo, Cia. de Dança Roda Viva, Rui Moreira, Flávia Tápias, Cia. de Dança de Minas Gerais, o extinto Ballet da Fundação Gulbenkian (Portugal) e Ballet Teatro del Spacio (México), além do Nederlands Dans Theater, um dos principais representantes da dança contemporânea mundial, em 2006.

Matilde Campilho | Poeta portuguesa, Matilde nasceu em Lisboa, em 1982. Em 2014, publicou ‘Jóquei’, em Portugal, um livro de poemas que foi editado no Brasil um ano mais tarde pela Editora 34, pela qual também publicou o livro ‘Flecha’, de pequenas estórias, em 2022. Escreve para várias publicações portuguesas e internacionais. É coautora e locutora de um programa de rádio semanal, o Pingue Pongue. Matilde Campilho vive em Lisboa.

Ficha técnica: Concepção: Luiz Oliveira. Coreógrafo: Henrique Rodovalho. Intérpretes criadores: Luiz Oliveira e Irupé Sarmiento. Luz e trilha sonora: Henrique Rodovalho. Operação de luz: Rossana Boccia. Figurino: Bruna Fernandes. Arte visual: João Pacca. Produção executiva: Caroline Zitto.

Serviço:

Espetáculo/dança ‘Mercúrio’

Projeto Intersecções e Interconexões Literárias

Dias 12, 13 e 14 de abril – sexta e sábado, às 20h; domingo, às 17h

Ingressos: R$40,00 (inteira), R$20,00 (meia-entrada), R$12,00 (Credencial Sesc)

Ingressos à venda no Portal SescSP e nas bilheterias das unidades Sesc

Limite de 2 ingressos por pessoa

Local: Sala de Espetáculos 1 (120 lugares). Classificação: 14 anos. Duração: 45 min.

Sesc Belenzinho

Endereço: Rua Padre Adelino, 1000 – Belenzinho – São Paulo (SP)

Telefone: (11) 2076-9700

Estacionamento: de terça a sábado, das 9h às 21h; domingos e feriados, das 9h às 18h

Valores: Credenciados plenos do Sesc: R$8,00 a primeira hora e R$3,00 por hora adicional. Não credenciados no Sesc: R$17,00 a primeira hora e R$4,00 por hora adicional.

Transporte Público: Metro Belém (550m) | Estação Tatuapé (1400m)

Sesc Belenzinho nas redes: Facebook | Instagram | YouTube.

(Fonte: Sesc SP)

MUB3 abre exposição temporária que celebra a presença das mulheres na Bolsa

São Paulo, por Kleber Patricio

Crédito da foto: Acervo Digital/Museu Casa da Hera.

O MUB3 – Museu da bolsa do Brasil abre no dia 15 de abril, segunda-feira, a partir das 9h, a exposição temporária “Muitas Eufrásias: a presença das mulheres na Bolsa”, no Edifício JB, conhecido como Prédio das Moedas, localizado no Centro Histórico de São Paulo. Os visitantes terão a oportunidade de explorar a vida e as conquistas de Eufrásia Teixeira Leite, uma figura pioneira que desafiou as convenções sociais do século XIX para se tornar a primeira investidora brasileira.

Nascida em 1850, em Vassouras, Rio de Janeiro, Eufrásia Teixeira Leite é reconhecida como a primeira mulher a investir na bolsa de valores de forma independente. Ela desafiou as expectativas de seu tempo e assumiu o controle de sua própria vida financeira. Na exposição, os visitantes terão uma visão detalhada de sua jornada, desde a educação tradicional até a ascensão como uma das investidoras mais respeitadas da época.

Para Lourdes Silva, coordenadora geral do MUB3, a exposição “Muitas Eufrásias: a presença das mulheres na Bolsa” assume uma relevância significativa no contexto de reforçar e inspirar outras mulheres. “Segundo dados extraídos de pesquisa conduzida pela B3 – Bolsa do Brasil em março de 2024, observou-se um notável aumento na participação feminina no mercado de capitais nos últimos cinco anos. No entanto, ressalta-se a necessidade premente de prosseguir nesse crescimento e de proporcionar ao referido público um acesso expandido à educação financeira”, destaca Lourdes.

