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Exposição da Pinacoteca de São Paulo em parceria com o Memorial da Resistência apresenta conjunto de obras a partir da coleção Alípio Freire

São Paulo, por Kleber Patricio

“Fantasmas da esperança” (2018), obra de Marcela Cantuária. Foto: Divulgação.

A Pinacoteca de São Paulo e o Memorial da Resistência de São Paulo realizam desde 6 de abril a exposição ‘Sol fulgurante: arquivos de vida e resistência’. A mostra acontece no edifício da Pina Estação, que sediou até 1983 o Deops/SP — Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo —, que atuava como aparelho de repressão política do Estado e onde inúmeras pessoas foram presas e torturadas durante a Ditadura Civil-Militar (1964–1985), e hoje é ocupado pelo Memorial da Resistência de São Paulo e a Pinacoteca de São Paulo.

A exposição parte da Coleção Alípio Freire, doada ao Memorial da Resistência em 2023. Será a primeira vez que o conjunto, composto por trabalhos de ex-presos políticos dos presídios de São Paulo durante o período ditatorial e reunidos por Alípio Freire e Rita Sipahi, será mostrado ao público na Pinacoteca.

Na exposição, estes documentos dialogam com obras contemporâneas feitas por pessoas em situação de cárcere, em diálogo com as obras pertencentes a coleção da Pinacoteca de São Paulo e dos coletivos Mulheres Possíveis e Bajubá. Entre os destaques do acervo contemporâneo da Pinacoteca, está a obra ‘Fantasmas da Esperança’ (2018), de Marcela Cantuária, nunca exibida publicamente pelo museu e ‘A Corda’ (1967) de Neide Sá, que será apresentada em nova configuração. “As linguagens artísticas têm uma propriedade de elaboração e fabulação e eu acredito que elaborar um trauma como a Ditadura é algo que a sociedade brasileira ainda precisa fazer, uma missão ainda a ser cumprida. Trazer esta exposição ao prédio que um dia foi o Deops é um marco histórico e uma possibilidade de darmos continuidade a essa elaboração a partir do trabalho conjunto de duas instituições que guardam a memória cultural, social e política do nosso país”, comenta a curadora.

Sobre as coleções e coletivos da exposição

A Coleção Alípio Freire foi reunida pelo jornalista Alípio Freire (in memorian) e a advogada e esposa de Alípio, Rita Sipahi, ambos ex-presos políticos. Esta coleção traz registros de presos políticos na Ditadura Civil-Militar (1964–1985), como pinturas, desenhos, colagens e gravuras, realizadas em diferentes presídios da cidade de São Paulo, como Tiradentes, Carandiru, Penitenciária Feminina, Hipódromo, Presídio Militar Romão Gomes (Barro Branco) e no próprio Deops/SP, durante os anos 70. As obras integram, desde 2023, o acervo do Memorial da Resistência de São Paulo.

Também presente na exposição, o coletivo Mulheres Possíveis apresenta projeto artístico multidisciplinar desenvolvido pelas artistas Beatriz Cruz, Leticia Olivares, Sandra Ximenez e Vânia Medeiros em colaboração com mulheres em situação de cárcere na Penitenciária Feminina da Capital desde 2016. O acervo traz visibilidade para a situação do cárcere atualmente tendo a narrativa do corpo como centro da experiência. Na exposição o público poderá ver as imagens produzidas por mulheres em privação de liberdade durante as oficinas do projeto e que resultaram na publicação “Mulheres Possíveis – corpo, gênero e encarceramento”, em 2019.

Por fim, o acervo Bajubá, projeto comunitário de registro de memórias das comunidades LGBT+ brasileiras, reúne uma coleção de itens que registram a diversidade sexual e a pluralidade de expressões e identidades de gênero no país também no período militar. Parte desse arquivo poderá ser visto na exposição.