A mostra, além de falar da vida de Eufrásia, apresentará também outras mulheres pioneiras que se tornaram investidoras naquela época, como as irmãs Brontë, Victoria Woodhull, Tennessee Clafin, Hetty Green e Madame C. J. Walker. A exposição apresentará também uma linha do tempo com importantes marcos relacionados as mulheres.

O público ainda conhecerá de perto o Ticker, aparelho desenvolvido por Thomas Edison para a Bolsa de Nova Iorque que, em meados do século XIX, era usado por bancos, escritórios de corretores, investidores e jornais para transmitir as cotações em tempo real. A peça imprimia em uma fita de papel, a ticker tape, o código do ativo, a variação de preço e o horário de negociação, dados importantes para a tomada de decisão dos investimentos.

A exposição “Muitas Eufrásias: a presença das mulheres na Bolsa” ficará em cartaz até 15 de junho de 2024. A entrada é gratuita em todos os dias de funcionamento.

Serviço:

Exposição “Muitas Eufrásias: a presença das mulheres na Bolsa”

Visitação: 15 de abril a 15 de junho de 2024

Horário: de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, e aos sábados, das 10h às 16h

Local: Edifício JB (Prédio das Moedas) – Rua João Brícola, 59 – Centro Histórico de São Paulo

Próximo à estação São Bento do metrô

Entrada gratuita

Edifício JB – Prédio das Moedas | O histórico Edifício JB, que tem a bela fachada decorada com reproduções de moedas nacionais de diferentes épocas, já abrigou diversas instituições bancárias e foi reaberto ao público depois da reforma promovida pela B3 – Bolsa do Brasil. No térreo, abriga um café e conta com um espaço para exposições temporárias.

Sobre MUB3 | O Museu da bolsa do Brasil – MUB3 nasceu do desejo de se preservar e compartilhar a história do mercado de capitais brasileiro, a partir de uma potente plataforma de conhecimento, aberta a todas as pessoas que se interessam pelo tema e o pesquisam. O acervo originário das principais bolsas de valores do Brasil permitiu a criação do Museu, que passa agora a integrar uma rede de equipamentos culturais no centro de São Paulo ligados à história econômica brasileira, com reflexos para todo o Brasil.

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(Fonte: MUB3 – Museu da bolsa do Brasil)

Saiba onde fica a maior trilha aquática do Brasil

Brasil, por Kleber Patricio

Fotomontagem: Divulgação/MTur.

Os estados do Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo abrigam um atrativo turístico conhecido como a maior trilha aquática do Brasil. Essa experiência fica na Rota dos Pioneiros, trilha de longo curso de cerca de 400 km que promove a experiência no rio Paraná por meio de bote ou caiaque. O passeio abrange os municípios de Taquarussu, Jateí, Naviraí, Eldorado e Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul; Inajá, Santo Antônio do Caiuá, Paranavaí, Terra Rica, Diamante do Norte, Nova Londrina, Marilena, São Pedro do Paraná, Querência do Norte, Icaraíma, Altônia, Guaíra, no Paraná, e Teodoro Sampaio, Euclides da Cunha, Rosana em São Paulo.

A trilha de longo curso presenteia os turistas com a oportunidade de explorar o rio de maneira íntima e intensa, atravessando paisagens deslumbrantes que vão desde trechos calmos e serenos até incríveis corredeiras, proporcionando uma experiência completa para os amantes da natureza e dos esportes aquáticos.

A Rota dos Pioneiros tem o objetivo de promover a região e fortalecer o potencial turístico e cultural do local. A coordenadora-geral de Produtos e Experiências Turísticas do Ministério do Turismo, Fabiana Oliveira, enfatiza que esses equipamentos são fundamentais para a diversificação do cardápio de experiências ofertadas para as pessoas que buscam contato com a natureza. “É nelas que ocorrem atividades como caminhadas, cicloturismo, observação de fauna e flora e atividades aquáticas. Além disso, são de extrema importância para a conservação da biodiversidade”, pontuou.

Para o gestor da Rota dos Pioneiros, Erick Xavier, assim como outras trilhas aquáticas, o local cumpre o papel de contar também a história do país. “O Brasil possui mais de 40 mil quilômetros de rios navegáveis e mais de 7 mil km de litoral, por onde se desenhou a história brasileira. Então, se queremos conectar o país, por meio de trilhas de longo curso, precisamos olhar para o potencial das trilhas aquáticas”, mencionou.

O trecho que corta o estado do Mato Grosso do Sul e integra as regiões turísticas do Vale das Águas e Cone Sul também oferece o aviturismo (turismo de observação de aves), praticado nas unidades de conservação da Mata Atlântica do estado.

Rede Trilhas

A Rota dos Pioneiros faz parte do programa Rede Trilhas, iniciativa criada por voluntários da sociedade civil em parceria com o Ministério do Turismo, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O objetivo é conectar paisagens e ecossistemas brasileiros para promover a estruturação e a ampla visibilidade da oferta turística de natureza.

As trilhas de longo curso são identificadas com o símbolo de pegadas amarelas e pretas. A sinalização padronizada traz mais segurança aos turistas, que contam com sinalização e com a indicação de pontos de interesse turístico, locais para pernoite, alimentação e outros pontos de apoio. Para Fabiana, a rede tem fundamental importância no posicionamento do Brasil como um destino turístico de natureza. “É uma política pública de relevância nacional, pois cria um sistema eficiente, com uma sinalização padronizada, que facilita a promoção do país como um destino de natureza em todo o mundo”, concluiu.

Trilhas do Brasil | O Ministério do Turismo elaborou uma publicação em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Associação Brasileira de Trilhas de Longo Curso (REDE) e Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) chamada “Trilhas do Brasil – Manual de Estruturação e Promoção Turística das Trilhas de Longo Curso”. Trata-se de um manual com orientações para apoiar a criação, a estruturação e a promoção de Trilhas de Longo Curso no Brasil. O Manual pode ser acessado aqui.

(Fonte: Ministério do Turismo/Governo do Brasil)

Cortella e Rios debatem etarismo em evento gratuito

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Vitor Garcia.

Em 2050, o número de pessoas com mais de 60 anos chegará a dois milhões – o que representará cerca de um quinto da população mundial, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Em meio a essa transformação, surge a necessidade de repensar o conceito sobre o envelhecimento. Mario Sergio Cortella e Terezinha Azerêdo Rios propõem uma abordagem filosófica e crítica para tratar desse tema no livro “Vivemos mais! Vivemos bem? Por uma vida plena”, publicado pela editora Papirus 7 Mares.

Em 11 capítulos, eles partilham questões como a ditadura do relógio, planos para o futuro e qualidade de vida na maturidade. Uma questão bastante urgente debatida pelos autores é o fenômeno do etarismo – a discriminação e o preconceito em relação à idade. Cortella reconhece que existe uma desvalorização dos idosos e que ela é mais evidente na cultura ocidental contemporânea, influenciada pelo produtivismo, que subestima as contribuições e as capacidades dos mais velhos.

A ideia de vida longa implica viver mais e viver bem. Mas, no meu entender, viver bem não é só chegar a uma idade mais avançada com qualidade material de vida. É também adquirir a capacidade de olhar a trajetória. Porque a vida não é só o agora, é o percurso. (Cortella, em “Vivemos mais! Vivemos bem?”, p. 17)

Rios complementa a discussão ao ressaltar a necessidade de uma instrução crítica e emancipatória para combater o etarismo. Ela destaca que os idosos são frequentemente desconsiderados, o que reflete uma subvalorização dos direitos fundamentais que pertencem a todos os seres humanos. Para a especialista, a educação desempenha um papel fundamental na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. “Na nossa cultura, o velho vale menos. E o que significa valer menos? Ser olhado de uma maneira que despreza os direitos que ele tem como ser humano”, comenta a filósofa.