Sobre a Pinacoteca de São Paulo | A Pinacoteca de São Paulo é um museu de artes visuais com ênfase na produção brasileira do século XIX até́ a contemporaneidade e em diálogo com as culturas do mundo. Museu de arte mais antigo da cidade, fundado em 1905 pelo Governo do Estado de São Paulo, vem realizando mostras de sua renomada coleção de arte brasileira e exposições temporárias de artistas nacionais e internacionais em seus três edifícios, a Pina Luz, a Pina Estação e a Pina Contemporânea. A Pinacoteca também elabora e apresenta projetos públicos multidisciplinares, além de abrigar um programa educativo abrangente e inclusivo.

Sobre o Memorial da Resistência | O Memorial da Resistência de São Paulo é o maior museu de história dedicado à memória política das resistências e da luta pela democracia no Brasil, e tem como missão a valorização da cidadania, da pesquisa e da educação a partir de uma perspectiva plural e diversa sobre o passado, o presente e o futuro. Aberto ao público em 2009, o museu é um lugar de memória dedicado a preservar a história do prédio onde operou entre 1940 e 1983 o Departamento Estadual de Ordem Política e Social (Deops/SP), uma das polícias políticas mais truculentas da história do país.

Serviço:

Sol Fulgurante: arquivos de vida e resistência

Local: Estação Pinacoteca, 2º andar

Data: De 6 de abril de 2024 a 08 de agosto de 2024

Endereço: Lg. General Osório, 66 – Luz – São Paulo – SP

Horário de funcionamento: de quarta a segunda, das 10h às 18h

Ingresso: R$30,00 (inteira) | R$15,00 (meia) | Gratuito aos sábados e quintas-feiras das 18 às 20 horas

Mais informações aqui.

(Fonte: Pinacoteca de São Paulo)

Campinas une história e futuro em novo espaço para eventos no Pátio Ferroviário

Campinas, por Kleber Patricio

Prédio do Relógio, antiga oficina de locomotivas de um tempo em que Campinas era a capital nacional do café. Foto: Divulgação/Prefeitura de Campinas.

Marco da requalificação do Centro de Campinas, a restauração do imóvel histórico da Oficina de Locomotivas da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro (Prédio do Relógio) está concluída. O espaço já está sendo ocupado pelo Campinas Decor 2024 e, posteriormente, será usado para ações culturais e de lazer da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e para feiras e eventos corporativos. O prefeito de Campinas, Dário Saadi, lembra que o local foi mais que uma oficina: era onde se montavam locomotivas usadas nas estradas de ferro de todo o país e um importante marco para o desenvolvimento regional e nacional no século 20.

A Prefeitura de Campinas investiu R$7,74 milhões na revitalização do imóvel, que data de 1903 (ano da entrega), recurso proveniente de mitigação de um Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) de um projeto da empresa BDI Realty Empreendimento Imobiliário Ltda. Uma parceria da Campinas Decor com a empresa CyberGlass tornou possível a recuperação das estruturas de vidro, importantes na arquitetura do prédio.

A restauração incluiu a reforma da cobertura, que teve as telhas lavadas e as danificadas substituídas; troca do madeiramento; recuperação da caixilharia e instalação de vidros novos, inclusive os da parte central do teto; reforma da estrutura metálica; colocação de novas calhas de águas pluviais e atualização das instalações elétricas.

O diretor da Campinas Decor, Fernando Penteado Filho, agradeceu ao prefeito pelo apoio e às secretarias municipais e aos parceiros envolvidos no projeto de recuperação do prédio. Para ele, o grande desafio foi a “grandiosidade” do espaço e as exigências ao trabalhar num imóvel histórico tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc) e de cumprir as normas de segurança do Corpo de Bombeiros para o local.

A secretária municipal de Urbanismo, Carolina Baracat Lazinho, falou em nome dos representantes da Prefeitura presentes e ressaltou a importância do esforço conjunto para a recuperação do prédio histórico. “Foi o trabalho de uma equipe integrada que tornou possível a entrega deste espaço que Campinas recebe e abraça nesta noite como um grande espaço para os eventos da cidade”, afirmou, agradecendo o trabalho dos servidores municipais e dos parceiros envolvidos.

(Fonte: Secretaria de Comunicação – Prefeitura de Campinas)

Prejudicial à saúde humana, plástico contamina sete em cada dez tainhas no litoral sul de São Paulo

São Paulo, por Kleber Patricio

Cientistas pesquisam tainhas em Cananéia. Foto: Arquivo pesquisadores.

O plástico representa uma ameaça crescente para a saúde dos ecossistemas marinhos e dos seres humanos. Uma pesquisa do Instituto Federal do Paraná (IFPR) mostrou que sete em cada dez tainhas pescados no litoral sul do estado de São Paulo têm resíduos de plásticos em seu trato digestório. O alerta está em artigo publicado nesta segunda (8), na revista científica “Biodiversidade Brasileira”.

Segundo o artigo, o organismo humano pode absorver substâncias químicas dos plásticos, potencialmente tóxicas, pelo consumo de peixes contaminados. Algumas dessas substâncias estão, inclusive, associadas ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares e de danos neurológicos.

A tainha é um peixe muito presente no litoral brasileiro e comum na alimentação humana. Para investigar a ingestão de fragmentos plásticos por esses animais, os pesquisadores analisaram 57 tainhas coletadas do Complexo Estuarino Lagunar de Cananéia, área de conservação ambiental no litoral sul de São Paulo. Os peixes foram obtidos por meio de quatro coletas, que ocorreram entre os anos de 2016 e 2018 com o auxílio de pescadores locais.

Gislaine Filla, coautora do estudo, explica que a maior parte do plástico não é reciclado e seu descarte impróprio acaba contaminando o meio ambiente. “A ação da água e o atrito no solo acabam transformando o plástico em partículas pequenas que não são visíveis a olho nu, mas estão lá”.

Neste estudo, a pesca se mostrou como provável fonte da contaminação dos peixes. Essa atividade é muito presente na região litorânea de Cananéia e está relacionada à subsistência das comunidades locais. A microfibra de nylon, resíduo encontrado em 95% das amostras, é um dos principais componentes das cordas utilizadas pelos pescadores na captura de peixes, que ingerem esse material de forma acidental.

Além de prejudicial ao meio ambiente, a pesquisadora esclarece que a presença de fragmentos plásticos nos organismos dos animais também oferece danos aos seres humanos. “À primeira vista, podemos pensar que este plástico não será negativo para os seres humanos, mas os plásticos trazem consigo produtos químicos, corantes, pesticidas e agrotóxicos”, explica Filla. “Ao descartar de forma errada os resíduos plásticos, impactamos negativamente os ambientes aquáticos, os seres vivos que lá se encontram e o próprio ser humano”, complementa.

Para a autora, a pesquisa pode ajudar a fundamentar políticas públicas que tenham como objetivo a redução do consumo de plástico ou formas mais adequadas de descarte para esses materiais, por exemplo. “Cabe aos gestores ouvirem as comunidades, os cientistas e elaborarem normas condizentes com a realidade de forma a diminuir os danos já causados”, argumenta Filla.

(Fonte: Agência Bori)

Adultos ainda desconfiam dos efeitos de alimentos funcionais, como probióticos e fontes de ômega 3

Brasil, por Kleber Patricio

Adultos jovens se mostraram mais favoráveis aos alimentos funcionais do que o grupo de meia-idade. Foto: FreePik.

Alimentos funcionais são aqueles que proporcionam mais benefícios para a saúde do indivíduo além das funções básicas de nutrição, como regulação do sistema gastrointestinal e redução do colesterol. São exemplos dessa classificação alimentos in natura, minimamente processados, fontes de ômega 3 e de fibras beta-glucanas, como peixes, chia, linhaça e aveia, além de alimentos processados como iogurtes com adição de probióticos. Pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) constataram que a população adulta reconhece a necessidade de incluir esses alimentos na dieta, mas ainda desconfia de seus reais efeitos na saúde. Os resultados estão publicados na edição de 22 de março da revista científica “Brazilian Journal of Food Technology”.