Para marcar o lançamento da 2ª edição revista e ampliada, Mario Sergio Cortella e Terezinha Azerêdo Rios participam de bate-papo no Teatro Raul Cortez do Sesc 14 Bis no dia 10/4, quarta-feira, às 19h30. A atividade é gratuita e a distribuição de ingressos inicia no dia 9/4, a partir das 17h, pelo aplicativo Credencial Sesc ou nas unidades do Sesc São Paulo.

Serviço:

Lançamento do livro “Vivemos mais! Vivemos bem? Por uma vida plena” com Mario Sergio Cortella e Terezinha Azerêdo Rios

Dia 10/4, quarta-feira, às 19h30

Sesc 14 Bis – Teatro Raul Cortez – 2º andar

Rua Dr. Plínio Barreto, 285, Bela Vista, São Paulo – SP

A partir de 14 anos | Grátis

Retirada de ingressos a partir do dia 9/4 às 17h, pelo aplicativo Credencial Sesc ou nas unidades do Sesc São Paulo.

Estacionamento: R$12,00 (Credencial Plena) R$ 18,00 (público geral)

Site: sescsp.org.br/14bis | Instagram: @sesc14bis

Ficha técnica

Título: Vivemos mais! Vivemos bem?

Subtítulo: Por uma vida plena

Autores: Mario Sergio Cortella e Terezinha Azerêdo Rios

Editora: Papirus 7 Mares

ISBN: 978-65-5592-043-7

Dimensões:14x21cm

Páginas: 128

Preço: R$52

Onde encontrar: Amazon.

Capa do livro.

Sobre Mario Sergio Cortella | É filósofo, escritor e palestrante com mestrado e doutorado em Educação pela PUC-SP, onde atuou como professor titular por 35 anos (1977-2012). Foi secretário municipal de Educação de São Paulo (1991-1992), tendo antes sido assessor especial e chefe de gabinete do professor Paulo Freire. É autor de diversos livros nas áreas de educação, filosofia, teologia e motivação e carreira. Instagram: @cortella

Sobre Terezinha Azerêdo Rios | É graduada em Filosofia pela UFMG, com mestrado em Filosofia da Educação pela PUC-SP e doutorado em Educação pela USP. Com mais de 30 anos de experiência como professora na PUC-SP, é pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Formação de Educador (Gepefe) da Faculdade de Educação. Atua como assessora e consultora em projetos de formação de professores e educação continuada em várias áreas. Instagram: @terezinha.rios

Sobre a Papirus 7 Mares | Criada em 2008, a Papirus 7 Mares é um selo editorial da Papirus Editora que se destaca pela publicação de obras nas áreas de filosofia, psicologia e educação, além de temas relacionados ao desenvolvimento pessoal e profissional. Com um catálogo diversificado e autoral, busca promover o conhecimento e o debate sobre questões relevantes para a sociedade contemporânea. Site: https://papirus.com.br | Instagram: @papiruseditora

Sobre o Sesc São Paulo | Com 77 anos de atuação, o Sesc – Serviço Social do Comércio conta com uma rede de mais de 40 unidades operacionais no estado de São Paulo e desenvolve ações com o objetivo de promover bem-estar e qualidade de vida aos trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo e para toda a sociedade. Mantido pelos empresários do setor, o Sesc é uma entidade privada que atua nas dimensões da educação e da cultura, com ações nas áreas físico-esportivas, meio ambiente, saúde, odontologia, turismo social, artes, alimentação e segurança alimentar, inclusão, diversidade e cidadania, são voltadas para todas as faixas etárias, com o objetivo de contribuir para experiências mais duradouras e significativas. São atendidas nas unidades do estado de São Paulo cerca de 30 milhões de pessoas por ano. Hoje, aproximadamente 50 organizações nacionais e internacionais do campo das artes, esportes, cultura, saúde, meio ambiente, turismo, serviço social e direitos humanos contam com representantes do Sesc São Paulo em suas instâncias consultivas e deliberativas. Para mais informações, clique aqui.

(Fonte: LC Agência de Comunicação)

Entidades dos setores Musical, Audiovisual, Editorial, Jornalístico e de Dramaturgia apresentam carta ao Senado em defesa dos direitos dos criadores, artistas e produtores frente ao avanço da IA

Brasília, por Kleber Patricio

Foto: Steve Johnson/Unsplash.

Um marco significativo para a proteção dos direitos autorais na regulamentação do uso da Inteligência Artificial (IA) no Brasil foi alcançado neste início de semana em Brasília. Em um ato de colaboração entre os principais segmentos da economia criativa, várias entidades representantes dos setores musical, audiovisual, literário e de dramaturgia uniram forças para apresentar uma carta de recomendações ao Senado Federal. O documento propõe a inclusão de dispositivos específicos no Projeto de Lei 2338/2023, de autoria do Senador Rodrigo Pacheco e sob relatoria do Senador Eduardo Gomes, que visam assegurar os direitos dos artistas e criadores frente aos desafios impostos pelo avanço da IA, especialmente a IA Generativa.

À iniciativa juntaram-se o Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), a Comissão Federal de Direitos Autorais do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a Associação Brasileira de Jornais (ANJ) e a Associação Brasileira de Direito Autoral (ABDA), o que fortalece ainda mais a mensagem dos setores criativos. A música foi representada por Associação Procure Saber, que reúne artistas da mais alta relevância na cultura nacional, Pro-Música Brasil (Produtores Fonográficos), ABMI (Música Independente), ABRAMUS, UBC e as demais Sociedades de Gestão Coletiva musical diretoras do ECAD que também subscreve o documento, além da UBEM (Editores Musicais). Já o setor editorial literário participa com a ABDR (Direitos Reprográficos), SNEL (Sindicato dos Editores de Livros), Câmara Brasileira do Livro (CBL) e a ABRELIVROS. Do audiovisual, assinam o documento, além da ABERT, o GEDAR (Autores/Roteiristas), INTERARTIS BRASIL (atores e atrizes de TV e Audiovisual/Cinema), DBCA (Diretores de Cinema e Audiovisual) e AUTVIS (Autores Visuais). Outras adesões à iniciativa são esperadas para os próximos dias, já que o assunto é de interesse de todo o segmento de produção de conteúdo cultural e jornalístico.

A carta está sendo entregue aos Senadores que participam da Comissão Temporária do Senado que analisa o tema Inteligência Artificial no momento e a demais Senadores e Deputados interessados na matéria, marcando o diálogo entre a classe artística e o Legislativo em um assunto tão crucial para criadores e produtores de conteúdo cultural. Estão em Brasília fazendo chegar o posicionamento do setor artístico aos Senadores, Paulo Rosa, presidente da Pro-Música Brasil, e Sydney Sanches, presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) e da Comissão de Direitos Autorais da OAB Nacional. Segundo Paulo Rosa, “Esta verdadeira coalizão de instituições de âmbito nacional e importantes setores da economia criativa em torno de assunto tão crítico e delicado como a regulação da IA, especialmente a que gera conteúdos, demonstra unidade entre todos que participam desta iniciativa, visando a proteção da criatividade e propriedade intelectual de criadores e produtores de conteúdo.”

Para Sydney Sanches, “É incontroverso que o principal ativo das ferramentas de inteligência artificial são os conteúdos protegidos, que precisam ser respeitados. A defesa da indústria criativa é essencial para a preservação da diversidade cultural e da criatividade humana. Sem prejuízo dos benefícios trazidos pela IA aos diversos setores sociais, produtivos e econômicos, a centralidade humana, a sensibilidade da arte e a qualidade da informação demandam protagonismo, controle, transparência, contrapartida econômica e proteção de direitos de propriedade intelectual diante dos avanços da tecnologia, a fim de evitar o aprisionamento do patrimônio cultural pelos desenvolvedores de IA e impedir que recaia sobre a sociedade a disseminação de desinformação, prejudicando o debate público e os princípios democráticos.”