O trabalho comparou a percepção sobre alimentos funcionais de adultos jovens, de 18 a 44 anos, e de meia-idade, de 45 a 65 anos. Ao todo, foram avaliadas as respostas de 522 homens e mulheres por meio da aplicação de dois questionários que abordaram aspectos de renda, educação e condições de saúde. Os cientistas também observaram atitudes relacionadas ao consumo de alimentos funcionais, avaliando a percepção das necessidades, benefícios, confiança e segurança dos consumidores.

Em relação à necessidade dos alimentos funcionais na dieta, os adultos jovens se mostraram mais favoráveis em comparação com o grupo de meia-idade, ainda que ambos reconheçam seus benefícios. “Adultos jovens percebem melhor a necessidade dos alimentos funcionais, entendem que é preciso incluí-los como parte da rotina e os relacionam com o próprio bem-estar”, explica Ângela Giovana Batista, professora da UFJF e coordenadora da pesquisa. Já os mais velhos entendem os alimentos funcionais como medicamentos. “É uma faixa etária que já enfrenta algumas doenças que vêm com a idade e veem nesses alimentos uma forma de cuidar da saúde ou compensar outros hábitos pouco saudáveis, como não praticar exercícios ou não fazer dieta, por exemplo”.

O estudo também constatou que aspectos de renda e de escolaridade afetam diretamente essa percepção em ambas as faixas etárias analisadas. Pessoas com ensino médio completo representaram 53% dos que se mostraram favoráveis aos alimentos funcionais. E a renda alta foi diretamente proporcional a uma boa percepção dos alimentos funcionais, principalmente no grupo de meia-idade. Adultos deste grupo com renda familiar mensal acima de quatro salários mínimos compõem 40% dos que se disseram favoráveis a esse tipo de alimento.

Ainda que o estudo indique uma boa relação dos participantes com esses alimentos, as afirmações do questionário relacionadas à confiança receberam pontuações mais baixas em todos os aspectos. “Notamos um certo ceticismo sobre o que é divulgado em relação aos alimentos funcionais. Os mais jovens tendem a confiar mais se um alimento é recomendado por profissionais de saúde, mas desconfiam do que é propagado por publicidade ou de profissionais fora do ramo da saúde”, conta Batista. Já os adultos de meia-idade parecem confiar mais em estudos que confirmam a funcionalidade dos alimentos, mas demonstram preocupação com o consumo excessivo deles, o que pode estar relacionado à visão desses alimentos como medicamentos que devem ser consumidos na dosagem adequada.

“Acreditamos que essa desconfiança está relacionada com a falta de informação de qualidade sobre esses alimentos e também ao seu acesso, o que conversa com os dados de renda e escolaridade”, avalia Batista. Além da melhora do poder aquisitivo dos consumidores, uma percepção mais positiva sobre os alimentos funcionais, segundo a pesquisadora, passaria por melhorar o acesso a informações sobre esses produtos. Ela sugere a utilização de selos de qualidade que garantam a segurança e a veracidade das informações desses alimentos para aumentar a confiança dos consumidores.

(Fonte: Agência Bori)

Parque Ecológico de Indaiatuba recebe sunset party no dia 14 de abril

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Foto: Luca Iaconelli/Unsplash.

No próximo dia 14 de abril acontecerá uma Sunset Party no Parque Ecológico de Indaiatuba – município da Região Metropolitana de Campinas (SP) – das 16h às 21h, na Concha Acústica. O evento é realizado pelo grupo Galera do Flashback em conjunto com os DJs que presenciaram as músicas dos anos 70, 80 e 90 e conta com o apoio da Prefeitura de Indaiatuba, por meio da Secretaria Municipal de Cultura.

Na ocasião, o grupo ensinará ao público presente as coreografias que marcaram as décadas de 70 a 90. O evento é gratuito e aberto ao público. O Parque Ecológico fica na Avenida Engenheiro Fábio Roberto Barnabé, 205, Chácara Areal.

(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)