Confira em anexo a íntegra do documento, com as demandas e sugestões apresentadas:

Aos Excelentíssimos Senhores Senadores,  

As entidades cujas logomarcas constam da presente carta, representantes dos setores Musical, Audiovisual, Editorial, Dramaturgo, bem como entidades de representação de classe como o Instituto dos Advogados Brasileiros e a Comissão Federal de Direitos Autorais do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, vêm apresentar recomendações para que sejam incluídos no PL 2338/2023, de autoria do Senador Rodrigo Pacheco, com relatoria do Senador Eduardo Gomes, dispositivos que venham a assegurar os direitos dos criadores e intérpretes de obras artísticas, obras intelectuais e produções protegidas, a fim de evitar a subtração dos direitos de toda a classe artística.  

O PL 2338/2023, apresentado com a finalidade de estabelecer um Marco Civil para Inteligência Artificial, representa importante iniciativa legislativa e acompanha a preocupação da comunidade internacional em regulamentar o uso adequado da Inteligência Artificial, especialmente a IA Generativa, a fim de que sejam mantidos hígidos os direitos de terceiros e a plena transparência de seu desenvolvimento. O Ato Europeu da IA, aprovado no mês passado, veio com essas premissas e sua versão original, datada de 2021, inspirou o PL 2338/2023.  

Não há dúvida de que a Inteligência Artificial é tema fundamental para o desenvolvimento social e econômico do país. Trata-se de tecnologia ainda em desenvolvimento, que deverá ser empregada com segurança, de forma a garantir um grau mínimo de riscos às pessoas.  

No caso da Inteligência Artificial Generativa, conseguiu-se a técnica de algoritmos que estimulam o aprendizado de máquina, tornando-os capazes de produzir novos conteúdos a partir da mineração de informações e dados em larga escala em inúmeras bases já existentes no campo digital. O treinamento repetido da ferramenta, alimentado por um volume gigantesco de informações, padrões, linguagens e imagens, permite a disponibilização de novas formas e informações diferentes das originais, o que, em muitos casos, dificulta a identificação das obras utilizadas.

Nesse sentido, como forma de preservar a sociedade, é importante garantir a mineração por meio de bases de dados seguras, imparciais, livres de tendências ideológicas e que sejam acessadas sem violar direitos de terceiros, incluindo direitos de propriedade intelectual, a fim de evitar usos indevidos que venham a reproduzir modelos prejudiciais aos legítimos interesses dos titulares de direitos autorais.  

É do senso comum, que o uso de material protegido pelos direitos autorais pressupõe licenciamento prévio de seus respectivos titulares. Todavia, no caso das ferramentas envolvendo a IA, em especial a nominada de generativa, as utilizações massivas de obras e produções protegidas pela propriedade intelectual sem autorização prévia, no processo de mineração de dados para desenvolvimento da IA, têm sido o usual e o seu principal combustível para geração de textos, imagens e produções, representando clara violação dos direitos de propriedade intelectual.  

No âmbito da indústria criativa, hoje a IA é capaz de gerar qualquer tipo de obras artísticas e imagens treinando máquinas com obras protegidas, para que passem a fazer parte do mercado consumidor, descartando as obras originais, e resultando em punições injustas aos criadores e titulares, além de uma enorme perda para a indústria criativa, sendo imperativo impedir a prevalência desse nocivo cenário.  

Nesse sentido, as entidades subscritoras, vem requerer o apoio de Vossas Excelências no sentido de considerar a plena garantia aos direitos intelectuais, como forma de preservar os direitos de autores e artistas, responsáveis pela formação da Cultura Nacional. Diante disso, uma norma justa e protetora dos titulares de direitos autorais deve assegurar o respeito a faculdade exclusiva deles em consentir, controlar e serem compensados, da seguinte forma:  

a) Consentir para assegurar o respeito à Lei de Direitos Autorais e previamente saber quais obras e produções serão utilizadas no treinamento de IA.

b) Controlar para preservar a transparência, a responsabilização e a qualidade das bases de dados, preservar os direitos morais e compreender os resultados.

c) Compensar para reconhecer o valor da criação e a remuneração dos criadores. Portanto, para garantir os direitos de propriedade intelectual, o PL 2338/2023 deve ter clara previsão para estabelecer que:

a) O uso de obras e produções protegidas para mineração de dados e desenvolvimento de ferramentas de IA deverá estar submetido a autorização prévia.

b) Os conteúdos gerados por IA não poderão ser assemelhados ou protegidos pelas normas da propriedade intelectual.

c) Apesar de os setores da indústria criativa não encontrarem espaço para novas exceções e limitações aos direitos autorais, caso a legislação venha a inserir alguma previsão, as exceções e limitações da mineração de textos e dados e o desenvolvimento de ferramentas de IA deverão ser restritas e submetidas ao teste dos três passos previsto na lei brasileira e nos tratados internacionais, que regulam os princípios dos direitos autorais, sempre preservada a prerrogativa do titular de direitos autorais autorizar ou proibir o uso de sua obra ou produção. As exceções nunca deverão ser consideradas ou utilizadas para a mineração de dados ou o treinamento comercial, e os usos não comerciais só deverão ser permitidos em determinadas situações estabelecidas por diretrizes claras e jamais admitir prejuízo injustificado aos titulares de direitos autorais.

d) O treinamento de sistemas de IA e a aplicação dos algoritmos pelos serviços devem ser transparentes e permitir aos titulares de direitos autorais o controle e o acompanhamento sobre os modelos de uso de suas obras e produções.

e) É importante que as normas estabeleçam a responsabilidade civil objetiva das empresas e dos desenvolvedores de IA como regime aplicável aos danos causados por ferramentas de inteligência artificial.

f) O ônus da prova deverá recair sempre sobre as empresas e os desenvolvedores de IA. Não há dúvida de que a IA representará uma estratégica ferramenta para o desenvolvimento, mas isso jamais poderá significar a substituição da criação e da centralidade do ser humano diante das expressões culturais, que representam a verdadeira força da inovação e da criatividade.

Diante das propostas apresentadas, as entidades requerem a inclusão no PL 2338/2023 dos pontos acima elencados e reiteram sua disponibilidade para contribuir com o debate parlamentar, com a finalidade de alcançar o adequado texto regulatório. Aproveitamos o ensejo para renovar nossos protestos de elevada estima e consideração.  

Atenciosamente, 

Firmado por Sydney Sanches, Presidente Presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) e da Comissão de Direitos Autorais da OAB Nacional

Firmado por Paulo Rosa, Presidente da Pro-Música Brasil

Ambos em representação das entidades cujas logomarcas constam da presente.

Sobre a Pro-Música | A Associação Brasileira dos Produtores de Discos – ABPD, criada em abril de 1958, passou a se denominar Pró-Música Brasil Produtores Fonográfico Associados em 2016 e continuou reunindo as maiores empresas de produção musical fonográfica em operação no País. Desde sua criação, a entidade se dedica a representar os interesses comuns aos produtores fonográficos em geral, promovendo o mercado legítimo de música gravada em meios físicos ou digitais. Além disso, a Pró-Música Brasil é a única entidade no Brasil que regularmente coleta dados e estatísticas de seus principais associados, para manutenção de banco de dados e divulgação à imprensa e ao público, de estatísticas sobre o mercado fonográfico brasileiro das últimas décadas. Para mais informações acesse o site oficial da Pro-Música.

(Fonte: Lupa Comunicação)